Francis Barrettt foi um estudioso da química, metafísica, filosofia
natural e oculta. Seu livro famoso, “Magus”, foi um verdadeiro ícone do
ocultismo do século XIX, quando as correspondências astrológicas já
estavam plenamente incorporadas à Tradição Mágica Ocidental e cada
planeta possuía seu próprio anjo. Dominando este conhecimento,
teoricamente o mago poderia conjurar este anjo e obter o domínio sobre
os aspectos da vida controlados pelo planeta correspondente.
O acesso ao
anjo costumava ser efetuado por intermédio do seu espírito,
subordinando-o. Cassiel, por exemplo, era o espírito subordinado ao anjo
de Saturno. Montague Summers assegurava que os espíritos que apareciam
nas ilustrações do “Magus” eram desenhados do “natural”. Dever-se muito
mais ao ressurgimento do gótico romântico. "Magus", publicado pela
primeira vez, em 1801, é uma codificação de Magia prática dos Grimoires,
na visão Cabalista Cristã do autor, que fundamenta sua obra nos
princípios da Alquimia. Sua influência foi enorme e ele conta com
seguidores em todo o Ocidente, até os dias de hoje.