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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Magia: Pontos com Pemba na Umbanda

 
Os pontos cabalísticos riscados com Pemba de calcário representam uma grafia de projeção bidimensional de símbolos que se revestem de todo poder mágico, que as forças cósmicas lhe oferecem. Muitos tentaram, mas não conseguiram mostrar os fundamentos ocultos da lei de Pemba, ou dos pontos riscados. É por isso que não se pode copiar e nem interpretar tais pontos. Para o Umbandista, o ponto riscado é um instrumento para os trabalhos magísticos efetuados para entidades, afinal de contas ele possui um grande significado e valor mágico. No entanto, não são só os pontos que movimentam a magia, depende muito do poder e do conhecimento do mago, como também da outorga. 
 
Na verdade é o selo, o cartão de visitas, a identificação, o brasão e bandeira da entidade. É uma espécie de campo de força onde o instrumento utilizado pela entidade em seu efetivo campo de trabalho é a Pemba. E esta maneja as forças de sorte a lhe conferir afinidade com a entidade, identificado a quem ela se subordina, nem como os seus domínios ao ser usado para riscar o ponto. Mas, vou alto a lembrar que nem todo mundo está apto a utilizá-los. Não basta conhecer os traçados da magia de pemba, os símbolos e as entidades. Antes temos que observar as épocas, as luas, as configurações do céu e ter prudência, para seguir as ordens do Astral Superior. Os antigos magos, não faziam como os sacerdotes de hoje, que só se utilizam da magia por meio de sua vontade. Os Ancestrais, consultavam o céu, os oráculos e pediam permissão. Na verdade só evocavam ou invocavam a magia com plena segurança. 
 
Pode-se afirmar que a Pemba e um instrumento sagrado da Umbanda, pois nada pode se fazer com segurança sem os pontos riscados. A Pemba e confeccionada em calcário e modulado em formato ovóide alongado, e serve para, para ao riscar, estabelecer ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas. Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados ao mundo espiritual, eles identificam poderes, tipos de atividades, e os vínculos iniciáticos da falange. Quando são traçados sem conhecimentos de causas, não projetam sua grafia luminosa e não passam de rabiscos inócuos. Como podemos ver, os pontos riscados é magia, então para se utilizar deles é necessário o devidos conhecimentos. 
 
Muitos pais de santo novatos, usam riscos, formas geométricas sem se preocupar se estão realmente em conformidade com o Alfabeto Sagrado. Também não se importam com a ética, com a missão e com a real essência dos Odús. 
 
Riscar um ponto de traz para frente é inverter ou perverter a força da magia. Então não basta ver um ponto no livro para risca-lo sem o devido conhecimento. O mau uso do ponto riscado pode levar as consequências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de forças e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhar os fios, com o que acabara de provocar curtos circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros. 
 
Um ponto riscado pode ser usado, dependendo do trabalho ou cerimônia a ser realizada, utilizando Pemba, marrafo (pinga) Fundanga (pólvora) Azeite, com o ponteiro na areia ou ate mesmo mentalmente, o que requer muita prática. Mas lembre-se: só se utiliza a pólvora ou pinga com autorização superior. Outro símbolo também muito conhecido e adotado como símbolo de alta magia é a conhecida estrela de Davi, ou a estrela de seis pontas, que hoje sabemos através do conhecimento revelados aos Umbandistas, tratar-se da estrela do equilíbrio, ou seja, estrela do trono da justiça de Deus, que o nosso divino pai Xangô-yê. 
 
Muitas coisas podem amplificar e movimentar a energia de um ponto riscado, entre eles estão os pontos cantados, as pronuncias magias e o uso dos elementos em sincronia com o ponto como um todo. Assim velas, pedras, incensos e elementos afins com a magia são aplicadores e movimentadores. 
 
É interessante também observar que, quando um filho de Umbanda se apresenta perturbado dentro de um templo, muitas vezes notamos o Babalorixá cruzar seu corpo com Pemba. Isto representa a escrita divida, através da magia para chamar a razão à entidade obsessora, a fim de que ela possa conhecer através deste traçado cabalístico, o seu erro e abandonar este filho que ate então obsidiava. Assim pode-se afirmar sem sombra de dúvida, que sem os pontos riscados nada de poderia fazer com seguranças. 
 
A Lei de Pemba, Grafia Sagrada dos Orixás, é muito ampla e apresenta a necessidade de exposição pessoal e, por sua vez, poderia ser até desastroso pessoas sem "Ordens e Direitos" manipulá-la. Apenas para sua referência, esta grafia são clichês (Yantras), os quais são utilizados pelas entidades e Médiuns Magistas (com a presença ou não de espíritos) para acionarem/projetarem no Plano Astral a movimentação de forças sutÍs com um determinado fim. Se for aplicado de forma incorreta, poderá produzir resultados diferentes daqueles esperados. 
 
O trabalho aplicado de bons mestres como Da Matta, Farias Neto, entre outros, ajudou muito na decodificação da Umbanda. Apesar de não estarmos satisfeitos contribuiu muito para estudiosos como nós. Mas, não cansamos, continuamos em busca de respostas. Uma busca que começou muito antes de Da Matta. Na verdade começou lá atrás, com o Senhor e Mestre Sant Yves. 
 
Na Umbanda, em seus diversos momentos de entendimentos, encontramos várias formas de apresentação desses Yantras, sendo os mais comuns, os de cunho exotérico (externo/aberto), aqueles onde são utilizados estrelas, ondas, flechas, cruzes, luas, etc, que têm os seus resultados em suas aplicações; e, encontramos, também, os de cunho esotérico (interno/fechado) onde são utilizados: direcionamentos, Raízes e chaves, através da grafia Adâmica e afins (leia o Arqueômetro de Saint Yves - Edições em português, espanhol e francês). 
 

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador

 

 

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