Coronavírus representaria ameaça acrescida para quem sofre de calvície? Pesquisas mostrando elevada taxa de calvos entre pacientes COVID-19 levam cientistas a ligar o hormônio androgênico à doença.
Os homens carecas podem estar em maior risco de sofrer de formas graves de COVID-19, segundo revelam novos estudos.
Até recentemente, os cientistas desconheciam a razão de isso acontecer, apontando fatores como estilo de vida, tabagismo e diferenças no sistema imunológico entre os sexos.
Mas os cientistas acreditam cada vez mais que andrógenos – hormônios sexuais masculinos como a testosterona – poderiam desempenhar um papel não só na queda de cabelo, mas também no aumento da capacidade do coronavírus de atacar células.
Os cientistas sugerem uma ligação entre os hormônios androgênicos masculinos, dos quais a calvície muitas vezes depende, e a capacidade do organismo de combater o vírus.
Outro estudo, envolvendo 41 pacientes em outros hospitais espanhóis, deu uma taxa de 71%. O índice de calvície em homens brancos de idade semelhante à dos pacientes estudados situa-se somente entre 31 e 53 por cento, refere o Telegraph.
Em abril, pesquisadores mostraram que a enzima TMPRSS2 também está envolvida em infecções pelo novo coronavírus, informa o Telegraph.
Um estudo recente efetuado em Veneto, na Itália, com 9.280 pacientes, descobriu que homens com câncer de próstata e em terapia de privação de androgênio – com recurso a medicamentos que reduzem os níveis de testosterona – tinham apenas um quarto das probabilidades de contrair COVID-19 comparando com os restantes pacientes, informa o Telegraph.
Contudo, segundo Karen Stalbow, chefe do Centro do Câncer da Próstata do EUA, citada pelo Telegraph, "muito mais evidências são necessárias antes de podermos saber se essas terapias hormonais seriam um meio eficaz para tratamento da COVID-19".
Os dados estatísticos são tão fortes que alguns cientistas já lhe deram o nome de "sintoma de Gabrin", em homenagem ao primeiro médico a morrer de COVID-19 nos Estados Unidos, Frank Gabrin, que também era careca, informa o jornal britânico The Telegraph."Nós realmente consideramos a calvície como uma predisposição clara para a doença", disse o professor Carlos Wambier, da Universidade Brown (EUA), em um comentário ao Telegraph.
Hormônios androgênicos na mira
Dados coletados desde o início do surto em Wuhan, na China, em janeiro, mostraram que os homens têm mais probabilidade de morrer depois de infectados pelo novo coronavírus e que os homens em idade de trabalhar eram duas vezes mais propensos a falecer após terem sido diagnosticados com a COVID-19, refere o Telegraph.Até recentemente, os cientistas desconheciam a razão de isso acontecer, apontando fatores como estilo de vida, tabagismo e diferenças no sistema imunológico entre os sexos.
Mas os cientistas acreditam cada vez mais que andrógenos – hormônios sexuais masculinos como a testosterona – poderiam desempenhar um papel não só na queda de cabelo, mas também no aumento da capacidade do coronavírus de atacar células.
Os cientistas sugerem uma ligação entre os hormônios androgênicos masculinos, dos quais a calvície muitas vezes depende, e a capacidade do organismo de combater o vírus.
"Achamos que andrógenos ou hormônios masculinos são definitivamente a porta de entrada do vírus em nossas células", afirmou Wambier.Isto sugere que o tratamento para suprimir estes hormônios – prescrito para a calvície e doenças como o câncer de próstata – poderia ser usado para deter o vírus e dar ao paciente tempo para combatê-lo.
Estudos
Carlos Wambier liderou dois estudos sobre a temática. Um deles apurou que 79% dos homens internados em três hospitais de Madri, na Espanha, e que sofriam de COVID-19 eram carecas. A pesquisa envolveu 122 pacientes, com média de idade de 62,5 anos.Outro estudo, envolvendo 41 pacientes em outros hospitais espanhóis, deu uma taxa de 71%. O índice de calvície em homens brancos de idade semelhante à dos pacientes estudados situa-se somente entre 31 e 53 por cento, refere o Telegraph.
Solução
Os especialistas em câncer de próstata estão familiarizados com o papel que os andrógenos podem desempenhar na doença, porque na próstata os hormônios estimulam uma enzima, a TMPRSS2, que fomenta o crescimento cancerígeno.Em abril, pesquisadores mostraram que a enzima TMPRSS2 também está envolvida em infecções pelo novo coronavírus, informa o Telegraph.
Para infectar uma célula, os coronavírus – incluindo o novo SARS-CoV-2, que causa a COVID-19 – utilizam o que é chamado de proteína de espícula ou espigão, que se liga à membrana da célula, um processo que é ativado por uma enzima. Neste caso, parece que a TMPRSS2 poderia ser essa enzima.Os cientistas ainda não sabem se a enzima responde da mesma forma aos andrógenos nos pulmões como responde na próstata, mas outras evidências parecem apoiar a ligação potencial, refere o Telegraph.
Um estudo recente efetuado em Veneto, na Itália, com 9.280 pacientes, descobriu que homens com câncer de próstata e em terapia de privação de androgênio – com recurso a medicamentos que reduzem os níveis de testosterona – tinham apenas um quarto das probabilidades de contrair COVID-19 comparando com os restantes pacientes, informa o Telegraph.
Contudo, segundo Karen Stalbow, chefe do Centro do Câncer da Próstata do EUA, citada pelo Telegraph, "muito mais evidências são necessárias antes de podermos saber se essas terapias hormonais seriam um meio eficaz para tratamento da COVID-19".
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