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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Conceitos: Cultos afros, Candomblé e Umbanda Astrológica

 
 
As diferentes sociedades e culturas têm concepções próprias do tempo, do transcurso da vida, dos fatos acontecidos e da história. Em sociedades de cultura mítica, também chamadas sem-história, que não conhecem a escrita, o tempo é circular e se acredita que a vida é uma eterna repetição do que já aconteceu num passado remoto narrado pelo mito.

Na verdade o pensamento mágico nasceu da vontade do homem em compreender os fenômenos a sua volta. E esse pensamento mágico, nasceu juntamente com o primeiro ato de pensar. Desde o primeiro momento que o homem se viu apto a pensar ele passou imediatamente em analisar o ambiente à sua volta.

E nessa analise ele começou a se inclinar ao lado mágico de tudo que existia em torno de si. Mas, não era só o que ele via que lhe intrigava, mas, principalmente o que não podia ver, entender ou tocar.

Dessa vontade em compreender sempre mais foi que ele ficou cada vez mais inclinado a buscar o desconhecido, que ao mesmo tempo passou a ser amedrontador, desafiador e sagrado. Assim nesse seu intuito de buscar captar que ele foi aflorando o dom da comunicação por meio energético e telepático com outras dimensões, mundos e formas. E sentia em sua alma que tinha que se religar à algo muito maior que sua mente consciente podia entender e que precisava buscar entender.

Assim foram vindo as ideias que iriam gerar os elos com outros mundos, dimensões, pensamentos e buscas, gerando o espaço de onde surgiriam as religiões. Se investigarmos um passado distante, passaremos por muitas formas de culto, de fé, de magia e de encontros que muitas vezes deixava nossos ancestrais ora felizes, ora confusos! E são muitas as mudanças, confusões e revelações. Assim cabe a cada um buscar suas metas, seus caminhos e se encontrar com seu "Deus Interior".

As religiões afro-brasileiras, constituídas para nós a partir de tradições africanas trazidas pelos escravos, cultivam até hoje uma noção de tempo que é muito diferente do “nosso” tempo, o tempo do Ocidente e do capitalismo (Fabian, 1985). A noção de tempo, por se ligar à noção de vida e morte e às concepções sobre o mundo em que vivemos e o outro mundo, é essencial na constituição da religião.

Muitos dos conceitos básicos que dão sustentação à organização da religião dos orixás em termos de autoridade religiosa e hierarquia sacerdotal dependem do conceito de experiência de vida, aprendizado e saber, intimamente decorrentes da noção de tempo ou a ela associados. Assim, muitos aspectos das religiões afro-brasileiras podem ser melhor compreendidos quando se consideram as noções básicas de origem africana que os fundamentam. Mas, isso se aplica à todas as religiões, pois, o religioso terá um campo muito mais amplo à sua frente, pra desenvolver seu espírito se tiver essa noção bem focada em suas buscas.

Da mesma maneira se pode ampliar o conhecimento sobre valores e modos de agir observáveis entre os seguidores dessas religiões quando consideramos a herança africana original em oposição a concepções ocidentais com que a religião africana teve e tem de se confrontar no Brasil, sobretudo nas situações em que concepções de diferentes origens culturais se opõem e provocam ou propiciam mudanças naquilo que os próprios religiosos acreditam ser a tradição afro-brasileira, seja ela doutrinária, seja ritual.

No entanto, uma coisa que tenho percebendo ao longo de mais de uma decada de pesquisas é que direcionar uma religião como tendo uma só origem, limita, confunde e as vezes distorce todos os conceitos. Na verdade, nós não podemos negar que os cultos afro-brasileiros, em especial do Candomblé tem sim grande maioria de seus conceitos embasados na Africa. Mas, se buscarmos nos aprofundar com uma enfase maior nas origens de cada ensinamento, tradição e luta dos Ancestrais, vamos perceber que as origens vêm de um lugar muito mais distante e longincuo.

As noções de tempo, saber, aprendizagem e autoridade, que são as bases do poder sacerdotal no candomblé, de caráter iniciático, podem ser lidas em uma mesma chave, capaz de dar conta das contradições em que uma religião que é parte constitutiva de uma cultura mítica, isto é a-histórica, se envolve ao se reconstituir como religião numa sociedade de cultura predominantemente ocidental, na América, onde tempo e saber têm outros significados.

O candomblé é a religião dos orixás formada na Bahia, no século xix, a partir de tradições de povos iorubás, ou nagôs, com influências de costumes trazidos por grupos fons, aqui denominados jejes, e residualmente por grupos africanos minoritários.

O candomblé iorubá, ou jeje-nagô, como costuma ser designado, congregou, desde o início, aspectos culturais originários de diferentes cidades iorubanas, originando-se aqui diferentes ritos, ou nações de candomblé, predominando em cada nação tradições da cidades ou região que acabou lhe emprestando o nome: queto, ijexá, efã (Silveira, 2000; Lima, 1984).

Assim se ele se divide conforme o costume de cada cidade originaria, podemos assegurar, que receberam influências dos costumes dessa terra (Brasil) e uma dessas influencias bem destacada foi a indígena. Como também a Cristã, a Espírita e muitas outras. Assim como a Umbanda incorporou muitos outros conceitos em suas tradições, o Candomblé recebeu da mesma forma adaptações pra sobreviver ao longo dos tempos.

Esse candomblé baiano, que proliferou por todo o Brasil, tem sua contrapartida em Pernambuco, onde é denominado Xangô, sendo a nação egba sua principal manifestação, e no Rio Grande do Sul, onde é chamado batuque, com sua nação oió-ijexá (Prandi, 1991).

Outra variante iorubá, esta fortemente influenciada pela religião dos voduns daomeanos, é o tambor-de-mina nagô do Maranhão. Além dos candomblés iorubás, há os de origem banta, especialmente os denominados candomblés angola e congo, e aqueles de origem marcadamente fom, como o jeje-mahim baiano e o jeje-daomeano do tambor-de-mina maranhense. Foram principalmente os candomblés baianos das nações queto (iorubá) e Angola (banto) que mais se propagaram pelo Brasil, podendo hoje ser encontrados em toda parte.

O primeiro veio a se constituir numa espécie de modelo para o conjunto das religiões dos orixás, e seus ritos, panteão e mitologia são hoje praticamente predominantes. O candomblé Angola, embora tenha adotado os orixás, que são divindades nagôs, e absorvido muito das concepções e ritos de origem iorubá, desempenhou papel fundamental na constituição da umbanda, no início do século xx, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Hoje, todas essas religiões e nações congregam adeptos que seguem ritos distintos, mas que se identificam, nos mais diversos pontos do País, como pertencentes a uma mesma população religiosa, o chamado povo-de-santo, que compartilha crenças, práticas rituais e visões de mundo, que incluem concepções da vida e da morte. Terreiros localizados nas mais diferentes regiões e cidades interligam-se através de teias de linhagens, origens e influências que remetem a ascendências que convergem, na maioria dos casos, para a Bahia, e que daí apontam, no casos das nações iorubás, para antigas e, às vezes, lendárias, cidades hoje situadas na Nigéria e no Benim.

E assim buscamos, procurar entender como e por quê as antigas heranças religiosas vão sofrendo mudanças e adaptações no contexto das transformações socio-culturais que modelam o Brasil atual. Assim é fato que muitas das conclusões podem ser, em maior ou menor grau, aproximadas para o conjunto das religiões afro-brasileiras, quando não extravasadas para além do universo estritamente religioso, em outras dimensões da cultura popular brasileira.

Na verdade as religiões sofrem ou absorvem interferências, influências ou ajustamentos vindos de outras culturas, conceitos e religiões, não só pra se adaptaram as mudanças das eras, ou simplesmente pra sobreviverem ao tempo, mas, tudo nos faz perceber que toda religião, busca e crenças, têm na verdade a mesma origem. E assim vão se agrupando, as vezes harmoniosamente, as vezes passam por choques violentos, mas, sempre acabarão se absorvendo. E não são só os conceitos, culturas, tradições e formas que vão se agrupando.

Na verdade o saber essência vai se procurando, se projetando e fundindo muito bem. Portanto a busca de entendimento, sempre vai gerar novos conceitos, afim de facilitar sua compreensão. Por isso se unem muitas novas formulas pra que a praticidade, teorias e revelações sejam mais acessíveis a todo buscador.

Assim nasceu a Umbanda Astrológica, que substitui, mas, não exclui os antigos oráculos. No entanto, agrega o conhecimento cósmico da Astrologia, que utiliza a simbologia sagrada dos Antigos Mestres Ancestrais, como também o mais perfeito Livro sagrado da Vida no universo que é o céu. Com seus bilhões de estrelas, galáxias e luz.

Axé a Todos!
Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.  

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