Jung reconheceria na Nova Era uma confusão fundamental entre o ego (self pessoal) e a alma (ou o Self no sentido junguiano mais amplo). Na verdadeira prática religiosa, é a alma que encontra remissão e libertação, pois esta é a parte imortal da pessoa. Paradoxalmente, a salvação da alma é ao mesmo tempo uma mortificação do ego, daí a formulação: "quem quer que perca sua vida por minha causa a encontrará" (Mateus 16:25). No passado, a necessária mortificação do ego foi confundida com a mortificação do corpo, da sexualidade e do feminino, e isto surgiu amplamente a partir da cisão, na psique ocidental, entre o espírito e a matéria. Mas hoje, com nosso conhecimento psicológico maior, ficamos mais próximos do mistério cristão percebendo que é o o ego é que precisa ser deslocado de modo que a salvação possa tomar lugar.
Na Nova Era, não há verdadeira separação entre o ego e a alma transpessoal; assim, o primeiro estágio na verdadeira consciência religiosa não é adquirido; ou, em vez disso, um processo religioso é conduzido e em cada ponto desta jornada a vida espiritual é contaminada com os desejos e ânsias do ego. Neste caminho a jornada espiritual é corrompida, e degenera em uma viagem de ego (egotrip).
À medida em que a alma é libertada de seus grilhões, do carma e traumas, e é elevada a uma realidade maior, o ego quer viajar junto com ela, e o êxtase da libertação do espírito é um êxtase que o ego quer para si. É por isso que a morte e desmaterialização é dolorosa e muito complicada. De maneira similar, o faminto ego da Nova Era espia a grandeza e poder de Deus, e se identifica com aquele poder, vendo Deus como algum "recurso sobrenatural não-represado" que pode ser utilizado para a "expansão de potencial humano". Esta é uma fantasia prometéica selvagem e sem limites, e a Nova Era efetivamente acredita no mais fundo de seu coração que o homem pode se tornar Deus, ou pelo menos, algo bem proximo de seu Criador. Jung provavelmente classificaria isto como uma espiritualidade psicótica, uma espiritualidade em que o ego tem sido grotescamente inflado a proporções divinas. O papel secundário do ego não foi compreendido, e há uma profunda confusão psicológica e teológica sobre o significado da vida e o papel da humanidade em servir o divino.
Intelectualmente, o homem da Nova Era desposa uma filosofia sonhadora, paradisíaca, mas atualmente e de fato ele está cheio de queixas e amargura, porque nada parece caminhar direito. A "perda do ego", que deveria estar ocorrendo conscientemente, cai no inconsciente e, como qualquer coisa inconsciente, está projetada para fora, sobre outros e o mundo. Mas, na verdade o homem das Eras Antigas, não eram diferentes e o Ego, sempre foi o grande problema, inibidor da evolução espiritual e bloqueio.
Muitos esotéricos se gabam de dizer que abandonaram o ego, e consequentemente, as coisas da Terra, em favor de um estilo de vida mais pontuadamente relacionado com a realidade da alma. Entretanto, o ego não foi "largado", e por definição não pode ser largado; foi meramente (con) fundido com a vida da alma. Este é o cenário psicológico para o notório problema do egotismo desenfreado, emocionalidade, cisões e competitividade que infestam os grupos, cultos, seitas, ashrams, clubes, sociedades e comunidades da Nova Era.
Embora todos estes grupos trabalhem em sentido à transcendência do ego em favor da alma, são freqüentemente destruídos por um egotismo secreto, escuro e maléfico, que corrói os altos ideais e eventualmente causa o colapso da edificação toda. Os devotos declaram que são "nada" perante o divino, ou sem valor diante do carismático professor, mas no pano de fundo há ferozes manobras por privilégios e lugares especiais, por poder e influência dentro do grupo. Nem pode o impulso sexual ser suprimido por uma "intensa devoção" ao etéreo e interesses paradisíacos. O que é negligenciado ou rejeitado volta para nos visitar, e usualmente volta com considerável violência, de modo tal que o ashram local de cada Era pode acabar como um covil de iniqüidade e peversões das mais diversas (obviamente justificadas com um conteúdo "espiritual").
Jung concordaria que há uma necessidade maior por auto-conhecimento na religião ocidental, e que encontramos suficientemente demasiada "fé cega" no cristianismo, com muitas pessoas adotando crenças e doutrinas sem testar estes preceitos contra a experiência.
Jung tolera muito do aparato espiritual da Nova Era: sua ênfase sobre diversidade e pluralismo, sobre sabedorias pré e pós-cristãs, sobre meditação, introspecção, e experiência pessoal direta. Entretanto, a menos que a atitude correta seja adotada, o aparato e as tecnologias de auto-ajuda são mais do que inúteis: são positivamente perigosas. Não pode haver transformação espiritual alguma a menos que ego e alma estejam firmemente diferenciados.
Em seu desejo de substituir o dualismo ocidental com um novo holismo, a Nova Era tomou um rumo que muitos chamariam de "junguiano". Entretanto, Jung contrasta fortemente dois diferentes tipos ou modelos de totalidade: O primeiro é o que ele chama de totalidade pré-consciente, a totalidade do universo primordial e amorfo, indiferenciado como uma sopa, e que existiria antes da própria consciência. E na verdade é assim que pensam a maioria dos adeptos das religiões e seitas misticas, mas, muito poucos conseguem aceitar com facilidade essa teoria. A Umbanda-Astrologica, por sua vez tenta imprimir em seus conceitos justamente essa definição de Jung, assumindo que antes do homem ja existia essa sopa chamada Cosmos, e que nós somos apenas criaturas e que portanto o principal dever nosso é evoluir obedecendo, sem se deixar levar por modismos ou ilusão a um poder mental, que na verdade não passa de uma força limitada.
Nessa teoria, os pares de opostos estão fundidos (não porque foram unidos em uma totalidade maior, mas porque ainda não foram diferenciados uns de outros). Tudo é "um" porque os "muitos", e os conflitantes pares de opostos que constituem os muitos, ainda não foram trazidos à existência. Jung identifica esta totalidade original com o arquétipo da Grande Mãe, e estes que procuram o incestuoso "retorno à mãe" estão dispostos a idealizar esta condição primeva. Neumann desenvolveu a hipótese de Jung da "grande roda" chamando a este símbolo o Uroboros, ou a serpente que morde o próprio rabo.
Em contraste, Jung postulou (e defendeu) um segundo tipo de totalidade, a Totalidade Consciente, na qual os pares de opostos, separados pelo advento de uma consciência polarizada e unilateral, tornam-se novamente juntos em uma unidade relativa. Assim, nós e nossos Ancestrais nos dirigimos a evolução partindo desse mesmo principio, o de que nossas varias camadas da alma, tem que vibrar em harmonia se fundindo energeticamente na energia espiritual do amor. "Sem a experiência dos opostos não há experiência de totalidade", dizia Jung, que viu na Mandala oriental um "círculo mágico" no qual são preservadas a integridade das formas de vida, das estruturas geométricas e das figuras sagradas, como símbolo da totalidade diferenciada que ele tanto admirava.
Jung argumentaria que não se pode falar de totalidade até que a escuridão ou "sombra" da natureza humana tenha sido maduramente aceita e integrada. Eis aqui onde a Nova Era trai seu infantilismo e sua fingida "totalidade", porque o lado escuro da natureza humana é quase sistematicamente ignorado. Assim nós tambem temos que conhecer nossa natureza sombria é por isso, que a Umbanda-Astrologica vê a grande importancia de se estudar e compreender o lado obscuros dos Exus.
A era cristã promoveu uma ética de perfeição em sua ênfase sobre a figura de Jesus Cristo, mas uma era genuinamente nova ou vindoura estará, para Jung, baseada sobre uma ética da totalidade, cujo foco não será Jesus, mas o Espírito Santo: "O Espírito Santo é uma reconciliação de opostos, e daí a resposta ao sofrimento no Ente Supremo que Cristo personifica". Uma Nova Era do Espírito, de acordo com Jung, apresentará não a segunda vinda de um Cristo humano, mas "a revelação do Espírito Santo a partir do próprio homem". A Era Vindoura não destruirá o Cristianismo, substituindo-o com paganismo, mas transcenderá o Cristianismo histórico substituindo a imitação de Cristo pela experiência direta e vivente do Espírito Santo.
O próprio Cristo insinuou (João 16:7-13) que o Espírito Santo ou Confortador viria depois dele, não apenas para derramar as línguas do Pentecostes sobre seus discípulos, mas para impregnar toda a humanidade com o "espírito da verdade". Para Jung, portanto, uma compreensão correta da totalidade é essencial não apenas para nossa saúde psicológica pessoal, nosso bem-estar moral e ético, e nosso senso humano de sentido da vida, mas é o padrão pelo qual participamos na auto-evolução do divino. É por isto que Jung insiste através de seus escritos que nós devemos manter a tensão entre os opostos e nos movermos adiante; não devemos relaxar a tensão de modo que os opostos percam sua definição e retornem ao uroboros primevo (a tal sopa primordial): "Sem oposição não há fluxo de energia, não há vitalidade. A falta de oposição leva a vida a uma estagnação aonde quer que tal falta alcance".
Em pleno predomínio, desde o momento em que Jesus nasceu em Belém, Peixes já iniciou seu declive. Durante seu reinado predominou fundamentalmente o cristianismo em nosso planeta, que, além disso e curiosamente, apoderou-se em seus inícios dos símbolos próprios deste signo aquático: seus pregadores eram pescadores de almas, seus seguidores agrupavam-se sob o signo de peixes e sua máxima oferenda era o sacrifício do cordeiro pascoal, símbolo de Áries, como dando a entender a total superação desta era, que foi a imediatamente anterior.
Estamos, pois, saindo de uma era de grandes movimentos espirituais, porém escuros, ameaçadores, sangrentos em sua prática. Está terminando uma humanidade que foi passiva, uniformada e disciplinada em seu aspecto, mas tormentosa no interior, com paixões, impulsos e desejos, sempre controlados, sempre contidos. Uma era de fanáticos e navegantes, de militares e sacerdotes. Assim vemos que cada Era representa um ciclo e cada ciclo um raio de ação das Forças Astrais, sobre o mundo. Então com a vinda da Era de Aquario, o Raio de Xangô da lugar ao Raio do Grande Senhor Yorima, que trará muitas adaptações importantes.
A Terra leva para passar pela influência dos doze signos do zodíaco 25.920 anos, formando assim o platônico ano. A passagem por cada um dos signos é de 2.160 anos, que é o platônico mês. Este é o Zodíaco Sideral, das constelações que determinam as grandes Eras Cósmicas. Já passamos pelas Eras de: Leão, Cancêr, Gêmeos, Touro, Áries, Peixes e, estamos adentrando na Era de Aquário.
A Era de Leão se iniciou por volta de 10.509 a.C , quando a criação da vida se iniciava, segundo documentos que mostram o homem como um ser humano, e se estendeu até a 8.000a .C. Era de Aquário (2.001 a 4.000) é a ERA de grande Expansão da Comunicação. Nesta Era, temos a nosso dispor instrumentos científicos que cada vez mais incorporam o nosso dia-a-dia e a vida cotidiana de qualquer indíviduo e a luta ,não mais individual , mas coletiva, comunitária pelos Direitos Humanos reconhecidos e exigidos.
O homem reencontra-se com a divindade. É a Era do Espírito, que profetiza o viver do homem em sintonia com o Pai Celestial. É a Era do Ser Crístico. O amor como elemento Universal será a grande conquista do homem. O amor que mantém a criação de Deus em todoas as dimensões; amor como manifestação inesgotável de fonte de vida; como energia criadora e que reflete a eternidade. O amor será a concepção que o homem terá de Deus na Nova Era. Seja em qualquer era em que o homem esteja, sempre os iluminados e que querem evoluir buscarão concexão e harmonia com o Criador. Então busquemos a Deus, todos os dias de nossa vida.
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador. 2/8/2008
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