Sempre que comer sashimi ou outras formas de peixe cru, considere fazer uma verificação rápida para vermes, que poderiam infectar seu trato intestinal.
Um novo estudo, liderado pela Universidade de Washington e publicado
no dia 19 de março na revista Global Change Biology, detectou um
aumento dramático de um verme que pode ser transmitido aos humanos
quando consomem frutos do mar e peixe cru ou malcozido.
Seu aumento de 283 vezes na abundância desde os anos 70 pode ter implicações para a saúde dos seres humanos e dos mamíferos marinhos, ao ingerirem inadvertidamente o verme.
Há muitos estudos sobre este verme-parasita, conhecido como Anisakis ou "verme do arenque", mas esta nova pesquisa é a primeira a sintetizar e a analisar todos os dados até hoje recolhidos.
O estudo é importante, "porque mostra como os riscos tanto para os humanos quanto para os mamíferos marinhos estão mudando ao longo do tempo", escreveu Chelsea Wood, a autora principal.
Regra, o verme morre após alguns dias e os sintomas desaparecem. Esta doença, chamada anisaquíase, raramente é diagnosticada, porque a maioria das pessoas julga que apenas sofreu uma intoxicação alimentar, explicou Wood.
Depois de eclodirem no oceano, os vermes infectam primeiro pequenos crustáceos. Quando os peixes pequenos comem os crustáceos infectados, os vermes transferem-se então para os seus corpos, e isto continua à medida que vai subindo na cadeia alimentar.
O estudo refere que o aumento exponencial dos vermes pode estar relacionado à recuperação dos níveis populacionais de mamíferos marinhos, mas existe um reverso da medalha.
Contudo, a triagem pode às vezes falhar, pelo que Wood recomenda aos consumidores cortar cada pedaço ao meio e procurar vermes antes de comê-los.
Seu aumento de 283 vezes na abundância desde os anos 70 pode ter implicações para a saúde dos seres humanos e dos mamíferos marinhos, ao ingerirem inadvertidamente o verme.
Há muitos estudos sobre este verme-parasita, conhecido como Anisakis ou "verme do arenque", mas esta nova pesquisa é a primeira a sintetizar e a analisar todos os dados até hoje recolhidos.
O estudo é importante, "porque mostra como os riscos tanto para os humanos quanto para os mamíferos marinhos estão mudando ao longo do tempo", escreveu Chelsea Wood, a autora principal.
Provoca intoxicação alimentar no humano
Malgrado o seu nome, os vermes de arenque podem ser encontrados igualmente em uma variedade de peixes marinhos e lulas. Quando as pessoas ingerem o verme Anisakis vivo, o parasita invade a parede intestinal, causando sintomas similares aos de uma intoxicação alimentar, tais como náuseas, vômitos e diarreia.Regra, o verme morre após alguns dias e os sintomas desaparecem. Esta doença, chamada anisaquíase, raramente é diagnosticada, porque a maioria das pessoas julga que apenas sofreu uma intoxicação alimentar, explicou Wood.
Depois de eclodirem no oceano, os vermes infectam primeiro pequenos crustáceos. Quando os peixes pequenos comem os crustáceos infectados, os vermes transferem-se então para os seus corpos, e isto continua à medida que vai subindo na cadeia alimentar.
Os humanos e os mamíferos marinhos ficam infectados quando ingerem um peixe que contenha o verme.Ao contrário do que acontece no intestino humano, os vermes podem persistir e reproduzir-se em mamíferos marinhos, sendo libertados nos oceanos pelas fezes.
Maior perigo é para mamíferos marinhos
Embora os riscos de saúde destes vermes marinhos sejam bastante baixos para os humanos, os cientistas pensam que podem ter um grande impacto em mamíferos marinhos como os golfinhos, baleias e focas.O estudo refere que o aumento exponencial dos vermes pode estar relacionado à recuperação dos níveis populacionais de mamíferos marinhos, mas existe um reverso da medalha.
"O aumento de vermes parasitas pode ser uma coisa boa, um sinal de que o ecossistema está se recuperando. Mas, ironicamente, se uma população de mamíferos marinhos aumenta devido a essa melhoria ambiental e os vermes parasitas Anisakis se beneficiam desse aumento, pode colocar outros mamíferos marinhos mais vulneráveis em risco, dificultando a recuperação dessas populações em perigo", afirmou Wood.A pesquisadora observa que os processadores de frutos do mar e os chefes de sushi estão bem treinados para detectar os vermes nos peixes antes de servirem aos clientes, tanto mais que eles podem ter até 2 centímetros de comprimento.
Contudo, a triagem pode às vezes falhar, pelo que Wood recomenda aos consumidores cortar cada pedaço ao meio e procurar vermes antes de comê-los.