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Planetas e Orixás regentes de 2023

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Mistério do Orixá Ancestral, de Frente e Adjuntó




Uma dúvida, e a que mais incomoda os umbandistas é sobre seu orixá. Nós sabemos que orixá ancestral não é o mesmo que orixá de frente ou ajuntó. O orixá ancestral está ligado à nossa ancestralidade e é aquele que nos recepcionou assim que, gerados por Deus, fomos atraídos pelo seu magnetismo divino.
Todos somos gerados por Deus e somos fatorados por uma de suas divindades, que nos magnetiza em sua onda fatoradora e nos distingue com sua qualidade divina.
Uns são distinguidos com a qualidade congregadora e são fatorados pelo Trono da Fé. E, se forem machos é o orixá Oxalá que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se for fêmea, aí é a orixá Iemanjá que assume sua ancestralidade.
Uns são distinguidos com a qualidade agregadora e são missionários do Trono do Amor. E, sendo machos é o orixá Yorí que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Oxum que assume suas ancestralidades.
Uns são distinguidos com a qualidade da expansão e são fatorados pelo Trono do Conhecimento. E, se forem machos é o orixá Oxóssi que assume a condição de seu orixá ancestral. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Ossanha que assume suas ancestralidades.
Uns são distinguidos com a qualidade equilibradora e são fatorados pelo Trono da Razão. E, se forem machos é o orixá Xangô que assume as suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Obá que assume suas ancestralidades.
Uns são distinguidos com a qualidade ordenadora e são fatorados pelo Trono da Lei. E, se forem machos é o orixá Ogum que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Iansã que assume suas ancestralidades.
Uns são distinguidos com a qualidade evolutiva (transmutadora) e são fatorados pelo Trono da Evolução. E, se forem machos é o orixá Obaluaê que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Nanã que assume suas ancestralidades.
Uns são distinguidos com a qualidade geradora e são fatorados pelo Trono da Geração. E, se forem machos é o orixá Oxumaré que assume suas ancestralidades. Mas, se forem fêmeas, aí é a orixá Iemanjá que assume suas ancestralidades.
Não estamos nos referindo ao espírito que “encarnou” no plano material, e sim, ao ser que acabou de ser gerado por Deus e foi atraído pelo magnetismo de uma de suas divindades, que, por serem unigênitas (únicas geradas) transmitem naturalmente a qualidade que são em si mesma aos seus “herdeiros”, aos quais imantam com seus magnetismo divinos e dão aos seres uma ancestralidade, imutável pois é divina e jamais ela deixará de guiá-los porque a natureza íntima de cada um será formada na qualidade que o distinguiu, revelando fatores na alma.
Podemos reencarnar muitas vezes, e sob as mais diversas irradiações, que nunca mudaremos a natureza íntima. Agora, a cada encarnação seremos regidos por um orixá de, com seus Guias e protetores, (o que nos guiará enquanto viver na carne). Mas, na verdade só serenemos equilibrados por outros orixás que serão os comandantes do auxiliar que atua de frente no individuo. Esses orixás são os da coroa, além do par vibratório (o ajuntó), Pai e Mãe de cabeça, como também os de equilíbrio, os orixás frontais, que comandam toda legião desse orixá de frente e da “cabeça”. Usamos o termo “orixás da cabeça” porque eles regerão a encarnação do ser e o influenciará o tempo todo, pois está de “frente” para ele.
Sim, os orixás da cabeça estão á nossa frente nos atraindo mentalmente para seu campo de ação e para o seu mistério, ao qual absorveremos e desenvolveremos algumas faculdades regidas por ele. Já o orixá ajuntó, este é um equilibrador do ser e atuará através do seu emocional, hora estimulando-o e hora apassivando-o, pois só assim o ser não se descaracterizará e se tornará irreconhecível dentro do seu grupo familiar ou tronco hereditário, regido pelo seu orixá ancestral.
Observem que eu cito orixás e não apenas orixá, pois, não tenho duvida que somos descendentes de um Par Vibratório, ao contrario de muitos que pregam por ai, um único orixá o que acaba confundindo as pessoas. Confundem porque quando se fala em mais de um orixá regendo a vida dos nativos estes ficam se questionando “mas eu não era filho de orixá fulano, porque agora ele me fala nesse outro”.
Caros irmãos, saibam que descendemos de um determinado Odú, que pertence a uma importante Hierarquia. Assim fiquem cientes, que nosso Pai e Mãe de Cabeça tem funções especificas, enquanto nossa vida material, sentimental, educacional ou de bem estar tem outros responsáveis. Claro que seguindo a linha vibratória dos orixás ancestrais, mas, com características próprias.
Vemos que muitas pessoas se definem como filhos desse ou daquele orixá, como se um único orixá regesse sua vida. Mas, por exemplo, uma pessoas que é filho de Ogum com Oxum é bem diferente de uma outra que é filho de Ogum com Obá, ou com Iansã e ainda com Iemanjá. Ou seja, as configurações, são muitas, não podemos dividir os seres humanos apenas em 7 arquétipos, na verdade são incontáveis das configurações que formam pessoas bem individuais.
A dúvida dos “médiuns” e dos umbandistas se explica pela precariedade dos métodos divinatórios usados para identificar o orixá da cabeça e seu ajuntó. Daí, vemos pessoas reclamarem que a cada Babalorixá ou Ialorixá que consultaram, cada um deu um orixá diferente a cada consulta, criando uma confusão e levando ao descrédito. Esta queixa é muito comum e não são poucos os médiuns que estão confusos porque uma consulta diz que é filho desse orixá e outra consulta diz que é filho de outro orixá.
Nós dizemos isto: na ancestralidade, todo ser macho é filho de um orixá masculino e feminino, e todo ser fêmea é filha de um orixá feminino e um masculino. Até mesmo bissexuais, são da mesma formação. Ninguém é filho de um único orixá, por isso, uma pessoa muitas vezes vai a um sacerdote e ele diz “você é filho de Oxum”, mas, ao ir a outra ela pode dizer “você é filho de Oxóssi”, sendo que nenhuma está errada, pois, esta pessoa, pode ter esse par como Pai e Mãe de Cabeça, mas, cada sacerdote enxergou um mais a frente naquele momento!
A ideia retrograda de que “na ancestralidade, orixá masculino só fatora seres machos e os magnetiza com sua qualidade, fatorando-os de forma tão marcante que o orixá feminino que o secunda na fatoração só participa como apassivadora de sua natureza masculina. E o inverso acontece com os seres fêmeas, onde o orixá masculino só participa como apassivador dessa sua natureza feminina” é um equivoco. Na verdade o par tem a mesma função nos dois sexos. Pai e Mãe de cabeça tem a mesma importância.
Portanto, no universo da ancestralidade dos seres machos, têm sete orixás masculinos e na dos seres fêmeas, têm sete orixás femininos. E ambos se cruzam se fundem e geram com harmonia.
Têm sete naturezas masculinas e sete naturezas femininas, marcantes que é fácil enxergar como bom observador nas pessoas, pois, um dos orixás acaba se destacando mais. Assim como ocorre com os seres humanos, onde um filho mostra mais características do pai do que da mãe, ou vice versa. Mas, o par vibratório tem ação importante igualmente formadora na geração do ser encarnado.
Saibam que, mesmo que o orixá da cabeça ou de frente seja, digamos, a orixá Iansã, ainda assim, por traz dessa regência poderemos identificar a ancestralidade se observarem bem o olhar, as feições, os traços, os gestos a postura, etc., pois estes sinais são oriundos da natureza íntima do ser, apassivada pela regência da encarnação, mas não anulada por ela. Isso porque o Orixá Ancestral infunde muito de suas características nessa pessoa. Na Astrologia, por exemplo, observamos pontos importantes de herança cósmica, como Saturno, Nodo Lunar, Lua e Planetas retrógrados, como também Dispositores de casas importantes na observação da ancestralidade, como a casa XII e a casa IV.
E o mesmo se aplica ao orixá ajuntó, pois podemos identificá-lo nos gestos e nas iniciativas das pessoas, já que é através do emocional que ele atua. Assim em astrologia, observamos além do Sol e da Lua, o Ascendente, seu Regente, Dispositores e aspectos a esses pontos.
Outra forma de identificação é através do Guia de frente e do Exu Guardião dos Médiuns. Mas esta identificação exige um profundo conhecimento do simbolismo dos nomes usados por eles para se identificarem.
E também, nem sempre o Guia de frente ou o Exu guardião se mostram, pois preferem deixar isto para o Guia e o Exu de trabalho. Ou ainda para o Protetor que tá num grau mais baixo na Hierarquia, na verdade depende muito do potencial mediúnico da pessoa e de sua missão.
Saber interpretar corretamente o simbolismo é fundamental. Então, que todos entendam que o Orixá ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que ele foi gerado por Deus, e o distinguiu com sua qualidade original e natureza íntima, imutáveis e eternas. Já o Orixá de frente, juntamente com os Orixás de Cabeça, são aqueles que regem a atual encarnação do ser e o conduz numa direção na qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades, abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno.
E o Orixá ajuntó é aquele que forma par com o orixá de cabeça, formando o par da Coroa, apassivando ou estimulando o ser, sempre visando seu equilíbrio íntimo e crescimento interno permanente. Por isso, também, é que muitos encontram em si qualidades de vários orixás. A cada encarnação há a troca de regência da encarnação. E, nessa troca, os seres vão evoluindo e desenvolvendo faculdades relativas a todos os orixás. E mais, a cada ciclo na vida terra, orixás vão se revezando em nossas regências, mesmo que não mude os orixás responsáveis pelo nosso destino, temos em muitas fazes ao longo de nossa peregrinação, orixás de regências transitórias. Por isso, temos anos ruins, anos bons ou anos neutros, dependendo do orixá daquela fase de vida. Como também sabemos que a criança tem uma regência e o adulto e idoso outra pois, depende muito a nossa evolução do tempo e regências que nos são impostas.
Afinal, se somos “humanos”, absorvemos energias e irradiações, magnetismo e vibrações de todos eles. E apesar de termos nas mãos o “Livre-arbítrio”, nem tudo está a nossa disposição, nem depende exclusivamente de nós. Muitas coisas que passamos na vida independem de nossa vontade. Na verdade não existe destino, mas, predestinação, ou seja, metas e cursos que nos são impostos, mas, que poderão ser alterados ao longo da nossa missão, tanto por nossas decisões, quanto por interferências.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Mago de Umbanda Astrológica.

8 comentários:

Fernanda disse...

Amigo, boa noite, quanto a este texto sobre Orixás Ancestral, de frente e adjuntó.
Gostaria de lhe fazer uma pergunta:
Sei que meus orixás de frente e adjuntó são Obá e Xangô (sou mulher).
Segundo o seu texto, o orixá adjuntó + o Orixá de cabeça formam o par da coroa.
Logo, devo concluir com certeza que Xangô integra a minha coroa?

Fernanda disse...

Amigo, boa noite, quanto a este texto sobre Orixás Ancestral, de frente e adjuntó.
Gostaria de lhe fazer uma pergunta:
Sei que meus orixás de frente e adjuntó são Obá e Xangô (sou mulher).
Segundo o seu texto, o orixá adjuntó + o Orixá de cabeça formam o par da coroa.
Logo, devo concluir com certeza que Xangô integra a minha coroa?

Carlinhos Lima disse...

Pois é Fernanda, se realmente tens certeza que é mesmo Obá e XAngô, eles formam sim sua corôa! Com influencia de outros orixás, claro que completam todos os odús regentes de sua cabeça.

Unknown disse...

Olá. Me chamo Jagner Fazzani. A pouco tempo venho me atraindo por tais assuntos referidos acima. Eu gostaria muito de descobrir quais são meus Orixás... Pode me ajudar?

Luciene Sulamita disse...

Carlinhos, imagina uma pessoa, médium que por alguma informação 'cuidou' dos seus Orixás por uns 5 anos por exemplo e depois disso há confirmação que seus Orixás eram outros. Como fica a vida de uma pessoa que cuida um tempo como se fosse Ogum e Oxum e de repente muda para cuidar de Xangô com Oxum?? Até que ponto uma informação equivocada prejudica a vida esta pessoa(médium)? Obgda!

Carlinhos Lima disse...

Na verdade é muitos equívocos nessa historia de orixás adjuntos... isso por causa de tanta confusão, a começar por dizer que a pessoa tem apenas um orixá, como se fazia antes com a Astrologia que dizia que as pessoas era de tal signo solar ignorando os demais aspectos do tema natal. E colocou-se o orixá de frente como adjuntó, é o mais divulgado nas casas e terreiros. Mas, não vejo esse orixá compondo o par vibratorio. Na verdade pra mim na Umbanda Astrológica, temos pai e mãe de cabeça e Orí. ou Orixá de Cabeça completando o triangulo ou trindade sagrada... Por isso uma pessoa pode ser de Xangô, tendo ele na cabeça e ser filho de Oxalá com Iemanjá por exemplo. Por isso cada ser é unico e nunca vamos encontrar duas pessoas de Xango iguais. Send oque o orixá chamando popularmente como adjunto ou de frente, representa o Orí no plano fisico. Mas, não sendo propriamente o orí, apenas extensão dele. Ai esse orixa de frente sendo responsavel pelo corpo, sendo que orí responde pela cabeça

Carlinhos Lima disse...

Ao passarmos anos cultuando orixás errados, a culpa é de quem ensinou errado, não seremos penalizados por isso, apenas perderemos tempo precioso que deveriamos cuidar do orixá certo. Assim certos tratamentos e cuidados podem se perder e perdermos linhas importantes que podem passar o tempo onde deveriam agir e nao agiram, pois tudo funciona por ciclos - assim alguem pode ter uma linha na adolecencia e ela não agir mais de frente na idade adulta por ter cumprido um ciclo...

Carlinhos Lima disse...

Muita gente quer viver de cursos esotericos e consultoria, por isso divulga muito que temos que saber nosso signo, orixas, anjos e porai vai... Enfim então muita gente pensa que saber esses misterios, lhes dará certos poderes ou que zelar santos lhe dará mais riqueza ou magia! Enfim, mas, não é bem assim, pois a não ser que vc tenha missão sacerdotal, não precisa saber seus orixas, e aliás não é tão facil saber, precisa uma iniciação, aplicação e não se descobre numa jogada de tarõ ou de buzios... nem sempre buscar respostas por curiosidade e não por missão, vai ser bom! Por isso muitos falam mau do que não sabe pois entrou em contato por malicia ou simples curiosidade ou frequenta um terreiro de pais de santo excentrico ou que fica instigando fanatismo. A busca tem que ser serena natural e não por estarmos em momento dificil ou porque queremos praticar magia. Tudo a seu tempo e com ritualistica... O mais importante do que saber quais são nossos orixás é saber que a filosofia maior é evoluir, se integrar e crescer espiritualmente. Todos os orixas atuam em nós, assim como todos os signos na astrologia, só que existem escalas, configurações e hierarquias, e não se descobre tudo numa unica consulta, num unico mapa, requer aplicação. Muitas pessoas por exemplo, vai pagar dizimo e frequentar igrejas hipocritas da moda, achando que só por ter uma biblia e se dizer evangelico, torna-os santos e ricos, mas, não é bem assim o mais importante é ser um filho de Deus.

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