Deu-lhes Odin a alma; Hoenir, o movimento e os sentidos; Lodur, o sangue e a vida. O primeiro homem, Askr, e a primeira mulher Embla, estavam vivos e eram livres, tinham recebido o dom do pensamento e da linguagem, o poder de amar a capacidade da esperança e a força do trabalho, para governarem o seu mundo...
Deram origem a uma nova raça, sobre a qual eles, os deuses, estariam exercendo permanente a sua tutela. Mas Odin, deus da sabedoria e da vitória, era o protetor dos guerreiros aos quais proporcionava um especial afeto, cuidando deles da altura do seu trono, o Hlidskialf, enquanto vigiava o resto do Universo, no nível dos deuses, no dos humanos e no dos elfos.
Perto de lá estava Valhalla, a sala dos mortos escolhidos, o paraíso dos homens escolhidos entre os caídos em combate heróico. Era um palácio magnífico, ao qual se acedia por qualquer das quinhentas e quarenta portas, imensas portas (por cada uma podia passar uma formação de oitocentos homens em fundo), que davam para uma grande sala coberta de espadas tão brilhantes que iluminavam a estância, refletindo-se a sua luz no artesanato feito de escudos de ouro e nos peitilhos e malhas que decoravam os bancos, a sala de jantar e o lugar de reunião para os Einheriar trazidos entre os mortos pelas Valquírias montados nas suas cavalgaduras, após cavalgarem através do Bifrost... - Valquírias: Espíritos femininos que apareciam para os guerreiros que iam morrer, auxiliavam o Deus da guerra e a travessia ao mundo dos mortos em Valhala, o grande palácio de Odin, onde ele se diverte em festas na companhia dos heróis que morriam em combate. Símbolos: a lança, o cisne e o capacete. Diziam os magos celtas diziam que "nome tem poder" assim também, como a numerologia, e religiões que chegam a mudar os nomes pra mudar a energia sobre as pessoas. Neste caso, sabemos que alguns nomes fortes e cheios de energias que poderiamos definir como "influenciadores do arquétipo pessoal", deixa uma forte influência sobre as pessoas. Esse nome de Valquíria por exemplo, é um nome forte, que geralmente acaba gerando teimosia, inclinação a irar-se com facilidade ou teimosia.
Em cada um de nós há um herói, à deriva entre as correntes de ambivalência que se cruzam. Em cada um de nós há o arquétipo do herói, com a capacidade de fazer frente as desafios da vida. E, a única medida pela qual poderemos ser julgados quando tudo terminar, é pelo que nos tornamos diante de todas as forças que tentaram nos deter. As histórias de heróis podem nos guiar, mas cabe a cada um responder ao seu próprio chamado, individualizando-se.
No primórdio dos tempos, as Valquírias foram adoradas com sacrifícios (geralmente animais), mas hoje elas possuem uma conotação mais benigna e foram trazidas para nossa vida atual. De Deusas de Guerra, passaram a representar o lado escuro de nossas mentes e corações. Quando uma Valquíria está ao nosso lado, podemos viajar à estes lugares e retornarmos mais fortalecidas. As Valquírias chegam até nossas vidas, para lembrar-nos, que assim como a semente precisa ser enterrada na terra escura, nosso espírito também necessita abraçar sua escuridão a fim de crescer.
As Valquírias são as "Defensoras dos Assassinados" da mitologia nórdica, correspondendo às Erínias gregas. Mas elas não possuíam a ânsia grega de vingança do matricídio, a proteção da linhagem feminina ligada às Erínias. Mas, os nomes das Valquírias, tal como preservados em algumas histórias, retêm uma concepção das selvagens primais das Erínias, são eles: Hlokk (a Estridente), Goll (a Gritadora) e Skogul (a Violenta).
A mitologia nórdica foi escrita em um período de guerras extremamente patriarcal do desenvolvimento das sociedades germano-escandinavas e, por isso, as Valquírias, embora sem dúvida remanescentes de uma deusa tríplice anterior, têm estreitas ligações com o masculino heróico. Geirahod era a Valquíria que decidia a vitória nos combates, juntamente com um grupo de guerreiras chamadas "As Luzes da Noite", devido ao esplendor luminoso de suas armaduras. São as Vlaquírias também, que levam as almas nobres dos que perderam a vida nas batalhas para a companhia de Odin, em Valhala, onde essas alcançam a recompensa eterna.
Valhala é o grande palácio de Odin, onde ele se diverte em festas na companhia dos heróis que morriam em combate. Lá era servida a carne de javali Schrinnir e o hidromel fornecido pela cabra Heidrum. Quando não encontravam nos festins, os heróis se divertiam lutando. Todos os dias dirigiam-se ao pátio ou campo e lutavam até fazerem-se em pedaços. Esse era seu passatempo, mas chegada a hora da refeição, eles se restabeleciam dos ferimentos e voltam ao festim no Valhala. Raramente se apresentavam as Valquírias como três. O seu aparecimento sempre se dava em múltiplos de três, como as Nove, ou as Três Noves e, em uma história, até como as Nove Noves.
As Valquírias tem freqüentemente inspirado poetas como mulheres guerreiras que cavalgam corcéis, armadas de elmos e lanças. Elas foram um arquétipo tão poderoso da alma nórdica, que foram vistas, em épocas ulteriores, como dotadas de uma faceta delicada e suave em sua natureza, podendo parecer como Donzelas-Cisne, capazes de voar através dos céus, carregando os guerreiros mortos para o Valhala. Os nórdicos desejavam a tal ponto suavizar e tornar agradável a terrível faceta primal da deusa que a representavam em uma forma mais branda, razão por que as Valquírias por vezes assumiam a forma de afáveis Donzelas-Cisne. Foi por isso, que elas passaram para o imaginário artístico moderno com as enormes asas laterais em seus capacetes.
Elas tinham múltiplas tarefas como:de selecionar os guerreiros mortos, que perecem na batalha ou em combate, como enfrentando um dragão, etc. Estes guerreiros mortos são conhecidos como os Einherjar, e são escolhidos para lutar ao lado dos deuses no Ragnarok. Os nórdicos acreditavam que chegaria um tempo que seriam todos destruídos, mas este tempo não chegaria inesperadamente e para este dia davam o nome de Ragnarok. Os Einherjar esperam pelo Ragnarök (O Crepúsculo dos Deuses), no palácio de Odin, chamado Valhala. As Valquírias tinham ainda a função de servir o hidromel em chifres ou taças para os Einherjar no Valhala (as donzelas-do-hidromel). E por fim ajudam ou protegem um guerreiro no campo de batalha (as donzelas-guerreiras e donzelas-escudeiras).
Três Valquírias aparecem na Völsungasaga (“A Saga dos Volsungos”) e nas Baladas Heróicas da Edda Poética. Sigrún (“runa-vitoriosa”) casada com o herói Helgi, o filho de Sigmundr. As outras duas Valquírias são Brunhild (“brilhante-na-batalha”) e Gudrun (“runa-da-batalha”), e estas duas são associadas com o herói Sigurd, um outro filho de Sigmundr. Gudrun também tem sido associada com Helgi em outra fonte, como a primeira esposa do herói.
Outra Valquíria que aparece nos poemas da Edda Poética é Svava, aquela que se enamorou do jovem herói Helgi, dando-lhe este nome e ensinando-o a falar. Svava porém seria outro nome para Sigrún, que é casada com Helgi, em outras duas baladas da Edda Poética, todas essas baladas seriam então versões diferentes de uma mesma história. Temos ainda, entre essas lendárias cavaleiras, a mais jovem Norn chamada Skuld.
Na Völuspá ("A Profecia da Vidente"-ver obs.1), da Edda Poética, vemos também descritas suas famosas cavalgadas através dos céus, imortalizada na música do compositor clássico alemão Richard Wagner. Richard Wagner, o famoso compositor clássico da tetralogia Der Ring des Nibelungen (“O Anel dos Nibelungos”), deu uma origem para as suas Valquírias, que seriam então nove filhas do deus Wotan (Odin) com a deusa Erda (Jörd), a Mãe-Terra. Aquelas que cavalgam pelos campos de batalha recolhendo os guerreiros mortos, sendo uma delas Brunhild (Brynhild), aquela que foi punida com a mortalidade.
Brunhild é a mais famosa de todas as Valquírias. Na Völsungasaga e na Edda Poética, Odin pune Brunhild, por auxiliar o rei errado a morrer em batalha. Odin então a condena a casar-se apenas com um guerreiro valente e destemido, então ela foi deixada adormecida em um Anel de Fogo, até o valente herói poder atravessar as chamas. Sigurðr atravessou através das chamas, duas vezes. A segunda vez, ela foi enganada para casar-se com Gunnar, o irmão de Gudrun, enquanto o herói casou-se com Gudrun. Por fim ela causou a morte de Sigurðr. Brunhild caída em desgosto, morre na pira funerária de Sigurðr.
Brunhild recebe um nome diferente em uma das baladas da Edda Poética. Na "A Balada de Sigrdrífa", Brunhild é conhecida como Sigrdrífa (“estimuladora-da-vitória”), onde ela ensina para o herói a runa da vitória. Dia 31 de janeiro é a data dedicada às Valquírias. Acreditava-se que a aurora boreal, o Sol da meia-noite dos países nórdicos, era a luz refletida pelos escudos das Valquírias ao levarem as almas para Valhala.
E las so andavam em grupo de tres ou numeros primos de tres no caso nove, mas o delas é : HLOKK ( a estridente ) GOLL ( a gritadora ) SKOGUL ( a violenta ) GEIRAHOD ( a que decide a vitoria ),mas como vc pediu só quatro então estão aí as quatro valquírias nordicas. Freya é a Deusa-Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica.
Fréya era filha de Njörd (Deus do Mar) e da giganta Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas). Tinha como irmão Freyr, que era o deus da paz e da prosperidade. Pertencia a raça dos Vanes. Ela nasceu em Vaneheim, também era conhecida como Vana, a Deusa dos Vanes, ou como Vanebride. Ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores.
É também a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).
De caráter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra.
Diz à lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freya e dois outros vanirs (Deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (Deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve dormindo com os quatro anões que o fizeram.
Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortas em batalha iriam para seu salão Sessrumnir. O seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade. Freya também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki, o Deus do fogo.
Os europeus do norte chamaram sua Deusa sensual de Fréya, que significa "concubina" e deram seu nome para o sexto dia da semana, a Sexta-feira, ou "Friday". Ela era a regente ancestral dos deuses mais velhos, ou Vanir e irmã de Fricka. Fréya era a mais bela e querida entre todas as Deusas, que na Alemanha era identificada com Frigga. Fréya e Frigga são consideradas dois aspectos da Grande Deusa. Fréya é o aspecto donzela e Frigga o aspecto materno.
Com o nome de Valfreya comandava as Valquírias nos campos de batalha, reclamando para si, metade dos heróis mortos. Era representada portando escudo e lança, estando somente a metade inferior de seu corpo vestida com o atavio solto habitual das mulheres. Fréya transportava os mortos eleitos até Folkvang, onde ram devidamente agasalhados. Ali eram bem-vindas também, todas as donzelas puras e as esposas dos chefes, para que pudessem desfrutar da companhia de seus amantes e esposos depois da morte. Os encantos e prazeres de sua morada eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus amados. Muito embora, Fréya seja regente da morte, Rainha das Valquírias, as condutoras das almas dos mortos em combate, ela não era uma Deusa atemorizadora, pois sua essência era o poder do amor e da sexualidade, embelezando e enriquecendo a vida. Ela era ainda, a única que cultivava as maçãs douradas de que se alimentavam os deuses lhes conferindo a graça da juventude eterna. Como acreditava-se que Fréya escutava a oração dos apaixonados, esses sempre a invocavam e era costume compor canções de amor em sua honra, as quais eram cantadas em ocasiões festivas. Na Alemanha, seu nome era usado com o significado do verbo "cortejar". Este aspecto da Deusa, também conhecida como líder das Valquírias, a conecta à Lua Nova.
Dentro das tradições dos antigos povos nórdicos, a Deusa Fréya era uma das líderes dentro do matriarcado das Deusas, o que lhe rendia vários cultos, principalmente na Suécia e na Noruega, onde era venerada como a "Grande Dis". O Disirblot, era um festival celebrado anualmente no início de inverno nórdico em honra a Deusa Fréya e as Disir. Durante a comemoração era servido cerveja, porco, maçãs e cevada. Todos os festivais nórdicos eram denominados de "blots" e contava com o comparecimento de toda a comunidade. Seu culto tinha caráter erótico e orgiástico, associado sempre com a luxúria, o amor e a beleza. As ancestrais femininas Disir eram descritas como nove mulheres vestidas de preto ou branco, carregando espadas. Nove é um número lunar e é considerado pelos nórdicos como um dos mais misteriosos e sagrados números. As Disir estão também associadas as Valquírias e as Norns. Elas traziam sorte, mas também eram famosas por suas adivinhações, principalmente quando envolvia justiça cármica. Conectar-se com as Disir é muito eficaz para aumento de auto-estima e poder pessoal. Todos os rituais de invocação dessas sacerdotisas devem ser realizados na lua cheia. Os templos dedicados a Deusa Fréya eram muito numerosos e foram mantidos durante muito tempo por seus devotos, o último em Magdeburgo, na Alemanha, foi destruído por ordem do Imperador Carlos Magno.