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domingo, 23 de agosto de 2020

Tábuas egípcias de 3 mil anos guardam segredo da Bíblia, considera especialista



Tábuas de argila descobertas por arqueólogos no Egito teriam conexão surpreendente com a Bíblia, avalia especialista.

As chamadas Cartas de Amarna são uma coleção de centenas de tábuas de argila em escrita cuneiforme que faziam parte do arquivo de correspondência do faraó com os reis vassalos e governadores. Primeiramente descobertas em 1887, foram produzidas há mais de três mil anos.
Os arqueólogos estão fascinados com estes objetos, pois revelam novas informações sobre as relações políticas e diplomáticas do Antigo Egito.



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Alguns especialistas consideram que estas peças são igualmente importantes para estudos bíblicos, pois incluem algumas das primeiras menções dos hebreus.
De acordo com Tom Meyer, professor de estudos bíblicos da Faculdade da Bíblia Shasta (EUA), há razões para acreditar que as tábuas de Amarna têm uma forte conexão com narrativas da Bíblia.
"Estas tábuas contêm não somente revelações fascinantes sobre a geopolítica do Levante pouco depois da conquista de Canaã por Israel, mas talvez proporcionem informação bíblica complementar sobre os próprios hebreus na época dos juízes bíblicos", afirmou Meyer ao tabloide Express.
De acordo com o especialista, foi em 1887, quando os egípcios escavaram ilegalmente o Registro de Correspondência do faraó Aquenáton, que reinou entre 1300 a.C. e 1336 a.C., que descobriram as tábuas, do "tamanho da palma de uma mão".
As tábuas continham correspondência diplomática entre o faraó e dignitários na Babilônia, Assíria e o Levante.
Nas inscrições existem referências aos Habiru, que alguns especialistas acreditam serem antepassados dos hebreus. "Algumas [referências] até sugerem uma conexão linguística entre o termo haribu e hebreu", comenta Meyer.

Método novo, hipótese antiga: anãs brancas provam teoria da relatividade de Einstein, aponta estudo



Os cientistas conseguiram pela primeira vez processar um vasto conjunto de dados de cerca de 3.000 estrelas anãs brancas, encontrando uma correlação inversa entre a massa e o tamanho.

Os cientistas conseguiram conduzir uma análise profunda da relação massa-raio das estrelas anãs brancas, reforçando efetivamente a icônica teoria da relatividade geral de Albert Einstein, sugere um estudo aceito para publicação na revista The Astrophysical Journal e publicado no portal de pré-impressão arXiv.
Os pesquisadores envolvidos no projeto fizeram uso de um novo método, que colheu dados sobre miríades de anãs brancas, do Sloan Digital Sky Survey, que agrega imagens multiespectrais do espaço, bem como do observatório espacial Gaia.
O objetivo era analisar o fenômeno das mudanças físicas que os corpos celestes experimentam com o passar do tempo, bem como colocar à prova teorias científicas já conhecidas.

Mudança nas estrelas

Quando estrelas semelhantes ao nosso Sol ficam sem combustível, elas perdem suas camadas externas e se reduzem a seus núcleos, que são aproximadamente do tamanho da Terra.
Um núcleo em si, ou melhor, os restos estelares, leva o nome de uma anã branca, que ao longo de sua evolução aumenta em massa, mas encolhe em tamanho. Mais tarde, ela se torna uma estrela de nêutrons, um corpo estelar superdenso com um raio que normalmente não se estende além de 30 quilômetros.
Esta relação entre massa e tamanho tem despertado curiosidade desde os anos 1930, com os cientistas chegando à conclusão de que a referida diminuição e aumento de massa são provavelmente causados pelo estado dos elétrons: à medida que um corpo é comprimido, o número de seus elétrons sobe.


Anã branca
O processo é tradicionalmente descrito do ponto de vista da mecânica quântica, que estuda a interação das partículas subatômicas, juntamente com a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que se concentra em torno dos efeitos gravitacionais.
"A relação massa-raio é uma combinação espetacular de mecânica quântica e gravidade, mas é contraintuitiva para nós", disse Nadia Zakamska, professora associada do Departamento de Física e Astronomia da Universidade Johns Hopkins, EUA, supervisora do novo estudo.
"Pensamos que à medida que um objeto ganha massa, ele deveria se tornar maior", teoriza.
A equipe mediu o chamado efeito do desvio para o vermelho gravitacional, que é o efeito da gravidade sobre a luz e sobre as estrelas. À medida que a luz se afasta de um objeto, o comprimento de onda da luz proveniente dele cresce, fazendo com que ele fique mais avermelhado.

Velocidade radial como ferramenta

Após analisar o efeito do desvio para o vermelho gravitacional em 3.000 estrelas anãs brancas, os pesquisadores conseguiram determinar a velocidade radial das estrelas com um raio semelhante, ou seja, a distância do Sol a uma estrela observada que indica seu movimento, nomeadamente, se ela está se movendo em direção ao Sol ou se está se afastando dele.
A velocidade radial das estrelas poderia apontar para mudanças em sua massa, se puder ser determinada.
"A teoria existe há muito tempo, mas o que é notável é que o conjunto de dados que usamos é de tamanho sem precedentes e precisão sem precedentes", observou Zakamska, elogiando o avanço do estudo:
"Estes métodos de medição, que em alguns casos foram desenvolvidos anos atrás, de repente funcionam muito melhor e estas velhas teorias podem finalmente ser sondadas."

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