O satélite teria se formado a partir do impacto de um corpo planetário conhecido como Theia com a Terra, há 4,5 bilhões de anos
Rocha lunar formada por fragmentos de outras rochas
(Addi Bischoff, Westfälische Wilhelms-Universität Münster)
Uma análise das rochas lunares coletadas por astronautas da missão
Apollo forneceu novas pistas sobre a formação da Lua. A pesquisa alemã,
publicada nesta quinta-feira na revista Science, reforça a
hipótese de que o satélite tenha se originado a partir do impacto de um
corpo planetário conhecido como Theia com a Terra, há 4,5 bilhões de
anos.
CONHEÇA A PESQUISA
Onde foi divulgada: periódico Science
Quem fez: Daniel Herwartz, Andreas Pack, Bjarne Friedrichs e Addi Bischoff
Instituição: Universidade de Göttingen, Universidade de Münster e Universidade de Colônia, na Alemanha
Resultado: Novas análises de rochas lunares reforçam a teoria de que o satélite de formou uma colisão da Terra com outro corpo celeste
Onde foi divulgada: periódico Science
Quem fez: Daniel Herwartz, Andreas Pack, Bjarne Friedrichs e Addi Bischoff
Instituição: Universidade de Göttingen, Universidade de Münster e Universidade de Colônia, na Alemanha
Resultado: Novas análises de rochas lunares reforçam a teoria de que o satélite de formou uma colisão da Terra com outro corpo celeste
Ainda não existe um consenso entre os cientistas sobre a formação da
Lua, mas a chamada “hipótese do grande impacto” é a teoria mais aceita.
De acordo com ela, o choque com esse corpo celeste, com tamanho
semelhante ao de Marte, teria desprendido rochas e poeira que se uniram
para formar o satélite. O principal ponto que provoca dúvidas sobre a
veracidade dessa teoria é o fato de que os elementos químicos da Terra e
do nosso satélite parecem ser idênticos. Se a Lua realmente se formou
de uma colisão, suas rochas deveriam ser diferentes das do nosso
planeta, por serem parcialmente formadas por material de Theia.
Os cientistas analisaram amostras colhidas pelas missões Apollo 11,
12 e 16 (as duas primeiras lançadas em 1969 e a última em 1972) e
encontraram diferenças nos isótopos de oxigênio em rochas da Lua e da
Terra, da ordem de 12 partes por milhão. De acordo com os autores da
pesquisa, apesar de pequena, essa diferença é significativa, mostrando
que a Lua e a Terra têm composições químicas diversas devido ao impacto
que originou o satélite.
Proporção — O próximo desafio é descobrir quanto da
Lua é composto por matéria vinda de Theia. Modelos anteriores chegaram a
prever que esse valor seria de 70%, mas os pesquisadores alemães
apontam para uma divisão mais equilibrada, segundo a qual a Lua seria
formada 50% por materiais de origem terrestre. "Agora podemos estar
razoavelmente seguros de que a enorme colisão ocorreu", disse o autor
principal do estudo, Daniel Herwartz, da Universidade Georg-August de
Gottingen, na Alemanha.