Total de visualizações de página

Planetas e Orixás regentes de 2023

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Mediunidade, dons e má fé!



Pois é prezado irmãos a mediunidade é sem sombra de duvidas um dom especial. Mas, tambem significa para muitos a conexão com o carma. Na verdade são muitas as formas de mediunidade. Muitos são os dons, como reconhece os Evangelhos e muitas são as formas que se apresentam para nós esses dons! Na verdade o Criador não erra, como diz o ditado popular, "Deus dá o frio conforme a coberta", mas, nem sempre nós recebemos bem essa missão de ser um medium durante todo nossa vida.

Digo toda, porque quem nasce medium, certamente, vai têr mediunidade até desencarnar, a menos que evolua muito durante sua jornada. Muitso vão catando bem as dicas que o Criador vai deixando pelo caminho e vai se santificando, se purificando e se iluminando num grau evolutivo tão acelerado que chega a um ponto de não precisar mais dessa mediunidade. Mas, a grande maioria não consegue progredir, afinal são duras penas e duros desafios. Como diz os ensinamentos "muitos são chamados, mas, poucos escolhidos". Infelizmente!

Ou como sempre vimos os religiosos dizendo: "Largo são os portões que levam a perdição". Por isso muitos dos convocados para ser obreiros do Senhor, se perdem pelo caminho, na sua propria trajetoria, se destraviam pelos caminhos tentadores do pecado e malignidade.

A mediunidade muitas vezes e na maioria das pessoas amedronta, dá problemas e traz transtornos. Isso porque grande maioria dos espiritos que reencarnam pra progredir, continuam rebeldes, não aceitam sua missão, ou trouxeram cargas emocionais tão pezadas que não conseguem captar as mensagens como elas são enviadas pelo Astral Superior, tudo fica confuso na cabeça dele e muitos declinam pra loucura. Não é a toa que a esquisofrenia é tão parecida com precessos mediunicos.

Além do complexo sistema ser dificil de compreendermos, pois, falamos de coisas que atuam sem que vejamos, possamos comprovar, estudar, pesquisar ou adentrar, como fazemos num site da internet, ainda têm os malfeitores, agentes do mal que tentam nos confundir, desviar enlouquecer! E pra piorar ainda mais, além dos espiritos maus desencarnados, temos os sensacionalistas, charlatões, mentirosos e demagogos de plantão que desvirtuam tudo e nos deixam malucos.

Caros irmãos, vocês não fazem ideia de quantos sofrem mundo à fora, na penumbra da incompreensão, nas visões mal explicadas, no preconceito ao seu redor, no medo, na solidão e no abandono da realidade. Muitos são os dramas e muitos os desafios. E ainda não podemos esquecer da forte pitada de ego, que o proprio ser humano mistura nisso tudo. Porque em grande parte dos casos, às pessoas não querem buscar algo que faça sentido, mas, geram um projetos proprio, traçam seus planos e metas e seguem rumo ao mundo que só ele têm na cabeça.

E temos tambem as pessoas que passaram suas vidas todas, agindo como pessoas "normais", nunca se importaram pra espiritualidade, nem quiseram em tempo algum se importar com o tema. Mas, que trouxeram sim algo pra ser vivido, superado, transformado ou buscado nesse sentido. Ai ela se interessou o tempo todo, sua vida toda, com dinheiro, carreira, vaidade, amor, sexo e prazer o tempo todo. Então tudo bem! Sim até determinado momento em que tudo desmorona! E ela vai com o tempo em atraso pra sua busca, tentar compreender, mas, continua teimando e chega até o fundo do poço, quando percebe está afundando quase que sem jeito de retorno. Ai existem dois problemas: Primeiro que esse tema é muito complicado e mesmo buscando auxilio, nem sempre a pessoa vai encontrar as pessoas certas pra ajuda-la e segundo, que nem sempre às pessoas buscam o que é certo pra elas, mas, sim o que eles querem. E há sim uma grande diferença ai entre o que elas querem e o que elas realmente necessitam!

Assim muitos individuos que têm o dever de buscar vivenciar mais a espiritualidade, continua teimando, apostando no material, achando que dinheiro compra até o bem estar espiritual. Então procuram um sacerdote com o intuito de fazer uma consulta. Nessa consulta, ao se detectar o que existe de errado na vida da pessoa, passa-se um diagnostico. Mas, esse diagnostico em 99% dos casos, será "resolvido" pelo sacerdote, ou seja o cliente, só paga, se livra do problema e a vida continua! Sera´que é simples assim mesmo? Claro que não e um dia muita gente vai saber do que eu tô falando agora!

Muitos sacerdotes até têm a vontade de dizer tudo que as pessoas precisam fazer por si mesmas, mas, praticamente todas, se irritariam, não querem a verdade e sim soluções. Ou seja, dá-se uma oferenda aqui e ali, faz-se uma macumbinha e tenho quem eu quero de volta, aumento nos lucros e as doenças se vão! Boa barganha, sem trabalho e sem dor! Será mesmo que tá resolvido? Evidente que não, a espiritualidade não é um balcão de negocios.

Sabemos sim que esse tipo de trabalho de magos ou sacerdotes, prestando serviços aos nobres que buscavam soluções existe desde os primordios e muitas vezes dá certo sim! Muitas oferendas são em forma de louvor, de agradecimento e de conexão com o Astral Superior. Na verdade é pra ritualistica que existem os sacerdotes, afinal eles têm têm o dom da magia, devem sim fazer, pois, pra leigos é perigoso e não recomendado. O que quero dizer é que devemos buscar saber o algo mais, o empenho, a missão, a espiritualidade é eterna o materialismo não. Essa vida terrena é passageira a alma é eterna! Não é só pagar uma oferenda e nunca mais querer saber dos seus guias, orixás e mestres! Tudo ronda a responsabilidade espiritual.

Outra coisa interessante é vêr pessoas que chegam nos cartomantes, tarologos, astrologos e sacerdotes pedindo consulta. Ai ao saber do preço exclamam: "Pensei que você trabalhasse de graça, pois, têm que fazer caridade"! Esse tipo de atitude além de cinica é ofensiva, com um tipo de disfarce sem vergonha, daqueles que querem se aproveitar da boa vontade das pessoas. Como se o sacerdote ou buscador, não tivesse seus compromissos pessoais e tivessem que viver ali trabalhando de graça enquanto ele vive o deslumbre de seu ego, pintanto e bordando.

Então, o medium têm que fazer caridade! E têm sim, mas, conforme sua missão que é repassar a mensagem do Astral Superior, cada um dando sua contribuição na busca, assim como jornalistas e outros profissionais, recebem só pra escrever ou ouvir.

A Igreja cobra Dizimos, o governo cobra impostos e os espiritualistas cobram pelo uso de seus dons, que afinal de contas são ferramentas, pelas quais eles se diferenciam dos demais, porque se não tivessem dons, seriam pessoas comuns, que nada teriam de ligação com a espiritualidade.

O psicologo, pode cobrar pra dar sua opinião, mas, o tarologo e astrologo não! Essa é a opinião de muitos imbecis que se fazem de desentendidos, querendo se aproveitar do tempo e da boa vontade alheia! Mas, na hora de dar grana num papelote de droga, ou encher a cada na bebida, acha que o dinheiro tá muito bem aplicado! Tudo idiotice!

Uma madame pode dá mil reais nuam calcinha numa loja de grife ou num creme caro, os quais não impedirão, nem de elas serem abandonadas do conjugue, nem de envelhecer! Mas, na hora de buscar ajuda espiritual, o medium têm que trabalhar de graça porque precisa fazer caridade. Mas, em que local do caminho de sua vida isignificante esses aproveitadores materialistas, perderam a caridade deles? Como disse Jesus: "Dai a César o que é de César" e disse mais: "Quem têm ouvidos ouça"!

Sem essa de alguém vim dizer que opera só com os dons, pois, na verdade, até os grandes magos, tiveram que buscar evolução, como Buda, Moisés e o proprio Cristo, como tambem muitos outros. Então a busca é diferente em cada época. E assim o Astrologo, Tarologo, Cartomante e até sacerdote magista, têm que estudar, lêr, meditar e se manter. Por isso, sabemos que ha´um dever, não só material, mas, moral e espiritual de cobrar pelos seus serviços. Porque o proprio Cristo nos ensinou a doar, mas, tambem a valorizar os dons, isso ficou muito claro na parabola das moedas! Quem quiser entender medite, leia e reflita.

Muitos são os dons!!!


A Materia é Composta de Energia


Mediunidade através dos tempos


A Astrologia é uma ciência sagrada.


A mediunidade na visão da psicologia


O verdadeiro comtemplador de astros


OS GRANDES MISTERIOS


O poder da mente e mediunidade


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Muitos segredos continuarão velados!



Muitas pessoas, ou maioria das pessoas se perguntam o porque de todos os conhecimentos magisticos serem secretos! Eles são velados, na verdade nem todos, mas, grande parte, porque sabemos muito bem da ganância e ambição do homem que ao longo de sua historia sempre buscou têr controle do poder. E é justamente por isso que não existe sábios sobre à Terra que conheça todos os segredos! Até mesmo Cristo não conhecia todos os segredos enquanto homem! Muito foi sendo revelado a Jesus, conforme ele se aproximava do cumprimento de sua missão e assim, vemos claramente em sua historia que ele foi evoluindo degrau por degrau. Até mesmo Jesus, obedeceu a Hierarquia Superior, cumpriu o serviço para o qual foi designado.

Na verdade o desafio do mago e sábio é justamente captar a essência das coisas. A missão mais importante do buscador é tentar compreender o mundo tanto à sua volta, quanto dentro dele mesmo. E saibamos assim que muitos são os segredos que nunca serão revelados a nós, não só encarnados, mas, também desencarnados! Os grandes segredos de Deus não compete a nós sabermos, até porque existem leis, regras e mandamentos.

Muitos evoluiram nas buscas sobre conhecimentos magicos. Grande parte deles ajudados por demônios perigosos, outros tiveram ajuda do Astral Superior e cairam na ruina do orgulho, maldade e avareza. Por isso que adentrar os portais do templo sagrado da magia cosmica é tão depurativo, dificil e amedrontador.

Uma das principais regras do buscador é não questionar demais, porque como diz o ditado popular "a curiosidade matou o gato". Foi a vontade de saber como era ser Deus, que levou Luzbel a ruina! O buscador, tenta sim achar respostas pra suas duvidas, mas, há uma diferença em procurar encontrar suas respostas necessarias entre tentar descobrir segredos desnecessarios. Por isso o bom caminho é buscar encontrar os conhecimentos que somem luz e sabedoria ao nosso ser e não que some atribulações ou loucura.

Muitos conhecem muita coisa de magia, usam bem esses conhecimentos, porque evoluiram no caminho da sabedoria, mas, grande parte se deixam corromper e é justamente por isso que estes caminhos são proibidos.

Há uma diferença substancial entre o que se ensina popularmente nos terreiros sobre entidades e Umbanda e o que representa suas verdadeiras raizes. Isso porque muito foi desvirtuado, usado de forma corrosiva, imperfeita e sem moral ou ética.

Muita coisa se apresenta a nós de uma pra nos confundir, nos testar e pra percebermos onde são melhores buscados nosso aprimoramento, como tambem onde conhecemos melhor nossos limites. O Karma que tanto vêmos falar hoje, em especial por filosofias espiritas, não é só pra depurar almas, ou só pra fazer sofrer, na verdade o papel do carma é iluminar, convencer o homem que ele é eterno, como também evitar que a humanidade continue errando sem limites.

Dos segredos velados de Umbanda, o que mais nos chama atenção sem duvida são as formas como as entidades são vistas ou se apresentam aos buscadores. Caboclos por exemplo, têm em sua origem tempos distantes de quando o homem ainda tinha pureza em sua alma, obedecia hierarquias e sabia muito bem respeitar a Natureza. Mas, seu formato chama atenção de muitos pelo fato de só querem trabalhar com essas entidades, personificadas em indios, quando na verdade eles podem usar às mais variadas formas. Na verdade estamos falando de entidades que poderão se apresentar vindos de dimensões distantes, com uma linhagem de milhares de anos, com outros formatos, fisionimias ou cores. Claro que pra nós aqui no Brasil as oriengens são respeitadas pelo Astral Superior, por isso grande parte dos Ancestrais vão sempre se apresentarem de forma muito substancial como os antigos pagés nas matas, mas, saibamos que hoje somos muito mais um povo mestiço. Assim podemos ter um Caboclos americano, chinêns, egipcio ou de qualquer outra étnia do mundo. Tambem sabemos que Pais Velhos nem sempre serão pretos, mas, podem sim se mostrarem na experiência dessa linha com qualquer personificação, mantendo a mesma essência vibracional.

Outra linha que sempre causa curiosidade, questionamentos e até medo, com razão, é a chamada Linha de Exus. Que há sim uma explicação que creio eu já ter dado em outros artigos, tanto para o nome quanto para finalidades. Mas, é um assunto tão vasto que poderiamos falar em milhares de temas que não se esgotaria. Isso porque exus estão ligados tanto as memorias conscientes, quanto inconscientes do ser humano. Sendo que essas memorias em grande parte doloridas, ligadas a turbulências, guerras ou até mesmo o mal! Tudo isso gera na verdade a grande confusão de comparar, sincronizar ou classificar Exu com demonios ou o proprio Diabo.

E não tenham duvidas que seres malignos, enviados por magos negros ou por conta propria, se passam sim por essa linha, até porque elas trabalham no limite da consciencia cosmica. Ela nutre desejos, está ligada aos medos, rancores, serve como via de escape e descarga nas emoções do ser humano. E ai fica facíl até mesmo identificar demônios internos, como sugere alguns parapisicologos.

Mas, antes de julgar qualquer força ou entidade, temos que têr sempre em mente, que: "nem tudo é o que parece ser!" ou "Nem tudo que reluz é ouro". Assim nem tudo que se mostra como bom pertence ao Bem e nem tudo que se mostra ruim, pertence a Mal. Lembremos sempre que Cristo foi tentado por Satanás em forma de anjo de luz! Ele reconheceu, mas, nós reconheceriamos? Por isso antes de julgar qualquer coisa, tenha convicção de que seus conceitos estão corretos!

Leia tambem:

Segredos Velados e Pombagira!


A POMBAGIRA LUTANDO PELA MULHER


Entidades populares da Umbanda



Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CHAKRAS E REALINHAMENTO



A palavra chacra, do sânscrito, significa roda e evoca o caráter dinâmico desses centros magnéticos, que captam, armazenam e distribuem a energia. Relacionados a órgãos e glândulas, eles têm importância decisiva para a nossa vida física, mental e espiritual, influenciam nossas emoções e são influenciados por elas. Atuam diretamente sobre a nossa disposição e alegria de viver. Os sete principais chacras estão localizados entre a base da coluna e o topo da cabeça. Quando seu fluxo é bloqueado, podem surgir distúrbios físicos, emocionais, mentais e espirituais.

O realinhamento dos chacras purifica nossos canais, alimenta, regula e equilibra os órgãos, células e as funções vitais.

Quando estamos em harmonia, a energia penetra naturalmente através desses centros de força e cumpre sua função. Essa atividade natural de reabastecimento energético possibilita a nossa boa condição de saúde física, emocional, mental e espiritual.

Siga o link e fico mais informado:

Leia mais sobre Chacras

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O poder Ancestral sobre nós por meio das vibrações!



Hoje em dia cientistas céticos tentam desqualificar os conceitos da fé, da espiritualidade e das ciências misticas. Mas, cada um têm o direito de acreditar no que achar melhor! Tudo depende do olhar, de quem olha e de que prisma é usado pra se enchergar as coisas.

A Astrologia por exemplo, não foi criada pra ser comprovada, mas, sim pra servir de ferramenta com a qual o ser humano pudesse fazer uso pra atingir os misterios importantes que servissem pra sua evolução. Essa evolução não se dá apenas na alma e na mente, mas, também no corpo. Isso porque quando nos encontramos com a mente são e livre de entraves, juntamente com a alma iluminada, sem duvidas o corpo se comportará com harmonia, nos deixando super equilibrados.

Todos os seguimentos de fé surgiram da observação dos fenomenos naturais que inclinaram o homem à busca do Sagrado. Foi observando os céus que o homem teve a inspiração divina da Astrologia; Foi observando os fenomenos da natureza que os homens, se inclinaram a imitar a Natureza e assim acabou entrando em contato com a magia. E assim ocorreu com o surgimento do religare, dos conceitos de fé e tudo ligado ao que está intocavel aos nossos sentidos fisicos.

Só que não creio em nenhuma dessas ciências, até mesmo os inventos da ciência convencional como criação do homem, mas, como revelações e inspirações divinas. Assim a Astrologia têm uma profundidade muito maior do que pensam os filosofos que tentam decifrar sua origem. Ela foi revelada por seres superiores. Veio como dadiva da nossa Hierarquia Ancestral, resistindo ao tempo e aos ataques até os dias de hoje!

No entanto, a ifluência direta de ambiosos, interesseiros e seres malignos, chegaram a melar muito dos conhecimentos sagrados que nos foi revelado nos templos. Tudo por causa da luxuria, vaidade, avareza e outras formas de pecados humanos. Reis inescrupulos, poderosos e mentirosos se acomodaram com o uso eficiente da magia e dos conhecimentos, usando à seu favor. Isso tudo acabou denegrindo toda luz desse conhecimentos magnificos.


O bom conhecimento astrológico foi posto a prova a serviço de reis e nobres que podiam pagar caro por esses trabalhos. Os cálculos complexos, os estudos de cada planeta nos mapas e a relação entre os planetas eram vistos pelos reis, nobres e pessoas em geral como magia. Por isso mesmo, se o astrólogo errasse suas previsões e análises, ele era executado. O interesse desses nobres era aumentar seu poder e suas riquezas, por isso era fundamental saber se conseguiriam progresso em suas empreitadas. Isso garantiu uma sobrevivência do conhecimento e prática dos astrólogos que mais acertaram, garantindo uma seleção natural e cada vez mais rica e precisa do saber astrológico.

Graças a todo esse contexto, foram feitas várias compilações de antigos livros, sempre confrontados com algumas novas descobertas. Sobreviviam sempre as técnicas mais eficazes, pois na astrologia, o que não funciona deve ser descartado. O lado negativo dessas compilações, foi que surgiram adulterações, mentiras e inclinações ao mau uso dos conhecimentos.

Na antiguidade, eram atribuídas divindades e mitos à cada planeta. Havia festas, rituais e celebração de vários acontecimentos celestes cíclicos, como a festa do Deus Sol, comemorada dia 25 de dezembro, época do solstício de inverno do hemisfério norte, quando o sol entra em capricórnio. Era nessa época que aconteciam os dias com menos tempo de luz solar e as noites mais longas. Alguns estudiosos acreditam que a data de nascimento de Cristo foi estrategicamente colocada pela Igreja Católica no dia 25 de dezembro para encobrir a tão celebrada festa pagã.

Os estudos astrológicos são os agentes responsáveis pelos eventos que percebemos nas nossas vidas. Isso nada tem a ver com espiritualidade, magia ou clarividência. É pura evolução do estudo do céu ao longo de milênios.Ao longo de muitos anos, toda essa observação se tornou um estudo importante para administrar as dificuldades sazonais. Essa ferramenta consistia no cálculo de certas posições planetárias demonstradas num gráfico. A evolução desses estudos há mais de dois mil anos atrás nos trouxe um detalhamento riquíssimo sobre os astros e da sua relação com o homem - a astrologia.

Hoje após o bom uso da mediunidade, com uma mecanica espiritualizada mais bem elaborada do mecanismo mediunico, podemos captar melhor as energias, assimilar melhor os conhecimentos, pois, hoje temos um acesso maior aos estudos de homens sabios e nobres. Como o grand Sant Yves, que muito fez pra decifrar codigos e conceitos secretos, que são hoje as bases principais da Umbanda-Astrologica.

E a Umbanda-Astrologica, mesmo tendo todo respeito e admiração pelas obras dos reformadores da Umbanda brasileira, têm em Sant Yves, o grande contribuidor, para que podessemos compreender melhor a influencia dos astros sobre nós pela visão mais espiritualizada. Essa visão mais espiritual, nos faz perceber que as energias cosmicas das vibrações se personificam tornando-se assim mais palpaveis, pelas quais tiramos um proveito maior do poder Ancestral. Assim não vemos os planetas apenas como energia, mas, com representantes, personificados que trabalham pela Hierarquia visando a evolução das almas.

Carlinhos Lima - Astrologo

domingo, 21 de junho de 2009

Ilê Axé Opô Afonjá: 1 século a serviço de Xangô

Em 1910, na Cidade da Bahia, na distante periferia de São Gonçalo do Retiro, sob os auspícios do Senhor da Justiça, o orixá Xangô, nascia o atuante terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, que em português significa: Casa da Força sustentada por Xangô. Este ano o terreiro completa 97 anos de existência, prestando um inestimável serviço a favor da preservação do culto aos orixás, dentro de uma estrutura sócio-religiosa que os mais relevantes estudiosos do candomblé baiano, como o prof. Vivaldo da Costa Lima, chamaram de modelo jeje-nagô.

Originário de uma tradição erguida pelas míticas princesas iorubanas fundadoras do antigo candomblé da Barroquinha, as Iyá Detá, Iyá Kalá, e a mais famosa entre todas, Iyá Nassô, o Afonjá foi fundado pela estimada e "imortal" iyalorixá Eugênia Anna dos Santos, conhecida como Aninha de Afonjá, e mais religiosamente, era chamada de Iyá Oba Biyi. Mãe aninha fora iniciada nos mistérios da religião iorubá, em uma casa situada à rua dos Capitães, próxima da hoje conhecida Praça Castro Alves, em Salvador, segundo nos informa Mestre Didi . Da feitura do santo de mãe Aninha, segundo o mesmo informante, participaram a Iyanassô, mãe Marcelina que era chamada de Obá Tossi e o mítico Bamboxê. Depois de anos de iniciada, com a morte de Oba Tossi, disputas internas foram geradas por questões sucessórias, a Iyá Aninha desligou-se do Ilê Axé Airá Intile (como era chamado o antigo candomblé da Barroquinha) e juntamente com Tio Joaquim, o Obá Sanyá, foi fundar o Afonjá, que ao longo da sua história, tornou-se um dos templos mais importantes das religiões de matriz africana no mundo.

Este candomblé em seu processo de consolidação religiosa, além da forte presença de sua matriarca maior, contou com a contribuição de personalidades míticas baianas, como a do Babalawô Martiniano do Bonfim, a do proeminente comerciante Miguel Santana, que ajudaram mãe Aninha a reproduzir em seu Ilê Axé uma espécie de sociedade africana, inspirada nas cidades-estados Oió e Ketu. Mãe Aninha apresentou o universo do candomblé a nomes como do etnólogo baiano Edison Carneiro, e iniciou o icônico prof. Agenor Miranda como seu filho de santo.

Nos anos 20 e 30 do século passado, a mais expressiva e atuante iyalorixá da Bahia, era Aninha de Afonjá. A sua fama repousava em seus conhecimentos sobre os fundamentos da religião dos orixás, em sua disciplina modelar, em sua inteligência, em seu interesse pela história e pela cultura iorubanas, em suas atitudes políticas e visionárias: Aninha foi a Iyá responsável pela liberação legal do culto aos orixás, depois de uma audiência no Rio de Janeiro com o então presidente Getúlio Vargas, em 1936; é dela a famosa frase: "Quero todos meus filhos aos pés de Xangô com anel de doutor". Foi a matriarca soteropolitana, filha de negros da nação grunce, que chamou Salvador de "Roma Negra".

O seu exemplo, a sua imagem histórica, o seu legado sócio-cultural, e principalmente, religioso, traduz-se na imponência litúrgica corporificada há mais de noventa anos pelo Ilê Axé Opô Afonjá, monumento de orgulho de qualquer adepto do candomblé, cônscio da historicidade desta religião entre nós na Bahia.

A saga deste templo conta a história de outras iyalorixás que contribuíram para sua evolução e consolidação como um dos mais importantes instrumentos de preservação da influência africana nas reinvenções religiosas dos negros oriundos de etnias nagô-iorubá e jeje-fon. Com a morte de Aninha Obá Biyi em 1938, chegou ao trono daquela casa uma filha de Oxalufã, a iyalorixá Bada, conhecida como Olufan Deiyi, seu nome sacerdotal, que governou o Ilê Axé de 1939 até 1941, quando veio a falecer. Para substituí-la, assumiu o matriarcado do templo Maria Bibiana do Espírito Santo, a Oxum Miwá, a veneranda Mãe Senhora de Oxum.

A "Era Senhora" perfila a grandeza dos ensinamentos deixados por Aninha, foi nesse período que o Afonjá seguiu a sua tendência de se aproximar de grandes intelectuais, que sob a constante vigilância de mãe Senhora, garantiram prestígio e mais "tolerância" ao culto dos orixás praticados em algumas casas, entre elas o Gantois e o Engenho Velho, já que as demais eram muito perseguidas pela polícia baiana na época. Senhora atraiu para si muita respeitabilidade, e em seu período como "Iyá", juntamente com mãe Menininha do gantois, era lembrada como a grande sacerdotisa naqueles anos.

Mãe senhora levou para o Afonjá, importantes celebridades do cenário político, artístico e intelectual brasileiro: Jorge Amado, Vivaldo da Costa Lima, Antonio Olinto, Rubem Valentim, Zora Seljan, Juanita Elbein e Pierre Verger; recebeu as visitas ilustres de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Mas o mais importante foi a sua fidelidade e maestria em relação à conservação dos preceitos religiosos do candomblé ensinados por sua estimada Iyá Obá Biyi.

A iyalorixá faleceu em 1967. Em seu lugar veio mãe Ondina de Oxalufã, de nome religioso Iwintonã, que reinou naquela casa de 1968 até 1975, quando veio falaceu.

Fonte/Terra Magazine/Marlon Marcos é jornalista, professor e mestrando em Estudos Étnicos e Africanos pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (Ufba). Opiniões expressas aqui são de exclusiva responsabilidade do autor e não necessariamente estão de acordo com os parâmetros editoriais de Terra Magazine.

Terra Magazine


Leia o Artigo na Integra

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Magia em movimento constante


MUITA GENTE PENSA QUE A MAGIA NÃO MUDA E MUITOS SE DIZEM MAGOS, SÓ PORQUE CONHECEM ALGUNS CONCEITOS ENSINADOS POR ALGUNS ESCRITORES. NO ENTANTO A MAGIA É UMA MANIFESTAÇÃO DE ENERGIAS E COMO TUDO É MUTAVEL. CADA EPOCA TEM UMA FORMA DE MAGIA DIFERENTE.

UM ENCANTAMENTO FEITO POR MOISES NO TEMPO DOS FARAÓS SENDO REPETIDA HOJE JÁ TERÁ UM EFEITO DIFERENTE. É POR ISSO QUE AS MAGIAS PREGADAS NA UMBANDA TEM AÇÕES DIFERENTES DEPENDENDO DE QUE AS EVOCA, DE ONDE SE EVOCA E QUE ELEMENTOS SÃO USADOS. OU SEJA MESMO QUE TUDO SEJA REPETIDO CORRETAMENTE, ELA NÃO FUNCIONARÁ DA MESMA FORMA. POR ISSO QUEM QUER DESMANCHAR UM FEITIÇO E DIZ QUE TRAZ ISSO OU AQUILO EM DIAS CONTADOS MENTE.

PARA SE QUEBRAR UM FEITIÇO A NECESSIDADE DE SE USAR OS ELEMENTOS COMPATIVEIS PARA TAL E NÃO SÓ FICAR ESPERANDO PELOS GUIAS PARA DESFAZE-LOS. UM FEITIÇO FEITO POR UM HUMANO SÓ PODERÁ SER QUEBRADO POR OUTRO HUMANO QUE TENHA FORÇA PARA TAL. É POR CAUSA DA DEMAGOGIA QUE A UMBANDA ESTÁ TÃO DESMORALIZADA.

OUTRA COISA IMPORTANTE É SE RESPEITAR AS FORÇAS COSMICAS, OS ELEMENTOS E AS CONFIGURAÇOES ASTROLOGICAS. POR EXEMPLO: UMA MAGIA DE AMOR NÃO PODE SER FEITA NUMA QUADRATURA DE MARTE COM SATURNO, OU NUM ASPECTO DESAFIADOR DE VENUS COM SATURNO, ETC.

A PRUDENCIA É UMA LEI FUNDAMENTAL PARA SE USAR QUALQUER TIPO DE MAGIA. OUTRA COISA FUNDAMENTAL É QUE O MAGO RESPEITE PROFUNDAMENTE A NATUREZA E A HIERARQUIA ESPIRITUAL.

CARLINHOS LIMA - ASTROLOGO, TAROLOGO E PESQUISADOR.

sábado, 7 de março de 2009

O uso da Pemba na Umbanda



A pemba é um objeto presente nos rituais Africanos mais antigos que se conhecem. É fabricada com o pó extraído dos Montes Brancos Kimbanda e a água que corre no Rio Divino U-Sil. É empregada em todos os Rituais, Cerimônias, festas, reuniões ou solenidades africanas. Os médiuns e as Entidades Espirituais que atuam no Centro de Umbanda costumam desenhar pontos riscados com um giz de calcário, conhecido como pemba. Esse giz mineral, além de ser consagrado para ser utilizado nos pontos riscados, também pode ser transformado em pó e utilizado para outros fins de rituais de limpeza e proteção.

Quando uma Entidade se utiliza da pemba para riscar os pontos, ela está movimentando energias sutis que, dependendo dos sinais, pode atrair ou dissipar energias. Esses símbolos estão afins a determinada “egrégoras”, firmadas no astral, há muito tempo. A pemba, quando cruzada, ou seja, magnetizada por uma Entidade, se torna um grande fixador de enrgias. A pemba é utilizada para riscar pontos nas pessoas, mas principalmente riscar os pontos no chão. Cada ponto tem um significado que só a Entidade que risca sabe. O ponto quando riscado está criando um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas. A cor da pemba varia de acordo com as regras de cada centro e de acordo com cada Entidade. Normalmente ela é branca.

O termo pemba também é utilizado com relação à Lei Maior, ou seja os trabalhadores da Umbanda são filhos de pemba, ou seja, estão sobre a proteção da Lei Maior. Dependendo de sua conduta, cumprindo com suas tarefas no Bem, ele estará protegido, ou caso não aja decentemente, lhe será cobrado para que responda pelo mal que fez e volte a caminhar no Bem.

As entidades espirituais que atuam no movimento umbandista se identificam por meio de sinais riscados traçados geralmente com um giz de cálcario conhecido como pemba. Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.

E o termo pemba também é utilizado na Umbanda no sentido de Lei, ou seja, confome o linguajar de Umbanda, se você está sob a Lei de Pemba, você está sob a Lei maior e isso possui sérios agravantes principalmente se o médium se desvirtua de sua tarefa pois, nesses casos a cobrança é imediata. Então, estar sob a corrente de Umbanda, estar sob a Pemba, exige muita cautela mas, por outro lado se o médium procurar cumprir suas tarefas e mantiver uma postura decente, essa mesma lei pode lhe ser favorável e muito útil porque o mesmo terá o auxílio direto das entidades do astral que lhe proporcionarão forças para trabalhar com dignidade.

Voltando a questão da escrita, não é sem propósito que a Lei é chamada de pemba pois, essa escrita sagrada traduz sinais que estão afins a determinadas egrégoras firmadas no astral a muito tempo. Assim, quando uma entidade de fato traça um sinal de pemba, ela está movimentando energias sutis, que na dependência da variação desses sinais, pode atrair ou dissipar determinadas correntes de energia com muita eficácia.


Esse assunto é muito complexo para ser aberto em um livro mas, no decorrer dos trabalhos mediúnicos o médium de fato e direto, segundo sua missão, merecimento e afinidades, pode receber determinados sinais diretamente das entidades espirituais que o assistem, no intuito de escudar esse médium contra o assédio do sub-mundo espiritual.


E se o leitor quiser se aprofundar um pouco mais nesse tema poderá consultar diversas outras obras que tratam com mais profundidade sobre o assunto, em especial recomendamos os livros: ‘O Arqueômetro’ de autoria de Saint Yves D´Alveydre, ‘Pemba- A grafia dos Orixás’ de autoria de Ivan Horácio Costa ( mestre Itaoman ) e ‘Umbanda – a Proto-síntese Cósmica’ de autoria de F. Rivas Neto ( mestre Arapiaga ); Essas obras trazem muitas elucidações reais sobre o tema.

No mais, lembramos que esses sinais são de uso exclusivo das entidades vinculadas a corrente astral de Umbanda e sua utilização inadequada por pessoas não habilitadas podem gerar uma série de aborrecimentos bem como atrair determinadas energias e entidades de difícil controle que podem levar o indivíduo às raias da loucura.

Portanto, é necessária muita cautela nesse tema e é por isso que na maioria dos terreiros, casas, agrupamentos ou templos de Umbanda, as entidades ensinam e utilizam outros sinais mais simples e simbólicos, apenas de efeito elucidativo (por exemplo: corações, machados, espadas etc.), deixando os verdadeiros sinais de pemba velados até que os filhos amadurecem e possam adentrar nesses campos com segurança.
Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as entidades atuem da forma que elas acharem conveniente porque com certeza elas nos conhecem melhor do que nós próprios pensamos que nos conhecemos...

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.

Os conceitos dos cultos afro-brasileiros


Tal como ocorre nos demais cultos de possessão que, em graus diferentes, estão em sua base, como o Candomblé e o Espiritismo, a pedra angular da Umbanda é a comunicação entre a esfera do sobrenatural e o mundo dos homens, através da incorporação das entidades espirituais num grupo e no corpo dos iniciados. Apresenta, contudo, algumas particularidades que a diferenciam daqueles cultos.

No Candomblé, por exemplo, as entidades - orixás - não são consideradas espíritos de mortos, mas reis, princesas e heróis divinizados que representam forças da natureza (Iansã, os ventos, a tempestade; Iemanjá, o mar; Ossãe, as folhas e plantas; Oxum, os rios e cascatas, etc.); atividades humanas (Oxossi, a caça; Ogum, a guerra e a metalurgia; Omulu, a medicina); virtudes e paixões (Xangô, a justiça, Oxum, o amor e o ciúme; Oxalá, a sabedoria), etc., cujas ações se desenrolaram num tempo mítico.

Na Umbanda, as entidades são considerados espíritos de mortos que descem do astral onde habitam para o planeta terra - visto como lugar de expiação - onde, através da ajuda dos mortais, ascendem em seu processo evolutivo em busca da perfeição. Tal concepção, tributária da doutrina do carma, apresenta, contudo, algumas diferenças com relação ao Espiritismo kardecista: enquanto para este último os espíritos que descem nas sessões são individualizados e reconhecidos pela história de suas vidas passadas, as entidades umbandistas constituem categorias mais genéricas, onde a referência à vida pessoal é substituída por representações como, por exemplo, caboclos e pretos-velhos.

Perdida a lembrança dos traços individualizadores, os espíritos de velhos escravos e índios assumem o papel de antepassados de etnias africanas e indígenas, sendo representadas por uma série de marcas correspondentes a uma visão que se generalizou através de tradições orais e da escrita: a figura altiva do índio, amante da liberdade, popularizada pela corrente indianista da literatura romântica; o aspecto humilde do preto-velho, sábio e compreensivo com as misérias humanas e o sofrimento, visão idealizada sobre velhos escravos e escravas conhecedores de segredos, remédios e também poderosas magias empregadas contra os senhores brancos.

Nos três casos citados - Candomblé, Espiritismo, Umbanda - o caráter do transe é diferente: no Candomblé, ele é regulado por um conjunto de mitos que contam as sagas dos deuses e que os iniciados repetem, através da coreografia, cânticos e roupas, representando assim, uma história muito antiga, mítica. No Espiritismo kardecista, os médiuns emprestam seu corpo, sua voz, sua matéria, enfim, para que mortos possam continuar comunicando-se com os parentes, amigos, discípulos.

Na Umbanda, o transe não é nem estritamente individual nem propriamente uma representação com a profundidade dos mitos, mas a atualização de fragmentos de uma história mais recente através de personagens tais como foram conservados na memória popular: o caboclo Tupinambá, ou o pai Joaquim de Angola, quando descem, não são a representação deste ou aquele indivíduo em particular, mas uma representação genérica e estereotipada de índios brasileiros, escravos africanos e outros personagens liminares presentes em diferentes contextos históricos e sociais brasileiros.

As entidades umbandistas são, portanto, espíritos de mortos - ainda que não individualizados - para quem a missão de ajudar os homens é um meio de expiar faltas passadas de acordo com a doutrina do carma e assim progredir em busca da perfeição. Tem-se, assim, a crença na comunicação concreta e real entre o mundo dos vivos e dos mortos; estes o fazem em virtude da necessidade de evoluir espiritualmente, para o quê necessitam da materialidade do corpo físico dos iniciados.

As entidades dividem-se, basicamente, em espíritos de luz (ou da direita) e espíritos não evoluídos (ou da esquerda). Tanto uns como outros encontram-se em diferentes estágios de progresso espiritual: os mais atrasados na escala evolutiva, muito próximos ainda da matéria são os exus, cuja representação iconográfica os aproximaria da figura do diabo da tradição cristã. No panteão do candomblé, porém, Exu é considerado o orixá que estabelece mediação entre o mundo dos homens e o dos deuses: não evoca o mal, mas a ambigüidade, a passagem, a comunicação. Na Umbanda, o correspondente feminino de exu é a pomba-gira, que geralmente assume a forma estereotipada da prostituta.

Exus e pombas-gira são antes representações coletivas do que espíritos individuais; para se designar espíritos de mortos individualizados usa-se o termo eguns. Estes, antes de iniciar seu processo evolutivo - neste caso considera-se que permanecem vagando, podendo inclusive afetar as pessoas - são nomeados pelo termo quiumbas. Não provocam transe mas, como se verá, uma perturbação.

Os espíritos de luz, que trabalham na direita, quando baixam no terreiro e se apossam do corpo dos médiuns, assumem posturas corporais e exibem adornos que permitem identificar sua origem: são os já citados caboclos, pretos-velhos, marinheiros, etc. Cada uma dessas categorias, agrupadas em linhas, atendem a pedidos específicos, "especializam-se" em determinadas doenças e problemas. Assim, por exemplo, exus e pombas-gira atendem a casos que envolvem dinheiro, sexo, desavenças de ordem afetiva; espíritos de luz, como caboclos e pretos velhos não se envolvem com tal tipo de questões: dão conselhos, receitam remédios de ervas e raízes, insistem no fortalecimento espiritual, abrem caminhos.

Tais categorias são fundamentais para se compreender a classificação das doenças, na Umbanda, e os processos de cura. Assim, costuma-se distinguir, em primeiro lugar, as doenças cármicas: são as decorrentes de uma provação pela qual a pessoa deve passar em razão de faltas não expiadas que seu espírito, do qual o corpo é mero invólucro, tenha cometido em vidas anteriores. Neste caso resta apenas resignar-se porque da aceitação do sofrimento presente depende a evolução do espírito rumo à perfeição.

Geralmente tal tipo de explicação aplica-se a enfermidades congênitas. Em alguns casos as perturbações, tanto físicas como mentais - fraqueza, desmaios, dores de cabeça, visões, convulsões - são consideradas não doenças propriamente ditas, mas sintomas de mediunidade. A pessoa que possui essa capacidade e não sabe, ou se sabe e não quer aceitá-la pode sofrer uma série de distúrbios interpretados como resistência a dar passagem à entidade espiritual que a escolheu como instrumento para sua missão na terra.

Há também perturbações causadas por outras pessoas: são o resultado de influências negativas por causa da inveja nas relações afetivas, profissionais e também por causa de feitiços e encantamentos encomendados por desafetos. Se no primeiro caso o malefício é interpretado como resultado de fluidos negativos, no segundo é produzido diretamente pela manipulação de forças espirituais através de ritos e objetos mágicos. Finalmente, há as doenças causadas por encosto: no último plano da escala evolutiva estão espíritos ainda sem luz, os quiumbas, que vagam sem destino e podem apossar-se das pessoas (nas quais encostam).

Quando isto acontece, essas pessoas ficam perturbadas, com dores de cabeça, desmaios, compulsão ao suicídio, têm convulsões e até mesmo distúrbios físicos. Se o encosto chega a dominá-las completamente, trata-se de uma obsessão: ele toma o lugar do espírito da pessoa o que pode acarretar perturbações mais sérias e até levar à morte. Segundo as palavras de uma mãe-de-santo entrevistada.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Marcadores

magia (342) astrologia (296) signos (202) espiritualidade (194) amor (167) Umbanda (155) umbanda astrológica (145) orixá (139) UMBANDA ASTROLOGICA (127) CONCEITOS (120) mulher (120) religião (94) signo (93) anjos (72) comportamento (66) candomblé (62) mediunidade (50) 2016 (49) espaço (42) horóscopo (42) anjo (35) arcanos (35) esoterismo (35) magia sexual (35) oxum (33) Ogum (31) ancestrais (30) sexualidade (29) 2017 (28) estudos (27) fé religião (27) oxumaré (27) iemanjá (25) Yorimá (12)