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domingo, 10 de janeiro de 2021

Ventos e correntes de jatos são encontrados na anã marrom mais próxima da Terra (FOTO, VÍDEO)

 


Equipe de pesquisa liderada pela Universidade do Arizona (EUA) encontrou faixas e listras na Luhman 16B, a anã marrom mais próxima da Terra, descobrindo quais fenômenos agitam a atmosfera do corpo celeste por dentro.

Até hoje, se sabe pouco sobre as anãs marrons por serem corpos celestes que não contêm brilho suficiente para serem detectadas devido ao seu processo natural de esfriamento. Sendo assim, é mais difícil para telescópios e astrônomos as estudarem e as encontrarem no infinito do espaço.

No entanto, cientistas da Universidade do Arizona (UA), utilizando medições de brilho de alta precisão do Telescópio TESS da Nasa, descobriram que as anãs marrons se parecem muito com Júpiter e que seus padrões atmosféricos revelam ventos de alta velocidade correndo paralelamente aos equadores marrons da anã, de acordo com o portal Phys.org. Esses ventos estão se misturando na atmosfera, redistribuindo o calor que emerge do interior quente das anãs marrons. Além disso, como Júpiter, os vórtices dominam as regiões polares.

"Os padrões de vento e a circulação atmosférica em grande escala muitas vezes têm efeitos profundos nas atmosferas planetárias, desde o clima da Terra até a aparência de Júpiter, e agora sabemos que esses jatos atmosféricos de grande escala também moldam as atmosferas de anãs marrons", disse Daniel Apai, professor associado do Departamento de Astronomia do Observatório Steward dos EUA, citado pelo Phys.org.

A apenas seis anos-luz de distância Luhman 16B tem aproximadamente o mesmo tamanho de Júpiter, porém, é mais densa e, portanto, contêm mais massa.


 
Utilizando o telescópio TESS da NASA, os astrônomos descobriram que a atmosfera da anã marrom é dominada por ventos globais de alta velocidade. Essa circulação global determina como as nuvens se distribuem na atmosfera, dando a ela uma aparência listrada

"Saber como os ventos sopram e redistribuem o calor em uma das anãs marrons mais bem estudadas e mais próximas nos ajuda a entender os climas, os extremos de temperatura e a evolução das anãs marrons em geral", comenta o professor.

Os pesquisadores produziram um vídeo com as informações e publicaram na página oficial do Youtube do Observatório Steward, que é liderado pela Universidade do Arizona.

 


 

A pesquisa mostra que há muita semelhança entre a circulação atmosférica de planetas do Sistema Solar e as anãs marrons. Como resultado, as anãs marrons podem servir como análogos mais massivos de planetas gigantes existentes fora de nosso Sistema Solar em estudos futuros.

 

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Nem líquido, nem sólido: novo estado intermediário de matéria é descoberto (FOTO)

 


Uma equipe interdisciplinar de físicos alemães assegura ter encontrado um novo estado de matéria cujas partículas se comportam de forma nunca vista antes.

Normalmente, quando uma matéria passa do estado líquido para o sólido, suas moléculas se alinham para formar um padrão de cristal. Mas ao contrário disso, as partículas de vidro congelam-se antes que ocorra a cristalização. A origem deste estado estranho e desordenado segue sendo um mistério, e os cientistas ainda estão tratando de compreender as propriedades químicas e físicas que o caracterizam.

Entretanto, uma equipe de cientistas multidisciplinares da Universidade de Constança (UKON) na Alemanha, afirma que descobriu um estado transitório da matéria, denominado como vidro líquido, segundo estudo publicado no site da Universidade.

O estado, parece ser a forma presente entre a fase sólida e a coloidal. Esta última não é mais que uma dispersão da matéria composta por duas ou mais fases, normalmente uma fluida (líquido ou gás) e outra dispersa em forma de partículas sólidas muito finas. Um exemplo de sistema coloidal poderia ser a espuma ou o gel.

Até agora, a maioria dos experimentos que envolvem suspensões coloidais baseiam-se em coloides esféricos ou partículas. Porém, a equipe dirigida pelos professores Andreas Zumbusch e Matthias Fuchs percebeu que na natureza prevalecem coloides deformados. Com este fato em mente, eles fabricaram pequenas partículas de plástico, esticando-as e resfriando-as até que adquiriram suas formas elipsoides, e, logo depois, colocaram estas em um solvente adequado.

"Devido a sua forma distintiva, nossas partículas têm uma orientação - ao contrário das partículas esféricas - o que leva a tipos de comportamentos complexos completamente novos e não estudados anteriormente", ressaltou um dos autores do estudo, o professor Andreas Zumbusch.


 
Partículas elípticas em grupos de vidro líquido

O que os pesquisadores denominaram vidro líquido é o resultado de aglomerados desses coloides elípticos se obstruindo mutuamente, de modo que podem se mover, mas não girar. Assim, as partículas obtêm mais flexibilidade que as moléculas de vidro, mas não o suficiente para compará-las a materiais regulares que já foram amplamente estudados.

Matthias Fuchs, professor de Teoria de Matéria Mole Condensada na UKON explica o motivo pelo qual o projeto é tão relevante: "Isso é incrivelmente interessante do ponto de vista teórico. Nossos experimentos fornecem um tipo de evidência para a interação entre as flutuações críticas e estrutura cristalina que a comunidade científica tem procurado há bastante tempo".

Durante os últimos 20 anos, a existência de vidro líquido tem sido objeto de hipóteses. Agora, os resultados da descoberta vão ser publicados na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS, na sigla em inglês).

Os cientistas sugerem que o novo estado de matéria pode ajudar a lançar luz sobre o comportamento de sistemas e moléculas complexos, que vão de sistemas muito pequenos (biológico) até outros bem maiores (cosmológico). Além disso, também poderia ter um impacto no desenvolvimento de dispositivos de cristal líquido, como monitores de computador, por exemplo.

 

 

Cientistas criam modelo perfeito de supernovas-chave para estudar matéria escura

 


Pesquisadores analisaram uma supernova Ia próxima, composta por explosões termonucleares de estrelas anãs brancas em órbita mútua com outra estrela, e que potencia estudos posteriores de supernovas.

Uma equipe de cientistas revelou em um estudo publicado na revista The Astrophysical Journal o modelo de curva de luz e modelo espectral de uma supernova Ia (SNla), segundo o portal Phys.org.

As SN Ia são cruciais para descobrir o que é conhecido como energia escura, nome dado à energia desconhecida que causa a atual expansão acelerada do Universo. Apesar disso, os astrônomos sabem pouco sobre as origens dessas supernovas, exceto que elas são as explosões termonucleares de estrelas anãs brancas em orbita mútua com outra estrela.

Os pesquisadores investigaram para o caso a bastante próxima supernova SN 2017cbv, obtendo "o mais completo modelo de curva de luz e modelo espectral de uma única supernova", relata a mídia.

"É um dos tipos de supernovas com a mais completa cobertura temporal através das bandas de filtros ópticos e infravermelhos próximos e espectroscopia, o que torna o alvo um padrão ideal para investigações comparativas da SNeIa [supernova tipo Ia]", de acordo com o dr. Wang Lingzhi, que coordenou o estudo.

O conjunto de dados fornecido pelo estudo é "único", disse.

"Estimativas confiáveis da extinção e avermelhamento causado pela poeira nas galáxias hospedeiras das supernovas Tipo Ia é a questão mais importante na aplicação cosmológica da supernova Tipo Ia que lançou as bases para estudos da energia negra do Universo", comentou o professor Wang Lifan, coautor do estudo.

"Com este conjunto único de dados, somos capazes de estabelecer restrições à massa de níquel sintetizada durante a explosão, construir o modelo de explosão SN que melhor se ajuste aos dados, bem como obter um limite superior de 0,1 massa solar para a massa de hidrogênio", apontou.

 

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Assintomáticos de COVID-19 são responsáveis por 50% das novas infecções, aponta estudo

 


Estudo sobre taxa de transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 a partir de pessoas infectadas sem sintomas da COVID-19 aponta que estas são quase tão contagiosas quanto as sintomáticas.

Enquanto a pandemia de COVID-19 se espalha pelo mundo, um novo estudo feito nos EUA, liderado pelo diretor executivo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Jay Butler, apontou a necessidade de medidas para evitar a doença, como o uso de máscara e o distanciamento social.

A razão disso foram os resultados do estudo que buscou estabelecer a taxa de transmissão de COVID-19 pelas pessoas que não aparentam sofrer da doença, mas que são portadoras do vírus.

No estudo, publicado no portal científico Jama Network, os potenciais transmissores da doença foram divididos em três grupos: pré-sintomáticos (pessoas que ainda não apresentavam sintomas), assintomáticos (que nunca apresentaram sintomas) e sintomáticos.

Em seguida, os cientistas modelaram o quanto cada grupo poderia transmitir a COVID-19 dependendo do dia em que estas pessoas são mais transmissoras. Como resultado, foi determinado que a taxa de contágio seria maior nos primeiros cinco dias após terem contraído o coronavírus.

Além disso, os dados do estudo apontaram que os assintomáticos são responsáveis por pelo menos 50% dos casos de novas infecções em média.

Contudo, a taxa pode ser maior, tendo em vista que é mais provável que as pessoas sem sintomas mantenham suas atividades diárias habituais. Muitos restaurantes e outros estabelecimentos fazem triagem de febre e outros sintomas para impedir a entrada de pessoas sintomáticas. Além disso, muitas pessoas com sintomas ficam em casa, o que também as torna menos propensas a espalhar a COVID-19 do que as pessoas que se sentem saudáveis.

 

 

 

Estudo revela que polos em Marte se afastam do eixo do planeta, tal como na Terra

 


Marte é o segundo planeta conhecido no Universo, além da Terra, a exibir o fenômeno conhecido como oscilação Chandler, sendo ainda desconhecidas as razões exatas do fenômeno.

Um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters confirmou que o planeta Marte oscila à medida que gira em torno de seu eixo.

A pesquisa afirma que foi detectado pela primeira vez um componente do movimento do eixo de rotação de Marte, chamado de oscilação Chandler, algo que não acontece em nenhum corpo do Sistema Solar a não ser a Terra, de acordo com o portal da União Geofísica Americana.

À medida que o Planeta Vermelho gira, seus polos se afastam ligeiramente de seu eixo de rotação, movendo-se cerca de 10 centímetros a cada 200 dias.

Os autores do estudo utilizaram 18 anos de dados coletados por três satélites que orbitam Marte: Mars Odyssey, Mars Reconnaissance Orbiter e Mars Global Surveyor, para detectar a mudança nos polos marcianos.

O efeito, descoberto pelo astrônomo Seth Carlo Chandler há mais de um século, manifesta-se em planetas que não são perfeitamente redondos.

No caso da Terra, a oscilação é mais perceptível, com os polos se afastando cerca de nove metros do eixo de rotação, em um padrão circular repetido a cada 433 dias.

Oscilação na Terra

Embora o efeito da oscilação em nosso planeta seja pouco significativo, de acordo com Eos, os cientistas ainda estão perplexos quanto aos mecanismos que o impulsionam. Eles calcularam originalmente que a oscilação deveria "morrer naturalmente" um século depois de ter começado. No entanto, a oscilação da Terra tem continuado sem parar.

A Terra gira uma vez a cada 24 horas em torno de seu eixo, dando origem ao ciclo contínuo do dia e da noite. Ao mesmo tempo, forças fazem a Terra oscilar enquanto gira, com os cientistas usando lasers e espelhos para rastrear a rotação da Terra.

A oscilação é alimentada pela gravidade do Sol e da Lua, variações na pressão atmosférica, a carga das marés oceânicas, o vento, que muda a posição do eixo da Terra em relação à superfície, bem como à órbita elíptica da Terra ao redor do Sol.

Rotação de Marte

No caso do Planeta Vermelho, os autores da pesquisa acreditam que a oscilação acabará por se extinguir.

Como Marte não tem oceanos, possui uma superfície rochosa marcada por desfiladeiros, vulcões, leitos de lagos secos e crateras, com a poeira vermelha cobrindo a maior parte da superfície do planeta, a oscilação pode ser desencadeada apenas pelas mudanças de pressão atmosférica, de acordo com a mídia.

Os cientistas esperam que estudos posteriores ofereçam mais informações sobre as forças que provocam esses movimentos.

 

Astrônomos registram uma das maiores supererupções de todos os tempos em uma anã fria

 

Uma estrela anã superfria, localizada a 490 anos-luz do Sol, produziu uma das maiores supererupções já descobertas no Universo, segundo cientistas da China.

O Observatório Xinglong, perto de Pequim, China, registrou a erupção, chamada GWAC 181229A, por meio da Câmera de Grandes Ângulos no Solo (GWAC, na sigla em inglês). Ela atingiu seu auge em apenas um minuto, mas se prolongou por várias horas. A descoberta foi feita nos últimos dias de 2018, mas os resultados do estudo foram agora revelados.

A supererupção, com uma potência de 10^34 ergs, foi uma das maiores já registradas, algo extraordinário em uma estrela superfria. Em comparação, uma erupção típica tem uma energia de 10^30 ergs.

As anãs superfrias são pequenos corpos celestes com baixas temperaturas, que representam cerca de 15% das estrelas na vizinhança do Sistema Solar. Devido a "conservarem" uma temperatura geralmente cerca de metade da do Sol, têm uma vida teórica de centenas de bilhões de anos, irrompendo de vez em quando em explosões de radiação e plasma. Neste caso, o objeto tinha muito baixa luminosidade, informa o portal Science Alert.

Supererupções são explosões muito fortes que ocorrem em estrelas, com potências de até dez mil vezes as das erupções típicas do Sol.

O estudo publicado no portal de pré-impressão arXiv é uma oportunidade para entender a física das estrelas anãs superfrias, aponta a equipe.

"Está planejado que mais unidades GWAC entrem em operação nos próximos dois anos, com o objetivo de aumentar a taxa de detecção de erupções estelares de alta amplitude, monitorando mais de 5.000 graus quadrados simultaneamente", concluem os cientistas.

 

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Sonda da NASA descobre 'sinal Wi-Fi' proveniente de satélite de Júpiter



 

Embora a transmissão tenha sido considerada como não tendo origem alienígena, representante da NASA não descarta que haja vida "lá fora", ou seja, em outros planetas.

A nave espacial Juno da NASA, que orbita Júpiter desde 2016, registrou durante cinco segundos um sinal de rádio inédito, presumivelmente vindo do satélite Ganimedes, noticiou o canal ABC4 News.

A nave descobriu a fonte de rádio por acaso ao atravessar a região polar do planeta gigante, um lugar onde as linhas do campo magnético se conectam ao Ganimedes. Em termos científicos, o processo é normalmente referido como "emissão de rádio decamétrica", cujo princípio subjacente se assemelha à produção de sinais Wi-Fi comuns.

Apesar da tentação de explicar o sinal por alguma realidade alienígena, Patrick Wiggins, um dos representantes da NASA, afirmou à mídia que isto "não são ETs" detalhando que "é mais uma função natural".

"Um membro da Sociedade Astronômica de Salt Lake construiu uma vez um radiotelescópio amador que podia detectar a radiação eletromagnética de Júpiter", disse ele, em referência a estudos anteriores sobre o assunto.

Os pesquisadores da NASA acreditam que os elétrons são responsáveis pela emissão radioelétrica que a sonda espacial registrou enquanto voava a 50 km/s (180.000 km/h).

Apesar de descartar a versão alienígena, Wiggins diz que "acredita que a vida existe lá fora", acrescentando que "ainda se está esperando por evidências para provar isso".

Segundo a enciclopédia britânica, as emissões de rádio de Júpiter foram descobertas em 1955, e nos últimos 66 anos, foram feitas mais e mais descobertas sobre como os sinais são emitidos.

 

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