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Planetas e Orixás regentes de 2023

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Entidades populares da Umbanda


Pombagira, cultuada nos candomblés e umbandas, é um desses personagens muito populares no Brasil. Sua origem está nos candomblés, em que seu culto se constituiu a partir de entrecruzamentos de tradições africanas e européias. Pombagira é considerada um Exu feminino. Exu, na tradição dos candomblés de origem predominantemente iorubá (ritos Ketu, Efan, Nagô pernambucano) é o orixá mensageiro entre os homens e o mundo de todos os orixás.

Os orixás são divindades identificadas com elementos da natureza (o mar, a água dos rios, o trovão, o arco-íris, o fogo, as tempestades, as folhas etc.) e sincretizados com santos católicos, Nossa Senhora e o próprio Jesus Cristo. Assim, Oxalá, o maior dos orixás, divindade da criação, é sincretizado com Jesus, Iemanjá, a Grande Mãe dos orixás e dos brasileiros, com Nossa Senhora da Conceição. Exu, o orixá trickster, o que deve ser sempre homenageado em primeiro lugar, o orixá fálico, que gosta de confundir os homens, que só trabalha por dinheiro, é aquele sincretizado erroneamente com o Diabo.

Na língua ritual dos candomblés angola (de tradição banto), o nome de Exu é Bongbogirá. Certamente Pombagira (Pomba Gira) é uma corruptela de Bongbogirá, e esse nome acabou por se restringir à qualidade feminina de Exu (Augras, 1989). Pelo menos nos cultos populares até muito banalizados, Dona Pombagira, que tem um lugar muito especial nas religiões afro-brasileiras, pode também ser encontrada nos espaços não religiosos da cultura brasileira: nas novelas de televisão, no cinema, na música popular, nas conversas do dia-a-dia. Por influência kardecista na umbanda, Pombagira é o espírito de uma mulher (e não o orixá) que em vida teria sido uma prostituta ou cortesã, mulher de baixos princípios morais, capaz de dominar os homens por suas proezas sexuais, amante do luxo, do dinheiro, e de toda sorte de prazeres.

No Brasil, sobretudo entre as populações pobres urbanas, é comum apelar a Pombagira para a solução de problemas relacionados a fracassos e desejos da vida amorosa e da sexualidade, além de inúmeros outros que envolvem situações de aflição. Estudar os cultos da Pombagira permite-nos entender algo das aspirações e frustrações de largas parcelas da população que estão muito distantes de um código de ética e moralidade embasado em valores da tradição ocidental cristã. Pois para Dona Pombagira qualquer desejo pode ser atendido: não há limites para a fantasia humana.

Embora conserve do candomblé a veneração dos orixás, a umbanda, religião que desenvolveu e sistematizou o culto a Pombagira como entidade dotada de identidade própria, é uma religião centrada no culto dos caboclos e pretos-velhos, além de outras entidades. Embora o candomblé não faça distinção entre o bem e o mal, no sentido judaico-cristão, uma vez que o seu sistema de moralidade baseia-se na relação estrita entre homem e orixá, relação esta de caráter propiciatório e sacrificial, e não entre os homens como uma comunidade em que o bem do indivíduo está inscrito no bem coletivo (Prandi, 1991a), a umbanda, por sua herança kardecista, preservou o bem e o mal como dois campos legítimos de atuação, mas tratou logo de os separar em departamentos estanques. A umbanda se divide numa linha da direita, voltada para a prática do bem e que trata com entidades "desenvolvidas", e numa linha da "esquerda", a parte que pode trabalhar para o "mal", também chamada quimbanda, e cujas divindades, "atrasadas" ou demoníacas, sincretizam-se com aquelas do inferno católico ou delas são tributárias. Esta divisão, contudo, pode ser meramente formal, como uma orientação classificatória estritamente ritual e com frouxa importância ética. Na prática, não há quimbanda sem umbanda nem quimbandeiro sem umbandista, pois são duas faces de uma mesma concepção religiosa.

Assim, estão do lado "direito" os orixás, sincretizados com os santos católicos, e que ocupam no panteão o posto de chefes de linhas e de falanges, que são reverenciados, mas que pouco ou nada participam do "trabalho" da umbanda, isto é, da intervenção mágica no mundo dos homens para a solução de todos os seus problemas, que é o objetivo primeiro da umbanda enquanto religião ritual. Ainda do lado do "bem" estão o caboclo (que representa a origem brasileira autêntica, o antepassado indígena) e o preto-velho (símbolo da raiz africana e marca do passado escravista e de uma vida de sofrimentos e purgação de pecados).

De todas as classes de entidades da umbanda, que são muitas, certamente o preto-velho é o de maior reconhecimento público: impossível não gostar de um preto-velho, mesmo quando se trata de um não-umbandista. Ele é sábio, paciente, tolerante, carinhoso. Já o caboclo é o valente, o selvagem (o índio) antes de tudo, destemido, intrépido, ameaçador, sério, e muito competente nas artes das curas. O preto velho consola e sugere, o caboclo ordena e determina.

O preto-velho acalma, o caboclo arrebata. O preto-velho contempla, reflete, assente, recolhe-se na imobilidade de sua velhice e de seu passado de trabalho escravo; o caboclo mexe-se, intriga, canta e dança, e dança e dança como o guerreiro livre que um dia foi. Os caboclos fumam charuto e os preto-velhos, cachimbo; todas as entidades da umbanda fumam — a fumaça e seu uso ritual marcando a herança indígena da umbanda, aliança constitutiva com o passado do solo brasileiro.

Do panteão da direita também fazem parte os boiadeiros, os ciganos, as princesas. O boiadeiro é um caboclo que em vida foi um valente do Sertão. Veste-se como o sertanejo, com roupas e chapéu de couro, e cumpre um papel ritual muito semelhante aos caboclos índios, que se cobrem de vistosos cocares. Igualmente são bons curadores. Ciganos dizem o futuro mas não sabem curar; como os príncipes, estão acima das misérias terrenas. Marinheiros sabem ler e contar, e conhecem dinheiro, o que não acontece com nenhuma outra entidade, mas carregam muito dos vícios do homem do mar: gostam muito de mulher da vida, bebem em demasia, são sempre infiéis no amor, e caminham sempre com pouco equilíbrio.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.

As Vibraçoes originais na Umbanda


Conceito Interno da Corrente Umbandística sobre as 7 forças, linhas ou vibrações originais dos orixas.

Vibração Original ou Força Vibratória Espiritual e Cósmica é o que está acima dos Santos, Anjos. São agrupamentos de espíritos, por afinidade que formam as LINHAS;

LINHAS são as Legiões, as falanges, os agrupamentos de seres encarnados e desencarnados, que se movimentam para o bem, a proteção ou a ordenação da Vibrações Espirituais dos ORIXÁS. Cada uma dessas 7 linhas estão sob a vibração. 1. ORIXALÁ ou OXALÁ – é a linha de força sobre a qual estão situados os Espíritos (caboclos, pretos-velhos) cujo grau evolutivo alcançaram essa faixa vibratória e que está sob a visão direta de Jesus – o Cristo. Na umbanda, se apresenta sob a roupagem de caboclos. É o Princípio Incriado que controla o lado ativo que atua na Natureza. É o Verbo Solar – a Ciência do Verbo. Faz a supervisão das demais vibrações ou Linhas. Orixalá = A LUZ DO SENHOR DEUS. 2. YEMANJÁ – é a Vibração ou a Linha Espiritual de Força sob a qual estão situados os Espíritos cuja matriz-perispirítica se define como feminina. Na Umbanda, se apresentam como “caboclas”. Segundo a Lei do Verbo esta Linha se traduz como o Duplo Princípio Espiritual Incriado. O Eterno Feminino. A Força Fecundante. Pelo aspecto cósmico, se situa na Natureza, conjugando o ativo no passivo, o quente no úmido. YEMANJÁ = Princípio Duplo Gerante

3. YORI - é a Vibração ou Linha de Força Espiritual na qual estão situados os espíritos cujos graus evolutivos alcanço esta Faixa Vibratória e cuja matriz perispirítica ainda não dissolveu os caracteres infantis. Reflete e traduz o Princípio. Pelo aspecto moral, ele controla a Lei de Reencarnação. Pelo lado cósmico, controla a Lei natural para a Tríplice. Na Umbanda, se apresentam como corpo astral de crianças; todavia, existem chefes de legião, que se diz como “encantados”, porque tendo os caracteres psíquicos de pureza infantil, jamais passaram pela forma humana... É um dos mistérios do astral...

4. XANGÔ – é a Vibração ou a linha de Força Espiritual, que estão situados todos os espíritos que executam a Lei Kármica pela aferição (avaliação) das Causas e que na Umbanda se apresentam como Caboclos. É a Faixa Vibratória que dá assistência e formação direta aos Tribunais Inferiores do Astral. Traduz Movimento de Vibração da Energia Oculta – O Raio Oculto – A Alma ou o Senhor do Fogo – O Dirigente das Almas... Xangô= O Senhor das Almas do Elemento Ígneo.

5. OGUM – é a Vibração ou Linha de Força Espiritual sob a qual estão situados todos os espíritos que controlam os choques conseqüentes da execução kármica, como cobranças e reajustes da Lei, dentro de seus efeitos. É a faixa que atende nas demandas da Fé, das Aflições, das Lutas Morais etc. Na Umbanda, se apresentam como Caboclos. Reflete e traduz: a Luta Sagrada, o Fogo Sagrado. OGUM= O Fogo da Salvação ou da Glória.


6. OXÓSSI – é a Vibração ou Linha de Força Espiritual sob a qual estão situados os espíritos que se encarregam da ação doutrinária ou de catequese. Na Umbanda, se apresentam sob a forma de Caboclos e Caboclas e dão assistências aos males físicos e psíquicos. Traduz, segundo a Lei do Verbo: Ação Envolvente ou Circular sobre os Viventes da Terra. Essa faixa espiritual usa muito o “prana” dos elementos vegetais, na terapia oculta.

7. YORIMÁ – é a Vibração o a Linha de Força Espiritual sob a qual se situam os espíritos que podem exercer ma ação geral sobre os viventes ou encarnados. É a Faixa Vibratória que acolhe os Magos da Experiência, da Sabedoria. É o mestrado da Magia, envolvendo os aspectos da terapêutica natural e astral ou oculta. São os senhores do cabalismo, pelas ações das rezas de força etc. Se apresentam como espíritos de “pretos-velhos”. Reflete e traduz, segundo a Lei do Verbo: Potência, Ordem, Princípio Permanente. YORIMÁ = Potência da Palavra da Lei. Palavra Reinante na Lei.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
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