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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Pausa do apocalipse? Asteroide poderia destruir vida humana



Em abril de 2017, uma bola de fogo passou pelos céus da cidade japonesa de Kyoto, levantando questões sobre sua possível origem e identidade cósmica. Posteriormente, foi determinado que o intruso partiu de um asteroide próximo à Terra.
Pesquisadores do Observatório Astronômico Nacional do Japão, da Universidade Sangyo de Kyoto e da Sociedade de Meteoros Nippon determinaram a origem de uma bola de fogo que ascendeu os céus do Japão no dia 29 de abril de 2017, enquanto avisam sobre eventuais perigos que asteroides representam para nosso planeta, revela publicação do The Astronomical Journal.
"Nós descobrimos a verdadeira identidade da bola de fogo", declarou Toshihiro Kasuga, um dos pesquisadores envolvidos, conforme citado pela imprensa do Observatório. "Possui uma órbita similar ao asteroide próximo da terra 2003 YT1, que aparentemente é um corpo da mesma família."
2003 YTI, ou 164121, é um asteroide binário que foi descoberto em 2003 e classificado como objeto próximo à Terra e pedra espacial potencialmente perigosa, de aproximadamente dois quilômetros de diâmetro.
Pesquisadores alertam que, caso este asteroide se rompa completamente em pequenas pedras, haveria um risco para o planeta Terra, porém, não em um futuro próximo.
"O corpo principal 2003 YTI poderia se romper e os asteroides resultantes poderiam se chocar contra a Terra nos próximos dez milhões de anos ou depois, especialmente porque o 2003 YTI possui um mecanismo de proteção de poeira", afirma Kasuga.
A equipe de cientistas informou que continuará monitorando qualquer objeto potencialmente perigoso que circule em volta da Terra.

Viagem pelas galáxias: um dos elementos básicos de nosso DNA tem origem interestelar



Fósforo é um elemento presente no DNA e nas membranas celulares. Sem ele, a vida não existiria como a conhecemos e sua origem era até agora desconhecida.

Cometas caídos na Terra poderiam ser os transmissores de um elemento presente no DNA e nas membranas celulares e que é essencial para o desenvolvimento de toda a vida como a conhecemos, como é o caso do fósforo.
Até agora, sua origem no planeta era desconhecida, mas os astrônomos do Observatório Europeu do Sul publicaram na quarta-feira (15) um estudo que revela que o fósforo tem uma origem interestelar e poderia ter sido transportado para a Terra por cometas.
is an essential element for life, but its presence on the early Earth is a mystery. Astronomers traced the journey of phosphorus from star-forming regions to comets using the combined powers of @ALMAObs and @ESA_Rosettahttps://www.eso.org/public/news/eso2001/ 
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O fósforo é um elemento essencial à vida, mas a origem da sua presença na Terra é um mistério. Astrônomos traçaram o rumo do fósforo desde os berços de estrelas até os cometas, combinando dados oriundos quer do observatório ALMA no Chile quer da Sonda Rosetta da Agência Espacial Europeia.

Continuamos sem saber como surgiu a vida

"A vida surgiu na Terra há uns quase 6 bilhões de anos, mas ainda não conhecemos os processos que a desencadearam", assinalou Víctor Rivilla, pesquisador do Instituto Nacional da Itália para a Astrofísica e autor principal de um recente estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Astrônomos, utilizando o ALMA, um telescópio único de design revolucionário, composto inicialmente por 66 antenas de alta precisão, observaram o berço de estrelas massivas AFGL 5142. Ali detectaram que as moléculas contendo fósforo, ou mais especificamente monóxido de fósforo, se formam quando nascem estrelas massivas.
Ao analisarem esse material, os cientistas descobriram que, quando a estrela recém-nascida emite correntes de gás para o espaço, abre cavidades na nuvem ao redor dela. Posteriormente, os choques entre as partículas e a radiação emitida pela estrela fazem com que, nas paredes dessas cavidades, se formem moléculas ricas em fósforo, como o monóxido de fósforo.

Elemento do DNA viaja pelas galáxias

Quando colapsam para formar uma estrela, as moléculas de monóxido de fósforo podem congelar e ficar presas em grãos de pó que orbitam ao redor da nova estrela. Essas partículas se unem formando cometas que viajando pelo espaço interestelar se convertem em transportadoras de monóxido para outros pontos das galáxias, incluindo planetas da Via Láctea, como a Terra.
Uma vez que essas moléculas foram encontradas em regiões formadoras de estrelas, os cientistas decidiram analisar um cometa do Sistema Solar – o 67P/Churyumov-Gerasimenko, confirmando que continha monóxido de fósforo. Tal foi possível usando um espectrômetro chamado ROSINA da sonda Rosetta que desde há dois anos orbita o referido cometa recolhendo dados de íons e nêutrons.
Segundo os astrônomos, a detecção inédita de monóxido de fósforo em um cometa ajuda a estabelecer uma ligação entre as regiões formadoras de estrelas onde a molécula é criada e o nosso planeta.
"O fósforo é essencial à vida tal como a conhecemos", assegurou Kathrin Altwegg, pesquisadora principal do ROSINA e coautora do estudo.
"Dado que os cometas provavelmente entregaram grandes quantidades de compostos orgânicos à Terra, o monóxido de fósforo encontrado no cometa 67P pode fortalecer essa ligação entre os cometas e a vida na Terra", acrescentou a cientista.
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