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Planetas e Orixás regentes de 2023

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Astrofísica e astrologia: Marte, Júpiter e Vênus formam belo “triângulo celeste” na madrugada

Aproximação dos astros, conhecida como apulso, chega a seu auge às 5h desta quarta-feira (28), pelo horário de Brasília, e será visível a olho nu

Aproximação de Marte, Vênus e Júpiter (no centro da foto) vista em 23 de outubro no Estado de Virgínia, nos Estados Unidos(John Williams/Divulgação)
Um belo e luminoso encontro celeste está marcado para esta madrugada. Os planetas Marte, Vênus e Júpiter estarão alinhados e tão "próximos" que parecerão um "triângulo" brilhante, visíveis a olho nu. Conhecido com o nome científico de apulso (que indica a aproximação de ao menos dois corpos celestes), os planetas estão chegando "mais perto" uns dos outros desde o início deste mês e o ápice do encontro será aproximadamente às 5h desta quarta-feira (28), pelo horário de Brasília. Outro evento como esse só será visível em 2021.

Para observá-lo, basta olhar na direção Leste do céu pouco antes do nascer do Sol, quando parecerão mais brilhantes e "próximos". A aproximação é apenas aparente, pois Vênus está a 90 milhões de quilômetros da Terra, Marte está a mais de 55 milhões de quilômetros (em sua maior aproximação da Terra, em abril do ano passado o planeta esteve a 54,6 milhões de quilômetros) e Júpiter está a uma distância de 890 milhões de quilômetros. Cada um deles possui uma velocidade de deslocamento diferente ao redor do Sol - quanto mais próximo do Sol, mais veloz. Vênus demora cerca de 225 dias para orbitar em torno do Sol, Marte leva dois anos e Júpiter, 12 anos. Assim, em algum momento ao longo de suas trajetórias, eles passam "mais perto" uns dos outros - vistos da Terra, parecem estar alinhados no céu.
"Os planetas mudam de posição e tendem a ficar mais próximos ou mais afastados entre eles. Entre 24 e 29 de outubro, eles estarão no ponto mais perto entre si. Com o passar dos dias, tendem a se separar novamente", afirma Daniel Mello, astrônomo do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Posição no céu - No auge do encontro, se fosse possível desenhar um círculo ao redor dos três planetas, seu diâmetro não teria mais de cinco graus de distância. Por estar mais próximo da Terra, Vênus será o mais brilhante dos três, seguido por Júpiter, o maior planeta e mais distante, que aparecerá mais afastado do horizonte. O menos luminoso será Marte, que terá uma leve coloração vermelha e estará mais próximo do horizonte.
"Apulsos envolvendo três planetas são mais raraos, acontecem apenas algumas vezes durante uma década. Depois desta madrugada, este fenômeno só voltará a acontecer em 2021", afirma Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O mais comum é que ocorram aproximações entre dois planetas, como a vista em junho, entre Júpiter e Vênus.
Apesar de poder ser visto em todo o país, o fenômeno é melhor observado longe dos grandes centros urbanos, onde a poluição luminosa não ofusca a visualização, de acordo com os astrônomos. Confira a posição dos planetas no céu, no vídeo feito pela Nasa (em inglês) sobre o fenômeno:

Os mecanismos das crenças: Qual é a origem da fé? - E "gene de Deus"

Novos estudos de psicologia desvendam os mecanismos que levam algumas pessoas a crer mais que outras. Os intuitivos costumam ser mais religiosos que os reflexivos

espiritualidade
Espiritualidade: crenças e fé

 

Por: Adriana Dias Lopes
UM PARA CADA LADO - Até muito pouco tempo atrás, seria inimaginável ciência e religião, duas formas tão diferentes de ver o mundo, caminharem juntas
UM PARA CADA LADO - Até muito pouco tempo atrás, seria inimaginável ciência e religião, duas formas tão diferentes de ver o mundo, caminharem juntas(Montagem sobre fotos Corbis e AKG/Latinstock, Bob Thomas/Popperfoto/Getty Images, NASA e Alcione Pereira/Claudia/VEJA)
Já ouviu falar daquele louco que acendeu uma lanterna numa manhã clara, correu para a praça do mercado e se pôs a gritar incessantemente: 'Eu procuro Deus! Eu procuro Deus!'? Como muitos dos que não acreditam em Deus estivessem justamente por ali naquele instante, ele provocou muitas risadas... 'Onde está Deus?!', ele gritava. 'Eu devo dizer-lhes: nós o matamos - você e eu. Todos somos assassinos... Deus está morto. Deus continua morto. E nós o matamos...' " A definitiva descrição da morte de Deus, ideia cunhada por Friedrich Nietzsche em A Gaia Ciência, de 1882, é o mais bem-acabado registro do fim de um período em que tudo era explicado a partir da revelação divina. O racionalismo de Nietzsche pôs o homem no lugar de Deus, subtraindo do cotidiano a crença no sobrenatural.
A busca pelas razões da fé, em movimentos de sístole e diástole que ora nos põem mais próximos a Deus, ora nos afastam dele, é humana, demasiado humana. Como traduzir algo tão poderoso e impalpável que por milênios nos move? Enfim, por que alguns creem e outros não? Convencionou-se imaginar que pessoas menos instruídas tendem a ter contato mais amistoso com a religião - os mais letrados seriam majoritariamente céticos, avessos à fé.
Não é assim, necessariamente, e que bom que não seja. Não se trata de formação intelectual. Um recente estudo conduzido pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, chegou a uma conclusão bem mais instigante. O mote: as pessoas intuitivas são naturalmente mais religiosas do que as reflexivas. Os pesquisadores primeiramente avaliaram a capacidade intuitiva e reflexiva dos voluntários. Cerca de 1 200 homens e mulheres com idade média de 30 anos foram desafiados a resolver um questionário que exige um raciocínio extremamente lógico. Por meio desse teste, adotado há pelo menos cinco décadas em investigações comportamentais, aqueles que erram as questões são classificados como intuitivos, por tentar resolvê-las com pressa, impetuosos. Os que acertam são os reflexivos, que pensam, pensam e pensam. Em outro momento do estudo, ambos os grupos tiveram de falar sobre fé. Do cruzamento das respostas, despontaram as conclusões. Os intuitivos afirmaram ser mais religiosos que os reflexivos. A premissa faz sentido. Diz o psiquiatra Frederico Leão, coordenador do Programa Saúde, Espiritualidade e Religiosidade, do Instituto de Psiquiatria da USP: "É mais simples para os menos racionais acreditar em algo impreciso".
A intuição e a reflexão são fundamentais no mecanismo cognitivo do cérebro humano. Os intuitivos tomam decisões a partir de processos que ocorrem com pouco esforço e atenção. "Eles usam naturalmente a primeira ideia que vem à mente", diz o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, do departamento de psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e supervisor do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas. Os reflexivos concentram-se mais e usam um raciocínio mais elaborado para chegar a conclusões. Não há como afirmar, portanto, que os reflexivos sejam mais inteligentes que os intuitivos, apesar de essa ser a impressão inicial. Um pouco antes da realização do estudo da Universidade Harvard, o mesmo teste de avaliação cognitiva foi aplicado entre os alunos dos prestigiosos Instituto de Tecnologia de Massachusetts e Universidade Harvard, nos Estados Unidos, com o objetivo de avaliar a capacidade lógica de pessoas tão aptas. Metade dos estudantes errou as respostas. Metade, portanto, tinha um raciocínio essencialmente intuitivo.
Até muito pouco tempo atrás, seria inimaginável ciência e religião, duas maneiras de pensar o mundo tão diferentes, caminharem na mesma direção. Uma das primeiras teorias a pô-las lado a lado é do início de 2000. A fé, assim como as religiões surgidas em torno dela, seria um ingrediente seminal para a evolução da espécie humana. O homem, o único ser vivo com a capacidade de ter consciência da finitude, precisaria recorrer a algo maior e impalpável para conviver com tal ideia. Além disso, as religiões estimulam a solidariedade e a compaixão, sentimentos que levariam à proteção em momentos de risco, como procura por comida, guerras e catástrofes naturais. O biólogo americano David Sloan Wilson, da Universidade Binghamton, ateu, um dos grandes defensores do papel da crença em Deus na sobrevivência humana, sustenta que a fé evolui com o homem porque confere vantagens àqueles que a desenvolvem.
A tese de que a religiosidade acompanha o ser humano em sua evolução ganhou força ruidosa um pouco mais para a frente, quando o biólogo americano Dean Hamer, coordenador do setor de genética do National Cancer Institute, afirmou que a fé em Deus estaria no gene, no "gene de Deus". Ao avaliar o grau de espiritualidade de 1 000 adultos, Hamer descobriu uma coincidência: aqueles que tinham sentimentos religiosos compartilhavam o gene VMAT2, responsável pela regulação das chamadas monoaminas, grupo de compostos que incluem a adrenalina (substância excitante) e a serotonina (sensação de prazer). As monoaminas têm papel importante na construção da realidade e na percepção das alterações da consciência, situações comuns em experiências místicas.
O rompimento entre ciência e religião não é tão antigo. Ocorreu no século XVIII, com o iluminismo. Despontado na França, o movimento viu na razão e no progresso científico um instrumento de emancipação do homem, pondo os dogmas cristãos em xeque. A Igreja logo reagiu, com a publicação da primeira encíclica da história. O documento (Ubi Primum - Tão Pronto Como), assinado pelo papa Bento XIV (1675-1758), reforçou questões cruciais da Igreja: a rígida formação intelectual dos bispos e a importância da conduta moral no magistério eclesiástico. O ponto máximo da cisão ocorreu no século XIX, quando Charles Darwin negou o criacionismo, definindo a clássica teoria da evolução das espécies.
O papa Pio XII (1876-1958) sinalizou uma reaproximação, em 1943, ao escrever a encíclica Divino Afflante Spiritu (Sob a Inspiração do Espírito). No documento, ele reconhecia hipóteses defendidas pela ciência, como a da evolução e a do Big Bang. Agora o papa Francisco foi além. No fim do ano passado, soltou uma das frases mais bombásticas de seu pontificado, diante de oitenta pesquisadores de vários países que compõem a tradicional Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, instituição fundada em 1603: "Quando lemos no Gênesis sobre a criação, corremos o risco de imaginar que Deus tenha agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas. Mas não é assim. O Big Bang, que hoje temos como a origem do mundo, não contradiz a intervenção criadora, mas a exige. A evolução na natureza não é incompatível com a noção de criação, pois a evolução exige a criação de seres que evoluem". Há quatro meses, o pontífice argentino utilizou novamente ferramentas da ciência para lidar com questões religiosas. Na encíclica Laudato Si (Louvado Sejas), documento que tratou de questões ambientais, o jesuíta escreveu: "Sobre muitas questões concretas, a Igreja não tem motivo para propor uma palavra definitiva e entende que deve escutar e promover o debate honesto entre os cientistas, respeitando a diversidade de opiniões".
A postura de Francisco merece atenção, é corajosa, não aparta religião de ciência, de modo a não separar fiéis crentes de outros nem tanto assim. Para uns e outros, prossegue a busca eterna pela compreensão da fé, de como ela nasce e cresce, para além de constatações evidentes (como a fé alimentada por uma tragédia familiar). Não há como explicar o inexplicável, o misterioso, possivelmente porque Deus talvez seja mesmo um conceito pelo qual medimos e aplacamos nossa dor. Lembre-se aqui o momento bíblico em que Jesus, no auge do sofrimento físico e psicológico, pergunta a Deus: "Por que me abandonaste?". Cristo morreu sem resposta para a sua incerteza. Mas em sua última frase, dita ainda na cruz, retomou a força brutal da fé: "Nas tuas mãos eu entrego meu espírito". Jesus Cristo entregou tudo o que tinha a Deus. Até mesmo sua racionalidade.
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