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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Cientistas investigam galáxia que pode mudar atual compreensão do Universo



Cientistas realizaram um estudo da galáxia mais longínqua que se conhece e descobriram que é muito mais antiga do que se pensava antes.

Cientistas da Universidade de Copenhague, Dinamarca, realizaram uma pesquisa e concluíram que a galáxia conhecida mais longínqua se formou 1,5 bilhão de anos depois do Big Bang. Isso é um bilhão de anos mais cedo do que tinham mostrado as pesquisas anteriores. A descoberta da galáxia pode levar à mudança da atual compreensão sobre a evolução do Universo, informa o portal EurekAlert!.
Este massivo sistema de estrelas pertence ao tipo de galáxias que estão morrendo, o que significa que os processos da formação de estrelas nela pararam. A galáxia é mais massiva do que a Via Láctea e inclui mais de um trilhão de estrelas.
Além disso, a galáxia tem um núcleo formado. Isto indica que, quando tais sistemas estelares estavam "vivos", os processos que ocorriam neles não eram tão ativos quanto em muitas outras galáxias daquela época.
Os pesquisadores ainda não sabem por que razão as galáxias morrem. Por exemplo, a Via Láctea até agora está viva, ou seja, nela estão nascendo lentamente estrelas novas. No entanto, a galáxia M87, que é localizada relativamente perto, já está morta. Segundo cientistas, isso pode estar relacionado com a presença de um ativo buraco negro supermassivo no núcleo.

Imagem do buraco negro no centro da galáxia M87, captada pelo projeto Event Horizon Telescope (Telescópio de Horizonte de Eventos)
No futuro, os astrônomos planejam obter mais dados sobre as galáxias normais para saber que razões as forçam a parar de formar estrelas novas.

Reveladas cores de famoso ídolo inca que se acreditava ter sido destruído no século XVI (FOTOS)



Cientistas descobriram que o ídolo de Pachacamac foi venerado sete séculos antes da chegada dos espanhóis e conseguiu sobreviver à conquista. A análise também revelou as cores originais da estátua.

O ídolo de Pachacamac é uma estátua de madeira esculpida de mais de dois metros de altura proveniente do complexo arqueológico de Pachacamac, o principal santuário inca, a 31 quilômetros a sul de Lima, Peru, datado dos séculos XV e XVI.

© FOTO / SEPÚLVEDA ET AL.
Ídolo inca de Pachacamac
Em 1533, o conquistador espanhol Hernando Pizarro ordenou destruir o templo onde estava o ídolo e substituí-lo por uma cruz, segundo as crônicas.
No entanto, em 1938, no sítio arqueológico foi descoberto uma espécie de poste de madeira esculpida, pelo que se considerou que os espanhóis poderiam ter errado ao pensar que o ídolo tinha sido completamente destruído.

Mais antigo do que se pensava

Investigadores da Universidade de Paris realizaram pela primeira vez a análise química da estátua. Através da datação por carbono, conseguiram determinar que a madeira teria sido cortada e provavelmente esculpida aproximadamente entre 760 e 876 d.C., durante o chamado Horizonte Médio (período de desenvolvimento das civilizações andinas, entre os séculos VI e X). Desta maneira, o ídolo foi criado pelos waris, ou seja, cerca de 700 anos antes do apogeu do Império Inca, indicam os autores da pesquisa, publicada na revista científica PLOS One.
A datação confirma que o sítio de Pachacamac já tinha importância ritual antes da chegada dos incas, afirmam os investigadores. Depois, os incas o converteram em um dos principais centros de peregrinação até o ponto de albergar um oráculo que aconselhava o próprio imperador.

Não era sangue, mas cinábrio

Além disso, a equipe de investigadores conseguiu realizar uma análise inédita, não invasiva, da pintura preservada do ídolo. Esta análise não só confirmou que o ídolo fora antes pintado, mas que também era policromático.
"A policromia identificada no ídolo de Pachacamac continua sendo um exemplo único até o dia de hoje", indicaram os autores.
Foram identificados rastros químicos de três pigmentos, que davam ao ídolo uma coloração vermelha e amarela em algumas partes e branca nos dentes da personagem.

© FOTO / SEPÚLVEDA ET AL.
Investigação do ídolo inca de Pachacamac
Os investigadores conseguiram determinar a composição química dos pigmentos. Resultou que o vermelho afinal não era sangue, como diziam as lendas, mas cinábrio, um mineral de mercúrio conhecido nessa região desde até mais de 2.000 anos.
As fontes de cinábrio nos Andes se encontram a 400 quilômetros de Pachacamac, a uma grande altitude. O uso do pigmento levado de uma região distante mostra o poder econômico e político e é uma prova do intercâmbio de minerais a longa distância para pintar objetos rituais de grande importância, sugeriram os autores.
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