Os estudiosos do assunto dizem que Umbanda é um vocábulo oriundo do termo abanheenga (a mais antiga língua falada no Brasil)
”, que significa: “o conjunto das Leis Divinas”. Outros dizem tratar-se, também, a sua origem da expressão
(termo yorubá) que significa “aquele que cura”.
Essas leis estão gravadas no nosso ser, infelizmente, para a maioria dos homens, de forma velada, cabendo às Religiões, realizando a religação com Deus, torná-las conhecidas, trazendo-as ao campo da razão e da emoção, para que se tornem ativas nos indivíduos, plenificando-os de Luz. No “Sabedoria e no Amor” está a síntese das Leis Divinas, alcançá-las em plenitude é o trabalho da evolução humana, pois só aí se encontra a felicidade a paz ansiada pelos homens.
A presença, em todos eles, dos Instrutores Espirituais (Guias e Protetores) que assumem a roupagem fluídica de Caboclos, Crianças, Pais Velhos, já é o alerta principal para a mudança de vida e de valores, dentro da vivência das Leis de Deus. O
Caboclo simboliza a
Fortaleza, atributo necessário à vivência espiritual. Essa fortaleza só vai existir na simplicidade e serenidade perante a vida, na busca incessante do crescimento espiritual, sabendo valorizar o espiritual, na vivência da presente encarnação.
O
Pai Velho ou
Preto-Velho vem simbolizar a
Sabedoria, que é fruto da vivência, do sofrimento e do conhecimento das coisas espirituais. Só o sábio é humilde, pois só quem conhece a grandeza e a misericórdia de Deus em relação a nossa pequenez e ignorância é capaz de ser humilde, e compreender os seus semelhantes.
A
Criança simboliza, por sua vez, a
Pureza. Essa Pureza está pousada na capacidade de amar na verdade, de confiar na ação do Pai, de ser feliz por existir e saber que é amado, destruindo no coração as mágoas, o orgulho e a vaidade, para amar os seus irmãos no respeito e no perdão. Assim é a Umbanda. No Templo Espiritualista devemos vivenciar o Movimento Umbandista de forma a trazer para o culto, práticas de tratamentos e estudo, o tripé espiritualista do
ESTUDO,
DISCIPLINA e
TRABALHO, que acreditamos necessário a um movimento ascendente dos seus membros, onde os irmãos que nos procurem encontrem repostas aos anseios dos seus corações, no Coração Misericordioso de Jesus.
A umbanda é a Lei regida por princípios e regras em harmonia que não podemos alterar pela simples vontade; todos os que conscientemente, tentaram alterá-la, sofreram diferentes dissabores. Repetimos e afirmamos: a Umbanda é o movimento do Círculo Inicial do Triângulo e este, é o Ternário ou a Tríade, que exterioriza suas vibrações através das Três Formas ordenadas pela Lei, que são místicas pois simbolizam: A pureza, que nega o vício, o egoísmo e a ambição; A simplicidade, que é o oposto da vaidade, do luxo e da ostentação; A humildade, que encerra os Princípios do amor, do sacrifício, e da paciência, ou seja, a negação do poder temporal... No entanto, o Espírito, o nosso eu Real, jamais revelou, nem revelará, a sua verdadeira essência e "forma", compreenda-se bem, sua "forma-essencial". Ele externa sua consciência, seu livre arbítrio, por sua alma, pelo corpo mental, que engendra os elementos para a formação do denominado Corpo Astral ou Perispírito, que é uma "forma durável", fixa, podemos dizer.
Tentaremos então explicar, que o espírito não tem Pátria, porém, conserva em si ou forma a sua alma pelos caracteres psíquicos de vários renascimentos, em diferentes Pátrias. Os ocupantes das formas que revelam um Karma limpo, uma iluminação interior, é que são chamados a cumprir missão na Lei de Umbanda, e por seus conhecimentos e afinidades, são ordenados em uma das Três Formas já citadas... velando assim suas próprias vestimentas karmânicas.
Esta metamorfose é comum aos que tomam a função de Orixás ou Guias que assim procedem, escolhendo por afinidade uma dessas formas em que muito sofreram e evoluíram numa encarnação passada.
Quando à chamada apresentação desses Espíritos, cremos ter ficado patente que o fazem sempre e invariavelmente dentro dessas três roupagens fluídicas como Orixás, Guias e grande percentagem dos que chamamos de Protetores, porque, parte destes, não necessita dessa adaptação, por já conservarem como próprias.
Nesta altura, faz-se necessário uma elucidação: sabemos, pelos ensinamentos dos Orixás, que essa Lei, essa Umbanda, é vivente em outros países, talvez não definida ainda com este nome, porém, os princípios e regras serão os mesmos. Quanto às "formas" são ou poderão ser as três que simbolizem, nestes países, os mesmos qualificativos que os nossos, ou sejam os mesmos no Brasil (Pureza,Simplicidade e Humildade). Agora por suas apresentações nos aparelhos (médium) devemos compreender como:características tríplices das manifestações chamadas incorporativas, que se externam: E essas características, salvo situações especiais, são inalteráveis em qualquer aparelhos, cujo Dom real o qualifique como Inconsciente(totalmente dirigido) ou Semi-Inconsciente(parcialmente dirigido). Então vamos passar a identificar, de um modo geral, os sinais exteriores, os fluídos atuantes e as tendências principais dos Orixás, Guias e Protetores, através de suas "máquinas transmissoras" pelas Vibrações ou Linhas, em número de SETE.
PONTOS RISCADOS - São identificação dos Guias. Cada Guia e cada Orixá tem seu ponto riscado. Os pontos são riscados com pemba. Mas o ponto não se resume apenas a identificação de um guia, linha, falange ou Orixá; ele pode fechar o corpo de um médium, pois a escrita sagrada se utiliza de magia para que qualquer espírito perturbado não se aproxime.
PEMBA - Espécie de giz em forma cônico-arredondada, em diversas cores, como sejam : branco, vermelho, amarelo, rosa, roxo, azul, marrom, verde e preto, servindo para riscar pontos e outras determinações ordenadas pelos Guias, sendo que conforme a cor trabalhada com pemba, pode se identificar a Linha a que pertence a Entidade, ou a Linha que trabalhará naquele ponto. Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções lhes são dadas por eles. Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica. Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e ondas vibratórias que são realizadoras e, assim que são riscados, são ativados e começam a trabalhar.
A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade e, tem sido encontrados signos e símbolos em construções antiqüíssimas dentro de túmulos e urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado a disposição da humanidade pelos seres espirituais superiores e que dela, muitos tem se servido no decorrer dos séculos. Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais são retirados modelos de símbolos e signos mágicos, os quais assim que são riscados e ativados aqui no plano material, religam-se a elas que lhes darão sustentação nos trabalhos que serão realizados.
Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares porque assim, suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo espaço físico coletivo. Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns bastante conhecidos e de fácil identificação e interpretação, enquanto a maioria nos são desconhecidos e praticamente impossível de serem identificados e classificados.
Os guias espirituais de Umbanda servem-se de uma certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas apenas, pois pode-se encontrar pontos riscados de diferentes entidades, a reprodução de símbolos e signos idênticos.
Algumas ordens antiqüíssimas criaram, a partir de signos e símbolos, suas escritas mágicas sagradas e cada uma delas serviu-se ou ainda se serve da sua simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem significado especial e interpretação própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado a nossa disposição por Deus.
Os pontos cabalísticos riscados com Pemba de calcário representam uma grafia de projeção bidimensional de símbolos que se revestem de todo poder mágico, que as forças cósmicas lhe oferecem. Muitos tentaram, mas não conseguiram mostrar os fundamentos ocultos da lei de Pemba, ou dos pontos riscados. É por isso que não se pode copiar e nem interpretar tais pontos.
Só a umbanda sagrada pode faze-lo justamente por ser escritas por Guias, que evocam os sagrados orixás e sabem o significado do que fazem. No entanto, tenho por certo que não se traça pontos apenas auxiliado por uma entidade incorporada, pois, se trata de codigos e como tal, assim como a astrologia e diversas outras codificações, tem uma regra, assim basta ao buscador, iniciado, comprometido e outorgado, se empenhar em decifrá-los.
O ponto riscado é um instrumento para os trabalhos magísticos efetuados para entidades, afinal de contas ele possui um grande significado e valor mágico. Pode-se afirmar que a Pemba e um instrumento sagrado da Umbanda, pois nada pode se fazer com segurança sem os pontos riscados. A Pemba e confeccionada em calcário e modulado em formato ovóide alongado, e serve para, para ao riscar, estabelecer ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas. Na verdade é o selo, o cartão de visitas, a identificação, o brasão e bandeira da entidade. É uma espécie de campo de força onde o instrumento utilizado pela entidade em seu efetivo campo de trabalho é a Pemba. E esta maneja as forças de sorte a lhe conferir afinidade com a entidade, identificado a quem ela se subordina, nem como os seus domínios ao ser usado para riscar o ponto.
Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados ao mundo espiritual, eles identificam poderes, tipos de atividades, e os vínculos iniciáticos da falange. Quando são traçados sem conhecimentos de causas, não projetam sua grafia luminosa e não passam de rabiscos inócuos. Como podemos ver, os pontos riscados é magia, então para se utilizar deles é necessário o devidos conhecimentos. Um ponto riscado pode ser usado, dependendo do trabalho ou cerimônia a ser realizada, utilizando Pemba, marrafo (pinga) Fundanga (pólvora) Azeite, com o ponteiro na areia ou ate mesmo mentalmente, o que requer muita prática. Mas lembre-se: só se utiliza a pólvora ou pinga com autorização superior.
Pode-se afirmar que a Pemba e um instrumento sagrado da Umbanda, pois nada pode se fazer com segurança sem os pontos riscados. A Pemba e confeccionada em calcário e modulado em formato ovóide alongado, e serve para, para ao riscar, estabelecer ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas. Riscar um ponto de traz para frente é inverter ou perverter a força da magia. Então não basta ver um ponto no livro para risca-lo sem o devido conhecimento. O mau uso do ponto riscado pode levar as conseqüências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de forças e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhar os fios, com o que acabara de provocar curtos circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.
Assim pode-se afirmar sem sombra de dúvida, que sem os pontos riscados nada se poderia fazer com seguranças, é interessante também observar que, quando um filho de Umbanda se apresenta perturbado dentro de um templo, muitas vezes notamos o Babalorixá cruzar seu corpo com Pemba. Isto representa a escrita divida, através da magia para chamar a razão à entidade obsessora, a fim de que ela possa conhecer através deste traçado cabalístico, o seu erro e abandonar este filho que ate então obsidiava.
Outro símbolo também muito conhecido e adotado como símbolo de alta magia é a conhecida estrela de Davi, ou a estrela de seis pontas, que hoje sabemos através do conhecimento revelados aos Umbandistas, tratar-se da estrela do equilíbrio, ou seja, estrela do trono da justiça de Deus. Quanto ao uso da Pemba, estudo o sentido e o valor das cores, só utilize a Pemba preta aquele que foi autorizado para tal. No umbanda o mais usual é o trabalho com a Pemba branca, azul, verde e amarela, também é usual a cor derivada do vermelho. Lembrem mais uma vez que todo ponto riscado é magia, com todo significado da sua grafia e ondas vibratórias. Por exemplo, a suástica como símbolo sagrado, cujas utilizações dadas há tempos imemoriais, símbolo este utilizado mesmo pelos Papas da religião católica, teve suas ondas invertidas pelo pseudo-arianos e como símbolo, acobertou e direcionou a Segunda Guerra Mundial.
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aquiCarlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.