A sensualidade e magia de conquista das lindas filhas de Iansã
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Iansã: Conhecida também como Oyá. É a deusa dos ventos e das tempestades, senhora dos raios e dona da alma dos mortos. Também é dona de uma personalidade impulsiva e imprevisível. Foi a primeira mulher de Xangô e ex-esposa de Ogum. Quando foi buscar o amuleto para Xangô, aproveitou e pegou pedaços do amuleto para si, e aprendeu a cuspir fogo pelo nariz e pela boca. O amor entre Iansã e Xangô foi tal que, já separados, quando ele se recolher para baixo da terra em Kossô, ela fez o mesmo em Ifá. As filhas de Oyá são meigas e inoportunas ao mesmo tempo, perseguem obstinadamente seus desejos e costumam ser inconstantes no amor, mas quando se apaixonam vão até o fim. Seu colar tem as cores vermelha ou marrom escuro. Se estiver na presença de Ogum (seu ex-marido), certamente haverá um duelo bravo. Ela comanda furacões e é a única entidade a enfrentar Egungún. Saúda-se Iansã com: Eparrê! Suas ervas são omin ojú (golfo branco), odidí (bico-de-papagaio), efim (malva-branca), piperégun (nativo). Elemento: fogo Símbolo: espada e rabo de cavalo (representando a realeza) Dia da semana: quarta-feira Roupa: vermelho-grená Oferendas: milho branco, arroz, feijão e acarajé.
Nanã: É a deusa da lama e dos fundos dos rios. Também está associada à fertilidade ou fecundidade, à doença e á morte. É a Orixá mais velha de todos e um tipo de avó dos outros Orixás, por isso é muito respeitada. Ela é também chamada Nanã Burukê (ou Buruku). Muito antiga, essa Orixá daometana foi assimilada pela cultura yorubá. Originalmente era conhecida como a Mãe da Terra, aquela que tudo sabe e determina. Mas hoje está relegada ao segundo plano pelas gerações mais novas. Os filhos e filhas de Nanã são carinhosos e gostam de saber de tudo da vida dos que o cercam, mesmo que esses não queiram contar. Não são muito bem-humorados, e ainda por cima são chegados a um verdadeiro dramalhão. Agem como se fossem muito velhos. Diz-se que é vingativa, mas o perdão é seu forte e costuma ser procurada para conselhos sérios. Seu colar tem as cores: branco, azul e vermelho. Suas ervas são omin (beldroega), eregê (erva-tostão), ereximominpala (golfo-de-baronesa), mariwô (folha do dendezeiro).
Elemento: terra
Símbolo: ibiri (cetro de palha e búzios)
Dia da semana: sábado
Roupa: branca e azul
Oferendas: milho branco, anderê, aberén, acaçá, arroz, mel e dendê.
Oxum: É a mais bela entre os Orixás femininos. Sua personalidade é maternal e tranqüila. É deusa das águas doces (rios, fontes e lagos) e também deusa da riqueza, do jogo de búzios e do amor. Está ligada à fecundidade e procriação. Reina sobre os rios e o ouro. Foi esposa de Ogum, Orunmilá, Oxossi e Xangô. Era a favorita de Xangô em assuntos sexuais. Feminina ao extremo, cheia de dengo, sagacidade e e inteligência. Essa é Oxum, vaidosa, doce e protege as crianças. Seu senso de humor é quase infantil. Mas cuidado: Oxum é uma poderosa e experiente feiticeira. Seus filhos devem tomar cuidado com o álcool, as drogas e as doenças venéreas. As entidades femininas não costumam ser muito chegadas a ela. Suas filhas são meninas bonitas, delicadas, sofisticadas e fúteis. Adoram jóias, adulações e são muito namoradeiras. Têm forte tendência artística ou para qualquer profissão que envolva ascensão social e muito dinheiro. Seu colar normalmente tem a cor amarelo-ouro. Gosta de xinxim de galinha e costuma ser saudade com: “Ore Yeyé ô!”, que quer dizer: “Clamemos a benevolência da mãe!” As ervas de Oxum são: irôko (folha de loko), pepe (malmequer-branco), eim dum-dum (folha da fortuna), ilerin (folha de vintém).
Elemento: água
Símbolo: abebê (leque espelhado)
Dia da semana: sábado
Roupa: amarelo-ouro
Oferendas: milho branco, xinxim de galinha, ovos, peixes de água doce.
Iemanjá: Considerada deusa dos mares e oceanos. É mãe de todos os Orixás. Seus seios fartos simbolizam a maternidade e a fecundidade. Nasceu na Nigéria, num rio chamado Ogun. Domina mares, rios e lagos. Tem o maior prazer em atender mulheres com problemas de fertilidade. Defende seus filhos com a espada, mas é dócil e materna. Seus filhos costumam ser sensíveis e protetores ao extremo. Gostam de dar ordens. São obstinados, decididos e ansiosos. São voluntariosos e tomam para si os problemas alheios. Gostam do luxo, da riqueza e têm grande tendência a engordar. As mulheres tem seios grandes, pouca nádega, longas madeixas e se acham as mais sabias. Se sua prole for ameaçada, podem se tornar feras. Gostam de estar em grupo falando sobre tudo e sobre todos. Iemanjá porta um leque e usa um colar branco e prata. Gosta de beber champanhe, calda de pêssego, melão e arroz doce. Sua data festiva é 2 de fevereiro. Deve-se saúda-la com: “Odo Iyá!”. Suas ervas são: odum-dum (folha-da-costa), omin ojú (golfo-branco), ereximominpala (golfo-de-baronesa), jamin (cajá).
Elemento: água
Símbolo: leque e espada
Dia da semana: sábado
Roupa: branco e azul
Oferendas: peixes do mar, arroz, milho, camarão com coco.
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