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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

'Derretido': telescópio Hubble tira FOTO do maior anel de Einstein

 


O telescópio espacial Hubble da NASA revelou "anel derretido" curvando ao redor de galáxia em nova imagem espetacular.

Uma galáxia distante está se encurvando ao redor de aglomerado de galáxias, descrito pela NASA como "anel derretido", também conhecido como anel de Einstein.

O objeto nomeado GAL-CLUS-022058s é descrito pela NASA como um "fenômeno muito raro" conhecido como lente gravitacional.

Se o objeto espacial é suficientemente grande, como o Sol, por exemplo, seu campo gravitacional é tão intenso que sua massa pode deformar espaço-tempo e fazer a luz dobrar. Funciona de forma semelhante a uma lupa, por exemplo, que dobra a luz através da lente, fazendo os objetos parecerem mais próximos.

A lente gravitacional foi teorizada por Albert Einstein em sua Teoria da Relatividade Geral.

GAL-CLUS-022058s é o maior e um dos mais completos anéis de Einstein descobertos em nosso Universo. Devido à aparência ardente, NASA o chamou de "anel derretido".

 
Galáxia GAL-CLUS-022058s

"O alinhamento quase exato de galáxia de fundo com a galáxia elíptica central do aglomerado, vista no meio da imagem, deformou e ampliou a imagem da galáxia de fundo em um anel quase perfeito", de acordo com a agência espacial norte-americana.

Os objetos deste tipo são laboratórios ideais para estudar galáxias que frequentemente são fracas e distantes demais para ser vistas sem lente gravitacional, conforme NASA.

 

 

Modelo 3D de remanescente de supernova lança luz sobre estrutura complexa desses corpos celestes

 


IC 443 é um remanescente de supernova (SNR, na sigla em inglês). O novo estudo sobre o IC 443 fornece dados importantes sobre a emissão de raios X de SNR.

Astrônomos italianos desenvolveram modelo 3D para o remanescente galáctico de supernova IC 443, a fim de investigar a morfologia desta fonte. O modelo não apenas forneceu informações sobre a morfologia complexa do IC 443, como também proporcionou dados cruciais sobre a emissão de raios X desse objeto. O estudo foi detalhado em um artigo publicado no repositório arXiv.org.

"O meio ambiente não homogêneo observado é o principal responsável pela estrutura complexa e morfologia de raios X do IC 443, resultando em uma distribuição muito assimétrica do material ejetado devido à localização descentralizada da explosão dentro da cavidade formada pelas nuvens. Argumenta-se que a morfologia do pico central é uma consequência natural da interação com o ambiente complexo", escrevem os autores, citados pelo portal Phys.org.

 

Evolução das galáxias

SNRs são estruturas difusas em expansão resultantes de uma explosão de supernova. Eles contêm material ejetado em expansão pela explosão e outro material interestelar que foi varrido pela passagem da onda de choque da estrela que explodiu. Estudos sobre SNRs são importantes porque essas estruturas desempenham um papel fundamental na evolução das galáxias. SNRs também são considerados responsáveis ​​pela aceleração dos raios cósmicos galácticos.

IC 443 está uma distância de aproximadamente 4.900 anos-luz. A partir da banda de rádio, o SNR exibe uma morfologia semelhante a uma concha e emite raios X térmicos em seu centro.

As observações mostram que IC 443 parece consistir em duas subcamadas quase esféricas interconectadas de raios e centróides diferentes. Ele também tem um ambiente bastante complexo, pois interage com uma nuvem molecular nas áreas noroeste e sudeste e com uma nuvem atômica no nordeste. O modelo 3D permitiu aos cientistas investigar a origem da morfologia complexa e da emissão de raios-X multitérmica observada neste SNR.

"Modelamos a expansão do SNR e sua interação com o ambiente circundante, parametrizados de acordo com os resultados da análise de dados de multicomprimentos de onda. A partir das simulações, sintetizamos a emissão térmica de raios-X e comparamos com as observações", explicaram os astrônomos.

Com base nos resultados, os cientistas presumem que a supernova original foi caracterizada por uma baixa energia de explosão e que a idade do IC 443 é de cerca de oito mil anos.

 

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