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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Impressionante tesouro viking de mil anos é descoberto na ilha de Man (VÍDEO)

 


Uma ex-agente policial descobriu um tesouro viking de mil anos de idade na ilha de Man, no mar da Irlanda.

A descoberta de Kath Giles aconteceu durante exploração de um terreno privado com um detector de metal em dezembro de 2020. No entanto, apenas agora foram publicados detalhes do achado, que foi considerado "tesouro" pelas autoridades da ilha de Man.

"Eu sabia que tinha encontrado algo muito especial quando eu retirei o solo de uma das partes do broche, mas depois eu encontrei fragmentos de um alfinete, o aro e a parte inferior, um bracelete de ouro lindo. Eu soube imediatamente que era uma descoberta importante e notável. Estou emocionadíssima por ter encontrado artefatos que não são só importantes, mas muito bonitos", disse Giles.

O tesouro é composto por um bracelete de ouro, um maciço broche de prata, pelo menos uma braçadeira de prata e outros achados associados que datam de cerca de 950 d.C.

 


 

Durante este período, a ilha de Man era dominada por reis escandinavos de Dublin, servindo inicialmente como uma base para o comércio, para mais tarde se tornar um assentamento permanente.

Allison Fox, a curadora de arqueologia do Patrimônio Nacional Manx, descreveu o bracelete de ouro como uma "descoberta rara". Devido à escassez de ouro durante o período viking, seria equivalente em valor contemporâneo a 900 moedas de prata, escreve portal Heritage Daily.

"O fato de todos os artefatos terem sido encontrados juntos, associados a um único evento de depósito, sugere que quem os enterrou era extremamente rico e provavelmente se sentiu severamente ameaçado", concluiu.

Recentemente, uma equipe de arqueólogos descobriu no Reino Unido desenho de um pênis feito no século II d.C. durante o Império Romano.

 

 

Origem das misteriosas explosões de rádio em galáxias distantes é desvendada

 


Estes potentes pulsos de emissão de rádio procedentes de fontes extragalácticas foram descobertos acidentalmente em 2007.

Uma equipe internacional de cientistas, liderada pelo Instituto Físico-Técnico Ioffe, Rússia, confirmou uma hipótese sobre a origem das rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) de galáxias distantes.

Segundo o estudo, publicado na revista Nature Astronomy, estes sinais estão associados com poderosas labaredas de magnetares extragalácticos, que são estrelas de nêutrons com fortes campos magnéticos.

As FRB são pulsos de emissão de rádio breves e potentes, de alguns milissegundos de duração, procedentes de fontes extragalácticas distantes.

Elas foram descobertas acidentalmente em 2007, durante observações de pulsares realizadas pelo Observatório Parkes da Austrália.

Posteriormente, os astrônomos propuseram diversas teorias sobre a origem deste fenômeno. Muitos assumiram que são geradas pelos cataclismas mais poderosos do Universo, como a fusão de duplas de estrelas de nêutrons (pulsares) e buracos negros.

 

Bela imagem de fusão de galáxias é compartilhada pela NASA e seguidores curtem e comentam
br.sputniknews.com

 

 

Entretanto, dois professores da Universidade Estatal de Moscou, Sergei Popov e Konstantin Postnov, apresentaram a hipótese de que as rajadas rápidas de rádio estariam associadas a certo tipo de chama na superfície de um magnetar.

Em abril de 2020, o radiotelescópio canadense CHIME detectou uma explosão do magnetar galáctico SGR 1935+2154.

Seus clarões de dois milissegundos ocorreram a intervalos de 30 milissegundos. Um evento similar foi observado pela instalação STARE2 da NASA e pelo instrumento russo Kone a bordo do satélite norte-americano Wind, na faixa de espectro dura, bem como por outros satélites.

Esta descoberta foi uma das primeiras confirmações da hipótese apresentada em 2007 por especialistas russos.

"O registro simultâneo de rajadas serve como argumento mais forte a favor da hipótese do magnetar, e também nos permite dizer que ao menos uma proporção significativa de rajadas rápidas de rádio é gerada por poderosas erupções de magnetares extragalácticos", comentou Popov.

Agora, os astrofísicos vão tentar compreender detalhadamente qual é o mecanismo de surgimento das FRB.

 

 

Resolvido enigma dos círculos de fadas no deserto do Namibe

 


Novo estudo assegura que as misteriosas áreas circulares sem vegetação e localizadas a distâncias regulares umas das outras no deserto do Namibe, no sudoeste da África, conhecidas como círculos de fadas, surgiram devido à seiva tóxica de uma planta.

De acordo com artigo publicado na revista BMC Ecology, as espécies responsáveis por este fenômeno, que intrigou os cientistas durante décadas, incluem as plantas do gênero Euphorbia, em particular E. damarana, E. gummifera e possivelmente E. gregaria, entre outras.

Todas estas, ao morrer, liberam uma substância hidrofóbica, ou seja, repelente à água, e com propriedades antibacterianas, inibindo assim a germinação de outras plantas em uma área de dois a 15 metros de diâmetro.

Efeitos do aquecimento

Os autores do estudo explicam que as representantes do gênero Euphorbia colonizaram estas planícies arenosas durante condições climáticas mais favoráveis.

Mas, com o aumento gradual das temperaturas – um processo que, a nível local, nas últimas décadas triplicou o ritmo do aquecimento global médio – sofreram uma crescente competição com outras espécies pela umidade escassamente retida no solo arenoso, em resultado do que muitas plantas Euphorbia pereceram.

O professor da Universidade de Pretória, África do Sul, Marion Meyer, autor principal da pesquisa, relembrou que anteriormente houve muitas teorias que tentaram explicar os círculos de fadas, atribuindo sua origem às formigas, às térmitas ou ainda à luta subterrânea das plantas por água. No entanto, nenhuma destas, na opinião dele, conseguiu obter evidências científicas suficientes.

Modelo preciso

A equipe de Meyer realizou análise do solo com ajuda do professor Denis Baranenko, da Universidade ITMO de São Petersburgo, Rússia.

Assim, eles comprovaram que as amostras recolhidas nos círculos de fadas apresentavam uma composição fitoquímica muito semelhante à do solo extraído sob plantas E. damarana em processo de decomposição. Ademais, detectaram compostos associados com atividade tóxica e antimicrobiana na planta E. gummifera.

Para comprovar sua hipótese, modelaram o terreno da região, combinando os dados sobre a precipitação, a altitude e a cobertura vegetal do solo com ajuda do software de Sistemas de Informação Geográfica.

As localizações dos círculos de fadas preditas pelo modelo coincidiram em grande medida com a presença de três espécies de Euphorbia e até permitiu descobrir novos círculos sem vegetação.

 

 

Cientistas descobrem explosão estelar que pode esclarecer formação de estrelas massivas

 


Estudo astronômico pode ajudar a entender o fenômeno da formação de estrelas de grande massa. Cientistas conseguiram detalhes do evento pela segunda vez na história.

Astrônomos conseguiram observar com clareza os fluxos moleculares após uma explosão estelar de uma nuvem formadora de estrelas. É apenas a segunda vez que os especialistas conseguem ver o fenômeno que ajuda a entender como as estrelas mais massivas começam sua vida, o estudo foi publicado no The Astrophysical Journal Letters.

Na década de 1980, da primeira vez que observaram o evento astronômico semelhante, na Nebulosa de Órion, uma formadora de estrelas, os cientistas perceberam flâmulas de gás molecular denso viajando a altas velocidades através do espaço. Quando as flâmulas foram mapeadas, pareciam ter se originado de um único ponto.

Desde então, fluxos moleculares foram descobertos em muitas regiões de formação de estrelas, sendo possível determinar que desempenham um papel importante na formação de estrelas de baixa massa. O fenômeno de Órion, no entanto, foi único e muito mais numeroso. No entanto, pouco se sabe sobre a formação de estrelas massivas.

Berçários estelares massivos são raros e tendem a ser mais distantes, tornando-os mais difíceis de ver. Para tentar entender melhor, uma equipe de astrônomos liderada por Luis Zapata, da Universidade Nacional Autônoma do México, decidiu direcionar um dos mais poderosos radiotelescópios, o ALMA, para maciço conhecido berçário estelar.


 
 © NASA . ROSAT; NOAO/CTIO/P.F. Winkler et al; NSF/NRAO/VLA/G. Dubner et al.
Evento estelar também conhecido como W28 A2, está a cerca de 9.752 anos-luz de distância

O ALMA detectou flâmulas densas com base na emissão de comprimento de onda milimétrica de dióxido de carbono e monóxido de silício. Assim, os astrônomos foram capazes de identificar 34 correntes moleculares se afastando radialmente do coração da nuvem, acelerando para fora.


 
 © Foto / Zapata et al., ApJL, 2020
Flâmulas densas com base na emissão de comprimento de onda milimétrica de dióxido de carbono e monóxido de silício são detectadas pelo radiotelescópio ALMA

Como estrelas massivas sempre se formam em aglomerados, tais interações são possivelmente bastante comuns, o que, por sua vez, pode lançar alguma luz sobre a formação de estrelas massivas. Se duas protoestrelas se fundissem, provavelmente teriam acabado como uma estrela muito maior.

A imprevisibilidade desses eventos e a rapidez com que ocorrem tornam o fenômeno bem difícil de encontrar. Mas, agora que sabem o que procurar e como, os astrônomos podem construir um catálogo desses tipos de eventos e ajudar a entender por que ocorrem.

"Se um número suficiente desses fluxos puder ser detectado no futuro, a fusão de aglomerados de estrelas pode ser um importante mecanismo de formação de estrelas massivas", avaliou Zapata.

 

 

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