Total de visualizações de página

Os Orixás regentes de 2025

Mostrando postagens com marcador orixas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador orixas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Umbanda e Candomblé: Visitando os Orixas da Bahia

 

Visitando os Orixas da Bahia

VISITADO O REINO DOS ORIXÁS.

Não é todo o dia que a gente pode visitar a casa de uma divindade. Mas através dos terreiros de Candomblé e Umbanda, pode-se conviver com Oxalá, Iansã, Oxossi e Oxum, junto a dezenas de outros santos africanos, é um privilégio vivenciado diariamente por milhares de filhos e filhas de santo, que dedicam boa parte da vida aos esses deuses. Qualquer pessoa pode visitar os orixás e seus seguidores. As portas dos terreiros estão sempre abertas. É preciso apenas pedir licença à mãe-de-santo e respeitar as normas desses locais sagrados, repletos de histórias, encantamentos e religiosidade. Aqueles que não libera o acesso aos “buscadores”, além de não estarem cumprindo o verdadeiro papel de mestre só visam seus próprios privilégios. Leve suas guias e oferendas, peça proteção ao seu santo e inicie seu passeio por uma das mais antigas religiões do mundo.


Divindade yorubá que simboliza a guerra e os trovões, Xangô, diz a lenda, é um homem vaidoso e bonito, que trança seus cabelos, carrega anéis em todos os dedos e usa argolas de prata. Violento e prepotente, porém justo e verdadeiro, o deus possui três esposas, Iansã, Oxum e Obá, que não raro brigam pelo seu amor. É o deus da guerra quem guarda o portão de entrada de um dos principais terreiros da Bahia, o Ile Axe Opo Aganju, comandado por um autêntico filho de Xangô, o babalorixá Balbino Daniel de Paula, que, a exemplo do seu pai, carrega várias tranças e traz no peito correntes de ouro e uma pedra preciosa.


Foi no Aganju que o antropólogo e filho-de-santo Pierre Fatumbi Verger realizou boa parte dos seus estudos sobre o candomblé baiano. A importância do terreiro e mesmo a fama de Balbino levam ao local dezena de turistas, principalmente no final do ano, quando acontecem à maioria das festas de santo.


Mas não são em todos os eventos que os visitantes podem entrar. No período em que está sendo realizada, por exemplo, o Axexê, ritual dedicado aos filhos-de-santo que passaram para o Orun, o reino dos mortos. Durante o Axexê, evento particular do qual podem participar apenas pessoas ligadas à roça (como também é chamado o terreiro), são oferecidas as comidas preferidas do morto. Se alguém quiser participar de celebrações públicas, tem que chegar no terreiro vestido de branco.


Para chegar ao posto de líder de terreiro, são necessários vários anos de dedicação. Assim como todo o mestre, não gosta de revelar os rituais praticados no local, nem falar sobre suas tarefas até chegar a pai-de-santo. Passa-se a vida sempre aprendendo, não é fácil chegar até o posto de mestre. São necessários vários anos de dedicação. Um exemplo desse esforço é a consulta dos búzios (Ifá). Para aprender a entendê-los, todo pai-de-santo precisa memorizar centenas de lendas sobre os orixás e seus filhos.


A CASA DE TEMPO - A vida no Axe Opo Aganju, assim como na maioria dos terreiros de Candomblé, assemelha-se bastante ao dia-a-dia das pequenas cidades do interior. Existem várias plantações, a principal delas a de Folhas Sagradas (aquelas utilizadas nos rituais e na cura dos filhos e filhas de santo). A principal construção do terreiro é o barracão, onde são celebradas as festas e demais rituais.


Cerca de oito famílias vivem permanentemente na roça, número que quadriplica durante o período de festas, quando vários filhos de santo vêm passar temporadas no local. Em frente às casinhas onde se hospedam o filho-de-santo (as casas dos orixás são reservadas apenas para seus objetos e seu espírito), mora Tempo (Irôco), orixá simbolizado por uma gameleira. Homenageado numa música homônima de Caetano, Tempo é um dos mais celebrados deuses do terreiro. Suas oferendas são colocadas aos seus pés, durante o mês de agosto. Neste dia, levanta-se, faz suas oferendas e saúda a alta gameleira com "Zaratempô!”

Cultos afros eram proibidos no início:

O Candomblé chegou ao Brasil no início do século 19, trazido pelo tráfico dos negros africanos. Cada tribo tinha diferenças e tradições particulares, mas foi à nação kêto que se destacou sobre tribos como hauçás e jêjes (ou êwês). Na Bahia, predominam os candomblés kêto. O Afonjá, o Aganju, o Gantois e a Casa Branca seguem os ritos dessa nação.
Perseguidos, os praticantes começaram a dar nomes de santos católicos aos seus deuses numa forma (hoje vista como danosa) de continuar os cultos aos orixás. Com medo da repressão, adeptos da religião africana montaram seus terreiros longe das áreas urbanas, razão pela qual grande parte deles ainda se situa distantes dos centros, mesmo após serem liberados. Outra característica: eles invariavelmente se encontram localizados em bairros muito pobres.


Bahia, Pernambuco e Maranhão, além do Rio de Janeiro, foram os estados que mais receberam o contingente de negros escravos, principalmente os vindos de Angola. Logo, o Candomblé estava sendo irradiado para todo o Brasil, curiosamente ganhando diferentes nomes (Xangô, em Pernambuco; Macumba, no Rio; Batuque em Minas Gerais). Alguns terreiros começaram a assimilar elementos do espiritismo e criaram a Umbanda, onde vários espíritos índios são celebrados. A parte "negra" da Umbanda seria a Quimbanda. Na Bahia, alguns candomblés (como o terreiro de São Jorge) começam a se mobilizar para assumir suas características banto e dar um basta à supremacia kêto.


Atualmente, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 0,4% da população brasileira (cerca de 650 mil pessoas) declararam, em 1991, serem praticantes dos cultos afro-brasileiros. Já a Federação Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Fenatrab) calcula que 70 milhões de pessoas, quase a metade da população do país, têm ligação com o Candomblé ou com a Umbanda. 

É famosa a resposta da Mãe Menininha do Gantois ao pesquisador do IBGE durante o censo de 1991, quando este lhe perguntou qual era sua religião: "Sou católica apostólica romana", disse Menininha. Na verdade todo brasileiro tem em seu espírito um pouco da Alma Umbandista e Candomblecista. Todo mundo acredita na existência de forças ocultas que controlam a natureza e tem medo de feitiços. Mas muitos se fecham em superticoes, falsas religiões e medos. Até mesmo os evangélicos passam a vida criticando os cultos afro-brasileiros, tanto por não entenderem direito, como por serem atraídos por esse fantástico mundo dos orixás e ficarem confusos; além disso, por não ter quem expliquem direito todos os conceitos desse maravilhoso mundo da fé ancestral.

Cerimônias e rituais sagrados no mais antigo terreiro do Brasil:

Foram três princesas africanas trazidas para o Brasil na condição de escravas que fundaram o mais antigo terreiro de Candomblé do Brasil, o Ilê Iyá Nassô Oká, Casa Branca do Engenho Velho. Por volta de 1830, as Iyás (sacerdotisas) Adetá, Kalá e Nassô fundaram na plantação de cana-de-açúcar onde foram levadas para trabalhar, um pequeno centro para adorar seus deuses. Mais tarde, as três princesas montaram um centro na Barroquinha, área urbana de Salvador, onde os negros escravos podiam realizar suas oferendas e cânticos, escondidos dos patrões. A casa, no entanto, ficava próxima ao Palácio Real, e, temendo que os atabaques fossem ouvidos pelos nobres, as sacerdotisas arrendaram as terras do Engenho Velho, longe do palácio, e para lá levaram sua crença.


Hoje, a Casa Branca possui o honroso título de primeiro monumento negro tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, e é bastante visitada por autoridades religiosas africanas e turistas. A iyalorixá (mãe-de-santo) da casa, mãe Altamira dos Santos, filha de Oxum, vem de uma antiga linhagem de mães-de-santo. Várias proibições foram impostas por essas iyalorixás, entre elas a de fotografar ou filmar as festas da casa. "Essas coisas a gente só vê e guarda na lembrança", diz dona Antonieta de Iemanjá, 66 anos, feita há 50 anos na Casa Branca.


As festas do terreiro se iniciam no fim de maio ou início de junho, com a celebração a Oxóssi, pai do terreiro. Depois, acontece a festa de Xangô, dono da principal casa do local. Na última sexta-feira de agosto, é realizada uma das mais belas cerimônias: as Águas de Oxalá, rito de purificação que prepara a casa para as celebrações de todo o período festivo.


Nas primeiras horas da manhã, ainda madrugada, as filhas de santo seguem em procissão até a fonte (sempre dedicada a Oxum), todas elas vestidas de branco. As sacerdotisas carregam vasos, potes e outros artefatos de barro, enquanto cantam e dançam ao som dos atabaques. Após encher os vasos de água, as mulheres voltam, em fila, com seus potes nos ombros. O ritual tem uma pausa e depois continua à noite, com uma longa festa no terreiro. Os três domingos seguintes às Águas de Oxalá são dedicados a Ododuwa, Oxalufan (Oxalá velho) e Oxaguian (Oxalá jovem).


Na primeira segunda-feira após esse ciclo, o orixá Ogum é celebrado, e, na segunda seguinte, Omulu. O ciclo de festividades termina no final de novembro, com várias cerimônias de iniciação, tributos a Xangô e a Oxum, dona do belo barco construído logo à entrada da Casa Branca. No dia de sua celebração o monumento é enfeitado de amarelo e dourado, e fica repleto de comidas e oferendas. O povo da Casa Branca gosta de lembrar que a água da fonte de Oxum, onde impera uma sereia prateada, corre até o mar, onde a rainha das lagoas e rios se encontra com Iemanjá, rainha do mar.


Dentro do casarão - a Casa Branca propriamente dita - existem quartos para Xangô e Oxalá e um pequeno assento a Oxóssi, além de quartos de iniciados e ekédes (ajudantes), bem como o próprio barracão onde acontecem as cerimônias. Fora da Casa Branca há dezenas de habitações, misturando-se as dos santos e as dos seus filhos mortais. Consagrada em nome de Oxóssi, dona Edurvalina Anunciação, 81 anos, feita em 1953, é vizinha da casa azul de Oxóssi, onde azulejos com a imagem de São Jorge (santo católico relacionado à divindade iorubá) foram colocados na porta da casa. "Morava ao lado dele antes mesmo de ser feita". Oké!

Abençoado por Xangô e Oxossi:
O Ilé Afonjá: Fundado em 1910, o Ilé Axé Opo Afonjá é uma das maiores e mais conhecidas casas de candomblé da Bahia. Liderado pela Yalorixá Mãe Stella de Oxóssi, ou Iya Odé Kayode, seu nome na religião, o Afonjá foi recentemente tombado pelo Ministério da Cultura pela sua importância histórica. Ali, onde o também filho de Oxóssi Carybé presidia o Conselho dos Obás, são realizadas algumas das mais belas festas de santo de Salvador, como a de Xangô, orixá-pai do terreiro. "Se o Engenho Velho é a cabeça, o Afonjá é o braço", disse certa vez a falecida fundadora da roça Mãe Aninha, uma das mais ilustres iyalorixás da Bahia.


A trajetória do Afonjá é marcada principalmente pelo comando de mães poderosas e decisivas. Mãe Stella, 74 anos, é vista como a iyalorixá mais politizada da Bahia (foi ela quem lançou, em 1983, uma campanha contra o sincretismo religioso). Hoje, ela luta para manter firme a estrutura do Candomblé e suas tradições orais e escritas. Em seu livro Meu Tempo é Agora, ela escreve todas as palavras do candomblé em Iorubá. Perguntada se não seria mais fácil escrever Xangô em vez de Sàngó, Stella respondeu: "E vocês escrevem chorte ou short?".


Já a revolucionária Mãe Aninha, filha de dois africanos trazidos pelo tráfico negreiro, pediu ao presidente Getúlio Vargas para que as perseguições da polícia com os praticantes da religião chegassem ao fim. Conseguiu que o presidente criasse o decreto nº 1202, que dava liberdade ao culto e condenava qualquer interferência aos hábitos da religião. Mãe Senhora, que substituiu Mãe Bada (a sucessora de Aninha) no Afonjá na década de 60, recebeu do príncipe de Oyó, Nigéria, o Oyé de Iyá-Naso, ou seja, o título de principal líder mulher do culto de Xangô. "Lembro-me de Mãe Senhora, vaidosa... gostava de perfumes, jóias, talcos, de comer bem e tomar vinho", conta Stella em Meu Tempo É Agora, ao falar sobre sua mãe de terreiro, uma exemplar filha de Oxum.


Assim como o Gantois de Pulchéria e Mãe Menininha, o Ilé Axé Opo Afonjá só pode ser comandado por mulheres, uma tradição, segundo Mãe Stella, exigida pela própria iyalorixá Aninha. "Apenas as iyás têm poder maior nesse terreiro", diz. Essa característica ganha ainda mais peso se levarmos em consideração que o Afonjá é dedicado ao viril Xangô, que vem passando seus recados e ensinamentos através da boca de uma geração de mulheres, já em sua quinta fase. Para manter essa ordem, foi criada uma sociedade que dirige todas as questões políticas do centro.


Assim como a mãe-de-santo, todo o povo do Candomblé aprecia muito o asseio e a boa aparência. As roupas precisam ser bem cuidadas, brancas, banhadas no anil. A vaidade espartana de Mãe Senhora ("com ela, não tinha essa de saia mal passada ou anágua amassada") fez de Stella uma mulher altiva, suntuosa, mesmo com suas vestes simples de dia-a-dia.


ONDINA NASCEU NO MAR - O Ilé Axé Opó Afonjá é um dos maiores terreiros da Bahia, vivendo no local mais de 40 famílias, número que aumenta ou diminui de acordo com a época. A fundadora da casa, Mãe Aninha, construiu uma casa para cada Orixá, sendo a de Xangô, com suas portas pintadas de vermelho, a principal delas. Perto destas moradias divinas, vive dona Valdete Ribeiro, a Detinha de Xangô, 71 anos, há 23 na roça.


Filha da Iyá Ondina, que recebeu este nome por ter nascido a bordo de um navio, dona Detinha é um dos braços direitos de Stella no terreiro. Ela conta que vários turistas procuram o local tanto em busca de ensinamentos quanto por simples curiosidade. As normas da casa, nestes casos, precisam ser cumpridas seriamente, e muitas vezes é Detinha quem anuncia o que é ou não permitido, tudo de acordo com os preceitos de Stella e dos Orixás. "Tudo precisa ser respeitado, não se pode ir a todos lugares. Casa de orixá, por exemplo, é casa de orixá", explica.


Suas belas bonecas vestidas de santo, que já foram objeto de exposições sobre Candomblé na Europa e nos Estados Unidos, podem ser compradas pelos visitantes da roça. Além das bonecas de Detinha, ainda podem ser encontrados à venda no Afonjá vários objetos utilizados nas celebrações do culto, como quartinhas, esteiras e efun, pó branco empregado para pintar os corpos dos iniciados e alguns livros sobre a religião, inclusive os de Stella. Aos visitantes, a iyalorixá manda um recado: "Os portões do terreiro estão sempre abertos para quem quiser entrar. A única coisa que a gente quer é respeito pelos orixás". Kawo Kabiyesi le!.

Mistério e reverência na festa dos Orixás:

Poucas cerimônias religiosas são tão bonitas e complexas quanto uma festa de um terreiro de Candomblé. Da importância dos elementos ali presentes - todos eles com significados muito singulares, próprios, invariavelmente mágicos - às homenagens prestadas aos orixás criadores das coisas do mundo, estas festas impressionam principalmente pela carga de energia que toma conta de seus participantes, sejam eles filhos-de-santo ou não. Das sábias iyalorixás às iniciantes abiãs, os santos parecem tocar a todos, uns de maneira especial, outros, apenas em rápidos relances. A festa é feita de cor, mistério e reverência.


Antes do início das festas são necessários vários rituais, como sacrifícios de animais e o padê (despacho) a Exu. Nos sacrifícios, apenas a mãe-de-santo e algumas filhas podem participar, além do axôgún, o sacrificador. A cerimônia é feita no santuário do candomblé, o pêjí, e o sangue dos animais rega as pedras (chamadas itás) dos orixás. Depois de feito o sacrifício, tem-se início o padê a Exu, onde são oferecidos pratos com farofa ou cachaça. As filhas-de-santo dançam ao redor da comida, para que em seguida uma das mais velhas, chamada de dagã ou sidagã, colha punhados das oferendas e vá jogá-los à porta do barracão, para que o senhor dos caminhos possa recebê-los. Depois dessa obrigação a festa é iniciada.


Munida com seu adjá, instrumento formado por duas campânulas de bronze que tem por função ajudar na chamada dos orixás, a mãe-de-santo comanda suas filhas no cântico e nas danças de todos os deuses. Cada dança representa a história de cada divindade, assim como os toques dos atabaques são destinados a cada um dos orixás. É exatamente nesse auge da festa que os santos começam a "descer". Várias entidades vão tomando conta dos corpos das filhas-de-santo, que estremecem, cambaleiam e entram em transe, finalmente tomadas pelo santo.


Neste momento, as ékédes (ajudantes) levam as filhas até um quarto onde estão as vestes dos deuses. A filha de Xangô carrega roupas vermelhas e brancas e o oxé (machado), enquanto a filha de Oxum veste roupas amarelas, se adorna com braceletes e uma ventarola na mão. Ao entrarem novamente no barracão, estas filhas - agora deuses e deusas - são saudados com um cântico especial entoado pela mãe de santo. Todos se levantam. Os orixás estão dentro do barracão.


ATÉ O DIA CLAREAR - Oxum, Oxóssi, Nanã e Oxalá, ou qualquer outro orixá que tenha "descido" começam a cumprimentar as pessoas de seu afeto, num abraço à direita e à esquerda. 

Os tocados pelos orixás chegam a chorar enquanto o ritual acontece. Em frente à mãe de santo, a reverência é maior: os deuses beijam sua face, abraçam, se curvam. Pedidos de cura são feitos pelos filhos-de-santo. A festa, que geralmente começa por volta das 22h, adentra a madrugada, horário em que a iyalorixá termina a celebração, em respeito ao cansaço das filhas e das obrigações que serão realizadas no outro dia.


Assim podemos notar a diferença entre os verdadeiros gurdioes da Tradição, da fé e da Ritualística Sagrada e os picaretas, demagogos e enganadores.

O CANDOMBLÉ além de Fé é Ciência Sagrada!

Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador. 

 

terça-feira, 23 de julho de 2024

O Mistério do Orixá Ancestral, de Frente e Adjuntó




Uma dúvida, e a que mais incomoda os umbandistas é sobre seu orixá. Nós sabemos que orixá ancestral não é o mesmo que orixá de frente ou ajuntó. O orixá ancestral está ligado à nossa ancestralidade e é aquele que nos recepcionou assim que, gerados por Deus, fomos atraídos pelo seu magnetismo divino.
Todos somos gerados por Deus e somos fatorados por uma de suas divindades, que nos magnetiza em sua onda fatoradora e nos distingue com sua qualidade divina.
Uns são distinguidos com a qualidade congregadora e são fatorados pelo Trono da Fé. E, se forem machos é o orixá Oxalá que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se for fêmea, aí é a orixá Iemanjá que assume sua ancestralidade.
 
Uns são distinguidos com a qualidade agregadora e são missionários do Trono do Amor. E, sendo machos é o orixá Yorí que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Oxum que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade da expansão e são fatorados pelo Trono do Conhecimento. E, se forem machos é o orixá Oxóssi que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Ossanha que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade equilibradora e são fatorados pelo Trono da Razão. E, se forem machos é o orixá Xangô que assume as suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Obá que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade ordenadora e são fatorados pelo Trono da Lei. E, se forem machos é o orixá Ogum que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Iansã que assume suas ancestralidades.
Uns são distinguidos com a qualidade evolutiva (transmutadora) e são fatorados pelo Trono da Evolução. E, se forem machos é o orixá Obaluaê que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Nanã que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade geradora e são fatorados pelo Trono da Geração. E, se forem machos é o orixá Oxumaré que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Iemanjá que assume suas ancestralidades.
 
Não estamos nos referindo ao espírito que “encarnou” no plano material, e sim, ao ser que acabou de ser gerado por Deus e foi atraído pelo magnetismo de uma de suas divindades, que, por serem unigênitas (únicas geradas) transmitem naturalmente a qualidade que são em si mesma aos seus “herdeiros”, aos quais imantam com seus magnetismo divinos e dão aos seres uma ancestralidade, imutável pois é divina e jamais ela deixará de guiá-los porque a natureza íntima de cada um será formada na qualidade que o distinguiu, revelando fatores na alma.
 
Podemos reencarnar muitas vezes, e sob as mais diversas irradiações, que nunca mudaremos a natureza íntima. Agora, a cada encarnação seremos regidos por um orixá de, com seus Guias e protetores, (o que nos guiará enquanto viver na carne). Mas, na verdade só serenemos equilibrados por outros orixás que serão os comandantes do auxiliar que atua de frente no individuo. Esses orixás são os da coroa, além do par vibratório (o ajuntó), Pai e Mãe de cabeça, como também os de equilíbrio, os orixás frontais, que comandam toda legião desse orixá de frente e da “cabeça”. Usamos o termo “orixás da cabeça” porque eles regerão a encarnação do ser e o influenciará o tempo todo, pois está de “frente” para ele. 
 
Sim, os orixás da cabeça estão á nossa frente nos atraindo mentalmente para seu campo de ação e para o seu mistério, ao qual absorveremos e desenvolveremos algumas faculdades regidas por ele. Já o orixá ajuntó, este é um equilibrador do ser e atuará através do seu emocional, hora estimulando-o e hora apassivando-o, pois só assim o ser não se descaracterizará e se tornará irreconhecível dentro do seu grupo familiar ou tronco hereditário, regido pelo seu orixá ancestral.
 
Observem que eu cito orixás e não apenas orixá, pois, não tenho duvida que somos descendentes de um Par Vibratório, ao contrario de muitos que pregam por ai, um único orixá o que acaba confundindo as pessoas. Confundem porque quando se fala em mais de um orixá regendo a vida dos nativos estes ficam se questionando “mas eu não era filho de orixá fulano, porque agora ele me fala nesse outro”.
 
Caros irmãos, saibam que descendemos de um determinado Odú, que pertence a uma importante Hierarquia. Assim fiquem cientes, que nosso Pai e Mãe de Cabeça tem funções especificas, enquanto nossa vida material, sentimental, educacional ou de bem estar tem outros responsáveis. Claro que seguindo a linha vibratória dos orixás ancestrais, mas, com características próprias. 
 
Vemos que muitas pessoas se definem como filhos desse ou daquele orixá, como se um único orixá regesse sua vida. Mas, por exemplo, uma pessoas que é filho de Ogum com Oxum é bem diferente de uma outra que é filho de Ogum com Obá, ou com Iansã e ainda com Iemanjá. Ou seja, as configurações, são muitas, não podemos dividir os seres humanos apenas em 7 arquétipos, na verdade são incontáveis das configurações que formam pessoas bem individuais.
 
A dúvida dos “médiuns” e dos umbandistas se explica pela precariedade dos métodos divinatórios usados para identificar o orixá da cabeça e seu ajuntó. Daí, vemos pessoas reclamarem que a cada Babalorixá ou Ialorixá que consultaram, cada um deu um orixá diferente a cada consulta, criando uma confusão e levando ao descrédito. Esta queixa é muito comum e não são poucos os médiuns que estão confusos porque uma consulta diz que é filho desse orixá e outra consulta diz que é filho de outro orixá.
 
Nós dizemos isto: na ancestralidade, todo ser macho é filho de um orixá masculino e feminino, e todo ser fêmea é filha de um orixá feminino e um masculino. Até mesmo bissexuais, são da mesma formação. Ninguém é filho de um único orixá, por isso, uma pessoa muitas vezes vai a um sacerdote e ele diz “você é filho de Oxum”, mas, ao ir a outra ela pode dizer “você é filho de Oxóssi”, sendo que nenhuma está errada, pois, esta pessoa, pode ter esse par como Pai e Mãe de Cabeça, mas, cada sacerdote enxergou um mais a frente naquele momento!
 
A ideia retrograda de que “na ancestralidade, orixá masculino só fatora seres machos e os magnetiza com sua qualidade, fatorando-os de forma tão marcante que o orixá feminino que o secunda na fatoração só participa como apassivadora de sua natureza masculina. E o inverso acontece com os seres fêmeas, onde o orixá masculino só participa como apassivador dessa sua natureza feminina” é um equivoco. Na verdade o par tem a mesma função nos dois sexos. Pai e Mãe de cabeça tem a mesma importância.
Portanto, no universo da ancestralidade dos seres machos, têm sete orixás masculinos e na dos seres fêmeas, têm sete orixás femininos. E ambos se cruzam se fundem e geram com harmonia.
 
Têm sete naturezas masculinas e sete naturezas femininas, marcantes que é fácil enxergar como bom observador nas pessoas, pois, um dos orixás acaba se destacando mais. Assim como ocorre com os seres humanos, onde um filho mostra mais características do pai do que da mãe, ou vice versa. Mas, o par vibratório tem ação importante igualmente formadora na geração do ser encarnado.
 
Saibam que, mesmo que o orixá da cabeça ou de frente seja, digamos, a orixá Iansã, ainda assim, por traz dessa regência poderemos identificar a ancestralidade se observarem bem o olhar, as feições, os traços, os gestos a postura, etc., pois estes sinais são oriundos da natureza íntima do ser, apassivada pela regência da encarnação, mas não anulada por ela. Isso porque o Orixá Ancestral infunde muito de suas características nessa pessoa. Na Astrologia, por exemplo, observamos pontos importantes de herança cósmica, como Saturno, Nodo Lunar, Lua e Planetas retrógrados, como também Dispositores de casas importantes na observação da ancestralidade, como a casa XII e a casa IV.
 
E o mesmo se aplica ao orixá ajuntó, pois podemos identificá-lo nos gestos e nas iniciativas das pessoas, já que é através do emocional que ele atua. Assim em astrologia, observamos além do Sol e da Lua, o Ascendente, seu Regente, Dispositores e aspectos a esses pontos.
 
Outra forma de identificação é através do Guia de frente e do Exu Guardião dos Médiuns. Mas esta identificação exige um profundo conhecimento do simbolismo dos nomes usados por eles para se identificarem.
 
E também, nem sempre o Guia de frente ou o Exu guardião se mostram, pois preferem deixar isto para o Guia e o Exu de trabalho. Ou ainda para o Protetor que tá num grau mais baixo na Hierarquia, na verdade depende muito do potencial mediúnico da pessoa e de sua missão.
 
Saber interpretar corretamente o simbolismo é fundamental. Então, que todos entendam que o Orixá ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que ele foi gerado por Deus, e o distinguiu com sua qualidade original e natureza íntima, imutáveis e eternas. Já o Orixá de frente, juntamente com os Orixás de Cabeça, são aqueles que regem a atual encarnação do ser e o conduz numa direção na qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades, abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno.
 
E o Orixá ajuntó é aquele que forma par com o orixá de cabeça, formando o par da Coroa, apassivando ou estimulando o ser, sempre visando seu equilíbrio íntimo e crescimento interno permanente. Por isso, também, é que muitos encontram em si qualidades de vários orixás. A cada encarnação há a troca de regência da encarnação. E, nessa troca, os seres vão evoluindo e desenvolvendo faculdades relativas a todos os orixás. E mais, a cada ciclo na vida terra, orixás vão se revezando em nossas regências, mesmo que não mude os orixás responsáveis pelo nosso destino, temos em muitas fazes ao longo de nossa peregrinação, orixás de regências transitórias. Por isso, temos anos ruins, anos bons ou anos neutros, dependendo do orixá daquela fase de vida. Como também sabemos que a criança tem uma regência e o adulto e idoso outra pois, depende muito a nossa evolução do tempo e regências que nos são impostas.
 
Afinal, se somos “humanos”, absorvemos energias e irradiações, magnetismo e vibrações de todos eles. E apesar de termos nas mãos o “Livre-arbítrio”, nem tudo está a nossa disposição, nem depende exclusivamente de nós. Muitas coisas que passamos na vida independem de nossa vontade. Na verdade não existe destino, mas, predestinação, ou seja, metas e cursos que nos são impostos, mas, que poderão ser alterados ao longo da nossa missão, tanto por nossas decisões, quanto por interferências.
 
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Mago de Umbanda Astrológica.
 
 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

O Selo de Salomão e o Ifá: Magia Sagrada

 

O Selo de Salomão e o Ifá: Magia Sagrada

 

 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Os orixas e a verdadeira adoração

 


 

Umbanda cultua o amor, a humildade, a simplicidade, o respeito a natureza, o respeito ao semelhante, a alegria de servir, de sentir-se privilegiado em poder estender a mão em nome da fraternidade, de olhar o universo com reverência e falar com o Pai Supremo com profunda veneração! O Orixá, que nós muito respeitamos, Senhor da Luz Primaz, esta energia cósmica e Onipresente, não necessita culto. Eles são o que são com ou sem o reconhecimento dos filhos de fé! São como a luz do sol, que muito embora desponte no horizonte em seu carrilhão de fogo quando ainda muitas criaturas ainda dormem, nem por isso brilha menos na sua magestosa apoteose de luz! A Umbanda desceu ao plano físico por ordem dos Orixás, para que a humanidade, compreendendo Sua existência, reverenciasse o Criador dos Mundos, O Senhor dos Universos, Deus, Nosso Pai Celestial. 

A Umbanda se fez presente através da força dos Senhores Solares como uma benção em favor das ignorâncias estagnadas, intelectualizadas, que hipertrofiam seus cérebros com conhecimentos e esvaziam seus corações de sentimentos mais dignos! As forças gigantescas do universo, os Portentosos Senhores do carma, não necessitam ser cultuados, bastando que Os respeitem através do amor incondicional ao próximo e que representem este amor, não acendendo velas em seus santuários nem com oferendas em seus congás; mas que Os reverenciem na luz interior de seus próprios corações, reeducados no serviço ao próximo e na comunhão de todos no sentido da elevação da consciência através dos ensinamentos dos Grandes senhores Avatares que já estiveram aqui neste mundo, como Moisés, Krishna, Buda, Zoroastro, Jesus...

Todos, como grandes estrelas descidas dos céus, trouxeram, cada um a seu tempo, verdadeiras pérolas do conhecimento da Sagrada Árvore da Vida Eterna mas a humanidade, em sua pequenez de alma e gigantismo de egos, traduziu e ensinou as escrituras de acordo com sua limitada compreensão, degenerando o verdadeiro conhecimento que andou por caminhos escusos, fomentando desprezíveis defecções na mensagem que deveria ser a maior herança para a humanidade.


Por ora, se quiserem de boa vontade realizar a Vontade do Pai Supremo, e agradar aos Orixás, que verguem para baixo seus narizes, quase sempre empinados e olhem para os irmãos infelizes que sem poderem acreditar em Deus de estômagos vazios e corpos nus, necessitam urgentemente acreditar nos homens, na palavra dos filhos de fé, no carinho da compaixão tal qual Jesus vos exemplificou. Isso trará mais esperança nos homens e maior compreensão de Deus e de Sua Justiça. A luz não pode ficar embaixo do alqueire, filhos meus, assim como também o discernimento e a coerência.


A Umbanda é Sagrada, Orixá é Sagrado como também é Sagrado o filho de Deus que caminha por este mundo debaixo de provações e que necessita da compaixão e do carinho de seus irmãos de jornada. Pai véio vai embora, Aruanda chama, a lua já vai alta no céu, a sineta bateu. Mas "véio" volta outra vez pra falar de coração a coração.


Aquele que faz da adoração do Cristo uma profissão e que é orgulhoso, invejoso e ciumento, que é duro e implacável para com os outros, ou ambicioso pelos bens deste mundo, eu vos digo que a religião está nos seus lábios e não no coração. Deus, que vê tudo, dirá: aquele que conhece a verdade é cem vezes mais culpado do mal que faz do que o ignorante selvagem que vive isolado e será tratado desse modo no dia da justiça. Se um cego vos derruba ao passar, o desculpareis; se é um homem que vê claramente, vos queixareis e tendes razão. Não pergunteis, portanto, se há uma forma de adoração mais conveniente, porque isso seria perguntar se é mais agradável a Deus ser adorado antes em uma língua do que em outra. Eu vos digo ainda mais uma vez: os cânticos apenas chegam a Ele pela porta do coração.

 

Devemos nessa pascoa avaliar nosso jeito de louvar ao criador, como veneramos os orixas e assim perceberemos que os orixas não querem apenas oferendas, velas acesas e rituais, mas sim um coração limpo, humildade, amor e paz!

Que Deus através dos Sagrados Orixas nós ilumine e nos abençõe. amem!

 

 

terça-feira, 4 de julho de 2023

A Regencia de Ogum Yara

 


A Regência de Ogum Yara.


A Hierarquia Sagrada funciona com perfeição e harmonia. Nela cada orixá trabalha através de sua determinada Linha desenvolvendo sua missão conforme a Lei do Astral Superior. Na Hierarquia de Ogum esse portentoso Caboclo é o 6º e tem uma das mais belas aparências dessa importante Linha. Entre os Oguns ele é o mais sensível e defensor das mulheres e crianças. Esta ligado mais diretamente a água doce e se dá muito bem com Oxum e Oxumaré.



Por via de regra na condição de Orixá menor ele não “baixa”, podendo faze-lo muito raramente. Quando o faz, dá mensagens fortes, que impulsionam os Filhos de Fé para uma vida mais ativa e ligada às coisas da fé, tirando-os da inércia física e moral.

A Entidade no grau de Guia comandada por ele ira “baixar”, sendo no movimento umbandista junto com os protetores que comandam, o maior numero de Entidades que atuam na Corrente Astral de Umbanda através da incorporação. Mas também agem com afinco também no Candomblé e em outros seguimentos quando são buscados com verdade. Também se utilizam de outras modalidades mediúnicas, mas sendo a principal a mecânica da incorporação.

Os Protetores comandados de Ogum, quando atuam na mecânica da incorporação, fazem-no neutralizando as correntes deletérias que assolam o planeta; como também indivíduos que às vezes chegam ao “terreiro” debaixo de vibrações perigosíssimas para suas vidas, só realmente mantendo a vida física em virtude de terem sido desimpregnados pelos Protetores de Ogum.

Essas Entidades atuam no corpo astral do médium, principalmente na região do chacra solar (em sânscrito – chacra svâdisthana), que tem sua equivalência no Corpo Físico Denso na região do plexo solar (estomago e anexos) e também no plexo frontal e cardíaco, produzindo na fenomênica mediúnica alterações (fortes e belas) psíquicas, vocais, etc.

A ligação fluídico-magnética dessas Entidades com o Médium começa pela cabeça, fixando seus fluidos pelas costas e precipitando a respiração, tornado-a arfante, vibrando forte no corpo astral do aparelho mediúnico (cavalo). Dão uma espécie de meio giro com o tronco, levantam os braços e tomam o controle do físico. Quando bem incorporados dão uma espécie de brado, que se ouve bem: Ê...Ê...Ê...OG-UM. Quando incorporados costumam andar de um lado para o outro, e sempre se expressam de forma vibrante, inteligente e vivaz. Como um guerreiro pronto para guerra e pronto pra defender os fracos e oprimidos.

Suas preces cantadas ou pontos traduzem verdadeiras invocações para a luta da fé, demandas, etc.
Ogum terá a ajuda do Senhor Tranca Ruas das Almas que comandara o exercito da Esquerda, o qual trabalhará pelo arrebanhamento de entidades do Astral Inferior. O Senhor Tranca Ruas através da poderosa força da Sagrada Quimbanda zelara pelo equilíbrio das forças mantenedoras da harmonia do planeta.

Megioko (ogum), OGUM: guerra, vitória, trabalhos manuais, habilidades;- "OGUNHÊ PATACURÍ!" a cor de Ogum é azul e vermelho mas Ogum Yara usa mais o > azul claro; Plantas da Linha de Ogum – regidas por Marte – losna, comigo-ninguém-pode, romã (folhas), espada de Ogum, flecha de Ogum, erva de coelho, cinco folhas, macaé, erva de bicho (folhas de Jurupitan) e jureba (folhas).

OGUM

O orixá Ogum é um dos mais amados na cultura ioruba. Em primeiro lugar porque ele foi o primeiro ferreiro. Como foi ele, também, quem descobriu a fundição e inventou todas as ferramentas que existem. Portanto é o patrono da tecnologia e da própria cultura, pois sem as ferramentas nada mais poderia ser inventado até mesmo plantar em grandes extensões seria extremamente difícil. Tendo inventado as ferramentas, com a foice ele abriu os primeiros caminhos para o resto do mundo, o que dá a ele o poder de abri-los ou fecha-los. Com a faca ele fez o primeiro sacrifício ritual, por isso sempre se louva Ogum durante estes sacrifícios e sua invenção da faca. Com o ancinho ele arou terras e plantou, com a tesoura cortou peles e inventou os abrigos. Com o machado cortou árvores para construir abrigos, com o martelo pode unir com pregos que inventou os troncos. Com a cunha pode levantar grandes pesos e assim aconteceu de Ogum, com a espada que forjou guerrear e conquistar territórios para seu povo. Ele, no entanto, não quis ser rei, pois preferia os desafios ao poder. Continuou lutando e inventando para sempre. Hoje em dia diz-se que os computadores são de Ogum e de Ogum são também todos os analistas de sistemas.

Ogum só cometeu um erro nos mitos, quando seu pai mandou que fizesse uma tarefa e ele pelo caminho embebedou-se com vinho de palmeira e acabou não realizando o que devia. A partir daí nunca bebeu, mas diz-se que os filhos de Ogum adoram vinho branco e devem tomar muito cuidado com bebidas. A guerra é de Ogum, cujo nome significa exatamente guerra. Como Ogum nunca se cansa de lutar, costuma-se chamar por sua ajuda em situações em que é extremamente difícil continuar lutando ou quando o inimigo é extremamente forte. Não se deve invocar Ogum à toa, pois seu gênio é extremamente violento e diz um oriki que ele mata o injusto e o justo, o ladrão e o dono da casa roubada (porque permitiu que acontecesse) portanto não se deve brincar com este orixá, que não perdoa.

Ogum vive sozinho; é um solteirão convicto. Teve muitas mulheres mas não vive com nenhuma, e criou um filho adotivo abandonado nas mãos dele por Iansã, a deusa dos ventos e raios que por sua vez o havia adotado de Oxum, a deusa do amor e da riqueza Um dos mitos sobre ele diz que Ogum, é filho de Iemanjá com Oduduwa. Desde criança já era destemido, impetuoso, arrojado e viril, tendo se tornado sempre mais e mais um brilhante guerreiro e conquistado, para seu pai, muitos reinos, não havendo, por esta razão, um só caminho que Ogum não tenha percorrido. Nos intervalos entre as guerras e as conquistas, Ogum criou os metais, a forja e as ferramentas que facilitaram a vida dos homens no mundo. Ele forjou a primeira faca, a primeira ponta de lança, a primeira espada, a primeira tesoura. Um irmão dedicado, diz o mito que Ogum tinha por Oxossi uma afeição muito especial, defendendo-o várias vezes de seus inimigos e passando mesmo a morar fora de casa com Oxossi, quando este foi expulso de casa por Iemanjá.

Diz ainda o mito que foi Ogum quem ensinou Oxossi a defender-se, a caçar e a abrir seus próprios caminhos nas matas onde reina. Ogum teve muitas mulheres, a principal delas Iansã, guerreira como ele. Tendo sido roubada por Xangô, que é seu irmão por parte de mãe, Ogum passou a viver sozinho, para a guerra e a metalurgia. • Dia: terça-feira - • Número: 7 - • Cor: azul cobalto (ou azul ferreiro, como chamam alguns) A cor exata de Ogum Yara é o azul da chama do fogo. - • Símbolo: espada - • Comida: feijoada• Saudação: Ogum Iê!

“Eu vi parar o dia: eu vi estrela brilhar, eu vi Ogum Yara cantando sem parar”.
O Ogum Yara é entre os Oguns o mais dócil capaz de muita gentileza, invés de guerra prefere o dialogo. Seria incapaz de machucar uma mulher. Portanto não descende do Ogum que cortou Iansã em nove ou do que cortou a cabeça da mulher por zombar dele. Mas Ogum também é destemido, gosta do que é belo e bom e a conquista que mais gosta é através do amor. Descende de Ogum Olodé o amigo dos animais e da natureza. Os filhos desse Orixá Ogum Yara são os que mais gostam de fazer amizades dentre os Oguns. Mas não suportam traição. dentre eles também é o que se dava melhor com a mãe e possivelmente o mais generoso.

Num ano de Ogum Yara, ele tentara neutralizar as más energias enviadas por ele. Por isso será bom procurar um centro pra se purificar e ofertar Ogum Yara. Esse ano poderá haver um aumento de doenças estomacais e intestinais. Também muitos câncer de mama serão diagnosticados, por isso não deixem de fazer o auto exame.




Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e pesquisador.

 

sábado, 21 de maio de 2022

As Sete Virtudes (para combater os pecados capitais)


. Temperança (gula)
. Generosidade (avareza)
. Humildade (soberba)
. Castidade (luxúria)
. Disciplina (preguiça)
. Paciência (ira)
. Caridade (inveja)

Ao está em harmonia com seu anjo, com seu orixá, com seu signo, com seu planeta e consigo mesmo, poderá usufluir melhor de seus dons, sua espiritualidade e suas virtudes. Busque sempre a harmonia. 
 
 
 

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Paz e amor pela Umbanda Astrológica



 
Irmãos, é necessário que compreendamos acima de tudo, que nossos orixás são governantes da natureza, e assim sendo representam a forma mais pura de amor: o amor de Deus. E com certeza nosso pai, não é vingança, ódio ou qualquer malefício. Precisamos aprender a perdoar, a orar por nossos inimigos ao invés de sairmos por aí feito terroristas, jogando bombas na vida das pessoas.


Se formos ler com atenção aos ensinamentos de Jesus Cristo, e mesmo observar o contexto real dos fundamentos passados pelos antigos, veremos que em momento algum nos incentivam a praticar outra coisa que não seja o amor e o perdão.

Sei que a vida é composta de problemas, também sei que inimigos arrumamos com facilidade, seja por inveja ou motivo, mas o que sei também é que aquele que realmente confia em seu orixá, entrega nas mãos dele a solução destes problemas.

Apenas me pergunto se esses sacerdotes que inflamam o desejo de vingança, não temem a ira de Deus ou mesmo de seu orixá. Muitos de nós, conhecemos sacerdotes de conhecimentos incomensuráveis, que passam fome, que sofrem problemas que não encontramos a razão de ser.

Mas nos esquecemos de perguntar o que teria ele feito para que seu orixá permita que passe por isso. A resposta é simples não? A maldade que impera em seu coração o guiou para esta situação avessa aos propósitos de nossos antepassados e nosso Pai Celestial.

Lembremo-nos que tudo aquilo que fizermos contra outra pessoa recairá sobre nós mais dia menos dia. Conservemos as palavras de amor, pratiquemos o perdão, confiemos em Deus e em sua justiça e assim com certeza, veremos a solução de muita coisa em tempo mais hábil do que possamos imaginar.

Nunca, em tempo algum, necessitou a humanidade tanto de paz, como agora, voltados como estamos para as inferioridades da vida, esquecemos os preceitos áureos, que elevam e dignificam o ser humano, por exclusiva falta de sabedoria. O homem, aturdido nas disputas do dia-a-dia, nos anseios e desejos inconfessáveis, esquece o destino grandioso que lhe está determinado, O encontro consigo mesmo e com seu Criador Divino, o que lhe proporcionará a verdadeira Paz e Alegria. Isto o homem adquirirá através da introspecção e o balanço diário de suas ações. Oxalá é o Orixá que rege os impulsos vitais da fé e da religiosidade, meios através dos quais o homem ascende ao espiritual, nesse caminho de retorno à casa do Pai, seu verdadeiro e único destino. O Orixá Oxalá recebe diretamente do Cristo Planetário, o Senhor Jesus, o Divino Oxalá, os efluxos de energia luminosa capaz de integrar a natureza e os homens na luz da fé religiosa, emitindo a verdadeira paz. A Umbanda reverencia esse Orixá com muito respeito e devoção, especialmente porque o mesmo se encontra diretamente ligado à vibração energético de Jesus, sendo retransmissor para os demais Orixás e respectivas vibrações, as ordens e comandos celestiais emanadas do grande Cristo Planetário, dai o mito que diz ser Oxalá o pai de todos os Orixás. No Reino da natureza Oxalá se irradia através do elemento AR, como não poderia deixar de ser, sendo esse elemento natural de importância capital à existência da vida e o condutor natural de todos os outros elementos: o fogo através da temperatura; da terra através da poeira; da água através da umidade. Oxalá reina só, nos campos magnéticos positivo e negativos do elemento energético eólico, do ar. Sendo ele o regente maior e necessário à existência da vida, enquanto elemento da natureza; e da proximidade do Pai Criador, através da vibração da fé.

A regência do astro rei, o SOL empresta às ações deste maravilhoso Orixá atitudes idênticas em perfeita consonância com as irradiações de Jesus. As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso, sem a vibração da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do Orixá Oxalá, e entram nos gélidos domínios da descrença e das trevas, pela ausência da luz da fé. E ESSA PAZ VEM MAIS RÁPIDO E SEGURA ATRAVÉS DA FAMÍLIA.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
 
 
 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Marcadores

magia (359) astrologia (320) signos (227) espiritualidade (197) amor (168) Umbanda (159) umbanda astrológica (145) orixá (142) UMBANDA ASTROLOGICA (128) mulher (128) CONCEITOS (120) religião (95) signo (94) anjos (74) comportamento (66) candomblé (63) mediunidade (50) 2016 (46) horóscopo (43) espaço (42) anjo (37) esoterismo (37) arcanos (35) magia sexual (35) oxum (35) Ogum (32) sexualidade (32) ancestrais (30) 2017 (28) fé religião (27) oxumaré (27) estudos (26) iemanjá (25) Yorimá (12)