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Planetas e Orixás regentes de 2023

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Horóscopo: O que é um mapa natal?

O QUE É UM MAPA NATAL


O que é um mapa natal?


Fico muito contente que você mostre interesse pela astrologia. Tenho a vontade de transmitir-lhe como é multifacetada a própria astrologia e como pode obter conhecimentos importantes através dela. Pode ser que até agora tenha pensado que um horóscopo é aquilo que de manhã encontra em seu jornal diário ou em revistas do gênero. Neste caso, está errado: um horóscopo é uma imagem suplementada por símbolos que exige uma interpretação. É claro que nisso há regras, no entanto, cada um de nós tem de encontrar a sua própria maneira de lidar com esta matéria. 

 

Para começar, temos que ficar atentos as interpretações textuais que correspondem ao método moderno de interpretação, influenciado pela psicologia, e outros diversos métodos usados hoje por todos os astrólogos que visa tentar decifrar a alma dos nativos. Essas descrevem as respectivas constelações no horóscopo. Evidentemente a desvantagem de alguns sistemas que se baseiam em elementos ligados a varias outras filosofias nem sempre é aceito ou entendido por todo mundo.

É que muitas vezes não leva a uma imagem coerente da personalidade conforme o que algumas pessoas está apta a compreender. No entanto, além do fato de que quase não existem personalidades não ambivalentes e que cada um de nós provavelmente já encontrou várias contradições dentro de si, eis os limites de só se usar a astrologia em si. Em compensação disso, é muito útil para os cálculos abrangentes necessários para a elaboração de um horóscopo que o astrólogo conheça compreenda mais do que um único método, para que possa fazer um estudo mais profundo de cada caso. Pois cada ser tem uma ligação com uma filosofia particular.


Mas você sabe o que é um horóscopo natal? Não é nem um pouco complicado: é a imagem das constelações planetárias no zodíaco, da perspectiva de seu lugar de nascimento, no momento de seu nascimento. O zodíaco compõe-se de constelações que o Sol percorre durante sua revolução aparente em torno da Terra. Além disso, o horóscopo subdivide-se em doze seções que se chamam casas e que simbolizam os âmbitos diversos da vida. O começo da primeira casa é o ascendente, um dos pontos mais importantes do horóscopo. Para calculá-lo precisa-se a hora exata do nascimento.


Neste círculo, portanto, encontram-se os planetas, do Sol até Plutão. No entanto, cabe-nos observar que há certas exceções quanto aos planetas que se movem muito lentamente, como, por exemplo, Netuno e Plutão. Os planetas são interpretados conforme sua posição no zodíaco e no sistema de casas. Além disso, interpreta-se os aspectos, isto é, as relações angulares, que eles formam um com outro.


Antes de você se dedicar a seu horóscopo, provavelmente ainda está se preocupando com aquela questão fundamental, a saber, o que a posição dos planetas tem a ver com sua personalidade. A astrologia afirma que a qualidade temporal da hora de seu nascimento, que é representada pelo horóscopo, atua sobre o homem - segundo o lema "como é lá em cima é em baixo". No entanto, o horóscopo descreve apenas disposições, ou seja, virtudes e defeitos e, portanto, não o libera de sua própria responsabilidade por uma vida livre e independente. É provável que às vezes diga: "isso é um problema que já resolvi há muito tempo" ou "como é que é, este talento tenho?" Quem sabe, talvez somente ainda não o tenha descoberto, já que o homem se desenvolve e se transforma, enquanto o horóscopo natal fica. Por isso é muito importante que você não fique preso a certas palavras ou exemplos que aparecem nos textos e que não tente aplicá-las rigorosamente a sua vida. 

Seria melhor procurar desenvolver um sentimento para as energias fundamentais que se manifestaram sob forma dos aspectos e das posições dos planetas, embora em seu caso se expressem um pouco diferentemente. Simplesmente aproveite a possibilidade de desenvolver o seu próprio modo de astrologia. Pois aqui encontrará um âmbito que não é limitado por regras rígidas, mas depende de sua intuição individual.


A Astrologia é uma linguagem simbólica que correlaciona à posição dos corpos celestes em um determinado momento com as características deste momento em um determinado local aqui na Terra. Com isso, podemos saber que tipos de energias estão mais atuantes em um determinado fato, desde um nascimento até um fato político/econômico.
Astrologia estuda os ciclos de vida, as "voltas que a vida dá". Não é ciência nem arte, porque é mais que as duas. Através da Astrologia, podemos ter a síntese de um determinado tempo e lugar, e como eles se refletirão na vida do interessado.


Para compreender seu mapa astral, você precisará ter familiaridade com os símbolos dos planetas, dos signos e dos termos como signo solar, signo lunar, ascendente. Para uma leitura rápida do mapa, basta você atentar para o signo solar (sua razão, sua identidade), signo lunar ( emoções/ sensibilidade) e signo ascendente(seu jeito de agir).

Astrologia e céu
Platão disse uma vez: "Deus inventou e nos deu a visão para que, contemplando as revoluções celestes, pudéssemos aplicá-las sobre as revoluções dos nossos pensamentos que, apesar de desordenadas, são parentes das revoluções imperturbáveis do céu, dos movimentos periódicos e regulares da inteligência divina. Desse modo, ao estudar a fundo os movimentos celestes e exercer a retidão natural do raciocínio, estaríamos imitando os movimentos absolutamente invariáveis da divindade, ordenando através destes os nossos próprios pensamentos que, deixados a si mesmos, estão sujeitos à aberração."


O ser humano sempre nutriu um grande terror de confirmar que há algo mesmo no céu que determina seja em que grau for os fatos aqui na Terra, visto que para ele tal confirmação certamente eliminaria por definitivo a sua possibilidade de livre decidir.


O Homem sempre pôde decidir contra ou a favor do que quisesse, por maior que fossem os obstáculos e por menos que soubesse avaliar a própria situação. O Homem sempre pode dizer sim ou não, pagando um preço por contrariar e negar aquilo que lhe impõe alguma resistência e se mostra real. Desse modo, o Homem pode até agir contra si mesmo, se quiser, contrariando seus valores e o que julga fundamental. Mas pode agir a favor e a sua liberdade não fica de maneira nenhuma limitada por ter que agir a favor da própria natureza. Aliás, é assim que ela se expressa, com todo o seu poder. Aliás, foi justamente o fato de alguns homens terem devotado a própria vida a alguns princípios e personificado alguns valores que fez com que o rumo da história fosse mudado, para o bem ou para o mal.


Isto nos faz crer que, se há algo que possa nortear a conduta tão duvidosa dos homens, este algo se refere exatamente aos princípios ditos humanos, por mais que estes, de pessoa a pessoa, sejam variáveis. Cada ser humano, pois, se espelha ou procura se espelhar em determinado princípio que tem como fundamental para si mesmo. Isto é uma questão de natureza psicológica. Entretanto devemos nos lembrar, é que o céu sempre foi à instância para onde o Homem mirou a sua atenção para se orientar em pleno mar. Tanto quanto para constatar determinado período favorável às plantações, é uma questão da área das navegações e da agricultura. Entretanto, o céu sempre foi também o lugar de personificações míticas das mais extravagantes, de Deuses que resumiam, em sua própria epopéia, a consagração de determinados valores humanos em todas as fases da evolução humana e em todas as raças ou culturas. 

O que, por sua vez, é uma questão de natureza simbólica. Poderíamos até nos valer da noção bíblica de que o homem deve procurar ser “a imagem e o reflexo de Deus”. O que posso sugerir que o céu de nascimento de um indivíduo traz à imagem - ou personifica - aquilo que ele pretende ser, ou os valores aos quais dedicará toda a sua vida. Cada personalidade célebre fez da própria vida exatamente aquilo que estava prefigurado no céu no instante do seu nascimento. Então acho possível afirmar que a vida de qualquer indivíduo que persevere na sua realização acaba tomando o desenho e a forma do seu mapa astrológico ou pelo menos entrou em harmonia com ele.


É claro não podemos nos basear nesta noção bíblica, mesmo que ela seja uma maneira persuasiva de apresentar a situação, como se pode pensar. O melhor é que nos baseemos em vários fatores, tanto quanto ao valor e o significado do céu dentro da cosmovisão tradicional, sem os quais qualquer correspondência entre o homem e o espaço sideral se torna incompreensível. Na cosmovisão tradicional, a totalidade da natureza sideral configurava uma zona de indeterminação e era considerada como um mundo intermediário, área de transição entre, sendo esta a única dimensão que corresponde simultaneamente ao Homem e ao Céu em toda e qualquer cosmovisão tradicional. O Céu estaria, assim, no mesmo plano em que se situa o Homem, pois o cosmos é tudo o que existe e está totalmente integrado entre si.


O é fato de que os tipos humanos esboçados pelos horóscopos não são apenas criação e concepção da mente humana, mas, sim, dados que fazem parte intrínseca do real (como uma espécie de simbolismo natural ), não podendo ser, pois pura invenção já que estão sendo interpretados. Assim compreendo que fazemos parte de uma grande estrutura cósmica. Como se fôssemos peças inconscientes do grande mecanismo a que pertencemos o que facilmente nos remete à imagem de um relógio ou de um mecanismo vivo ( um cérebro, por exemplo), que são imagens recorrentes na astrologia. E assim passamos a entender que, o pressuposto mesmo da astrologia é de que o cosmos pensa e pensa humanamente, isto é, como se fosse um homem, tendo, pois uma intenção, e de que fazemos parte de um pensamento cósmico e de uma intenção cujo vulto nos escapa, sendo então o mapa astrológico o instrumento que nos permitiria avaliar a ambos. Com essa visão temos uma visão mais clara e fácil de compreender do Criador de tudo que existe.


E assim vemos que a astrologia é a ciência da natureza cósmica por excelência, que representa o coroamento de um conhecimento integrado, perfeito e harmônico. Representando a medida estruturante de todas as coisas e de todos os conhecimentos, o sistema de padrões e critérios em que se estruturava; de um lado, a percepção que cada indivíduo tinha do cosmos; e, de outro, o cosmos propriamente dito em toda a sua diversidade não só física ou energética, mas também espiritual e místico.


A tradição nos mostra que o céu de nascimento de um indivíduo parece demarcar certa “percepção natural” com que o ser humano capta e observa tudo que o cerca. E é a estrutura deste céu que está desenhado e prefigurado num mapa astrológico, demarcando, para cada nascimento, quais as perspectivas e relações que se abrem entre o sujeito nascido e o mundo em torno, formando o campo de visão muito particular de cada um. O mapa natal de uma pessoa é, assim, uma espécie de mapeamento das perspectivas com que ele se norteara ao longo da sua vida, desde que ele possa compreendê-lo; perspectivas, estas, que vai se abrindo para compreender tudo o que o cerca e que formam a sua visão particular do mundo, essa é o que se chama de sua cosmovisão. Mas poucos conseguem aproveitar ou atingir essas aberturas que revelam a compreensão cósmica. Um mapa astrológico só poderia ser visto como um mapeamento cognitivo do sujeito, ou seja, daquilo que ele preferentemente presta ou não presta atenção, e isto quando as circunstâncias não exercem pressões que o obrigam a atentar para outras coisas, o que, de fato, quase nunca ocorre com a grande maioria dos indivíduos.


O mapa astrológico também é um instrumento com o qual se pode reconhecer as coordenadas de ação que o indivíduo procura tomar ao longo de toda sua vida visto que, se descobrimos quais são as perspectivas que particularmente ele nutre e vislumbra sobre tudo que o cerca. E também de que forma ele tentaria traçar o seu caminho da maneira que estas perspectivas lhe indicaram, construindo então o seu destino de um modo e não de outro, ou melhor: conforme a sua própria consciência lhe disse. Mas não se descobre tudo isso apenas com a analise do mapa natal. Antes o dialogo com o indivíduo será muito proveitoso, para uma interpretação mais completa e confiável. Nem tudo está marcado e claro num mapa natal. Muitos segredos obscuros vão se revelando ao longo da vida e nem mesmo as progressões, trânsitos ou Revoluções podem esclarecer tudo antecipadamente. Porque as atitudes do indivíduo é muito importante, pois são elas que vão ajudando o cosmos a moldar toda figura de sua vida.


Se lembrarmos que princípio é “uma relação fundamental apreendida pelo pensamento”, poderíamos dizer que todo e qualquer indivíduo teria uma mentalidade diferenciada que lhe capacitaria apreender o mundo fenomênico sob os seguintes princípios:

CASA 1 sob o princípio da identidade
(se mobiliza pela imagem que todos e tudo passa e projeta)
CASA 2 sob o princípio da materialidade
(se mobiliza pelos recursos disponíveis no real a sustentar o bem-estar)
CASA 3 sob o princípio da comunicabilidade
(se mobiliza pelas ideias explicitadas e ainda implícitas)
CASA 4 sob o princípio da interioridade
(se mobiliza pelas exigências e pressões emocionais)
CASA 5 sob o princípio da capacidade (se mobiliza pelas coisas que faz e pelo valor-próprio)
CASA 6 sob o princípio organicidade
(se mobiliza pelo todo esquematizado e o seu funcionamento equilibrado)
CASA 7 sob o princípio da alteridade
(se mobiliza pela reciprocidade e pelos níveis de relacionamento)
CASA 8 sob o princípio da potencialidade
(se mobiliza pelo poder de reação e transformação das coisas)
CASA 9 sob o princípio da universalidade
(se mobiliza pelos princípios explicativos que fundam certezas)
CASA 10 sob o princípio da sociedade
(se mobiliza pelas exigências e pressões sociais)
CASA 11 sob o princípio da prospectividade
(se mobiliza pelas perspectivas futuras e pelo projeto a realizar)
CASA 12 sob o princípio da finalidade
(se mobiliza por um sentido e um fim para o qual tudo caminha)

Estes seriam, ao grosso modo, os princípios e os valores cardinais com que o indivíduo se orientaria ao longo da sua vida, tal como uma bússola existencial. É como se o simbolismo natural celeste personificasse e traduzisse certos princípios capazes de resumir toda a dimensão da experiência humana. O sistema astrológico seria justamente isso: um sistema de princípios que resumiria a variedade das experiências humanas.


Parece que o esquema que está esboçado num mapa astrológico representa um modelo, uma figura pessoal que expressaria ao máximo um certo grupo de possibilidades superiores humanas que pode ou não ser realizada, visto que não há nada neste modelo que possa garantir tal realização. Desse modo, o homem de sucesso seria aquele que personalizaria o seu destino, enquanto o homem comum seria aquele cujo destino o despersonalizaria, exercendo sobre ele tamanhas influências que acabaria levando a vida de uma forma que não lhe é adequada. Afinal, a força dos acontecimentos pode ser muito mais forte do que sua vontade pessoal, especialmente se o individuo não os compreende.


Por isso é que o mapa astrológico não é, e não pode ser a expressão literal de um destino humano. Isso só acontece em casos muito privilegiados, em que o indivíduo: se torna o autor dos acontecimentos, pela força da sua vontade; é auxiliado pelas circunstâncias momentâneas e históricas; é auxiliado pela sorte ou dádivas cósmicas.


Entre aquilo que é ditado pela própria natureza e as circunstâncias pode se estabelecer tanto uma zona de atrito como de harmonia, sendo que talvez a má ou boa adaptação dependa também de características que já estejam ditadas na própria natureza. Deve-se, portanto, encontrar um encaixe entre as circunstâncias externas e a forma individual interna; deve-se encontrar uma resolução dialética entre o que se é e as circunstâncias, sendo um destino a resultante de ambos os fatores. Afinal, a defasagem que se dá entre o que é imposto pela própria natureza e o que é imposto pela circunstância se torna a raiz do sofrimento humano. Por isso que o mapa astrológico não é e não pode ser a expressão literal de um destino humano. Afinal, este é composto não só pela forma individual que está expressa no horóscopo, mas, também, pelas circunstâncias, que são imprevisíveis e variáveis e que, por isso mesmo, não podem ser deduzidas de um mapa astrológico. A ideia de que o mapa astrológico seja a tradução literal de um destino suprime simplesmente a noção de ocidentalidade - que, no entanto, existe. O mapa astrológico não pode ser, portanto, a causa de tudo o que acontece ao indivíduo.


O mapa astrológico não descreve o que somos, mas, sim, o que pretendemos ser, e isto se nos esforçarmos para tal ou se tivermos, digamos, sorte. Desse modo, o indivíduo que está descrito e esboçado num mapa astrológico é um indivíduo genérico e ideal e não o indivíduo concreto e real. O indivíduo do qual a astrologia fala é, sim, um indivíduo ideal, mas que representa o modelo ou a figura sonhada por alguém, àquilo que é o objeto da sua mais alta aspiração espiritual e afetiva, se tornando assim a síntese de tudo a que se aspira, de toda perfeição que se vislumbra e pode se conceber. 

Podemos entender com uma maior percepção quando se montam os Odus de uma pessoa que o momento em que alguém nasce traz a configuração daquilo o que o cosmos realmente sonhava quando mandou a vida aquele ser. Desse modo, o homem puro que se reflete no mapa astrológico o homem-astrológicos é, queiramos ou não, uma abstração, mas também um projeto divino. Uma abstração muito especial e um projeto muito bem elaborado pela Divindade, que parece traduzir não somente aquilo que de emergente e essencial há em todo homem como também o sentido e a direção que se esforça por tomar dentro da múltipla experiência humana. Mas, como toda e qualquer abstração, deve e pode ser tratado como um enfoque-limite, isto é, como um enfoque que abstrai do indivíduo concreto e real aquilo que nele se diz essencial. 

Percebemos assim que o homem-astrológico é uma camada do ser humano e não um ser humano concreto e real. Esta camada tem características: refere-se justamente àquilo que há de fixo e imutável numa personalidade, revelando então uma espécie de grade estática por onde qualquer força que passe terá que assumir a forma dela, exigindo inclusive do indivíduo que ele imponha esta forma às circunstâncias; ela não pode ser alterada em hipótese alguma pelo que venha a lhe acontecer. Isso quer dizer que uma mesma emergência uma mesma essência é compatível com uma multidão de preponderâncias diferentes e possíveis e que, portanto, um determinado horóscopo pode refletir várias personalidades diferentes, e isto conforme as circunstâncias onde tenha nascido e se inserido; deixa a entender que deverá haver algo de fixo e imutável na psique para que tal avaliação seja válida. E isto para além das tão proclamadas influências familiares e sociais - a avaliação de tal camada (a avaliação astrológica) se torna impossível.


Portanto, é necessário saber se dentre tudo o que foi pesquisado em nome da psicologia humana há alguma referência sobre uma estrutura de base ou sobre uma camada da personalidade que permaneça estável por toda a vida. Cujo objeto de investigação é chamado de caráter e que é descrito como: um feixe de traços que conferem a um indivíduo uma originalidade natural. Não só as disposições estáveis e inatas, mas também a maneira pela qual o sujeito explora essa base primitiva. O caráter aparece como resultante ou resultado de uma ação sobre um dado suscetível de evoluir; o núcleo constitucional primitivo do psiquismo humano. uma unidade viva, ou a qualidade distintiva essencial de uma alma individual. Afinal, todo homem é dotado de uma alma mas possui, além disso, um espírito, quer dizer: ele é um eu ou um si. E, num sentido muito específico, o caráter é a qualidade da vontade pessoal, assinalando condições constantes que revelam certa direção preferencial de um eu ou de uma consciência.


É essa camada da personalidade chamada de caráter que acaba explicando porque é que, na presença das mesmas circunstâncias, dois indivíduos que dispõem da mesma educação familiar, da mesma influência social e até mesmo de capacidades idênticas reagem de modo completamente diferentes: afinal, cada um tem uma maneira distinta de interpretar a situação ao redor e reagir a ela porque cada um observa, valoriza e reage à situação de um modo que lhe é muito próprio.


É o caráter, então, que vem a dar um diferencial à personalidade, fazendo com que cada pessoa venha a viver sua vida e a escrever sua história de uma maneira que lhe é muito peculiar. Se tomarmos o termo caráter em sua acepção etimológica, seremos forçados a considerar que toda marca que porventura uma pessoa venha a deixar na vida foi fruto do seu esforço pessoal, isto é, foi fruto da tentativa de reunir tudo o que conhece e o que desconhece de si para atingir uma meta que tenha se proposto. Afinal, existe dentre de todos nós, sob o amontoado de confusões, uma unidade viva que incessantemente não deixa de murmurar certas sugestões que deveríamos escutar e acatar, já que elas são a expressão máxima da nossa realização pessoal, isto é, do nosso destino, da única tarefa que nos cabe na vida. 

 É o caráter que traduz então as características que são necessárias à coesão e unidade da personalidade e que formam uma identidade. Porém, o caráter não é e não pode ser a expressão total e literal do indivíduo concreto e particular ( dado que este tem também uma carga genética, uma educação, uma história afetiva e social e etc., sendo sua personalidade total composta de várias camadas). Mas pode ser em raríssimas vezes, a expressão final que esta personalidade assume visto que, por perseverar a sua maneira, acaba impondo sua forma às circunstâncias, elevando assim o seu potencial das suas características próprias à qualidade de personagem. Isto é, de um ser humano que deixa uma marca na humanidade ou pelos seus feitos ou pelo seu comportamento.


A noção de caráter engloba não tão somente a causa formal, mas também uma outra causa, a causa final. Segundo Aristóteles toda explicação científica de uma correlação ou processo deveria incluir um relato da sua causa final, ou telos. Explicações teleológicas são explicações que utilizam à explicação “a fim de que” ou equivalentes a esta.


No entanto, interpretações como esta pressupõem que um futuro estado de coisas determina o desenrolar de um estado presente: uma bolota se desenvolve como o faz a fim de realizar a sua finalidade natural de acabar sendo um carvalho; uma pedra cai a fim de atingir a sua meta natural – um estado de repouso tão próximo quanto possível ao centro da Terra. Em cada caso, o estado futuro “puxa consigo” a sucessão de estados que leva a ele. O caráter humano teria esta mesma característica e seria, assim, um misto de causa formal e final, expressando não somente aquilo que de emergente e essencial há em todo homem como também o sentido e a direção que ele se esforça por tomar dentro da múltipla experiência humana.


Uma possível leitura do mapa astrológico natal é composta então de duas estruturas que se relacionam e se inter-penetram: as perspectivas e os pontos de vista fundamentais que o indivíduo nutre, ao longo de toda a sua existência, sobre o que o cerca representado pelas chamadas Casa Zodiacais; a maneira como o indivíduo apreende e se coloca perante tais pontos de vista - representado pelos chamados Astros Celestes.

CARLINHOS LIMA – ASTRÓLOGO, TARÓLOGO E PESQUISADO
R. 

 

 

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