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Planetas e Orixás regentes de 2023

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Devemos sempre acredita no amor, pois ele é sagrado

As pessoas que querem amores passageiros, pessoas descartáveis e amizades de pouca duração, sem dúvida nunca chegou a conhecer a força verdadeira do amor real. Quem não acredita no amor, na existência da alma como ser imortal e nos sentimentos que divinizam o homem, são pessoas vazias, preenchidas apenas pelo egoísmo, materialismo e escuridão. O amor é calor, preenche a alma e fortifica o espírito. Quem ama é mais feliz... E se sofre por rejeição é porque apenas acha que ama, pois esta focando na pessoa errada. O amor de verdade age junto com a intuitividade e sensibilidade espiritual. Por isso se você tá amando alguém que não te merece, sem duvida não é amor, é apenas baixa -estima, teimosia e obsessão. O amor não erra o alvo, ele é perene, certeiro e só mira naquilo que nosso Orí reconhece. Por isso se voce tá sofrendo por pessoas que só te rejeitam, respira fundo e expurga tudo, pois esse tipo de sentimento que te faz sofrer, nunca será amor...

A Umbanda Astrológica e os sistemas oráculares

O desejo de ser capaz de lançar um olhar para o futuro é comum a toda a humanidade. Mesmo em nossos dias, há uma abundância de adivinhos e sibilas, e muitas pessoas ainda acreditam em sonhos e presságios. Não é à toa que os antigos fizeram, também. Mas devemos ter bem em mente que, enquanto estas artes estão agora desprezado por pessoas educadas e classificado com a superstição que eles eram uma parte reconhecida da religião grega. A grande popularidade do oráculo de Delfos foi baseada em sua suposta capacidade de prever o futuro. Havia numerosos oráculos da Grécia, e, a julgar por Heródoto, que parecem especialmente florescer antes e durante as guerras persas. Mas eles foram consultados ansiosamente na seguinte idade também, embora um certo declínio em seu prestígio é, talvez, a ser encontrada no fato de que, neste momento, os gregos voltaram para oráculos estrangeiros, especialmente a de Amom na Grande Oasis. Na época helenística os antigos oráculos da Grécia perdeu sua popularidade.

Quando o Exército dos Dez Mil estava em discórdia, ele sacrificou e pediu aos deuses que ele deveria ir para casa. Ele fez o mesmo quando o chefe de comando foi oferecido a ele e quando ele estava pensando em se estabelecer os soldados em Kotyora. 3 Ele acreditava firmemente que ele foi levado por presságios e augúrios. Um sonho em que viu um raio atingir a casa de seu pai foi a causa imediata de sua montagem dos oficiais depois da morte de Ciro, a fim de se aconselhar na difícil situação do exército. Um sonho mostrou-lhe os meios de atravessar o rio Tigre, quando o exército parecia ser cortado pelo rio e as montanhas. Quando ele estava andando de Éfeso, a fim de atender Cyrus, ouviu o grito de uma águia sentado à direita, ea vidente que o acompanhava disse que isso significava glória, mas muitas dificuldades. E, finalmente, quando alguém espirrou durante um discurso exortativo aos soldados após o assassinato de Clearco, todos os soldados venerado dos deuses. Xenofonte acreditava firmemente em presságios, e quando parecia falhar, ele teve o cuidado de explicar que eles finalmente provou ser verdade. Eu quase não precisa referir-se aos muitos oráculos e presságios relacionados por Heródoto.

Quem quer que tenha lido os relatos de historiadores gregos sabe que nenhuma batalha foi travada, nenhum rio atravessado, antes vítimas tinham sido abatidos e os sinais do sacrifício eram favoráveis. Se os sinais eram desfavoráveis uma segunda e até uma terceira vítima foram abatidos até que os sinais favoráveis apareceu, e isso às vezes acontecia que um general segurou seu exército de volta e esperou por sinais favoráveis, mesmo quando o inimigo já tinham começado a atacar. Às vezes, aconteceu também que um plano foi entregue se os sinais foram desfavoráveis. Videntes sempre acompanhou os exércitos, entre dez mil, havia vários deles.

sobre sua conduta no campo de batalha, para os soldados acreditavam nos sinais como Xenofonte fez. Claro que houve videntes astutos que interpretavam os sinais da vítima sacrificada, de acordo com as necessidades militares, e havia generais que impuseram sua vontade sobre os videntes e usados esses sacrifícios como um meio para seus fins militares. Na batalha de Plateias, Pausanias realizou seus soldados de volta, sob o pretexto de que os sinais eram desfavoráveis, até que o inimigo poderia ser atacado pelos hoplites a uma distância razoável. Mas também houve generais fanáticos que obedeceram os videntes, em vez de necessidade militar. O exemplo mais trágico é Nicias ea derrota dos atenienses antes de Syracuse. Quando o recuo foi decidido na lua foi eclipsada, e os videntes interpretou que isso significa que o exército teve que permanecer no local três vezes nove dias. Nicias obedeceu, ea demora selou seu destino.

Os oráculos desempenharam um papel na agitação política semelhante ao de jornais e panfletos políticos em nossos dias. Exemplos da sua influência decisiva será dada abaixo. Este papel dos oráculos começou antes das Guerras Persas.

Enfim, os oráculos sempre tiveram um papel importante na busca do homem por cumprir seu destino e pra ele saber como usar seu livre-arbítrio, sem correr tantos riscos de errar. E no meu livro, narro o enrredo traçado ou travado entre destino e livre-arbítrio, e a interligação entre eles feita pelos oráculos, como Orunmilá-ifá, tarô, astrologia e outros...

Carlinhos Lima - Umbanda Astrológica.

Somos humanos, com essência divina dentro de nós

Quando se fala em "Eu", muita gente pensa que somos uma unidade. Mas, na verdade temos várias naturezas dentro de nós. Por isso o mapa astrológico é tão complexo. Não é só a personalidade do Cristo que é difícil de entender, quando os teólogos falam em duas naturezas a "divina e a humana", na verdade nós temos que ter equilíbrio perfeito entre caráter, personalidade e temperamento. E é nesses três fatores, que está a chave do conhecimento e do sucesso. Porque é a partir do equilíbrio ou bom relacionamento entre estes pontos que o homem pode domar ou usar bem seus instintos, resolver se vai agir com o bom ou o mau lado desses instintos e nessas escolhas é que o livre-arbítrio atua em conexão com o destino - é isso mesmo destino, pois engana-se que acha que ele não existe. Na verdade o livre-arbítrio é apenas pra decidirmos o que fazer com aquilo que nos é dado e conquistamos no trajeto existencial.

Mas, voltando as naturezas ou "eus" que há dentro de nós, um mapa astrológico, uma mandala de ifá ou um jogo de configurações de búzios ou tarô, mostra claramente a grande quantidade de facetas e energias que atuam dentro de nós. É por isso que as pessoas mudam ao longo do tempo e como dizia Milô Fernandez, "só os idiotas não mudam"! Ou seja, só aqueles que ficam presos a loucura e burrice de seu ser, assim atolados em sombras e malignidade, é que não evoluem pra crescer tanto humana, quanto divinamente.

E uma ferramenta ou ajuda pra harmonizar tudo isso é a mediunidade, pois é por meio dela, que nosso espirito atua também em nosso organismo, onde mente e espírito interagem e por onde, consciente, subconsciente e inconsciente se harmonizam ou se interligam... E quem tem uma alma mística por exemplo, nasce com essa natureza grafada na alma, não importa se é de uma alta classe social, se é cheio de frescura ou se prefere passar suas vidas vivendo de ilusão e vaidade, sendo apenas um consumista vultar. A mediunidade vai está lá, sempre atuando neles. Não adianta ignorar, pode ser juiz, advogado, engenheiro, medico ou cientista da Nasa, se tiver mediunidade, o vazio vai atraí-lo pra o buraco da indecisão e vontade de buscar o sagrado, querendo ou não. E se a relutância e teimosia é maior, a pessoa permanece preso no vazio da inconstância, incredulidade e ceticismo, ai essa mediunidade vai se conectar negativamente ao marasmo e ostracismo e essas pessoas apenas vão passar a viver uma vida de ilusão e sem preenchimento das cores da espiritualidade...

Namasté a todos!

Carlinhos Lima - Astrologo

A mulher domina a magia dos templos desde a antiguidade

A mulher sempre teve mais ligada aos templos, a fé e espiritualidade, mais do que o homem, tanto por ter uma sensibilidade maior, como ela representa mais profundamente o sagrado, pois tem seus ovários, útero e vagina, simbolizando compartimentos do caminho sagrado, que traz o homem do Orúm até a Terra... E nessa geração, onde a Era de Aquário está abrindo seus portais, Urano iniciou seu novo ciclo cósmico, Plutão se eleva ao ponto mais alto do zodíaco e Netuno se encontra em trono, não só muitas dessas sacerdotisas estão retornando, como muitas que já estão aqui desde a década de 60 e 70, começam a ter uma noção maior de sua importância no mundo. Mas, tem uma coisa que muita gente não compreende, que é o porque de muitas dessas mulheres sensíveis e com alto grau de misticidade serem vitimas da sexualidade.

Na verdade muitas são abusadas na infância ou forçadas a se prostituírem, além de muitas terem casamentos ruins e até adentrarem pelo caminho do adultério pra buscar preencher um vazio de alma, porque como sabemos, temos varias naturezas atuantes dentro de nós, como também o instinto é operante, podendo se voltar ao bem quanto ao mal. E temos ainda a influencia espiritual tanto de forças positivas, quanto de gênios trevosos. E nesse puxa e estica, muitos acabam ouvindo mais aos gênios ruins que aos seres de luz. O mal, não quer que as sacerdotisas que retornam evoluam na luz, e por isso, estimulam forças em grande evolução nelas, especialmente na puberdade. Tudo pra bloquear sua mediunidade, dons e pureza. 


E por estarem confusas, mau influenciadas, inclusive no seio familiar, acabam confundido energias cármicas e astrais com a força da libido, pois fortes energias passam nos chacras, sendo o chacra sexual um dos mais estimulados, pois é um ponto de força e vida. E muitas caem pela sexualidade. Não que sexo seja ruim, como já expliquei aqui enumeras vezes, mas, que tem que ser vivenciado no tempo correto, com as pessoas corretas e cumprindo preceitos cármicos... Então se você, sendo humilde, patricinha, inteligente, famosa, rica ou não, sentir que tem essas energias fluindo em seu ser, não vá enfiar a cara nas drogas, na liberação sexual total desordenada ou no mundo das drogas pra fugir de forças que você sente em ação na alma. Na verdade seu dever é de meditar, orar e tentar entrar em harmonia!

No entender da egiptóloga Lucia Gahlin havia muito menos mulheres do que homens trabalhando nos templos egípcios, mas certamente existia o título de esposa do deus, tradução literal para o termo egípcio hemet netjer. Essas mulheres atuavam durante os cultos e costumavam ser do alto escalão da sociedade, geralmente casadas com sacerdotes, sendo que suas posições dependiam grandemente do status do próprio marido. No Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e no Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) aquele título estava mais usualmente associado com o culto de Hátor, deusa da fertilidade. Era uma sacerdotisa a responsável pela administração do patrimônio dessa divindade e até mesmo o cargo de sumo sacerdote daqueles templos podia ser ocupado por mulheres. Também são conhecidas mulheres nessa função suprema servindo aos cultos das deusas Neith e Pakhet. Durante o Império Antigo uma rainha chamada Meresankh ocupou o posto de sacerdotisa suprema do deus Thoth. Desde essa época as mulheres desempenharam nos templos dos deuses e deusas, durante os cultos, funções de cantoras, dançarinas e tocadoras de instrumentos tais como harpas, pandeiros e chocalhos. No início do Império Novo o título de Cantora de Amon era de uso bastante comum e, mais uma vez, eram geralmente as esposas dos sacerdotes que alcançavam tal posição.

O mais importante título religioso que uma mulher podia receber era o de Divina Esposa de Amon. Essa posição se tornou, a partir da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.), de grande significado político. A portadora dessa honraria ficava sediada em Tebas e costumava ser uma das filhas do faráo, que visava assegurar o controle real na área tebana. No decorrer da XXIII dinastia (c. 828 a 712 a.C.) exigia-se que essa sacerdotisa se mantivese celibatária e cabia-lhe adotar uma filha e sucessora. Ela recebia um segundo título de Mão da divindade, provavelmente atribuindo-lhe um papel simbólico no ato da criação. De acordo com uma das versões do mito da criação de Heliópolis, o deus Atum criara as divindades Shu e Tefnut se masturbando. No Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) a ocupante desse cargo tornou-se mais importante do que o Sumo Sacerdote. Ela passou a controlar as vastas propriedades de Amon, empregava grande quantidade de pessoas e tinha acesso a grandes riquezas. Também nos funerais era importante a participação feminina e, durante o Império Antigo, nos rituais do culto funerário do falecido. Duas das carpideiras recebiam os títulos de Grande Milhafre e Pequeno Milhafre e personificavam as deusas Ísis e Néftis. De acordo com a lenda de Osíris, essas deusas haviam tomado a forma de milhafres, uma ave de rapina, quando reuniam os pedaços do corpo daquela divindade para mumificá-lo. Ao que se sabe, pelo menos no decorrer do Império Antigo uma sacerdotisa podia ostentar o título de servidora do ka, sendo sua responsabilidade realizar rituais na capela tumular do defunto.

O historiador Maurice Crouzet afirma que se pode falar de um clero feminino, composto de concubinas do deus ou ainda de reclusas. Escapam-nos a formação que recebiam, bem como se o seu recrutamento se fazia nas camadas mais elevadas da sociedade, por vezes na própria corte. Em princípio, a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) e para o santuário do grande deus dinástico Amon em Karnak, a rainha, com o título de mão divina, de esposa ou de adoradora do deus, encontrava-se à frente da hierarquia feminina. Na prática possuía uma suplente, a quem podemos chamar de grande sacerdotisa.

Sacerdotisas é uma palavra derivada do latim Sacerdos – sagrado; e otis – representante, portando “representante sagrada”. São autoridades de alto nível hierárquico que ministram ritos espirituais ou religiosos. São capacitadas, através de intensivo treinamento, a dirigir ou representar divindades ou poderes supremos em rituais sagrados de uma religião em particular. No passado desta mesma era, elas podiam administrar rituais religiosos, em especial, os ritos de sacrifício e expiação de uma divindade ou divindades. Na atualidade, os rituais são realizados para invocação de divindades, poderes ou consciências superiores para devoção, despertar e curas.

Na história do politeísmo, um sacerdote administra o sacrifício a um deus, muitas vezes em um ritual altamente elaborado. Sacerdotisas na Antiguidade, muitas vezes exerciam a prostituição sagrada, e na Grécia Antiga, alguns sacerdotisas como a Pitonisa, sacerdotisa de Apolo em Delfos, atuava como oráculos. Em muitas religiões, o ofício de sacerdote ou sacerdotisa é um trabalho de tempo integral, exigindo total dedicação. Em algumas religiões, tornar-se um sacerdote ou uma sacerdotisa é feito por eleição; enquanto em outras, o sacerdócio é herdado em linhas familiares, como um casta, como na Índia e Egito.

As Sacerdotisas existem desde o início das sociedades mais ancestrais. Elas existem em todos ou alguns ramos do xintoísmo, hinduísmo, xamanismo como xamãs e muitas outras religiões, como também, são geralmente considerados como tendo um bom contato com a divindade ou divindades da religião e muitas vezes os outros crentes pedem conselhos sobre questões espirituais a eles. Na civilização suméria e acádia , as Entu eram um escalão de sacerdotisas superiores que eram distinguidas com trajes cerimoniais especiais e o estatuto de igualdade com sacerdotes do sexo masculino. Eram donas de propriedade, realizavam transações econômicas, e realizavam cerimônias com os sacerdotes e reis.

Na Bíblia hebraica (קדשה) Qedesha ou Kedeshah , derivado da raiz Q-D-Š[3][4] eram prostitutas de templo geralmente associadas com a deusa Asherah. A Puabi era um sacerdotisa e rainha semita acádia. As Nadītu serviram como sacerdotisas nos templos de Inanna, na antiga cidade de Uruk. Elas foram recrutados no maior famílias na terra e que deviam permanecer sem propriedade, sem filhos ou negócios. Também nos textos épicos sumérios como “Enmerkar” e o “Senhor de Arata”, Nu-Gig eram sacerdotisas em templos dedicados a Inanna. Quadishtu serviam nos templos da deusa suméria Qetesh. Ishtaritu eram especializadas nas artes, música, dança e canto e serviam nos templos de Ishtar.

A Pitonisa era a sacerdotisa do oráculo de Delfos. Sentada sobre o trípode ou cadeira alta com três pés, acima do abismo hiante de onde brotavam as exalações proféticas; ela divulgava seus oráculos uma vez por ano, no começo da primavera. Mas antes de se sentar na trípode, a Pitonisa se banhava na fonte de Castália, jejuava três dias, mascava folha de loureiro, e com religioso recolhimento, cumpria várias cerimônias. Terminados esses preâmbulos, Apolo prevenia a sua chegada ao Templo que tremia até os alicerces. Então a Pítia era pelos sacerdotes conduzida à trípode. Era sempre em transportes frenéticos que ela desempenhava sua função: dava gritos, uivos e parecia possuída pelo deus. Assim que desvendava o oráculo caía em uma espécie de transe, que algumas vezes durava muitos dias.

Os gregos davam o nome de Pitonisas a todas as mulheres que tinham a profissão de adivinhas, porque o deus da adivinhação, Apolo, era cognominado de Pítio, quer por haver matado a serpente-dragão Píton, quer por ter estabelecido o seu oráculo em Delfos, cidade primitivamente chamada Pito. A princípio existiu uma única Pitonisa, mas com o tempo, o grande número de consultas que eram regularmente feitas, exigiu que se criassem ou que se recrutassem novas Pitonisas. Para atingir a grande honra de ser sacerdotisa, isto é, Pitonisa, era necessário satisfazer algumas condições consideradas essenciais, como ser pura, haver recebido uma educação simples e jamais haver conhecido o luxo, vestindo-se com recato. De preferência as Pitonisas eram recrutadas entre as famílias pobres, porque, acreditavam os gregos que a riqueza era incompatível com a elevada missão da Pitonisa.

A Pítia era a sacerdotisa de Delfos e como tal, tinha contacto directo com o Deus Apolo e agia como sua intermediária. Os gregos recorriam muitas vezes a ela com intuito de pedirem -lhe que colocasse questões ao Deus e que lhes transmitisse a sua resposta. Sabe-se que na história de Delfos foi sempre uma sacerdotisa a intermediária entre o deus Apolo e os homens, talvez devido à emocionalidade que geralmente é mais atribuída ás mulheres. A Pítia sentava-se num tripé e entrava em estado de transe, no fim comunicava à pessoa a resposta que o Deus lhe havia fornecido em relação à sua pergunta.

 Nos Reinos do Meio e Antigo muitas mulheres ocuparam o posto de sacerdotisa – principalmente nos templos das deusas Hathor e Neith. Nenhuma delas, porém, chegou aos maiores postos do sacerdócio e, no Novo Reino, as sacerdotisas já haviam desaparecido completamente. As mulheres também eram barradas dos papéis administrativos nos templos. Mas ainda haviam papéis para as mulheres nos templos, como artistas musicais, dançarinas, e ‘seladoras de porta’. As artistas cantavam hinos e tocavam um instrumento chamado sistrum. Elas serviam sob uma classe alta feminina chamada de A Grande Número Um da Trupe de Artistas Musicais. Enquanto os músicos eram de todas as classes mais baixas, as mulheres vinham do espectro social e muitas foram voluntárias ao invés de funcionárias pagas.

A mulher é a mais bela expressão da Divindade, seja no Cosmo e na Natureza, seja na Sociedade. Como reflexo potencial do Aspecto Materno e Feminino de Deus e do Universo, a mulher deve também expressar as 7 funções sagradas do Eterno Feminino, que são: Gerar, Gestar, Parir, Nutrir, Educar, Manter e Absorver. A mulher é a expressão da Natureza velada através de suas FUNÇÕES SAGRADAS. A Sacerdotisa deve ser, para o sacerdote, simultaneamente: Esposa, Irmã, Mãe, Filha e Deusa.

Namasté - Carlinhos Lima (Astrólogo)

O Sagrado feminino por meio da magia, com o cálice, o caldeirão e a vagina

A magia está no alguidar, no caldeirão, nas garras de porção, no cálice ou na bacia da fada. Enfim, tá representando na taça do Tarô, no tabuleiro do Ifá ou na própria mandala do zodíaco. A representação no ser humano é a vagina da mulher, que conectada ao Bastão (pênis do homem), torna-se no portal da vida. O próprio Cristo, simbolicamente elevou o cálice santo na presença de seus discípulos e Melquisedeque consagrou também o cálice da bênção de Abraão. Entre os orixás o Cálice tanto está em Oxum, como símbolo de fertilidade, quanto na força criadora de Iemanjá, como símbolo de maternidade ou se enegrecido (ou mais oculto) está em Nanã... As forças estão em atuação constante, nas mãos das bruxas, das cozinheiras, das químicas, alquimistas e das sacerdotisas. E a ciência do esoterismo e da espiritualidade tenta apenas compreender e repassar os mistérios...

O Cálice é o Instrumento do Elemento Água e representa a Deusa e a fertilidade. Ele deve ser feito de qualquer material e é usado nos rituais com o propósito de guardar a agua ou outra bebida durante os rituais. O cálice é o instrumento em magia que simboliza o Poder da Grande Mãe e sua infinita fertilidade. De princípio feminino, o cálice pode ser usado no lugar do caldeirão. Muitos(as) bruxos(as) preferem o cálice de prata, por estar associado à lua, outras de cristal, então a opção torna-se pessoal. É utilizado para beber vinhos sagrados, poções mágicas, ou somente para portar água durante os rituais, que deve estar sempre presente no altar simbolizando o elemento água. Serve também como armazenamento de água no processo de auxílio da vidência, e para líquidos de origens exigidos em determinados rituais.

Descoberto no início do século XX, este cálice faz parte de um conjunto de objectos litúrgicos do século VI que foram encontrados em 1908 na cidade de Kaper Koraon, a sudoeste de Antióquia, uma cidade tão importante para os cristãos como Roma ou Alexandria. Sendo na altura identificado como o Santo Graal, o cálice usado por Cristo na Última Ceia, terá sido concebido como homenagem após a sua morte. A rica ornamentação é constituida por arabescos de motivos vegetais, pássaros, um cordeiro, um coelho e doze figuras humanas sentadas segurando pergaminhos, sendo duas delas possivelmente imagens de Cristo e as restantes imagens de dez dos doze apóstolos, ou filósofos do período clássico, entre os quais o cronista Malalas de Antióquia, que tentou estabelecer a ligação entre o cristianismo e a filosofia clássica. 

Que nos dizeis quanto às palavras de Jesus, que Lucas e Mateus lhe atribuem na cena da recusa do cálice de amargura, no Horto das Oliveiras, assim expres­sas: "Pai, afastai de mim este cálice". Em verdade, a recusa do cálice de amargura, que a tradição religiosa atribui a Jesus, trata-se apenas de um rito iniciático dos velhos ocultistas, com referência à vacilação ou ao temor de toda alma consciente, quando, no espaço, se prepara para envergar o fardo doloroso da vida carnal. O "cálice de amargura" representa o corpo com o sangue da vida humana; é a cruz de carne, que liberta o espírito de suas mazelas cármicas no calvário das existências planetá­rias, sob os cravos da maldade, do sarcasmo e do sofrimento.

Já o caldeirão - Instrumento característico da magia, o caldeirão possui uma simbologia que vai muito além de sua função propriamente, na medida em nele se processam as grandes transformações. Por essas e outras razões, ele está intimamente ligado ao mais nobre atributo feminino, a gestação, simbolizando assim, o útero da Grande Deusa. A figura do caldeirão da bruxa é uma das mais presentes no imaginário popular, tendo sido associado pelos destratores medievais da bruxaria como algo mau, que serviria até para cozinhar pessoas, o que de modo algum é verdadeiro, pelo contrário, quem cozinhava as pessoas eram os inquisidores, que queimaram nas fogueiras milhares de mulheres que detinham o conhecimento e sabedoria ancestral.

O caldeirão tem uma simbologia especial, o seu formato e função o ligam à representação mais significativa da Deusa Mãe, ou seja, o seu útero, o local da grande transformação e criação da vida, portanto o simbolo maior do sagrado feminino. O caldeirão é o instrumento da bruxa por excelência. Recipiente original de uso culinário, ele guarda mistérios e tal qual o seu uso na cozinha, onde processa a transformação de alimentos em sopas e cozidos, ele também serve para transformar, no plano da magia, os anseios e desejos, ao servir para confeccionar poções e outros produtos mágicos. 

O caldeirão pode ser usado também como instrumento de adivinhação. Muitas bruxas costumam encher seus caldeirões com água na noite de Samhain, utilizando-os como espelhos mágicos para olhar o futuro ou passado, além de abrir uma porta de comunicação com os antepassados. É no caldeirão que a bruxa prepara seus feitiços e poções, além de servir para acender o fogo em alguns rituais quando não é possível acender uma fogueira ao ar livre. Suas funções, desse modo, são amplas e por sua representação simbólica, ele pode ser considerado o mais significativo instrumento da prática mágica. Em geral, o caldeirão é um pequeno pote escuro de ferro fundido, utilizado pelas bruxas para vários propósitos, como ferver poções, queimar incenso e guardar carvão, flores, ervas ou outros elementos mágicos. 

Fazer uso do caldeirão é uma dádiva. A mente deve estar limpa e purificada, na medida em que o caldeirão é o elo instrumental simbólico mais representativo de nossa ligação com a Grande Deusa: a Mãe Terra. É no caldeirão que se realiza a grande alquimia universal, pois nele as coisas se transformam tal qual ocorre no útero feminino: o grão se torna alimento, a raiz se torna remédio e elementos mágicos se tornam meios para a obtenção de dádivas e realizações. 

Osa Meji é um ‘Odu’, um símbolo geomântico, ou seja, oracular, do culto nigeriano de Ifá. Este ‘Odu’ é relacionado especificamente à Sabedoria do Divino Feminino. ‘Odu’ é uma força primordial feminina desdobrada 16 diferentes facetas. Ela própria é o veículo poético máximo de profecia do sacerdote de Ifá, que interpreta não só cada uma destas facetas como suas 256 combinações. Estas combinações abraçam temas como destino, percepção da experiência e proveniência da experiência. A força de uma de suas múltiplas facetas se deixa entrever nas linhas dos versos ancestrais como os que seguem neste texto. Os parênteses visam simplificar a compreensão do leigo no curso da interpretação de Maulana Karenga, em Odù Ifá. 

Este ‘Odu’ não só faz referência a Odu, Obatalá e Ogun como, de forma velada, a outra força feminina, a de Iyami Osoronga (A Senhora dos Pássaros da Noite, a Bruxa Primordial), e assim, de duas forças cósmicas femininas que antecederam a própria raça humana. Todo o verso fala sobre este momento mítico - o da criação do mundo em que vivemos, na forma de cooperação mútua entre os princípios masculino e feminino e seus diferentesases (axés, poderes divinos). Também são dois os papéis principais são dados às mulheres, o de Mãe do Mundo e o de Sustentadora do Mundo. 

Iami Oxorongá é o nome genérico que recebem as feiticeiras (ajés) na tradição iorubá. São reverenciadas no candomblé, mas pouco se sabe sobre a história e extensão de seu culto no Brasil, parecendo não ter se difundido a não ser como referência em outros ritos, como no padê ou ipadê (rito para Exu e para os ancestrais masculinos e femininos). Nas últimas décadas, devido à crescente divulgação de mitologias oraculares de origem iorubá, a menção a estas entidades tem sido mais frequente. São tidas como feiticeiras que assumem forma de pássaro, por isso, chamadas de “as senhoras do pássaro da noite” (Moura, 1994), sendo a coruja (òwiwi, em iorubá) o símbolo de seu temível poder. Na prancha, dessas entidades pintada por Caribé, este mistério é representado por uma figura central de mulher com cabeça de pássaro (os chifres representado os bicos das aves) que segura duas cabaças contendo pássaros, metáfora do mistério e poder. Uma figura menor, no alto à esquerda, representa uma Iami (mulher-pássaro) ou os pássaros que estas enviam para enfeitiçar as pessoas. No candomblé, teme-se que a sombra (ojiji) projetada pelas asas destes pássaros possa causar malefícios a quem não se proteger. 


No esboço da prancha de Ogum, há uma anotação sobre o caldeirão de ferro: “Encomendar ao ferreiro da Ladeira da Conceição, ferros de Ogum de diversos tamanhos, cravos e escápulas para fixar os ferros. Agogôs pequenos e badalos, adjás”. Em A Água predomina a cor azul e as curvas das ondas formam as curvas de um corpo feminino que por sua vez delineiam um peixe. Nesse caso, alude-se a relação do mar com Iemanjá e com seu animal votivo, o peixe. Essa afinidade Carybé também explorou na prancha dedicada a Iemanjá no Mural dos Orixás. Na aquarela A Terra predomina a cor ocre e vemos duas versões de uma mulher deitada numa espécie de gruta. Os órgãos de seu corpo foram pintados como se fossem formações rochosas: os dedos de uma das mãos são estalagmites, porém os da outra mão perfuram a superfície e oferecem um fruto. Os olhos fechados e a cabeça pendente destas mulheres parecem indicar, entretanto, que dormem ou que estão mortas (“enterradas”). Tal como os brotos de plantas ou as sementes são enterradas para germinar, os primeiros sepultamentos humanos - que ocorreram no mesmo período da domesticação das plantas e dos animais-, provavelmente sinalizavam a possibilidade de os enterrados renascerem em outros planos da vida, seja fisicamente ou em forma de alma ou espírito dos antepassados. Para muitos analistas as flores com que os mortos são enterrados simbolizam este renascimento. Aqui a terra é vista como a “mãe”, um símbolo da fertilidade reforçado pela posição destas mulheres com suas pernas entreabertas ou das mãos sobre o ventre. Mas também espaço da morte ou da transformação. A tela parece reafirmar o imaginário da vida e da morte, da saúde e da doença, da riqueza da fertilidade, assim como os orixás associados à terra tem esses atributos como Obaluaiê, Oxóssi e Ossaim. 

Na cultura africana e afro-brasileira o sagrado vem da terra e do baixo corpo, por isso tudo o que diz respeito a estes é sagrado. Os sentidos do corpo são todos acionados na religião (a visão das cores vivas e formas naturais, a audição das músicas e rezas, o gosto e o olfato das comidas votivas bem temperadas, o êxtase da possessão). Esse princípio, que une o sagrado ao profano, o extraordinário ao cotidiano, o católico ao africano, enfim o corpo como mediação entre a natureza e a cultura parece ter cativado os olhos de Carybé e o fez escolher viver junto ao povo da Bahia. 

Mitologia, religião e fé

A espiritualidade e a mitologia são irmãs, sempre estiveram conectadas. Não existiriam esoterismo e magia sem mitos. A própria Bíblia está repleta de mitos, que são pregados em alto e bom som em milhares de novos templos que surgem a cada dia como se fossem fatos reais! E o pior é que mesmo a Bíblia estando repleta de mitos, metáforas e lendas, alguns iniciantes que só conheceram o Cristo porque sensacionalistas e demagogos lhe enfiaram trechos bíblicos sem explicar direito goela a baixo, querem teimar contra quem tem dons espirituais! Querem dizer que isto ou aquilo é loucura, não existe ou é do demônio! Pobre idiotas, a Bíblia, até mesmo comprovadamente conectada nos atos do próprio Cristo, tem diversas e variadas formas de mitos magisticas, que se revelaram pela simbologia sagrada. Simbologia muito bem mostrada no Arqueômetro. Não existiriam religiões, magia e dogmas sem mitos e simbologias!

 O mito da criação do homem pelo barro, por uma força divina – ao contrário do que muitos crêem, tal concepção não é exclusiva da mitologia hebraico/cristã, podemos encontrá-la, exemplo, na mitologia de um povo africano denominado iorubà, bem como na mitologia grega. Enquanto o deus hebraico Yaveh teria criado o homem da terra, o deus ioruba Oxalá teria criado o homem do barro, mesmo tipo de criação que teria sido efetuada pelos deuses na mitologia grega.

Uma sumária análise de tais mitologias proporciona ao leitor a percepção da existência de elementos similares (de ‘mitos’) nos mais díspares ou distantes grupos humanos. O animal humano vive junto de seus pares tanto por uma necessidade interior de contato com outros de sua espécie quanto para aproveitar a comodidade e segurança que este tipo de vida proporciona. E o mito do dilúvio (impossível de ter ocorrido*), tanto na mitologia hebraica (deus Yaveh) quanto na inca (o deus inca Viracocha teria ordenado aos homens que vivessem em paz/ordem/respeito, mas a desobediência humana teria levado o deus a despejar sobre os homens um dilúvio, no qual todos teriam perecido). 

Na mitologia relativa a um salvador do povo escolhido – podemos encontrá-la na figura de Moisés, essencialmente semelhante à figura de Obaluayé, figura que teria sido atirada a um rio por sua mãe (Nana Buruku) e resgatada por uma outra deusa (Yemója). Em geral as religiões são éticas, mágicas ou a soma de ambas; as éticas buscam estabelecer valores nos quais as ações humanas têm de se pautar, enquanto que as mágicas buscam a manipulação do sobrenatural para modificação da natureza das coisas. 

A ‘criação’ de heróis/deuses, sejam eles ícones religiosos ou não, busca o atendimento da necessidade humana de crer que sua essência é boa, similar à do herói-deus (feito à imagem e semelhança). E a idéia do julgamento dos homens pelos deuses – pode ser encontrada também em várias civilizações, citando como exemplo apenas a hebraico/cristã (os homens seriam julgados por Yaveh, sendo os justos levados ao céu e os injustos jogados ao inferno), quanto na mitologia grega (onde os mortos seriam julgados de acordo com a sua vida passada e, conforme seus erros, eram postos em diferentes lugares. 

No começo não havia separação entre o Orum, o Céu dos orixás, e o Aiê, a Terra dos humanos. Homens e divindades iam e vinham, coabitando e dividindo vidas e aventuras. Conta-se que, quando o Orum fazia limite com o Aiê, um ser humano tocou o Orum com as mãos sujas.O céu imaculado do Orixá fora conspurcado.O branco imaculado de Obatalá se perdera. Oxalá foi reclamar a Olorum.Olorum, Senhor do Céu, Deus Supremo, irado com a sujeira, o desperdício e a displicência dos mortais, soprou enfurecido seu sopro divino e separou para sempre o Céu da Terra. Assim, o Orum separou-se do mundo dos homens e nenhum homem poderia ir ao Orum e retornar de lá com vida.E os orixás também não podiam vir à Terra com seus corpos.Agora havia o mundo dos homens e o dos orixás, separados.Isoladas dos humanos habitantes do Aiê, as divindades entristeceram. Os orixás tinham saudades de suas peripécias entre os humanos e andavam tristes e amuados. Foram queixar-se com Olodumare, que acabou consentindo que os orixás pudessem vez por outra retornar à Terra.Para isso, entretanto, teriam que tomar o corpo material de seus devotos.Foi a condição imposta por Olodumare. Percebam que na história bíblica da criação, o homem também residia no Paraíso, falava com Deus, com anjos e tinha livre acesso.

Algumas mitologias na Umbanda contarão e traduzirão as características dos filhos dos Orixás, ou seja os arquétipos dos Orixás. Outras trarão sobre os “poderes” dos Orixás, suas forças, seus elementos de magia e domínio. Ainda outras trarão a origem da vida, dos espíritos, da morte, do universo. Tentaremos trazer algumas para cada uma dessas três divisões. Os Orixás podem estar com cada um de nós, e que com a permissão de nossos ancestrais possamos desvendar cada vez mais os mistérios da Umbanda. Muito axé, saravá a todos. Assim podemos dizer que a história de Adão e Eva, Caim e Abel, as parábolas de Jesus Cristo fazem parte da Mitologia Judaico-Cristã. Histórias de Júpiter, Marte, Mercúrio fazem parte da Mitologia Romana. História de Vênus, de Zeus, de Posseidon, são da Mitologia Grega. Shiva, Brahman, entre outros são da Mitologia Hindu. Tupã, Nande Jarí, Pa’i Kuara, Jasy, são da Mitologia Guarani (Guarani Kaiova). Oxalá, Oxossi, Xangô entre outros da Mitologia Yorubá. NZambi, Pombo Ngira, entre outros da Mitologia Bantu. Enfim muitas são as histórias de muitas culturas aparentemente distantes e diferentes e que de forma incrível contam, com nomes diferentes, mesmas verdades. A prova de nossa ligação, de nossa irmandade e de como muitas destas histórias retratam a nossa origem e o mundo astral, espiritual.

Mitologia é o estudo dos mitos, ou seja estudo da cultura e das lendas de determinada nação/região/população. É, assim, o estudo das histórias populares ou religiosas de uma cultura. Normalmente é uma narrativa em que se usa uma linguagem simbólica, buscando retratar a origem da vida, das crenças, de Deus, dos Orixás, dos espíritos, daquela cultura ou daquele povo bem como de seus costumes. Geralmente é um artifício, um instrumento usado por todas as culturas para ensinar assuntos complexos e difíceis. Estes mitos acabam por tentar retratar o mundo antes da vida humana. 

É essencial que os Umbandistas conheçam a mitologia africana e não apenas a nagô, mas todas aquelas que se ligam ao "panteão" adotado na Umbanda. Por exemplo: Omolu e Nanan não são Orixás de origem nagô (provavelmente sejam de origem nupê, tapá, ou mahi, não há um consenso), mas foram agregados ao panteão nagô, pela sua importância e força. Falando-se, então, dos mitos: Joseph Campbell, um dos maiores antropólogos, em seus estudos sobre mitos mundiais, descobriu que todos eles são a mesma história, porém contadas com inúmeras variações e adaptadas à realidade de quem a conta. Seus detalhes são diferentes em cada cultura, mas, fundamentalmente, são sempre iguais. Ainda declara Campbell: “...toda cultura antiga e pré-moderna utilizava uma técnica ritmada para contar histórias retratando os protagonistas e antagonistas com certas motivações e traços de personalidade constantes, num padrão que transcende as fronteiras da língua e da cultura”. Assim é fundamental que o umbandista estude, e muito, tudo aquilo que cerca o mundo dos Orixás, Inkices, Voduns e Entidades 

O mito é sempre uma representação coletiva, transmitida aos descendentes para explicar o mundo. Ele é ainda sentido e vivido. Circunscreve um acontecimento, narra uma criação, diz do que não existia e como passou a existir. Segundo Goethe em citação de Campbell (1997), os mitos são as relações permanentes da vida. Fala sempre das relações humanas e não é nem poderia ser lógico, pois se presta a todas as interpretações. A mitologia africana se assemelha e em muito à mitologia grega, com seus casos amorosos, traições, brigas, ciúmes, usurpação do poder etc. É a chamada antropomorfização. Isso aconteceu em todas as culturas. Não é possível nós termos divindades tão longe de nós. Elas têm que se aproximar dos seres humanos. Têm que odiar, amar, pensar, sentir, enfim, serem humanos como nós. Vocês acreditam que realmente Ògún (Ogum) desceu do céu em uma corrente ou teia de aranha, e abriu caminho com seu facão para os demais Orixás poderem andar na Terra? Você acredita que Obà (Obá) cortou sua orelha para cozinhá-la para Sàngó (Xangô), pois Òsún (Oxum) lhe disse que este adorava um ensopado de orelha? Você acredita que Ògún brigou com Sàngó por causa de Oya (Iansã) e ficaram inimigos para sempre? Meus Irmãos isso tudo são lendas para nos fazer pensar nas coisas. São mitos. 

Para Jung, mito é a conscientização de arquétipos do inconsciente coletivo, uma união de consciente e inconsciente coletivo, assim como as formas através das quais o inconsciente se manifesta. O mito é aquele que remete, o rito é sua ação. Na mitologia grega podemos observar o relacionamento dos mitos sobre curas fantásticas e dons cedidos pelos deuses, além da eterna busca de contato com estes por parte do povo. Visitando os templos, fazendo oferendas, erguendo altares e consultando os sacerdotes, estes sim que - em transe - teriam um contato direto com os deuses. 

As "histórias divinas" eram passadas de geração para geração e adquiriam um aspecto religioso, tornando-se mitos ao assumirem um caráter atemporal e eterno, por dizerem respeito aos conflitos e anseios de qualquer ser humano de qualquer tempo ou local”. Vemos, portanto, que a experiência mítica é característica de todos os povos e culturas. É a forma de explicarmos a religião e o sentimento religioso. Dá-nos ferramentas para entender e conceituar nossa experiência religiosa e justificar nossas práticas. 

Na Antigüidade o ser humano não conseguia explicar a Natureza e os fenômenos naturais, então, dava nomes ao que não podia explicar e passava a considerar os fenômenos como deuses. O trovão inspirava um deus, a chuva outro. O céu era um deus pai e a terra, uma deusa mãe e os demais seres, seus filhos. Criava, a partir do Inconsciente, histórias e aventuras que explicavam de forma poética e profunda o mundo que o rodeava.

Tenho como Básico que a Espiritualidade pode se expressar de muitas formas diferentes. Aceito que grupos diferentes que, por diferentes razões, começaram a usar este "feixe de energias" de modos diferentes, agem de modo perfeitamente lógico: simplesmente é um reconhecimento das condições e realidades atuais donde eles praticam as suas convicções. Acredito que todas as Entidades Espirituais Superiores entendem as mudanças de comportamento, meios e palavras que foram impostas aos descendentes de seus antigos fiéis por meios sociais adversos como conquista, escravidão e colonização, não ficando passivas e ferreamente agarradas ao Passado como se fossem seres humanos. Afirmo que Elas são o Eterno Presente, seja de que forma esse Presente se afigure a cada um dos humanos! Decidi que em vez de enfocar meus esforços nas diferenças em ritual, palavras, idioma ou oferendas, prefirei sempre enfocar o fato de que, se o que se pratica é feito com carinho e devoção, com caráter e consideração, os resultados serão realizados! 

A Sabedoria dos Orixás não é algum Mistério Antigo, congelado ou encapsulado no tempo. Ela é eterna e infinita, sempre pertinente ao tempo e condições em que é aplicada.

A Umbanda, Astrologia e Candomblé, são conhecimentos ancestrais sagrados

É muito interessante, que muita gente pensa que a Umbanda, é apenas a parte da macumba! Na verdade muitos abrem terreiros nos grandes centros, justamente pensando em lucrar! Também imaginam que apenas incorporar entidades, que muitos nem sabe de onde vem e nem o que realmente são, apenas por ter lido alguns livros, de certos autores de Umbanda, se acham com o poder de trabalhar com magia! Tiveram sim autores de Umbanda no Brasil que afirmaram equivocadamente, que os iorubas, ou africanos como um todo, apenas viam a questão do culto aos ancestrais via fenômenos da natureza e não observavam os astros, o que é de fato uma mentira, pois o homem sempre observou e contemplou o céu, como deixarei claro no meu livro! A magia não pode ser observada sem se verificar a fase lunar, o movimento do sol que vai nos revelando as estações e também as conexões planetárias e astrológicas, com formação de signos. Tudo isso é astrologia, uma ciência sagrada, transmitida por arcanos aos antigos ancestres e magos. Estes não conhecidos com os nomes hebreus, mas, o brilhante Lenain, deixou claro as variações de nomes em diversas culturas. A magia tem que observar elementos e também os astros, sem a escrita celeste o mago ou bruxo estará sempre muito mais sujeito ao erro... Devemos ter respeito pelos nossos parentes enquanto vivos, mas não há possibilidade de que eles nos ajudem ou prejudiquem depois da morte. É certo que a Bíblia recomenda aos filhos que durante sua vida prestem obediência e dediquem amor aos seus pais. (Ef 6.2-3; Pv 23.22; 1 Tm 5.4

As seitas orientais oriundas de países como o Japão, China, Coréia trouxeram para o Brasil um tipo de culto até a alguns anos desconhecido por nós. É certo que nós – brasileiros – não estranhamos o que já se tornou habitual para os católicos. Cultuam, de certo modo os mortos, quando oferecem missas em sufrágio das almas dos falecidos, pensando com isso beneficiá-los. A Seicho No Ie, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, encontrasse no país uma oportunidade de crescer, praticando como força de atração, o Culto aos Antepassados. Quando se trata de crianças recém nascidas então culto toma outro titulo e é conhecido como Culto aos Anjinhos. 

Os povos africanos se apóiam integralmente no poder da oralidade, a qual, no caso das tradições iorubás, se mantém ao longo dos séculos no interior dos Poemas Sagrados de Ifá, de onde este povo extrai a base fundamental para preservar seu legado, mesmo distante do lar, nas Américas, especialmente no Brasil e em Cuba. Afirmam os historiadores que os domínios iorubás se desenvolveram ao longo da margem sul do rio Níger. 

Vários estudiosos crêem que o povo iorubá tem prováveis laços com a cultura do Egito, enquanto outros defendem que ele está mais intimamente ligado ao legado da Núbia; estes pesquisadores também investigam a possibilidade das crenças iorubás serem herdeiras das concepções helenistas. Até hoje nenhuma especulação foi comprovada. Este povo encontra sua procedência primitiva em um núcleo aborígene ancestral, posicionado em torno da cidade de Ifé, antes de ser subjugado pelo guerreiro Oduduwa, considerado o criador desta civilização, e por seus seguidores. Seus descendentes estruturaram as distintas dinastias que se fixaram neste espaço geográfico entre os anos 600 e 900; supõe-se que eles eram originários do Alto Nilo. 

Os Versos Sagrados de Ifá constituem o meio essencial para se entender o Cosmos, a cultura, a religiosidade, a educação, a poética, a dança, o legado musical, a estrutura político-social, as interações sociais, a configuração do perímetro urbano, o meio-ambiente, a relação com os ancestrais e a ciência praticada pelos iorubás. A palavra oral tem um peso sagrado, pois traz em si o mistério do culto àquilo que se encontra em uma dimensão invisível ao olhar humano. Mais que isso, ela é o tecido estrutural que molda cada esfera da vivência dos povos africanos, particularmente a dos iorubás. É ela que permite a uma geração transmitir sua herança ancestral à que lhe sucede, preservando assim sua cultura original. 

O cosmo iorubá é arquitetado em uma estrutura quádrupla, daí os sacerdotes serem também enquadrados em categorias que correspondem a esta visão de mundo. Os babalaôs dirigem o culto a Ifá, na dimensão da interação humana; os babalorixás e ialorixás – pais e mães que presidem as iniciações no orixá – lideram a adoração a estas divindades; os babalossaim – símbolos da paternidade – são os responsáveis pelo culto a Ossaim, a esfera das folhas, representantes da Natureza; e os babalojés/ babaojés – que protagonizam os pais na veneração aos ancestrais da linhagem masculina – comandam a adoração aos mortos. O caráter consagrado da palavra lhe confere o dom de criar cenários, pois ela abriga um universo mítico. Seus mestres têm a responsabilidade de estabelecer vínculos de conexão entre as entidades divinas, os ancestrais e os futuros iorubás, disponibilizando o legado cultural desta civilização. 

Nas terras americanas os iorubás procuram reproduzir esta representação espacial geográfica e cosmológica. Cada esfera do recinto sagrado na América reflete a mesma teia sagrada que marca o universo iorubá no continente africano. O Ifá atua como o protetor do saber sagrado, um depósito palpitante das memórias desta civilização. Dentre os elementos presentes nesta obra-prima da oralidade iorubá estão os Oriki – evocações; os Orin – cantos; os Orin-Esa – cantigas em louvor aos ancestrais masculinas; os Orin-Efe – canções dirigidas às ancestrais femininas; as Aduras – orações; os Ibás – saudações. Nos poemas maiores, os Iremoje e os Ijala, estão preservados os elementos mais significativos da trajetória mitológica deste povo. 

Para o Candomblé, um dos mais importantes pilares para essa tradição religiosa, é o oráculo que, no Brasil, é conhecido como Jogo de Búzios e que se baseia nos odus, ou seja, o conhecimento sobre o destino. Mas este conhecimento é muito mais complexo do que a ideia simplista de conhecer o futuro a partir da consulta a uma sacerdotisa ou sacerdote. Também não significa que conhecer o destino é poder evitar qualquer tipo de problema como os céticos gostam de dizer para diminuir a sabedoria sobre oráculos. 


No universo afro religioso, ter informações sobre o “destino” é, antes de tudo, conquistar o auto conhecimento que abre os caminhos para uma vida de paz acima de tudo. São explicações como essa que devemos ter sempre em mente. “Ofún Méjì" no Mirindilogun, um odu de extrema complexidade, que como símbolo da síntese universal, carrega em Si a responsabilidade pela “Criação” e por todo tipo de criação, que acontece por oposição ou complementação dos opostos, enfim, através de permanente movimento”, assim ele é um dos portais mais importantes do saber orácular no Candomblé. Esses temas e portais, tão complexos e ao mesmo tempo tão caro ao candomblé servem sempre para suprir a necessidade de mostrar mais as faces da riqueza que a filsofia iorubá, a qual os terreiros, comunidades e espiritualistas estão vinculados. O conhecimento que transmite condiz com o respeito que sempre precisamos ter e demonstrar em diante das outras tradições religiosas de matrizes africanas, mas, acima de tudo aos orixás e ancestrais. 

Como iniciado ou buscador que buscamos ser, temos a tendência de resguardar os mistérios, evitando retirar os véus que os encobrem. Falar de espiritualidade e segredos velados é sempre uma ousadia e ao mesmo tempo uma necessidade para aqueles que tem sua missão, mas a coragem vem da permissão dos orixás e anos, como também dos ancestrais. Diante da modernidade, a ética, moral e fé são alternativas de evitarmos deturpações da essência de uma religião milenar. Quero deixar claro que o que aqui transmito tem como base o conhecimento ancestral e a busca constante. 

Axé a todos - Carlinhos Lima

Mudanças, ciclos e reajustas em nossa vida

A cada ciclo que muda em nossa vida, cada vez que o Sol retorna ao lugar do portal que nos trouxe a vida, é mais um toque que sentimos do Criador, enviando raios de luz e cores em nosso destino. A Shechinah se manifesta, trazendo toda força de nossa alma, e conexões de vidas anteriores, acabam mesmo que de forma inconsciente, batendo em nosso Orí. Nossa mente vai amadurecendo, mas, num ritmo menos acelerado que o corpo. As células vão envelhecendo e vamos sentindo cada dia mais forte que estamos cada vez mais distante do berço e do útero e cada vez mais próximo a sepultura... Mas, o homem vive anestesiado, pois a realidade bloqueia nossos medos e sentimentos. E a cada retorno solar, muito de nossa essência se vivifica, enquanto outras são anuladas.

Hoje mesmo, com o Sol transitando do 16º ao 17º grau do Sagitário, o signo do buscador e do fogo incontrolável, temos o Sol no portal, que mostra um homem flutuando numa balsa... Esse portal, quer dizer que as pessoas que nasceram hoje, tem poder espiritual, apesar de dificilmente compreender os dons que tem. E que esses dons, são acima de tudo invejados e que o mal tá sempre a solta querendo virar essa balsa na agua profunda da incompreensão.

A Lua de hoje transita no denso signo de agua, onde as aguas profundas da mente confundem o homem sagitariano. E revela que as aguas onde essa balsa flutua, são escuras e incompreensíveis. E pra aprofundar ainda mais, a Lua transita com Netuno, lançando fantasia e amplificando a inveja das pessoas. Amigos falsos no caminho tentando sempre se sobrepor. Mas, o lado positivo e mágico dessa configuração é que a fantasia, o romantismo e a beleza, também são amplificados...

E como Júpiter também "boia nas aguas do caranguejo" mas, bem com Saturno, tem-se um prenúncio aos aniversariantes do dia, que o próximo ano será um dos mais importantes de sua vida, cheio de provações, mas, de crescimento, com perdas, mas, também com ganhos que farão a alma expandir o conhecimento e firmar o amor verdadeiro após alguma dor...

A Revolução Solar é um guia anual que mostra quais características serão marcantes neste próximo ano. Ela analisa o período que vai de um aniversário ao outro, identificando suas principais forças e desafios.

O que você vai descobrir num estudo de Revolução Solar:

O que o amor reserva para o seu ano.
Neste estudo você encontrará as principais tendências e conselhos para os seus relacionamentos amorosos, no período de um ano.
Como identificar seus maiores desafios no ano.
Descubra as áreas de sua vida que precisarão de uma atenção maior. E saiba quais pontos de sua personalidade explorar para superar seus desafios.
O ano será dedicado ao trabalho ou aos amores?
Identifique as áreas de sua vida em que você terá mais sucesso e o que você pode fazer para torná-las ainda melhor.
Como aproveitar mais as suas qualidades no dia-a-dia.
Aproveite melhor suas qualidades no cotidiano. E descubra os pontos mais favoráveis para você explorar seu potencial e alcançar seus objetivos para o ano.
As oportunidades que você pode explorar.
Descubra as áreas de sua vida em que pode apostar sem medo de errar. Conheça as situações que vão trazer boas energias e abrir portas para novos conhecimentos.

1. Quem é você este ano?

O signo que rege o período até seu próximo aniversário indica a melhor maneira de realizar tudo o que planejar.

2. Suas prioridades

Um ano para o trabalho, amigos ou amores? O Sol revela as características mais marcantes do seu ano. Vai ficar mais fácil se planejar e conquistar o que deseja.

3. Seu emocional

Conheça, em detalhes, os sentimentos que estarão presentes durante cada momento de seu ano pessoal. Saiba o que a Lua revela sobre seu fluxo de emoções.

4. Idéias e estudos

Mercúrio vai revelar suas tendências intelectuais. Descubra para quais áreas estarão voltados seus interesses.

5. Vida afetiva

Vênus traz todos os detalhes sobre sua maneira de sentir e demonstrar o amor. Você vai saber que tipos de pessoas e relacionamentos serão mais significativos nesta nova etapa.

6. O guerreiro interior

Consulte as indicações de Marte para direcionar suas atitudes rumo ao sucesso. Você vai encontrar a motivação que precisa para ir à luta e realizar todos os seus objetivos.

7. Seu desafio anual

Antecipe-se aos seus desafios. Saturno mostra os problemas que podem ser encontrados e que demandarão concentração, paciência e disciplina para serem resolvidos.

8. Novas oportunidades

Júpiter mostra situações que vão trazer boas energias e abrir portas para novos conhecimentos. Fique atento aos conselhos e tome decisões mais conscientes.

9. No caminho da evolução

Saiba sobre as áreas que mais instigarão sua criatividade, evolução espiritual ou que passarão por radicais transformações. Urano, Netuno e Plutão revelam tudo isso.

O seu aniversário é o marco de uma nova etapa em sua vida. O Sol volta ao mesmo ponto em que se encontrava no dia de seu nascimento, e você inicia um novo caminho de escolhas, tendências e realizações.
O estudo aponta os aspectos da sua personalidade que estarão mais presentes no dia-a-dia. Você aprende a lidar com seus defeitos e qualidades, ficando mais perto de seus objetivos no ano.

A Revolução Solar (que nos livros de língua inglesa ganham o nome de “Solar Return”), é um dos temas prediletos nas conversas onde a Astrologia é o assunto principal. Apesar de sua popularidade nos meios astrológicos modernos, esta é uma técnica bastante antiga, e com segurança podemos afirmar que era praticada por astrólogos árabes na época medieval (e muito provavelmente bem antes disto). Nos livros clássicos, podemos citar Jean Baptiste Morin deVillefranche, John Gadbury e William Lilly como doutrinadores com maior ou menor preocupação em deixar registrada a técnica, porém, a grande chance da Revolução Solar como técnica preditiva surge exatamente no livro “Técnica das Revoluções Solares” (1937) de Alexandre Volguine – uma obra um tanto quanto fatalista em sua natureza, mas de qualidade inegável (é fácil encontra-lo nas livrarias e até mesmo na internet).

técnica da Revolução Solar é a análise do Mapa no dia, mês, ano e horário exato em que o Sol retornará ao mesmo posicionamento em que se encontrava no momento do seu nascimento – portanto seria o seu “ano novo pessoal”. O mesmo se aplica para a Revolução de outros Planetas (Lua, Mercúrio, Vênus…), mas, dada a importância do Sol e sua natureza anual, a Revolução Solar acaba por se tornar a mais indicada para se começar um estudo sobre determinada época na vida de alguém. Como toda técnica em Astrologia, a Revolução Solar deve ser observada em conjunto com outras técnicas, afinal, em Astrologia, buscamos sempre confirmações com diversos dados do Mapa e quanto mais indicadores, melhor será o prognóstico do profissional.

A Revolução Solar trabalha bastante com a ideia de ciclos – não é incomum que se tenha alguns anos seguidos em um ritmo específico (por exemplo, no ano de 2011 a pessoa veio com Ascendente em Touro na Revolução Solar, em 2012 o Ascendente veio no Signo de Aquário, em 2013 no Signo de Leão – três anos com o Ascendente em Signos Fixos), e este dado informa que aquele individuo está passando por questões especificas que devem ser trabalhadas dentro da natureza do ritmo, mas nem sempre serão Revoluções marcantes (que é um tema complexo e que não cabe na proposta do presente texto), mas um indicativo muito forte de que um Mapa da Revolução Solar venha a imprimir uma marca na vida da pessoa é exatamente quando ocorre a “quebra” do ciclo de um determinado ritmo e a mudança para outro. Um belo exercício é fazer o histórico das últimas dez Revoluções e acompanhar o Ascendente e as manifestações daquela energia naqueles anos (e seus reflexos ao longo do tempo).

Ascendente em cada Ritmo: Cardinal – É sempre um ano ou um ciclo de dinamismo, inicios, de se jogar, de rapidez, é a fase em que vamos jogar as sementes no mundo. Fixo – É sempre um ano ou um ciclo que fala sobre “parar um pouquinho”, é aquele stop necessário que a vida exige da gente, as energias estão concentradas, paradas, demoradas – é quando nós temos a chance de fazer alguma coisa crescer. Mutáveis – É sempre um ano ou um ciclo de imprevisibilidade, também costuma marcar o fim de alguma coisa e a consequente mudança para outras formas de viver.

Se a pessoa ficou anos nos Fixos e ela precisa urgentemente dar um up na vida, quando o Asc mudar para o Mutável, ela vai ter a chance de movimentar as questões (claro que tudo vai depender do resto do Mapa, do que indicam as outras técnicas, etc, mas a promessa básica aqui é de finalizar o ciclo, de dar uma movimentada na vida dela).

E na Umbanda Astrológica como funciona? Basicamente da mesma forma, utiliza-se o mapa da revolução e a adapta-se ao prisma do orixá. Assim uma pessoa que nasceu com Oxóssi de frente, mas, no aniversário atual terá um ano com a ação de Ogum, veremos que a pessoa deixará a lentidão na ações do Senhor das Matas um pouco de lado para adotar a característica mais agressiva, impaciente e rápida de Ogum. Mas, não substituindo totalmente um pelo outro, mas, sobrepondo-se uma energia sobre a outra. Assim um Ogum anual, nunca ditará a regra totalmente sobre um Oxóssi de nascença, mas, apenas dará mais impulso. O que seria diferente se Ogum do ano também fosse o Ogum natal. Ai seria força reafirmada e fortificada.

O Exu natal também permanecerá o mesmo, mas, como astros e entidades atuam sobre nós e sobre a vida em forma de ciclos, digamos que no ciclo anual, o exu natal atua pela forma do exu transitório. Assim se o idnvíduo tem um Exu Tranca-Ruas de nascença e no ano terá um Exu Marabó, ele mudará um pouco sua forma de atuar, mas, preservará ainda a essência do mesmo Tranca-Ruas, só que um pouco mais voltado aos sentimentos.

Também avalia-se os odús anuais sobre os odús natais, como também, avalia-se separadamente. Por exemplo, uma pessoa que nasceu sob a regência do odú EJI-OKÔ Odu regido por Ibeji e Obá. Tende a se mostrar calmo no comportamento e seguro nas decisões, mas na sua mente sempre existem dúvidas. Não tenha medo de externar estas incertezas. Como muitas pessoas o amam, você acabará recebendo bons conselhos. 

Então no ano atual ele recebe a regência transitória do odu ETÁ OGUNDÁ Odu regido por Ogum. A obstinação que se traduz em agitação e inconformismo, é uma das suas principais características. Mas, se usar suas qualidades, como a coragem, criatividade e a perseverança, conseguirá o que mais anseia: o poder e o sucesso. Assim, há substancialmente uma diminuição na calma revelada pelo odu natal, e a pessoa terá um ano onde se sentirá mais agitada, mais enérgica e o odu do ano modificará, amplificará ou reajustará certas vibrações natais. Por isso certas pessoas passam por anos onde sua vida muda radicalmente e ela nunca mais voltará a ser a mesma. Ela pode inclinar-se tanto pro lado negativo, quanto para o positivo. Tudo dependerá de sua trajetória. Mas, todo mundo tem a noção de que teve um ano ou um momento em que sua vida mudou radicalmente. Onde ela sente que passou a ter um outro comportamento. E isso ocorre quando ciclos, forças e pontos cósmicos se cruzam na trajetória da pessoa.

Carlinhos Lima - Cientista Contemplativo (Astrólogo, Tarólogo e pesquisador).
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