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Planetas e Orixás regentes de 2023

domingo, 12 de julho de 2020

O cérebro zen: o que acontece na massa cinzenta de quem medita



Nas últimas décadas, pesquisadores submeteram monges e meditadores a baterias de exames para descobrir, afinal, o que se passa no cérebro dos praticantes. Os cientistas descobriram que a meditação provoca um efeito físico na nossa massa cinzenta, o que ajuda a combater a degeneração cognitiva. Áreas ligadas à memória, ao foco e à empatia são estimuladas pelo o hábito da meditação.

O francês Matthieu Ricard estudava biologia molecular quando viajou para a Índia, em 1967. Por lá, tomou contato com os ensinamentos de líderes espirituais tibetanos, e algo despertou no seu cérebro. Ricard voltou para a França e concluiu os estudos.
Chegou a tirar Ph.D. em genética celular e tinha uma carreira promissora na ciência. Mas, em 1972, aos 26 anos, decidiu voar de novo para a região do Himalaia para aprofundar o aprendizado nas filosofias orientais. E vive lá até hoje. O cientista francês se tornou um monge budista famoso e hoje transita em eventos como o Fórum Econômico de Davos, dá palestras no TED e lança best-sellers traduzidos ao redor do mundo – ele seria, inclusive, um dos confidentes do Dalai Lama. A fama ganhou um empurrão na década de 2000, quando pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos EUA, convidaram Ricard para participar uma série de pesquisas sobre seu próprio cérebro.
A equipe liderada pelo neurocientista Richard Davidson colocou 256 sensores na cabeça do monge para medir sua atividade neural com um aparelho de ressonância magnética. Durante o exame, o monge fazia sessões de meditação de compaixão, na qual o praticante deseja o bem a outras pessoas, que duravam três horas. Comparado a voluntários que não tinham a mesma experiência no método, o cérebro de Ricard produziu uma quantidade anormal de ondas gama, oscilações eletromagnéticas produzidas quando neurônios trabalham em sincronia. Cientistas acreditam que essas ondas estão ligadas à percepção de consciência, atenção, aprendizado e memória. As medições do cérebro de Ricard foram recordistas: nunca haviam sido registradas ondas gama tão fortes na literatura neurocientífica.
Davidson e seus colegas também detectaram uma forte atividade no lobo frontal esquerdo. A agitação neural nesse determinado ponto do cérebro do monge, de acordo com os pesquisadores, permitiria a Ricard uma condição privilegiada de vida: ele se sente mais feliz do que a média da humanidade e pensa menos em desgraças. Pelo conjunto da obra, o monge começou a ser perfilado na imprensa internacional nos idos de 2007, com a alcunha de O Homem Mais Feliz da Terra.
A imprensa adora rótulos e não há como atestar, de fato, o título de Ricard. Mas, seja como for, o monge passou anos estudando as raízes da felicidade e conquistou espaço como um dos mais respeitados porta-vozes do tema no mundo. Para ele, a meditação é uma ferramenta útil para a conquista do contentamento individual. A pessoa fica tão de bem consigo mesma que emana alegria e compaixão.
Em 2013, a pesquisadora Gaëlle Desbordes, de Harvard, em parceria com cientistas da Universidade de Northeastern, divulgou o primeiro estudo a constatar isso na prática. No experimento, os voluntários meditaram por oito semanas. Gaëlle estava interessada em descobrir se eles haviam se tornado pessoas melhores depois do período. Para avaliar isso de forma isenta, ela contratou pesquisadores disfarçados para seguir os participantes em vários momentos do dia.
Exames de neuroimagem mostram que áreas cerebrais que se deterioram com a idade ficam mais protegidas com a meditação. coddy/iStock
A ideia era flagrar alguns episódios nos quais fosse possível constatar se houve mesmo uma mudança de hábitos espontânea. Comparado a um grupo que não meditou, a turma da meditação passou a praticar mais atos de bondade. Como? No ônibus, cediam o lugar aos mais velhos e ofereciam ajuda a estranhos para atravessar a rua ou segurar compras.
Para Ricard, a meditação é um treino, e a felicidade, o resultado sistemático de bons pensamentos, princípios e desejos. Só é possível atingir a excelência com muito exercício, paciência e perseverança. Como o monge vem praticando há muitas décadas, os exercícios mudaram a sua mente. Essa transformação está no alcance de todos, segundo pesquisas científicas – mas no médio e longo prazo. Uma delas foi realizada aqui no Brasil, no Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Os cientistas fizeram exames de neuroimagem em 39 voluntários.
Aqueles que eram meditadores com pelo menos três anos de experiência eram também donos de um cérebro mais eficiente em tarefas que exigem atenção. Durante testes cognitivos, os meditadores acessam um número menor de áreas cerebrais para fazer a mesma atividade dos que nunca entoaram um “ohm” na vida, o que indica que eles eram melhores em se concentrar. A pesquisa também mostrou que existe uma diferença física na cabeça dos meditadores experientes: havia mais massa cinzenta em áreas corticais, relacionadas à atenção e ao raciocínio.
Essa eficiência é semelhante às habilidades cerebrais dos músicos, que precisam sincronizar a mente, a voz e os dedos para cantar e tocar violão, por exemplo. Músicos profissionais automatizam uma tarefa altamente complexa e parecem nem pensar mais na performance, uma perícia que fascina multidões. Nos meditadores, acontece algo equivalente na busca pelo foco.
QUANTO MAIS, MELHOR
Mas o benefício da meditação vai muito além da agilidade mental. Com o avançar da idade, a camada mais superficial do nosso cérebro, o córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio, atenção e lógica, começa a diminuir. Outras áreas como a ínsula, o núcleo duro das emoções, e o famoso hipocampo, guardião da memória, também. Continuar ativo intelectualmente pode até atenuar esse impacto da velhice, mas até pouco tempo atrás os cientistas desconheciam remédios ou exercícios que realmente reduzissem o efeito do tempo na mente. Até que um experimento feito na Universidade Harvard trouxe a meditação de volta aos holofotes.
Divulgada em 2014, a pesquisa, capitaneada pela neurocientista Sara Lazar, mostrou que o mindfulness funciona como um antídoto contra o envelhecimento cognitivo. A equipe de Sara fez exames de neuroimagem em meditadores adultos de meia-idade e verificou que eles tinham uma capacidade cognitiva igual à de jovens de 25 anos. Os praticantes tinham mais neurônios. É um achado exuberante. Isso porque o encolhimento do hipocampo, por exemplo, está associado a várias doenças, desde a depressão até demências.
Um dos primeiros cientistas a se interessar pelos efeitos da meditação na saúde, o norte-americano Andrew Newberg começou a investigar a prática justamente atrás de um método contra a deterioração mental. Para testar o efeito das técnicas, o pesquisador recomendou a meditação de Kirtan Kriya a um de seus pacientes que chegou ao seu consultório reclamando que a cabeça havia começado a falhar. Na Kirtan Kriya, o indivíduo tem de repetir o mantra saa, taa, naa, maa, que pode ser pronunciado em voz alta, em silêncio ou incorporado a uma música.
As sílabas se referem aos sons considerados primordiais para os hindus. Saa é infinito; taa, vida; naa, morte; e maa, renascimento, em sânscrito. Ao mesmo tempo que entoa o mantra, é preciso fazer movimentos ritmados com os dedos. Na sílaba saa, deve-se tocar o dedo indicador no polegar; em ta, o dedo do meio; em naa, o dedo anelar; e em maa, o dedo mínimo no polegar, e repetir a operação por até 12 minutos, todos os dias, se possível. O praticante deve pressionar as pontas dos dedos umas contra as outras ao ponto de deixá-las levemente esbranquiçadas. Esse tipo de gesto é chamado de mudras na tradição asiática.
O monge francês Matthieu Ricard foi considerado o homem mais feliz do mundo depois que cientistas descobriram que seu cérebro, moldado pela meditação, tem atividade neuronal recordista. FactoryTh/iStock
Durante dois meses, o paciente de Newberg repetiu diariamente, durante 12 minutos, o mantra saa, taa, naa, maa. Depois desse período, voltou ao consultório do médico sentindo-se “outro homem”, conforme seu relato pessoal. É claro que a percepção do próprio paciente é importante, mas Newberg o submeteu a uma nova ressonância para ver se havia uma mudança cerebral que justificasse a euforia toda. O exame comprovou que houve de fato uma alteração detectável. As imagens mostraram que o córtex pré-frontal estava bem mais ativo do que antes.
Mas outras áreas também tinham ganhado mais massa cinzenta. O córtex cingulado anterior, envolvido na regulação emocional, no aprendizado e na memória, estava mais alerta. Segundo Newberg, essa área é particularmente vulnerável ao envelhecimento. Pacientes com Parkinson e Alzheimer, por exemplo, apresentam uma atividade metabólica menor nessa região. Além disso, o cingulado anterior tem um papel preponderante na redução da ansiedade e da irritabilidade e no aumento da empatia. Em um teste, que consistia em um jogo para ligar os pontos, a melhora da sua performance comparada ao início do tratamento foi de 50%.
BARATO CARETA
Newberg sabia o que estava fazendo quando prescreveu meditação a seu paciente. Em 1999, o pesquisador havia feito um experimento inovador para a época. Submeteu monges e freiras a um exame chamado de tomografia computadorizada por emissão de fóton único, ou SPECT. Nesse tipo de teste, o voluntário recebe a injeção de uma substância radioativa que colore as áreas cerebrais conforme a intensidade do fluxo sanguíneo. Mais sangue circulando em determinada região significa uma atividade mais intensa.
Quando estavam entrando em estado contemplativo, os monges tinham de puxar uma cordinha. Esse era o aviso para que o cientista injetasse a substância. Um minuto depois, as imagens cerebrais apareciam coloridas no monitor. O lobo frontal, ligado à concentração, ficou vermelho brilhante, o que indicava uma intensa atividade. A meditação requer foco e concentração – ao contrário do que muitos pensam, é uma atividade mental intensa e não um relaxamento.
Por outro lado, o lobo parietal ficou azul, com a atividade reduzida. Essa área do cérebro é o nosso GPS pessoal, ou seja, localiza nosso corpo no espaço. Sem essa percepção, perdemos as coordenadas básicas de onde estamos. Na leitura de Newberg, a redução de atividade nessa área indicava que meditadores experientes perdem a noção de individualidade, do espaço e do tempo. “Você se torna um único ser com Deus ou com o Universo”, disse Newberg.
Trata-se, na visão do cientista, um estado puro de autotranscendência. Essa pode ser uma das explicações para a fama de Matthieu Ricard como O Homem Mais Feliz do Mundo – a meditação é, essencialmente, um barato sem drogas ou efeitos colaterais.
 
 

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Poder ancestral: A magia de Umbanda Astrologica




PESQUISAS ASTROLÓGICAS E DE MAGIAS


Ser um mago de magia astrológica é algo de uma combinação não muito fácil, além de estudo e disciplina é preciso dom e escolhas. "Um pouco de conhecimento é uma coisa perigosa" é, naturalmente, um problema perene e quem de nós não tenha caído na armadilha de ter opiniões fortes sobre um assunto que a nossa profundidade ou superficialidade e do conhecimento torna-se prudente? Mágicos que é absolutamente normal no entanto, estão representando a ideia de que eles não podem simplesmente fazer magia astrológica sempre que desejar. 


Magica, é apesar de tudo, sobre a vontade e sobre o exercício do poder e influência. O mago vê a interligação de todas as coisas no cosmos através de laços espirituais da simpatia e diz: "Ei, o que posso fazer com com isso?" O mago precisa exercer a sua vontade, precisa de sentir que são o fulcro da operação mágica.

A vontade é, portanto, uma exigência profissional, por assim dizer. É também a razão que os magos tendem a ser auto-absorvedores, argumentativos, auto-centrados, ego-maníacos. Um mágico, dizendo: "Eu não gosto de calendário astrológico, porque eu quero fazer mágica quando eu quero" é tão individualista como um garoto de fraternidade que diz: "Eu não gosto de beber antes da idade 21 anos". Um deles no entanto, pode ser ser um mágico que não se importa com a restrição externa como um garoto de fraternidade que não é um bebedor compulsivo, isso na verdade depende do dom e equilíbrio de cada um.


Ainda assim, é realmente mais fácil para ensinar astrologia para um mago que a magia para um astrólogo. Mas, cada caso é um caso, existem exceções, missões e escolhas. Claro que um astrólogo moderno vai estar assustado com a ideia da magia porque sua astrologia é "científica" gravidade ou magnetismo ou algo assim. A associação de magia e astrologia é apenas um anacronismo constrangedor astrologia e logo estará tomando seu lugar, juntamente com a química e biologia.

O que é tanto mais estranho é a rejeição bastante difundida de magia pelos astrólogos tradicionais. Eles geralmente reconhecem a base espiritual da astrologia compartilhado por magia, mas não têm nenhum desejo de fazer magia e freqüentemente têm uma aversão quase instintiva a ela. E no fundo é melhor assim, porque magia além de Sagrada, séria é ao mesmo tempo perigosa, foi pelo uso e abuso de rituais banais, simpatias populares ou feitiços baixos que muita gente se perdeu nos caminhos da espiritualidade.



Parte deste, é claro, é profundamente judaico-cristã que a programação é inconscientemente hardware na sociedade moderna, mesmo para os pagãos, conscientemente, que olha para a magia com grande suspeita. Ainda assim as perspectivas de base astrológica é a força fundamental.

Novamente, se considerarmos que o cosmos é um grande ser espiritual, ligados por simpatia espiritual e correspondência, em seguida, o astrólogo olha para esse padrão de forma passiva, ao contrário do método ativo do mágico, e vê os ciclos do céu refletindo os ciclos da Terra .

Estes realmente não estão configurados para fazer muita coisa, embora! Usando vezes o conhecimento eletivo e escolhendo a forma de agir é quase tão longe como um astrólogo compreenderá as formas de se fazer magia de maneira confortável indo com uma segurança maior nas suas buscas. Ou seja, prudencia, conhecimento e prudencia são necessários ao aliar-se magia e astrologia.

Novamente, é engraçado ver os astrólogos insistindo que eles têm sólidas, individualista razões para não fazer mágica quando, na verdade, na maioria das vezes eles estão simplesmente fazendo o que os astrólogos fazem. Na verdade temos mesmo é que estarmos abertos as novas ideias, novos conhecimentos e revelações. É assim que surgem as novas técnicas, muitas vezes conhecimentos fantásticos. Foi misturando Astrologia com espiritualidade, Cabala, Tarô, Xamanismo, Magia e agora com Umbanda que surgiram técnicas fantásticas para ajudar em nossa busca espiritual.

Isso faz com que o mago pelos caminhos da sabedoria astrológica uma vez que combinam as duas abordagens um pouco diferentes da astrologia e magia, desenvolvem novos conceitos, formas e revelações importantes. Na verdade, um pato é uma excelente metáfora sendo aquáticos e aéreos e terrestres, para analisarmos toda essa analogia magistica e astrológica. O mágico mundo da Umbanda com termos de magia astrológica precisa usar vontade, mas depois precisa ser paciente e aplicar e que no momento astrologicamente adequado é que as coisas vão funcionar.

Esta combinação de opostos é muito hermético, na verdade. Hermes é um deus liminar, literalmente um deus das portas, que não são nem de fora do edifício, cruzamentos, nem de uma estrada, nem a outras zonas fronteiriças e outros lugares. Pessoalmente, eu sempre amei ter as duas coisas e ser exatamente nem peixe nem carne, que é, eu acho um excelente exemplo de minha admiração ao grande Hermes Trismegistos.

No final, eu também, deveria perceber que os meus impulsos, desejos e talentos não são minhas criações únicas, ou especial, mas uma expressão de que as forças combinadas em mim revelam. Isto resulta da meditação e contemplação de si mesmo e de uma carta natal.

Ainda assim, para aqueles que desejam seguir um caminho verdadeiro hermética, na tradição do Corpus Hermeticum, que magia astrológica tem seus atrativos. Isso não quer dizer que não há abundância de outros caminhos a seguir, a chave é encontrar um caminho com o coração que é adequada para você.




A magia de Umbanda-Astrológica, baseada nos conceitos do Grandes Mestres, como W.W da Mata e Itaoman, são muito importantes, através dos pontos riscados em Pemba, pela configuração do nome iniciativo e esotérico. Além do mais o conhecimento hierárquico que poderá nos ser revelados através do mapa astrológico e em somas, analises ou profundas combinações oraculares.

Climazzen Astrologia e Umbanda-Astrológica  
Magos e Sacerdotes nos tempos antigos



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Pesquisando o Sagrado: A Origem dos Orixás



Estudos afro-brasileiro


Olorum, também conhecido como Olodumaré, criou o universo infinito, as estrelas, os planetas e toda a vida. Desta forma, ele separou o que era imaterial do que é material. Alguns pesquisadores dizem que o imaterial é o infinito, o òrun, um local habitado pelos seres sobrenaturais, pelas entidades, conhecidas como araòruns. Aí residiriam os antepassados e os orixás. Outros dizem que, para manter o controle sobre os seres habitam os mundos que criou, Olorum criou os orixás, cada um deles sendo assim representado, de forma material pelos elementos.

Não existe um culto dirigido especificamente a Olorum de modo que toda a comunicação entre os dois mundos é feita através dos orixás. Alguns historiadores acreditam que talvez originalmente Olorum não existisse, tendo surgido devido à influencia dos cultos maometanos e ocidentais na África, com suas noções de um deus único que centralizasse todo o poder.

O historiador Joseph Kizerbo confirma a dificuldade em definir a verdade a partir da mitologia dos iorubas. Segundo ele, o grande antepassado dos príncipes iorubas é Odudua, ou Oduduwa, ele próprio filho de Olodumaré. Segundo informa, pela tradição islâmica, ele seria Lamurudu, rei de Meca. Seu filho, Okanbi, teve sete filhos que vieram a reinar em Owu, Sabé, Popo, Benim, Olé, Ketu e Oyo. O historiador acredita que, quase certamente, os iorubas vieram do Alto Nilo para estabelecer-se na região, hoje Nigéria, sendo que Ilé Ifé foi o centro de dispersão local, passou a ser reconhecido como a “fonte mística do poder e da legitimidade”. De lá partia a consagração espiritual, e para lá retornavam os restos mortais de todos os reis, da mesma forma que ocorria com as cidades santas para os faraós.

A relação entre os seres humanos e os orixás é mais complexa do que se pode pensar a principio. Alguns historiadores nos mostraram que os Iorubas acreditam na existência de varias almas. A primeira seria o “émi”, a respiração, o principio da existência fornecido aos homens por Olorum. Outra alma seria a “ojiji”, a sombra, que o segue o homem aonde ele vá. A mais importante seria a “eledá”, ou “ipòri”, a alma ancestral que está ligada ao destino dos homens e à reencarnação, e associada à cabeça do individuo, chamada “ori”. Assim, diz-se que orí é ainda mais importante que o próprio orixá da pessoa. E é justamente essa alma ancestral que deverá comparecer diante de Olorum antes de renascer, para que receba um novo corpo, uma nova respiração e um novo destino.

Uma das concepções sobre esse processo explica que cada cabeça – ori – é modelada no orún pelo orixá Ájala, ajudado por Oxalá e pelos Odús, as entidades ligadas ao destino e que são: Ejiobe, Oyédu-méji, Òdfi-méji, Irósun-méji, Òwórín-méji, Òbára-méji, Òkanràn-meji, Osá-méji, Òturúpòn-méji, Òtùá-meji, Irètè-meji, Ofun-méji, e Òsetùá. Então, cada cabeça é modelada utilizando-se uma matéria especifica, formando o ìpòri de cada individuo. Dessa forma, se Àjàlà usar uma pedra para criar a pessoa, ele deverá cultuar Ogum, quando vier para a Terra; se for a água, Oxum, Yemanjá, Erinlé, Yewá, e Olokun. E assim por diante, referindo-se ao elemento primordial que representa cada um dos orixás.

O mestre Jesus reconhecido o elemento do qual o Apostolo Pedro tinha sido criado disse: “Tu és Pedra”. Lembre-se que os místicos sempre associaram esse apostolo ao signo de Áries o qual é regido por Ogum. “Quem tem ouvidos ouça”.

Uma das propostas sobre a origem dos orixás entende que um orixá é basicamente, um ancestral elevado à categoria divina devido ao controle que obteve sobre certas forças da natureza, como o trovão, o vento e as águas, doces ou salgadas. Esses são os orixás que se referem os mitos e lendas. Já os orixás criadores nunca encarnaram e faz parte da hierarquia que governa o sistema.
Esse controle dos orixás evoluídos, também poderia ser visto como uma serie de conhecimentos: sobre a caca, a propriedade dos metais e como utilizá-los, o conhecimento sobre as plantas e como utilizá-las. Após sua morte, esse ancestral teria o poder ou capacidade de encarnar momentaneamente em algum de seus descendentes, através do fenômeno de possessão que ele mesmo provocaria.

Sabe-se que cada cidade ioruba da África tinha seu rei, que era descendente de um herói divinizado ou então a reencarnação do orixá, de modo que alguns orixás cultuados numa determinada região não eram conhecidos em outras regiões. Quando de sua vinda para o Brasil, o culto modificou-se, uma vez que os diferentes grupos de iorubas entrarem em contato uns com os outros, reagrupando-se em torno dos terreiros – os centros de devoção da religião – então formados no Brasil. Foi assim que a religião ganhou o nome de candomblé (cujo significado original, segundo os estudiosos, é “rezar”, ou “orar”), e reuniu sacerdotes e fieis que estavam ligados por parentesco através dos orixás (daí os nomes “filhos de Oxalá e Iemanjá”, e outros mais).

Os orixás representam, portanto, forças elementais, um aspecto da natureza, e também estão associados aos antepassados, aos heróis míticos. E, mais ainda, fazem parte do ser humano, uma vez que cada ser possui seu orixá. Este é, ao mesmo tempo, seu pai espiritual e parte de seu próprio ser. Segundo as crenças do candomblé, cada pessoa apresenta as mesmas características psicológicas, de personalidade, que o orixá a que pertence. Segundo alguns estudiosos, não apenas características de personalidade, mas todos aqueles que pertençam a determinado orixá apresentarão as mesmas características e traços do rosto, composição do corpo etc. Completando suas características, a pessoa ainda reuniria traços de seu segundo orixá, que poderia alterar sua personalidade, da mesma forma que o signo ascendente, na astrologia, modifica as características do signo solar. Por isso á Umbanda Astrológica é mais uma importante ferramenta pra trazer mais luz aos estudos esotéricos referentes aos orixás.

Essa qualidade abre o conceito das relações entre os orixás e seus filhos, não permitindo que ocorra uma espécie de massificação. E, para completar, cada orixá possui, alem de suas características próprias, varias outras manifestações ou qualidades, de forma que um mesmo orixá é geralmente apresentado como mais jovem ou mais velho, inclusive cada um recebendo nomes específicos.

Trago a todos vocês minhas pesquisas e fatos a mim revelados a fim de lançar luz a uma filosofia tão bela que vem sendo tão deturpada. Uma coisa que muito me irrita é ver afro-descendentes “convertidos” a seitas protestantes as quais renegam suas tradições e ancestrais e criticam o que nem sabem direito o que é. Outra coisa que me indigna é alguns “mestres” que se acham donos da verdade e que não repartem seu conhecimento com ninguém só visando confundir as pessoas e tirar proveito disso. O que eu acho ruim também é a briga dá Umbanda e do Candomblé. Eu respeito ambas com a mesma admiração e acho que todos os movimentos afros têm que se unir e trabalharem juntos. Eu acredito pelo que a mim foi revelado que a Umbanda é mais antiga que o CANDOMBLÉ, mas ambas vem da mesma fonte. Já aqui no Brasil o Candomblé é mais antigo que a Umbanda, no entanto ambas tem a mesma importância. Axé pra todos e amor nos corações.

Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
 

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Como está a Umbanda Esotérica e por quê devemos buscar o Ifá?

 

 

Estudos sagrados e sistema orácular


A Umbanda Esotérica hoje é praticamente inexistente. Mesmo que alguém diga "mas, tem um centro de Umbanda Esotérica em tal cidade, que segue os preceitos do Pai Matta". E dai? Segue o que? O que ele disse? E só? Não evolui? Só fica no que ele iniciou? Quantos séculos as tendas, terreiros, templos ou iniciados vão ficar repetindo as mesmas coisas que Zélio ou Da Matta disse? Eternamente? Não leram  direito suas obras, quando eles diziam que estavam iniciando algo?

As pessoas são arredias, tradicionalistas, apegadas demais ao que lhes toca por uma primeira vez! Assim como fazem os judeus ortodoxos, os católicos tradicionalistas ou evangélicos radicais! Vão ficar milénios repetindo o que Moisés disse, o que Abraão disse, o que foi dito nos Evangelhos... E assim por diante. Não captou o que os mestres disseram, que eles estavam iniciando algo, pra que tivesse continuidade, reformulações e aprimoramentos. Até Jesus disse: "tenho muito a vos dizer, mas,  não posso falar agora...". João o Batista, falou "virá alguém depois de mim..." e assim por diante, os ciclos vão se sucedendo, se aprimorando, se adaptando. Não podemos nos agarrar as eras, como se fossemos carrapatos, sem querer mudar. Querendo ou não, o planeta muda, a sociedade muda, a magia evolui, a espiritualidade se adapta. Como estão escritas as tábuas da lei do ocultismo, que diz "assim embaixo como em cima". Ou seja, aqui muda, porque o espiritual muda. O espiritual muda, porque aqui tá em evolução. 

Não podemos ficar pro resto da vida, repetindo trechos da Bíblia, sem adaptar as revelações divinas ao tempo presente ou sem pensar no futuro, somente agarrados ao passado. Não norteia sua vida, pelo que Davi ou qualquer outro patriarca fez, pois ele cumpriu o que veio fazer, na sua época, na sua hora, na sua forma e nem sempre da maneira correta! Temos que deixar o tempo fluir, pois ele não para. Não fiquemos com fetichismos nos terreiros, sempre com as mesmas roupagens, as mesmas definições e as mesmas radicalizações.

É evidente, que o homem não pode perder suas raízes, suas origens, nem renegar as tradições, mas, também não pode ficar preso a elas. Uma planta não renega suas raízes, mas, expande seus galhos, seus ramos, engrossa seu tronco e lança novas sementes. Não vamos ficar décadas, séculos, milénios, presos ao que essa ou aquela pessoa disse. Vamos utilizar o que ela iniciou, pra buscar mais elementos, complementos, extensões e aprimoramentos. O que Zélio disse ou o que Da Matta disse, não era lei imutável, irrevogável ou inquestionável. As pessoas dizem o que o momento espera delas. Mas, as pessoas se transformam. 

Alguém ai pode garantir que se Zélio ou Da Matta fosse vivos, pensariam da mesma forma que antes? Não teriam mudado nada, corrigido nada? As pessoas fazem aquilo que lhe é possível fazer. E as gerações futuras, tem por dever, buscar aprimorar e até revogar se for o caso. Vamos passar eternidade apegados ao que Maomé disse, ao que Buda disse, ao que Cristo disse? Vamos, observar seus ensinamentos, mas, adaptá-los a nossa época, a nós mesmos e o sentido da vida é evoluir. 

Por isso a magia tem ciclos, o mago tem graus a evoluir. Tem gente que fica o tempo todo em debates criticando a evolução, apegado ao radicalismo e a tradições, como se nada mudasse nunca! Da Matta deixou muita coisa inexplicada, justamente pra que seus sucessores buscasse aprimorar, explicar, evoluir e elucidar da melhor maneira possível. Por isso hoje em dia, que a Umbanda Esotérica está quase ineficaz, pois existe aqueles que se apegaram ao pouco que conseguiu de Matta e não querem aumentar ou aceitar nem uma vírgula nova. Ou temos aqueles que acham que tem que jogar tudo pro lado e reformular do zero. Não é assim. Temos que pegar o que foi deixado e pensar como melhorar. Mas, o que temos hoje, são teologias vãs, que parte para o africanismo exagerado e desmancha o lado esotérico da Umbanda deixada por Da Matta, ou os que rejeita o africanismo e ficam presos nessa baboseira de Umbanda ameríndia. 

A Umbanda é tudo. Ameríndia, africana, encantada, esotérica e muito mais. Mas, ela não precisa ser fatiada em setores, como se fosse uma melancia, nem precisa de se curvar a uma predominância cristã, só porque o Brasil é cristão. Chega de estigmatizar a Umbanda, como se ela fosse cristã, quando todos sabemos que não é! Essa confusão com a implementação do cristianismo por via do Kardecismo só destruiu a Umbanda. E o mesmo ocorreu no Candomblé! Porque vocês acham que a igreja do Bonfim estava lotada em Salvador, na lavagem? Seria pra Oxalá ou pra Jesus? Se fosse uma festa exclusiva onde todos tivesse que dizer que o Senhor do Bonfim era Oxalá e pronto, acha que pelo menos metade daquele povo iria lá? O sincretismo tenta deixar mais popular, mais bonito, mais submisso as tradições de um país cheio de feriados cristão-católicos. 

E a Umbanda pode até ter seus elementos sincréticos, seu lado fetichista e seu lado encantado popular, mas, tudo numa próto-síntese cósmica. A pessoa não precisa ter um terreiro de um lado da rua, onde dança pra caboclos e outro do outro lado, onde joga o Ifá! Porque tudo não pode ser num lugar! A sim, tem que ser separado, respeitando as tradições de cada seguimento! Ué, nunca haverá uma síntese? Pra que servem as escolas de teologia e faculdades de Umbanda, se não buscam uma resposta, uma simetria, uma sincronia?

Se por exemplo, alguém vai buscar respostas nos cultos afrobrasileiros, chegando lá ela vai de manhã na encantaria, a tarde no Candomblé, a noite na Umbanda e na madrugada no sei lá das quantas! Ora, como fica a cabeça dessa pessoa? Onde num lugar diz-se que Exu é isso, mas, do outro lado da rua, se diz que Exu é aquilo? O Ogum na Umbanda é o mesmo Ogum do Candomblé, afinal a Umbanda veio do Candomblé, tem a mesma origem e a mesma ancestralidade. Esse papo de querer deixar tudo adivinho, é apenas esquema de poder, pois como se diz sobre o mal "dividir para governar". Ninguém quer comprar essa briga de codificar e agrupar, pois perde dinheiro, perde espaço, arranja rusgas. Mas, por isso mesmo que a Umbanda está se acabando, ficando na mão de poucos poderosos midiáticos. Esse é o plano mesmo, acabar com a Umbanda. Hoje, não temos mais Umbanda pura, temos conceitos de livros de ficção escritos pelo Saraceni, Umbanda Kardecista, apoiada na má interpretação do que Zélio falou ou uma Umbanda africanizada, sem parâmetro, apenas pra se apegar a ritos mais lucrativos. 

Quem é contra a codificação da Umbanda, alega, que se codificar a Umbanda, a diversidade se esvai e alguém teria a hegemonia. Ora, com a bagunça que é hoje, é que tem a elíte na Umbanda, afinal é por não entender nada, que cada um segue um caminho diferente e vai buscar cursos pra tentar ficar menos confuso. O que seria o cristianismo sem a Bíblia? O que seria o Islã sem o Alcorão? O que seria a Santeria ou cultos Iorubás sem o Ifá? O que seria o Budismo sem os ensinamentos de Buda? Enfim, tudo tem que ter sua pedra angular, seu alicerce, seus códigos, suas leis e parâmetros! Pois o que seria as tradições judaico-cristãs sem a Torah, sem os Dez Mandamentos? Como a Umbanda poderá persistir sem um código? Onde um pai de santo diz que isso é roxo e o outro diz que não, pois pra ele é laranja! Como ocorrem as iniciações, sem ter uma base, sem ter conceitos, sem ter regras? Como se interpretam os odús sem ter códigos? Onde um Babalaô vai dizer que o odú XV quer dizer isso e outro Babalaô vai dizer que o mesmo odú, na verdade, não é "isso", mas, "aquilo". 

Como um mago vai se iniciar, sem ter noção de etapas, sem conhecer elementos, sem conhecer a que cada orixá, anjo, deva ou ervas, simbolizam? Tudo tem que ser codificado, sincronizado, alinhado e esclarecido. E por isso, eu considero o Ifá, como a "Pedra Filosofal" dos cultos africanistas. Assim como a astrologia é o livro cósmico da vida! Essas fontes são conhecimentos sagrados, revelados pelo inconsciente e ao mesmo tempo, pela Consciência Cósmica.

Não é preciso ficar preso ao que  os grandes médiuns disseram no passado. É perceptível que Da Matta queria que alguém avançasse em seus estudos. Ao mesmo tempo que não é preciso desmontar os altares de Umbanda Estética, pra imprimir o Ifá no templo. Eu sei que há fases, ciclos e graus, mas, ambos vão se encaixando como quebra-cabeças e não se descartando. O conhecimento que serviu um dia, apenas se adapta, se transforma, evolui e fica mais claro, não precisa ser jogado fora. 

Imagine um homem que vai de carro, em direção a uma cidade que ele nunca foi. De repente ele chega a uma encruzilhada, onde há direções pra ele escolher. Nesse momento ele vê do lado da estrada, um menino, um velho, um rapaz e uma mocinha. Então ele questiona: "amigos, alguém poderia me dizer, pra que lado fica a cidade de Rosário?". Ao que o menino diz "Fica lá detrás daquela serra senhor! Basta entrar a esquerda e chegará lá". Mas, a mocinha interrompe e diz "Tá maluco, ela fica lá perto do Rio Doce! Tem que entrar é a direita, viajar por 3 horas e chegará lá". Porém o velho retruca e diz "Nada disso, os dois estão delirando! Rosário fica é perto da Mata Virgem, lá depois do vale. Não  entre nem a esquerda, nem a direita, apenas siga em frente e chegará lá, daqui há umas 4 horas". E o cara todo confuso, com três dicas diferentes, ainda questiona o rapaz, pra tirar a dúvida e ver a quem ele apoia, mas, o que ele houve é apenas uma nova versão: "Moço, esses três ai, não conhecem Rosário, eles nunca foram pra aquelas bandas, estão apenas chutando. Mas, eu fui. Ontem mesmo, peguei meu cavalo e fui lá visitar um amigo". Então o motorista mais aliviado, questiona qual a dica do rapaz então. Ao que ele fala: "Você tá no caminho errado! Volte 3 KM, entre a esquerda, perto do morro e siga até o rio, depois é só segui-lo que chegará a cidade!". Mas, antes mesmo do motorista ficar contente, ouve uma ligeira discussão entre todos os que deram a dica, cada um defendendo sua informação. E o cara pra não enlouquecer, decide seguir em frente, sem ter noção se realmente está indo no caminho certo ou se tá perdido. 

Pois é pessoal, se esse motorista, ao invés de ficar perguntando na estrada, tivesse levado um mapa ou informações corretas, anotadas, não teria uma viagem muito mais tranquila? Claro que teria! Da mesma forma, as religiões, que tem seus códigos, tá mais segura, com menos risco de influencias mentirosas e demagogos. Por isso, o mapa que cada um tem que levar pra se guiar no caminho da busca, são os códigos sagrados, são informações que nos deem segurança. Do que adianta essas tais "teologias" de cursos ou faculdades de Umbanda, se elas apostam na diversidade? Se elas apostam que podem sambar em todo tipo de terreiro, mudar de roupa e atender em todo tipo de esquema fetichista? A função da teologia é tentar codificar, ensinar e não ficar com lero-lero com super "hierofantes" se sentindo o dono do axé, ou agregador de comunidades, aquele que recebe todo mundo e todo mundo que tenha o pensamento que quiser, desde que esbocem uma falsa união e respeito! 

Temos que decifrar o Ifá a cada dia, estudar os orixás a cada momento, estudar a astrologia incansavelmente. Nenhum sistema está fechado ou perfeito. O que um Itá ou Odú revelou ao Babalaô na Nigéria há 3 séculos atrás, serviu aquele momento, aquela casta, aquela descendência e ciclo. Hoje, mesmo que o Odú precise preservar o mesmo tom, as mesmas qualidades e compromissos, ele terá que se adaptar a nossa realidade, cultura e ancestralidade. Não é porque um Itá ou Odú mandava alguém buscar uma flôr que só tem no norte da África, que ele vai pedir a mesma coisa aqui no Brasil. Os orixás estão ai, pra auxiliar, em conformidade com cada era e cada lugar. 

Não fique achando que só porque um cara é nigeriano, que ele pode ser um professor de Ifá mais forte ou mais conhecedor que outro escolhido aqui não. Não é porque o cara é japonês que ele sabe lutar caratê. Não é porque o cara vem de Roma que é conhece tudo do catolicismo. Não é porque o cara vem da Nigéria, que ele é o senhor supremo do Ifá! Assim como não é porque o cara é da Bahia, que vai saber jogar capoeira, gostar de dendê ou conhecer os orixás! A Nigéria tem muitas tribos, tem divergência, influencias de outras religiões, como por exemplo o Islã. Portanto, não fique achando que só porque foi a Nigéria ou tem um mestre que é nigeriano, que você é melhor ou mais sábio que os outros, em matéria de orixá. Tem gente que monta canal na internet e fica repetindo que foi a Nigéria ou tem um mestre Babalaô e se acha o "orixá da cocada preta". Mas, não é bem assim não! Quem escolhe seus enviados é o Astral Superior, não é apenas descendência ou cultura não!

Tem também aqueles radicais, apegados a tal "Umbanda Popular" ou "Umbanda Branca", ou não sei das quantas, que diz "dizer que a Umbanda é Esotérica, é como dizer que a água é molhada". É ai onde se enganam. Nem toda Umbanda é esotérica, vemos grande parte de terreiros e tendas, onde se abrem as giras com uma Bíblia na mão e o Evangelho de Alan Kardec na outra, sem ter nada de iniciático ou místico. Apenas dançam, rodopiam, cantam, dão passes e ficam sempre nas mesmas lenga-lenga de sempre, sem buscar novos conhecimentos ou aprimorar o que já sabem. Ou ficam o tempo todo, colocando os filhos da casa pra conversar com entidades! Saibam que entidades não sabem lá essas coisas a mais que nós encarnados não. E quando há as de mais alta hierarquia, não falarão quase nada. Além o mais as entidades de grau mais elevado, não ficam vindo a terra a todo momento, dando passe ou dando consulta. Por isso, mesmos os grandes Babalaôs, utilizam os oráculos, pois o Orun, só se manifesta por eles, não por contato direto de entidade. Além do mais, como disse Chico Xavier, o contato vem de cima, independe de nossa vontade. Por isso, não fique o tempo todo jogando suas dúvidas e queixas nas costas das entidades todo dia. Elas não podem interferir no nosso carma e destino É por isso que se faz Orí, Borí e tantas iniciações, pois o homem vai se adaptando. Como dizem os mestres indianos "50% Deus, 50% nós"... não esperemos que entidades resolvam nossa vida ou nos dê respostas. Só os evangélicos, parecem achar que simplesmente, pagando dízimos, lendo a Bíblia e orando nos templos, que sua vida se resolve como se fossem os escolhidos acima dos demais da ralé que não é crente.... Tudo engano. Pois quem veio cumprir um destino, terá que fazê-lo. Nem Cristo escapou ou abriu mão de seu destino. Como ele disse "Pai se possível afasta de mim este cálice...". Mas, teve que beber do cálice mesmo assim. Então não pense que um pastor, igreja ou a Bíblai vai livrá-lo de cumprir o que você veio fazer nessa vida.

Alguns estudiosos do Ifá, dizem não acreditar em destino. Ai eu pergunto: Se não acreditam em destino, porque estudam o Ifá? Ora, o estudo do Ifá, é pra buscar a possibilidade de modificar ou tornar mais fácil um destino já pré-existente. Se não tem nada escrito, vai buscar o que, se você pode ir escrevendo como quer agora? Existe o destino, o livre-arbítrio e o acaso. E os oráculos se inserem nessas três portas. O que se busca nos oráculos, é tentar adaptar, sincronizar e alinhar essas três portas. Pra que ao acharmos uma resposta lúcida e sábia, possamos adaptar nosso livre-arbítrio e instintos, para que possamos cumprir nosso destino com maestria, inteligência e força. Ou no caso do destino ruim, tentar superá-lo sem confrontá-lo, mas, sabendo ultrapassá-lo com sabedoria. Ai muitas vezes entra o acaso, onde estão inseridos os milagres e a mão das potencias criadores, que interferem sem mexer nas estruturas do tempo, do espaço e nos mecanismos do Cosmos.

Não caiam nessa também de achar que a Umbanda, tem uma carta natal. Essa história de que a Umbanda se iniciou em 1918 é balela. Zélio não inventou os ritos e nem cultos. Ele recebeu o Caboclo que já pertencia a uma falange, por isso, foi rejeitado no espiritismo. Por isso, teve que montar seu tempo, sua linha de trabalho. A Umbanda não surgiu, ela apenas ressurgiu. Pois estava oculta por um tempo, assim como muitas vezes na história os conhecimentos sagrados se oculta, pra ressurgir na era necessária. O segredo da Umbanda, é que ela buscou adaptar-se aos cultos da nossa terra. Mas, o Caboclo que falou ao médium naquela época, citou os orixás, pois já pertencia a uma falange, a linhas e já tínhamos a Umbanda no Astral, que apenas repousava.

Axé a todos e que Orumilá esteja com todos, trazendo as bênçãos do Deus Supremo a todo mundo! Eu estou trabalhando em diversos trabalhos que quero transformar em livros. Negociando com algumas editoras e veremos no que vai dar. Quem quiser contribuir com o Instituto Climazem de pesquisas, com livros ou alguma doação em dinheiro, é só entrar em contato e fazer parte da corrente sagrada de Orumilá - corrente do destino iluminado, prospero e de amor.

Carlinhos Lima



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