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Os Orixás regentes de 2025

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terça-feira, 23 de julho de 2024

O Mistério do Orixá Ancestral, de Frente e Adjuntó




Uma dúvida, e a que mais incomoda os umbandistas é sobre seu orixá. Nós sabemos que orixá ancestral não é o mesmo que orixá de frente ou ajuntó. O orixá ancestral está ligado à nossa ancestralidade e é aquele que nos recepcionou assim que, gerados por Deus, fomos atraídos pelo seu magnetismo divino.
Todos somos gerados por Deus e somos fatorados por uma de suas divindades, que nos magnetiza em sua onda fatoradora e nos distingue com sua qualidade divina.
Uns são distinguidos com a qualidade congregadora e são fatorados pelo Trono da Fé. E, se forem machos é o orixá Oxalá que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se for fêmea, aí é a orixá Iemanjá que assume sua ancestralidade.
 
Uns são distinguidos com a qualidade agregadora e são missionários do Trono do Amor. E, sendo machos é o orixá Yorí que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Oxum que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade da expansão e são fatorados pelo Trono do Conhecimento. E, se forem machos é o orixá Oxóssi que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Ossanha que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade equilibradora e são fatorados pelo Trono da Razão. E, se forem machos é o orixá Xangô que assume as suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Obá que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade ordenadora e são fatorados pelo Trono da Lei. E, se forem machos é o orixá Ogum que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Iansã que assume suas ancestralidades.
Uns são distinguidos com a qualidade evolutiva (transmutadora) e são fatorados pelo Trono da Evolução. E, se forem machos é o orixá Obaluaê que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Nanã que assume suas ancestralidades.
 
Uns são distinguidos com a qualidade geradora e são fatorados pelo Trono da Geração. E, se forem machos é o orixá Oxumaré que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Iemanjá que assume suas ancestralidades.
 
Não estamos nos referindo ao espírito que “encarnou” no plano material, e sim, ao ser que acabou de ser gerado por Deus e foi atraído pelo magnetismo de uma de suas divindades, que, por serem unigênitas (únicas geradas) transmitem naturalmente a qualidade que são em si mesma aos seus “herdeiros”, aos quais imantam com seus magnetismo divinos e dão aos seres uma ancestralidade, imutável pois é divina e jamais ela deixará de guiá-los porque a natureza íntima de cada um será formada na qualidade que o distinguiu, revelando fatores na alma.
 
Podemos reencarnar muitas vezes, e sob as mais diversas irradiações, que nunca mudaremos a natureza íntima. Agora, a cada encarnação seremos regidos por um orixá de, com seus Guias e protetores, (o que nos guiará enquanto viver na carne). Mas, na verdade só serenemos equilibrados por outros orixás que serão os comandantes do auxiliar que atua de frente no individuo. Esses orixás são os da coroa, além do par vibratório (o ajuntó), Pai e Mãe de cabeça, como também os de equilíbrio, os orixás frontais, que comandam toda legião desse orixá de frente e da “cabeça”. Usamos o termo “orixás da cabeça” porque eles regerão a encarnação do ser e o influenciará o tempo todo, pois está de “frente” para ele. 
 
Sim, os orixás da cabeça estão á nossa frente nos atraindo mentalmente para seu campo de ação e para o seu mistério, ao qual absorveremos e desenvolveremos algumas faculdades regidas por ele. Já o orixá ajuntó, este é um equilibrador do ser e atuará através do seu emocional, hora estimulando-o e hora apassivando-o, pois só assim o ser não se descaracterizará e se tornará irreconhecível dentro do seu grupo familiar ou tronco hereditário, regido pelo seu orixá ancestral.
 
Observem que eu cito orixás e não apenas orixá, pois, não tenho duvida que somos descendentes de um Par Vibratório, ao contrario de muitos que pregam por ai, um único orixá o que acaba confundindo as pessoas. Confundem porque quando se fala em mais de um orixá regendo a vida dos nativos estes ficam se questionando “mas eu não era filho de orixá fulano, porque agora ele me fala nesse outro”.
 
Caros irmãos, saibam que descendemos de um determinado Odú, que pertence a uma importante Hierarquia. Assim fiquem cientes, que nosso Pai e Mãe de Cabeça tem funções especificas, enquanto nossa vida material, sentimental, educacional ou de bem estar tem outros responsáveis. Claro que seguindo a linha vibratória dos orixás ancestrais, mas, com características próprias. 
 
Vemos que muitas pessoas se definem como filhos desse ou daquele orixá, como se um único orixá regesse sua vida. Mas, por exemplo, uma pessoas que é filho de Ogum com Oxum é bem diferente de uma outra que é filho de Ogum com Obá, ou com Iansã e ainda com Iemanjá. Ou seja, as configurações, são muitas, não podemos dividir os seres humanos apenas em 7 arquétipos, na verdade são incontáveis das configurações que formam pessoas bem individuais.
 
A dúvida dos “médiuns” e dos umbandistas se explica pela precariedade dos métodos divinatórios usados para identificar o orixá da cabeça e seu ajuntó. Daí, vemos pessoas reclamarem que a cada Babalorixá ou Ialorixá que consultaram, cada um deu um orixá diferente a cada consulta, criando uma confusão e levando ao descrédito. Esta queixa é muito comum e não são poucos os médiuns que estão confusos porque uma consulta diz que é filho desse orixá e outra consulta diz que é filho de outro orixá.
 
Nós dizemos isto: na ancestralidade, todo ser macho é filho de um orixá masculino e feminino, e todo ser fêmea é filha de um orixá feminino e um masculino. Até mesmo bissexuais, são da mesma formação. Ninguém é filho de um único orixá, por isso, uma pessoa muitas vezes vai a um sacerdote e ele diz “você é filho de Oxum”, mas, ao ir a outra ela pode dizer “você é filho de Oxóssi”, sendo que nenhuma está errada, pois, esta pessoa, pode ter esse par como Pai e Mãe de Cabeça, mas, cada sacerdote enxergou um mais a frente naquele momento!
 
A ideia retrograda de que “na ancestralidade, orixá masculino só fatora seres machos e os magnetiza com sua qualidade, fatorando-os de forma tão marcante que o orixá feminino que o secunda na fatoração só participa como apassivadora de sua natureza masculina. E o inverso acontece com os seres fêmeas, onde o orixá masculino só participa como apassivador dessa sua natureza feminina” é um equivoco. Na verdade o par tem a mesma função nos dois sexos. Pai e Mãe de cabeça tem a mesma importância.
Portanto, no universo da ancestralidade dos seres machos, têm sete orixás masculinos e na dos seres fêmeas, têm sete orixás femininos. E ambos se cruzam se fundem e geram com harmonia.
 
Têm sete naturezas masculinas e sete naturezas femininas, marcantes que é fácil enxergar como bom observador nas pessoas, pois, um dos orixás acaba se destacando mais. Assim como ocorre com os seres humanos, onde um filho mostra mais características do pai do que da mãe, ou vice versa. Mas, o par vibratório tem ação importante igualmente formadora na geração do ser encarnado.
 
Saibam que, mesmo que o orixá da cabeça ou de frente seja, digamos, a orixá Iansã, ainda assim, por traz dessa regência poderemos identificar a ancestralidade se observarem bem o olhar, as feições, os traços, os gestos a postura, etc., pois estes sinais são oriundos da natureza íntima do ser, apassivada pela regência da encarnação, mas não anulada por ela. Isso porque o Orixá Ancestral infunde muito de suas características nessa pessoa. Na Astrologia, por exemplo, observamos pontos importantes de herança cósmica, como Saturno, Nodo Lunar, Lua e Planetas retrógrados, como também Dispositores de casas importantes na observação da ancestralidade, como a casa XII e a casa IV.
 
E o mesmo se aplica ao orixá ajuntó, pois podemos identificá-lo nos gestos e nas iniciativas das pessoas, já que é através do emocional que ele atua. Assim em astrologia, observamos além do Sol e da Lua, o Ascendente, seu Regente, Dispositores e aspectos a esses pontos.
 
Outra forma de identificação é através do Guia de frente e do Exu Guardião dos Médiuns. Mas esta identificação exige um profundo conhecimento do simbolismo dos nomes usados por eles para se identificarem.
 
E também, nem sempre o Guia de frente ou o Exu guardião se mostram, pois preferem deixar isto para o Guia e o Exu de trabalho. Ou ainda para o Protetor que tá num grau mais baixo na Hierarquia, na verdade depende muito do potencial mediúnico da pessoa e de sua missão.
 
Saber interpretar corretamente o simbolismo é fundamental. Então, que todos entendam que o Orixá ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que ele foi gerado por Deus, e o distinguiu com sua qualidade original e natureza íntima, imutáveis e eternas. Já o Orixá de frente, juntamente com os Orixás de Cabeça, são aqueles que regem a atual encarnação do ser e o conduz numa direção na qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades, abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno.
 
E o Orixá ajuntó é aquele que forma par com o orixá de cabeça, formando o par da Coroa, apassivando ou estimulando o ser, sempre visando seu equilíbrio íntimo e crescimento interno permanente. Por isso, também, é que muitos encontram em si qualidades de vários orixás. A cada encarnação há a troca de regência da encarnação. E, nessa troca, os seres vão evoluindo e desenvolvendo faculdades relativas a todos os orixás. E mais, a cada ciclo na vida terra, orixás vão se revezando em nossas regências, mesmo que não mude os orixás responsáveis pelo nosso destino, temos em muitas fazes ao longo de nossa peregrinação, orixás de regências transitórias. Por isso, temos anos ruins, anos bons ou anos neutros, dependendo do orixá daquela fase de vida. Como também sabemos que a criança tem uma regência e o adulto e idoso outra pois, depende muito a nossa evolução do tempo e regências que nos são impostas.
 
Afinal, se somos “humanos”, absorvemos energias e irradiações, magnetismo e vibrações de todos eles. E apesar de termos nas mãos o “Livre-arbítrio”, nem tudo está a nossa disposição, nem depende exclusivamente de nós. Muitas coisas que passamos na vida independem de nossa vontade. Na verdade não existe destino, mas, predestinação, ou seja, metas e cursos que nos são impostos, mas, que poderão ser alterados ao longo da nossa missão, tanto por nossas decisões, quanto por interferências.
 
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Mago de Umbanda Astrológica.
 
 

domingo, 20 de setembro de 2020

A incorporação - CARACTERISTICAS MEDIUNICAS DOS ORIXÁS

 

 
Oxalá - Incorporação suave, vibrada pelas costas e nuca, vibra aqui o chacra coronário, falam pouco, linguajar per feito e correto e não gostam de dar consultas somente para doutrinar, antes 9 da noite.
Oxossi - vibração do chacra esplênico, vibrações perna de baixo p/cima e no tronco aparelho, movimento de rotação rudes, gostam de das consultas, mestres cura através das ervas, falam pouco, caminham e assoviam, estalam os dedos,
Xango - modo brusco de incorporar, chacra cardíaco, raramente falam ou dão consultas, porem deslocam as mais sutis vibrações, e são humildes.
Yemanjá - povo do mar, vibrações e sensações de frio e arrepio pelos braços, tronco, costas, nuca e cabelos e pelo girar rápido(em função da perda de gravidade, chacra frontal, ativa as glândulas lacrimais, choram copiosamente, produzindo mantras de beleza) dá consultas e quando falam a voz é nuance profunda e indiscritiva, clara e cristalina.
Yori - crianças, sentam no chão, vibram o chacra laríngeo, vibração suave, gostam de doce.
Yorimã - Pretos Velhos - assoviam para eles é corno um rnantra, vibração triste, sons cansados. Caboclos: ritmo vivo, produzem instrumentos de percursão.
* Nota: Aumbram - Magos Brancos / Nigromancia - Magos Negros. 
 
 
 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Umbanda tem origens mais antigas do que se pensa, assim como a astrologia

No antigo Egito a ciência e os conceitos mitológicos estavam intimamente ligados e toda a ordem e o caos no mundo dependia do que ocorria com os deuses. A deificação das estrelas decanas para explicar as horas da noite, explicar o simbolismo conectado do amanhecer do dia, do sol, e com o amanhecer heliacal de Sírius.

“...O Céu dourado, céu dourado, é Ísis a mãe dos deuses, senhora do mundo primordial onde nasceram os deuses, tem seu lugar em Denderah...

A astrologia através dos tempos, usou a sensibilidade e intuitividadea, com sensitividade aliada a observação dos astros e com toda essa aplicação previa o destino, porém os astros eram definidos como deuses e deusas que habitavam por toda parte e na época podiam ser contados pela região do crescente fértil no Egito e havia mais de mil deuses. Praticada por todos os povos encontrou crítica pela sociedade romana que via na astrologia a retirada da responsabilidade civil do indivíduo.

Não por acaso, o Sol na forma de Rá, o doador de vida, é o luminar, o “ponto astrológico” mais conhecido e reverenciado na antiguidade e nos dias atuais, basta observar as colunas de jornais e revistas e manuais de astrologia. Funciona como o ponto de partida para todo o mapa. Somente rivaliza com a Lua. Temos então três partes a considerar a Terra, o céu e o submundo, os pontos cardeais, todos estes lugares eram povoados por deuses. Encontramos registros na tumba de Seth I de Júpiter , Saturno, Vênus , Mercúrio e Marte.

Atualmente ao visitar o Egito e os templos, os guias egípcios dão grande ênfase a Amon porque percebem nele correspondências com Allah, enfatizando para os turistas que ali também existia um deus único. Esquecem de afirmar que Amon estava vinculado a sua esposa Mut e a seu filho Konsu, formando com eles uma trindade muito conhecida e cultuada no mundo antigo, entre muitas outras trindades existentes. O deus solitário foi Atom, culto criado por Akhenaton. Aton, assim como Rá também ele um deus solar, era representado pelo disco solar e seus raios, e foi um culto rechaçado pelos sacerdotes egípcios que apenas admitiam sobre o solo egípcio seus múltiplos deuses e deusas. O sinal trino, o triângulo era a designação para o sexo feminino.

Antes de todos eles estava o culto da deusa cobra, a deusa serpente, Uadjet ou Uazit um culto de mulheres tão firme e forte que acabou por incomodar os hebreus, indo até parar num livro muito famoso que todos conhecem (Observe a paleta do rei serpente - 3.000 a C e as fotos do artigo). Esta deusa serpente aparece em todas as representações seja nas coroas do faraó seja nas estátuas de hathor representado que ela, a deusa abutre e hathor são do mesmo período. Julgavam que todas as serpentes fossem fêmeas e porque saíam do ventre da deusa Terra detinham os segredos ocultos desta deusa. Ísis usa uma serpente para fazer magia com Rá. A Íbis que representa Thot se alimentava das cobras que apareciam pelo Nilo depois das cheias protegendo os agricultores e dizia-se que por causa disto Thot absorvia a sabedoria oculta no submundo. Porém também houve a adaptação de deuses e deusas de outras terras, por exemplo, quando da época de Ramsés II adotaram a deusa de Qadesh, também pertencente a um culto da fertilidade. Também adotaram os cultos de Júpiter, Vênus e Ápis, deuses da época grega, já no fim do Império Egípcio, nem por isto foram cultos menos grandiosos.

Uma arte que sobreviveu a milhares de anos e a muitos impérios e civilizações apresenta hoje o desafio de sobreviver em meio a um mundo tecnológico que segue insensível as próprias necessidades. Mas não tenho dúvidas que assim como houve no princípio no futuro também sempre existirão astrólogos para nos orientar sobre nossa passagem na Terra e nos lembrar que somos pequenos deuses, espelhos do macrocosmo. Foi também com estes povos do oriente que os gregos aprenderam a fazer suas anotações astrológicas e criaram o horóscopo. Existem muitas conexões entre a sociedade minóica e os egípcios que os viam como um povo culto e avançado, desde antes da XVIII dinastia. 1.500 a C. A divinação astrológica não tinha objetivo adivinhar o futuro, mas orientar para o futuro e era uma prática muito difundida por todo o mundo antigo.

Enfim, muitas misturas, conexões e influencias que vemos hoje em dia tanto na astrologia como no proprio culto dos orixás tem também muito da mitologia de varios paises antigos e o Egito sem duvida teve muito a contribuir, tanto na busca da magia, quanto na fé na vida após a morte. Ou seja, nem tudo que conhecemos hoje na Umbanda, Candomblé e outros cultos, é exclusivo dos paises tradicionias da Africa ligados aos cultos nagôs ou yorubás. Na verdade muito do que se sabe da Umbanda profundamente esoterica, mistica e astrologica tem muito da influencia dos bramanes, dos egipcios e até do judaismo.

Carlinhos Lima

domingo, 27 de março de 2011

Não sejam hipocritas! Tudo tem seu valor



É comum a pessoa pensar que somente se interligará com a espiritualidade através da oferenda, as entidades receptoras, mas, as consequências nem sempre são positivas, muitas delas, em especial as de Esquerda, começam a pedir cada vez mais oferendas com o intuito de estarem sempre próximas da pessoa, pois sabemos que para que haja aproximação da entidade é necessário que haja sintonia de pensamentos e sentimentos.

Quando fazemos uma oferenda, geralmente elevamos a nossa faixa vibracional e nos harmonizamos com a entidade. Isso faz com que comece a haver uma espécie de “vício” ou “ciclo vicioso”, onde entidade e pessoa começam a precisar da oferenda para se comunicarem.


E disso surgem pedidos cada vez mais freqüentes impedindo a evolução da pessoa e da entidade que começa a ver na oferenda a única forma de contato com a pessoa ofertante. Não sou contra as oferendas, assim como não sou contra a tudo que seja feito com prudência e harmonia, o que critico aqui é a incoerência e os excessos.

O nosso objetivo é orientar que a oferenda deva vir apenas como uma representação material de agradecimento e não de comunicação com as entidades, que basicamente e de maneira geral não precisam de oferenda. Quanto menos evoluída a entidade e mais apegado a matéria for o médium, mais ambos “precisarão” de oferendas.

Geralmente fzer isso por ocasião do dia do Orixá ou entidade em forma de homenagem é o mais indicado, ou no caso de alguma iniciação, tratamento ou pedido expresso dos Guias, pois o amor, fé, estudo doutrinário e o desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, ofertadas com resignação e humildade é o conceito certo a ser seguido, assim nos dispomos a ser médiuns. E se dispor a ser médium não significa apenas entrar para a corrente de um terreiro e dar incorporação. Mas se colocar a disposição, a serviço da caridade. E sabemos muito bem que não há necessidade da incorporação para que isso ocorra, assim como sabemos também que arriar oferenda não é “cuidar do santo”. Na verdade as obrigações são muitas e para cada individuo tem uma receita diferente.

O uso da oferenda como elemento de atração, religação ou ponto de fixação dependerá da orientação de cada dirigente umbandista. Havendo a real necessidade, a oferenda deve ser feita em locais determinados, normalmente junto à natureza ou reinos apropriados. Lembrando sempre de deixar o local limpo como foi encontrado.

Nós umbandistas amamos a natureza e as suas energias, como podemos sujar os locais sagrados para nós? É no mínimo incoerente. E uma coisa que o umbandista não pode ser é incoerente. A situação ideal é que todas as oferendas sejam feitas dentro do próprio terreiro em alguma parte destinada para esse fim. Ou no caso de uma necessidade, a qual o contato com o Meio Ambiente é preciso, ter cuidado, ética e higiene são fundamentais.

Eu sou um amante de roupas brancas, adoro vestir o branco, mas, dizer sempre que a vestimenta básica do trabalhador de Umbanda é toda branca e que todo mundo deve seguir essa regra na minha opinião não é tão relevante assim. Na verdade essa é uma influencia dos paises mulçumanos que cultuam Alá, aqui nominado como Oxalá. Mas, os adeptos teimam em negar que há essa influencia mulçumana no Candomblé. Pra tirar a dúvida é só fazer uma visitinha em vários paises do Continente Africano.

Na verdade cada medium vibra numa cor, mesma o Branco sendo neutro, sabemos bem que cada pessoa vibra numa tonalidade. Um filho de um orixá como Ogum por exemplo se dá muito bem com o azul e o vermelho, e num sentido bem esoterico ou astrologico com o laranja. Cada chefe de Raio de uma Vibração tem uma cor, então por que o medium só tem que andar de branco como uma galça? Papo furado!

Outra coisa imbecíl propagada por pessoas mal informadas é que "não se pode cobrar consultas ou por trabalhos magisticos"! Claro que pode! Pode e deve! As igrejas naõ cobram dizimos? Ninguem vive do nada! Todos precisam ter renda pra estudar e se manter. E ninguem vá nesse papo professado por espertalhões o tempo todo dizendo-se sempre adepto da "caridade", um terreiro precisa sim se manter, um consultor, tarologo, astrologo, numerologo ou seja lá que oráculo ele use, precisa de rendas! E por que alguem em sã consciencia iria perder tempo e trabalhar duro pra ficar o tempo todo, dando consultoria de graça pra pessoas desorientadas que só procuram consultas quando estão ferradas? Por acaso os Apostolos depois da morte de Cristo não colheu doações e muitas riquezas? As igrejas ao longo dos tempos, não juntaram patrimonios gigantescos? Sai pra lá espertinho!

Assim como o pisicologo, o médico e outros profissionais cobram por seus serviços o consultor de oraculos também pode sim cobrar! Se as divindades chegam a cobrar até com certa frequência oferendas e na Biblia vimos muitos pedidos de oferendas e dizimos, por que o medium não pode cobrar pelo tempo que ele perdeu alí ensinando algo? Claro que pode sim! E deve fazer isso sim! Ninguem é trouxa, na verdade todos se aplicam, a grande maioria hoje estuda muito, compra livros caros e perde muito tempo se aplicando, não a um ramo de vida, mas, usando seu poder pisiquico e espiritual para levar mensagens importantes, e precisa ser gratificado por isso sim!

Por que que alguem iria colocar-se a disposição de uma sociedade totalmente confusa, teimosa e egoista, o tempo todo, pra ser consultado e buscado a seu bel prazer por simples caridade? Claro que não deve ser assim, fazendo papel de idiota! A Biblia também nos deixa claro que o sacerdocio é importante. Se pra ser um sacerdote tem que ter dons espirituais, esses mesmos dons geram riquezas não só no plano espiritual mas, também materiais.

Agora é bom saber diferenciar entre profeta e sacerdote, entre mago e santo! Ou seja, as profecias enviadas pelas divindades, certamente não podem gerar cobranças, pois, vem de cima pra baixo e elas são enviadas de graça. Mas, um sacerdote que estuda as formas oraculares, ele é uma ferramente de comunicação com o sagrado. Assim se uma pessoa tem o dom da musica passa a viver da musica, se tem o dom da cura passa a viver de curar as pessoas e se tem dom de consultar o oraculos, certamente tem que ter renda nisso, ou vai ter que se aplicar a outra coisa, pois, ninguem vive sem renda! Deixem de ser hipocritas e metidos espertalhões!

Carlinhos Lima

Umbanda também tem seu código sagrado sim!



Aos olhos dos não iniciados no culto da Umbanda, Candomblé ou qualquer culto aos orixás, não existe um consenso de quais são os sete Orixás básicos ou as sete linhas, ou até mesmo sobre quais são os Orixás da Umbanda. Mas para aqueles que já estão na Umbanda há algum tempo tem-se a compreensão que a Umbanda não tem um codificador, não tem uma Bíblia, não tem um “Diretor de Culto” Supremo. No entanto, o certo é que toda religião tem sim um código, o que ocorre é que nem todo mundo tem acesso ou capacidade de compreendê-lo. O Mestre Da Matta e outros dicipulos avançaram muito nessa questão, mas, ao meu vêr ainda falta muito, sendo que eles apenas descreveram de forma muito sucinta esse código. Na verdade temos sim que investigar muito e incansavelmente. Mas, não tenho duvidas que assim como o Cristianismo, o Islamismo e outras religiões antigas a Umbanda também tem seus "Evangelhos Sagrados" seus códigos e fragmentos. Esses códigos estão nos trabalhos de grandes mestres, inseridos em ensinamentos de grandes religiões e em arquivos secretos. Esse código não é lendário ou apenas mitologico, na verdade ele é ancestral, cosmico e divino, pois, nos fala da imortalidade da alma, da magia e das divindades.

A Umbanda sofreu e sofre incríveis influências regionais e até mesmo, numa mesma região, de terreiro para terreiro. Mas, não vejo isso como um problema, na verdade vejo como uma forma de ela se adaptar a cada cultura e se tornar universal. As diferenças de culto, ritualística e de maneiras de compreender a Umbanda devem ser encaradas como riqueza da nossa religião e não como falta de organização. Portanto, há intenção de não determinar ou decodificar a Umbanda na minha opinião é um erro. A Umbanda não pode continuar sendo pregada apenas por conhecimentos orais, de forma banal, populista ou sensacionalista. Ela precisa de conceitos fundamentados e de principios que se firmem na ancestralidade e nos conhecimentos cosmicos e sagrado. Entretanto, existem algumas premissas que, de certa forma, são consenso dentro da Umbanda, havendo pequenas variações que devem ser respeitadas. Esta é a maneira como a compreendo e professo.

A Umbanda tem haver com a ancestralidade, imortalidade da alma e tem um carater mais elevado do que apenas macumba ou religiosidade. Na verdade ela é mais mistica e divina do que se pensa. Por isso, não deve ser definida apenas por lendas e mitos, identificada apenas com elementos da natureza e sim mais sincronizada aos céus. Por isso a astrologia se adapta tão bem as vibrações dos orixás.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Caboclos: Os guerreiros da Umbanda



A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o uso das ervas. A marca mais característica da Umbanda, uma religião surgida no Brasil no final do século XIX e início do século XX, é a manifestação de entidades espirituais, por meio da mediunidade de incorporação. Os primeiros espíritos a “baixar” nos terreiros de Umbanda foram aqueles conhecidos como Caboclos e Pretos-velhos, a seguir surgiram outras formas de apresentação como as Crianças, conhecidas, variadamente, como Erês, Cosme e Damião, Dois-dois, Candengos, Ibejis ou Yori.

Essas três formas, Crianças, Caboclos e Pretos-velhos, podem ser consideradas as principais porque resumem vários símbolos: representam, por exemplo, as raças formadoras do povo brasileiro - indígenas, negros e brancos europeus - e também representam as três fases da vida - a criança, o adulto e o velho - mostrando a dialética da existência. Além disso, trazem valores arquetipais de Pureza e Alegria na Criança; Simplicidade e Fortaleza no Caboclo e a Sabedoria e Humildade dos Pretos-velhos, mostrando o caminho para a evolução espiritual dos sentimentos, do corpo físico e da mente. Com a expansão da Umbanda, muitas entidades apareceram, como os Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e outras, sem falar de Exu, outro grande ícone umbandista.

Existem variações no entendimento que os umbandistas têm sobre o que sejam os caboclos. As variações são próprias do movimento umbandista, notavelmente plural, mas há consenso na Umbanda, no fato de que os Caboclos são espíritos de humanos que já viveram encarnados no plano físico e são, portanto, nossos ancestrais. É interessante notar que em alguns cultos afro-brasileiros, os caboclos são considerados “encantados” e se relacionam com os espíri­tos da natureza, recebendo nomes de animais, plantas ou outros elementos naturais. Essa percepção se aproxima das lendas indígenas que narram um tempo em que os animais falavam e viviam em comunhão com os homens, podendo um se transformar no outro.

A palavra caboclo vem do tupi kariuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. A partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de tez avermelhada. Assim, a palavra caboclo passou a designar aquilo que é próprio de bugre, do indígena brasileiro de cor acobreada. Posteriormente surgiu a noção de caboclo como mestiço de branco com índio, o sertanejo. Dada essa relação dos caboclos com os indígenas - nos terreiros de Umbanda é dessa forma que se manifestam -, e aproximando esse fato ao Orixá Oxossi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxossi.

Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos. No entanto, há caboclos da praia, do mar e das ondas, das pedreiras, das cachoeiras, dos rios etc., cujos elementos se associam mais aos outros Orixás que a Oxossi.

Outra maneira de se interpretar as entidades de Caboclo, é como espíritos que se apresentam na forma de adultos, com uma postura forte, de voz vibrante, que trazem as forças da natureza, manipulando essas energias para trabalhar nas questões de saúde, vitalidade e no corte de correntes espirituais negativas. Seu linguajar pode se assemelhar ao dos indígenas, paramen­tados ou não com cocares, arcos e flechas, machadinha e espadas. Aqui estamos entendendo os Caboclos de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase adulta, existindo caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum e mesmo aquelas entidades ligadas aos orixás femininos, como Yemanjá, Oxum, Yansã. É claro que essas últimas entidades não vêm como índias, mas com uma forma tipicamente relacionada aos seus atributos. Todavia, são entidades que se apresentam como adultos.

Mas, podemos dizer que todas as entidades de Umbanda, especialmente as Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, são espíritos ancestrais que estão ligados, cada um, a um Orixá. Assim, as crianças trazem a vibração dos Orixás Ibeji, conhecidos na Umbanda Esotérica como Yori; os Pretos-velhos vêm sob as vibrações dos Orixás Obaluaiê, Nana Burukum ou Yorimá e os Caboclos podem ser de Oxossi, Xangô, Ogum etc. Também é preciso falar que existem os chamados cruzamentos vibratórios em que uma entidade de Ogum, por exemplo, pode trazer também as forças de outro orixá, como Ogum Yara que além das forças de Ogum, movimenta também as forças dos Orixás das águas, como Yemanjá, Oxum etc. Este é um dos nomes pelo qual é conhecida a Umbanda.

O que realmente quer dizer essa luz velada, da qual a Umbanda é senhora? Tratando-se de um Movimento Espiritualista Cristão, a Umbanda é um dos meios pelos quais a Espiritualidade Superior toca seus clarins, conclamando a humanidade para a volta a Luz. Se essa Luz ainda está velada, é função do Movimento Umbandista, como um dos agentes da Misericórdia de Deus, pela ação dos abnegados Instrutores Espirituais, torná-la conhecida e brilhante, atingindo a todos aqueles que dele se acercam. Os estudiosos do assunto dizem que Umbanda é um vocábulo oriundo do termo abanheenga (a mais antiga língua falada no Brasil) “AUMBANDAM”, que significa: “o conjunto das Leis Divinas”.

sábado, 20 de novembro de 2010

E surgiu a Umbanda pra trazer boas revelações!

E a Umbanda que tem como vértice de sua razão de ser, desde as eras primitivas, ou mais particularmente, desde a segunda raça-raiz, os Lemurianos, numa Era de Escorpião – o signo da magia, a exteriorização periódica ou por ciclos, destes fatos, ressurgiu na atualidade, como o fizera no passado entre os Atlantes, os Maias, os Quíchuas, os Tupy-guarani e os Tupy-nambá da época pré-cabraliana e ainda bem como há milênios, quando o antigo apogeu da raça africana, que conservou dentro da tradição oral até nossos dias, farrapos desta Lei ou desta Doutrina – revelação do próprio verbo – primitiva síntese relígio- científica, cujas derivações podem ser identificadas nos diferentes sistemas religiosos (pelo aspecto esotérico) de todas as raças.

Saiba mais: O que sinifica tais termos

Babalorixá – espécie de sacerdote do culto nagô. Interpretação dada: “pai-de-santo” – o “chefe-do-candomblé”. Babá – diminutivo do termo Babalorixá, que tanto pode designar o homem como a mulher, sacerdote ou sacerdotisa. Interpretação: “pai ou mãe-de-santo”. Babalaôou Babalawô – espécie de adivinho ou sacerdote do culto de Ifá. Ialorixá – espécie de sacerdotisa. Interpretação dada: “mãe-de-santo” – a “dona-do-candomblé”. Iaôou Yawô– espécie de inicianda. Interpretação dada: “filha-de-santo”. Ogan – espécie de protetor do candomblé, que fornecia os meios financeiros para as festas etc. Era escolhido pelo Babá e confirmado pelo “orixá”.

Ogan de atabaque– a pessoa que conhecia os segredos dos toques para os Orixás. Cambondo – dito como cambono, espécie de tocador de atabaque nos candomblés de angola (depois, em conseqüência das deturpações, passou a ser qualificado, nos “terreiros”, como auxiliar dos protetores, isto é, aqueles que se ocupam de servir às pessoas mediunizadas).

Ilu – atabaque de um modo geral. Matança – sacrifício de animais para os Orixás e para Exu também. Peji – o altar ou o santuário dos candomblés, dito, também, como “Congá”. E ainda, para a necessária diferenciação: Padrinho – diz-se, também, como “pai-de-santo”, no “candomblé de Caboclo”. Como padrinho ou compadres também tratam aos Exus, quando no “reino”. Tataou Tata de Inkice – interpreta-se também como “pai-de-santo” (Congo e Angola). Encantado – interpreta-se também como Orixá, no “candomblé de Caboclo” e no “catimbó” como os espíritos “protetores”, chamados de “mestres” etc.

Magia: Firmeza de Tronqueira



Na Umbanda o maior desafio dos adeptos, estudiosos e mestres é a parte da ritualistica! Ao mesmo tempo magias que parecem coisas sobrenaturais são simples, não precisam de muita mecância nem de pirotecnia! As vezes a magia mais poderosa está nos elementos mais simples, e que alguns espertalhões querem complicar pra lucrar com grande enrolação.

No entanto, coisas que parecem ser banais, sem sentido ou acessivel a qualquer um não é bem assim! Há que se respeitar as ordens, os alinhamentos, o tempo, as hierarquias, e tem certas coisas que só quem possui "mão de magia" poderá desenvolver. É por isso que muitos tentam e não conseguem. Hoje em dia, assim como abrir uma igreja da moda, tambem se abrem terreiros e centros de culto a torto e a direito, mas, a magia não funciona como se fosse brincadeira. Os orixás não são fantoches! Acima de tudo tem que se respeitar o cosmos, os alinhamentos astrais, as fases da lua, as fases do ano, o dia da semana, os elementos e os orixás certos.

Uma coisa que causa sempre interrogações nas pessoas é sobre firmezas, assentamentos e magia nas casas ou terreiros. Um questionamento sempre lançado aos mestres é se podem serem feitas firmezas por um casal num mesmo local!

Pode compartilhar o mesmo loca sim, pois por exemplo a pessoa ao firmar suas forças da esquerda por exemplo, acendendo trêz velas em triângulo com a branca em cima, a vermelha na direita e a preta na esquerda, dentro desse espaço coloca-se um copo de pinga e outro de champagne e tês cigarros, tudo dentro do triangulo. Ao fazer isso delimita-se o espaço e o campo de força que vai se abrir, pois o próprio triângulo de velas é o delimitador.

Então a companheira ou companheiro da pessoa pode fazer o mesmo um palmo ao seu lado que não ira haver a interferência, Falamos isso embasados por exemplos nos trabalhos no centro de Umbanda quando um guia do lado do outro risca seus pontos e eles estão delimitados pelo circulo de pemba ou pelo circulo de velas, de aguas, de folhas etc. Então resumindo pode firmar seu guradião no mesmo lugar sim desde que tenha um delimitador seja ela um triangulo de velas, um triangulo de pinga um circulo com uma fita preta ou um circulo de 7 moedas, de ervas, de pedras e assim por diante.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Exu tem outras tarefas! Não é pra cumprir pedidos mesquinhos



Em EXÚ, o buscador com Espírito iluminado que por opção, segue seu caminho na luz de Deus; sabe que Exu é: Manipulador de energias; Executor da lei e da justiça divina; Doutrinador e encaminhador; Guardião por natureza, presente em todos os lugares; Ágil, correto, fiel, amigo, companheiro e protetor; Defensor da paz, do amor incondicional e da união da família; ASSIM É EXÚ. Mas, este o senhor Ancestral, representante máximo da procriação, da evolução e que segue ordens dentro da elaboração da vida e dos mistérios.

Sobre exus em evolução, aqueles que atendem em terreiros despreparados, nas encruzas pedidno cachaça ou sangue... Esses são kiumbas em evolução. Quanto a estes não se pode garantir nada.

LEMBRADO NA HORA DA AFLIÇÃO E NEGADO NA HORA DO SOSSEGO.

Existe ainda quem insista em lutar contra esses trabalhadores da Hierarquia; por não terem acesso e nem vontade de obter conhecimento sobre esses espíritos. Imaginem! Há quem diga que os exus fazem tanto o bem quanto o mal; que só trabalham barganhando, que aceitam sacrifícios de animais; que utilizam a energia do sangue; que bebem em excesso; que são depravados e que falam palavrões.

Jogam a responsabilidade para os Exus, Pomba-Gira e Exús-Mirim, esquecendo da grande participação dos médiuns durante a incorporação. Que sem preparo, sem esclarecimento e sem responsabilidade alimentam espíritos que se dizem guias de luz. Estes por sua vez, se aproveitam da vaidade e da má fé destes médiuns, trazendo a tona o fruto da conduta e da energia daquele que brinca com a nossa religião e com espíritos iluminados.

As giras de esquerda as mais freqüentadas pela assistência, é provavelmente em função da semelhança entre as energias dos encarnados com as destes espíritos. Podendo ser observada nas atitudes, na descontração, na festividade e na forma objetiva e enfática. Muitas vezes, durante a consulta, temos a impressão de que estamos conversando com alguém muito intimo, perdendo a noção de que estamos em frente a um espírito de luz. Qualidades encontradas nesses guias que nos remetem ao alivio do corpo da mente e da alma, facilitando, assim, que possamos abrir nossos corações.

Muitos buscam no guardião o Senhor Exú por ser mais popular até que os orixás, e porque certos mediuns veêm nele a solução de seus problemas, tanto porque preguições querem resolver as coisas sem trabalho, quanto pela falta de caráter e de discernimento, tantam burlar as leis do carma e evitam a busca por mudanças. No dia que essas pessoas compreenderem que tudo tem um preço, passarão a ter mais prudencia.

Um espírito que utiliza o nome EXÚ, que tranca as portas da inveja, a rua da maldade, da intolerância, dos vícios, da crueldade, da injustiça. Que luta pela família, pela união, pela religiosidade, quanto respeitado com toda coerência necessária, poderá evoluir, ao contrario dos avarentos, gananciosos e estultos que só fazem cair, muitas vezes castigados pelo proprio exu que tentam abusar da boa vontade.

Salve todos Exus!

Salve todas as Pombas-Gira!

Salve todos os Exus-Mirim

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

COMPORTAMENTO: Umbandistas de Volta Redonda se unem contra preconceito e discriminação religiosa Saindo do terreiro

Mãe Sandra Mara: “A Umbanda não faz mal
a ninguém”

Desde ontem, sexta, 12, o Memorial Zumbi, na Vila, tem sido palco de uma manifestação religiosa que entrará para a história da cidade do aço por seu caráter inédito. Lá, em meio a pontos cantados e aos toques poderosos dos atabaques, acontece até segunda, 15, a 1ª Semana Umbandista de Volta Redonda, promovida pelo Movimento das Religiões de Matriz Afro (Morema) e pelo “Templo de Umbanda Luz Divina”, com apoio da prefeitura local. Poderia ser apenas mais um encontro religioso, como inúmeros outros. Mas não é. Este visa, principalmente, a estimular os próprios umbandistas a saírem de suas casas – e de seus terreiros – e assumir publicamente sua orientação religiosa.

Quem afirma é a yalorixá Sandra Mara Batista Ribeiro, que há cinco anos comanda os trabalhos do Templo de Umbanda Luz Divina, no bairro Sessenta. Em entrevista ao aQui, ela diz que o medo do preconceito, da discriminação e, consequentemente, da violência, é o que tem impedido centenas de ‘filhos de fé’ de todo o país de assumirem-se como tal. “Este evento pretende esclarecer alguns equívocos. O foco é desmitificar a ideia de que a Umbanda faz mal às pessoas”, resume a mãe-de-santo, certa de que este equívoco, fortemente enraizado em algumas comunidades, é um dos responsáveis pelo ‘recolhimento’ dos umbandistas.

Ela não é a única a pensar assim. Em entrevistas, o sociólogo Flávio Pierucci, professor do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Sociologia da Religião, é enfático ao afirmar que o discurso agressivo contra a Umbanda e o Candomblé – vindo principalmente de denominações evangélicas – tem contribuído para o aumento da intolerância religiosa e para o decrescimento do número de adeptos. “Essa demonização dos orixás funciona, porque as pessoas têm medo. Com pastores sistematicamente na televisão ou no rádio dizendo que aquilo é o demônio, realmente as pessoas começam a achar que existem religiões demoníacas no Brasil”, explica.

A análise do sociólogo faz sentido. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1991, cerca de 542 mil brasileiros assumiam-se umbandistas. Em 2000, porém, o número despencou para 432 mil. Em que pese a possibilidade de conversão a outras religiões, é inegável que muita gente boa, que busca ajuda nos milhares de terreiros e tendas umbandistas espalhadas por todo o país, prefere manter sua prática religiosa oculta aos olhos da sociedade. Para tentar modificar esta atitude e garantir a representação do povo de Umbanda frente ao Estado, líderes religiosos de matriz africana passaram a fazer um trabalho de conscientização quanto ao Censo 2010 do IBGE.

A campanha ‘Quem é de Axé diz que é’, lançada pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN) em 2009, teve por objetivo levar os adeptos de religiões como a Umbanda e o Candomblé, por exemplo, a afirmar aos censitários do IBGE sua identidade religiosa e não mais ocultá-la dizendo serem de religiões ditas ‘reconhecidas’, como a católica, para citar uma. “Fizemos um trabalho maciço, promovendo palestras para conscientizar as pessoas – principalmente os frequentadores de terreiros, que buscam amparo espiritual – da importância de assumir a religião”, explica a yalorixá Sandra Mara, lembrando que só através de uma consolidação dos números de umbandistas e candomblecistas no Brasil será possível formular políticas públicas voltadas para este segmento.

Durante a Semana Umbandista, diz ela, os voltarredondenses interessados poderão conhecer um pouco mais da cultura do ‘povo de santo’ através de palestras, exposições de artesanato e roupas típicas, feira de livros religiosos, show de curimbas e atabaques, apresentação de danças variadas – como a dança cigana, o jongo, a capoeira e o maculelê – e exibição de filmes que abordam a cultura afrobrasileira, como ‘Besouro’ e ‘Cafundó’.

Um dos palestrantes, ela faz questão de frisar, é o escritor e babalorixá Alexandre Cumino, autor do livro ‘História da Umbanda – uma religião brasileira’. “O Alexandre fez um levantamento histórico dos terreiros de umbanda, inclusive os da nossa região”, salienta a mãe-de-santo, que indica tanto a palestra quanto o livro àqueles que ainda não conhecem os fundamentos da religião.

Ainda durante o encontro, segundo Sandra, as casas umbandistas de Volta Redonda poderão cadastrar-se no banco de dados do Movimento das Religiões de Matriz Afro (Morema), coordenada atualmente pela jovem Vívian Werneck. “As igrejas católicas e os templos protestantes, por exemplo, aparecem mais porque são construídos nas principais ruas da cidade. Os terreiros, ao contrário, ficam camuflados, escondidos. Em torno de uma igreja protestante, por exemplo, é comum que haja uns 20 terreiros”, destaca Sandra, explicando que isso acontece justamente pelo medo que os umbandistas têm da violência e da discriminação. “Ninguém quer ser humilhado, e é verdade que muitos pais-de-santo preferem manter-se ocultos por medo de serem agredidos, principalmente pelos protestantes”, dispara.

Vívian Werneck concorda e vai além. Afirma que o ‘recolhimento’ dos umbandistas em Volta Redonda tem dificultado o trabalho do Morema em fazer o levantamento do número de casas de Umbanda na cidade do aço. “A Pontifícia Universidade Católica (PUC) tem feito um mapeamento das casas de religiões de matriz africana do estado do Rio. E temos feito essa parceria aqui no Sul do estado, para conseguirmos fazer um levantamento oficial. Temos, por isso, interesse em cadastrar todos os terreiros existentes em Volta Redonda”, afirma Vívian, certa de que, oficializados, os números podem surpreender a muita gente. “No Sul Fluminense, dos que conheço e visitei, existem uns 100 terreiros. Mas é um número irreal. Há muito mais”, aposta.

Tem mais. Para conscientizar as pessoas sobre o que, de fato, é a umbanda; fortalecer a autoestima dos umbandistas voltarredondenses e enfatizar o discurso contra a intolerância religiosa, a Semana Umbandista de Volta Redonda contará com uma caminhada que reunirá umbandistas, hare krishnas, kardecistas, católicos, ciganos e quem mais for a favor do respeito mútuo entre as religiões e preze o diálogo inter-religioso. Será às 13 horas de amanhã, domingo, 14.

“A caminhada contra a intolerância religiosa terá sua concentração no Memorial Zumbi”, avisa Sandra Mara, fazendo questão de frisar que para garantir a segurança dos participantes, pediu o apoio do 28º Batalhão de Polícia Militar e da Guarda Municipal de Volta Redonda. “Esperamos que não ocorra nenhum problema, nenhum ataque. A questão da segurança foi conversada com o prefeito Neto, que nos deu apoio”, frisa.

Embora torça para que não haja nenhum tipo de retaliação de cunho religioso durante a caminhada, a yalorixá Sandra Mara prefere se prevenir. Tanto que, nas últimas semanas, tem sido incisiva ao orientar os umbandistas da cidade do aço a não revidar nenhum tipo de ataque. “A orientação repassada aos pais e mães-de-santo, e também aos filhos de fé, é a de não partir para o confronto. Não é essa a nossa intenção”, destaca, afirmando que a presença da Polícia no evento não é, nem de longe, um exagero. “Queremos segurança para exercer nosso direito de manifestação religiosa.

Por isso pedimos apoio à Polícia Militar. Acho que, desta forma, muitos umbandistas vão se sentir amparados pelo Poder Público e sairão às ruas”, justifica, acrescentando que não se chateará caso os evangélicos, por exemplo, decidam fazer uma manifestação religiosa paralela no mesmo dia da caminhada. “Na verdade, se acontecer essa manifestação paralela vou ficar feliz. Acho que o conflito, muitas vezes, gera o diálogo. E o diálogo, por sua vez, sempre gera o crescimento”, filosofa.

A boa notícia para as centenas – ou milhares? – de umbandistas da cidade do aço é que a Semana Umbandista deve acontecer todos os anos. “É a nossa intenção. O evento já foi inserido no Orçamento Participativo da prefeitura. Mas temos mais coisas programadas, como uma caminhada no Dia de Combate à Intolerância Religiosa, no dia 20 de janeiro do ano que vem, e uma procissão de São Jorge, em abril, com uma gira de Ogum no Estádio Raulino de Oliveira”, comenta, animada.

Ah, para quem não sabe, na tradição umbandista Ogum é o orixá guerreiro, responsável por abrir caminhos e vencer demandas. Caminhos abertos para que possa manifestar sua religiosidade: é isso – apenas isso – o que o povo de santo quer.

em www.jornalaqui.com.br
JORNAL AQUI
por Lívia Venina

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