Todos os caros irmãos que me visitam aqui no blog já há bom tempo, sabe que essa nova linha de pensamento que venho divulgando a qual eu intintulei como Umbanda Astrológica, sabe bem que há uma grande ligação com a Umbanda Esoterica a qual sempre que pude divulguei aqui seus conceitos, ajustando, modificando ou adaptando ao meu entendimento coisas aqui e alí. E não é dificil achar dezenas, talvez centanas de blogs e sites que seguem os ensinamentos da Umbanda Esoterica, em especial do Mestre Da Matta que foi um grande reformador, inovou e fez escola. Como também um de seus dicipulos o Rivas Neto que chegou a escrever alguns livros, entre estes o mais famoso chamado "A Proto-síntesi Cosmica".
Bem, um dos motivos que me fez adaptar a Umbanda a Astrológia com um certo ajuste a meu estilo de astrologo e não seguir plenamente apenas os ensinamentos de Rivas Neto e Da Matta, ou de Itaoman, foi justamente por que achei uma forte inclinação a um estilo muito "ameríndio", com uma filosofia que de certa forma chegava a ignorar grande parte dos conceitos yorubás e até criou em muitas pessoas que não avaliaram direito a doutrina de Da Matta, até um certo cisma com o Candomblé. Criou-se um espectativa de uma Umbanda nascina no Brasil mais pura, mais especial do que aquela popular conhecida Brasil à fora. Além do mais sempre achei e continuo achando que muito ainda tem que ser explicado, como por exemplo sobre as falanges, vibrações, linhas, exus, pombagiras etc. Bem, mas, confesso que ao mesmo tempo continuo achando um sistema muito bem embasado, carecendo apenas de correções e talvez uma maior sincronia com os conceitos yorubás. Pois bem, o trabalho atual de Rivas Neto, ao que parece vai bastante nessa direção, mas, da mesma forma que senti um certo exagero no "amerindianismo" nos trabalhos de Da Matta, sinto agora no que se refere ao estilo yorubano seguido por ele no momento.
Eu acho que a Umbanda apresentada por Da Matta ainda deixa muito a ser explicado, apesar de ter contribuido muito, em especial no que se refere a oráculos, entidades e magia, e pelo que me parece Rivas Neto até avançou muito agora imprimindo um novo conceito mais sincronizado ao mundo da mitologia yorubá, mas, sem querer ser um critico destrutivo, muito pelo contrario só com intuito de contribuir e até incentivar esse que eu considero hoje um dos maiores mestres do Brasil no que se refere ao estudo de cultos afro-brasileiros, que é o Pai Rivas, mas, acho que ele deveria dá uma pausa e explicar melhor aos seus seguidores e leitores suas adaptações! Ele tem livros que são seguidos por milhares de pessoas no Brasil inteiro, derepente mudou por completo seu estilo e simplesmente ele não corrigiu as edições, não explicou nada e segue seu caminho como se nada tivesse produzido no mundo da lituratura de Umbanda!
Antes divulgando com Da Matta, um estilo totalmente diferente do que ele prega hoje em sua Faculdade de Umbanda! Antes se divulgava com firmez 7 raios, orixás menores e guias, muito bem organizados, agora ele só fala em Orumilá, 16 odús, números todos adaptados a cultura yorubá, que na verdade eu também considero como um avanço, mas, que precisava de uma maior atenção e respeito aos seguidores do passado! O mito de certa forma contribui e muito com a Umbanda, até por que vivemos na busca do Sagrado e do Orixá, principalmente pela tradição oral. Mas, a realidade tecnologica atual, não consiste-se apenas em viver de mitos, de lendas e sim de estabelecer uma nova tecnologia que explique melhor a magia, os ritos, a espiritualidade e a força de Umbanda.
A astrologia, o tarô e as crenças espiritualistas, sobrevivem e se originam na subjetividade, mas, como dizia João Paulo II, "a fé tem que voar nas asas da razão". Ou seja, estudar mecanismos com um olhar mais criterioso mais cientifico e mais filosofico é fundamental, e não apenas se aprisionar ao mito, as crenças pregadas pela tradição oral. Estamos em novos tempos, onde respostas tem que ser formuladas não apenas por ficção, mas, por uma analisa critica, clinica e seria dos misterios sagrados.
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarólogo e Pesquisador.