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Planetas e Orixás regentes de 2023

domingo, 3 de abril de 2022

Salve nosso Pai de Cabeça

 
Dentro da cultura do Candomblé, o Orixá é considerado a existência de uma “vida passada na Terra”, na qual os Orixás teriam entrado em contato direto com os seres humanos, aos quais passaram ensinamentos diretos e se mostraram em forma humana. Essa teria sido uma época muito distante na qual o ser humano necessitava da presença física dos Orixás, pois o ser humano ainda se encontrava em um estágio muito primitivo, tanto materialmente como espiritualmente. Após passarem seus ensinamento voltaram à Aruanda, mas deixaram na Terra sua essência e representatividade nas forças da natureza.

O QUE É ORIXÁ? O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas. Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos. O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.

Acreditamos que esses elementos e suas ramificações são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra. A esses espíritos de alta força vibratória chamamos ORIXÁS, usando um vocábulo de origem Yorubana. Na Umbanda são tidos como os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza. São conhecidos em outras partes do mundo como “Ministros” ou “Devas”, espíritos de alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam cumpridas constantemente.

O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos.Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento.

Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso “arquétipo”. Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, “Chefe de Cabeça”, “Pai ou Mãe de Cabeça”, ou o nome esotérico “ELEDÁ”. A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás.

Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda denominamos de “Juntós”, corruptela de “Adjuntó”, palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de “OSSI” e “OTUM”, respectivamente na sua ordem de influência. Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio.

Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.

Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso. Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.

A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carma a serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza, um Orixá protetor. É normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força é feita para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias auxiliares, ou “OSSI” e “OTUM. Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium na Umbanda.

Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou adjuntó. Frequentemente recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.

Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe? Assim também é com os orixás. Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã. Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras. O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e individualmente, a característica de um único orixá.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
 
 

Oraculos: a importante Geomancia




A importanta Geomancia Árabe, ciência mântica que deu origem ao referido oráculo que conhecemos hoje nas religiões afros o sagrado Ifá! É certo que após tomar conhecimento da existência da Geomância Árabe, Napoleão passou a estudá-la profundamente, tornando-se, mais tarde um geomanta, consultando regularmente aquele oráculo. No entanto a rotulação de "hierofantes" dada aos sacerdotes de Ifá é um engano, na verdade os hierofantes eram sacerdotes de Ceres, deidade grega cultuada em templo erguido em sua honra na antiga cidade grega de Ática, nenhuma relação com Ifá e seus sacerdotes.

Também a semana nagô, composta de quatro dias, não pode ser considerada como um calendário, tendo em vista que um calendário, de qualquer origem, é uma forma bastante complexa de contagem de tempo, onde deverão constar, devidamente ordenados e numerados, dias, semanas, meses, anos, fases da lua, horas das marés e outros fatos cronológicos. E o sistema de Ifá não é de base 4 e sim um sistema binário onde existem apenas dois tipos de sinais (simples e duplos). A inexistência de sinais triplos e quádruplos deixa claro que não tem, como base, o 4.

Geomancia é um método divinatório, a "mancia das areias". Sua origem remonta a origem dos tempos onde o homem observava a estrelas em busca de respostas. Historicamente o oráculo foi desenvolvido pelo árabes e africanos. Na África são usados búzios e obis, enquanto os paíes árabes se utilizam da própria areia para obter a intuição da resposta.

Segundo Panisha, podemos definí-la como a Arte Divinatória em que a resposta a uma pergunta formulada vem através do subconsciente segundo regras especiais; Segundo Don Néroman, a Geomancia seria a Arte Divinatória na qual uma pergunta formulada torna-se uma interrogação feita pelo subconsciente aos Planetas Astrológicos, vindo a resposta através do inconsciente, além de ser a única forma válida de Astrologia Horária, episódica; Segundo importantes autores do ocultismo ocidental, entre eles Aleister Crowley, Israel Regardie, Melita Denning, Osborne Phillips e diversos outros, a Geomancia é a Arte Divinatória na qual uma pergunta formulada interroga Inteligências Geomânticas (em algumas correntes, submissas a Planetas Astrológicos), que respondem à mesma através do nosso subconsciente; Segundo praticantes modernos, menos ligados a organizações e dogmas, a Geomancia é a Arte Divinatória na qual uma pergunta formulada interroga Elementais da Terra (Gnomos), que respondem à mesma por intermédio de nosso subconsciente; Segundo os praticantes de Cultos Afro, a Geomancia, tratada como “Culto de Ifá” e “Fundamentos de Ifá”, uma pergunta formulada torna-se uma interrogação às Entidades ligadas à prática realizada, que então utiliza-se de nosso subconsciente para respondê-la; Geomancia é a Arte Divinatória que, fazendo uso de uma estrutura egregórica pré-estabelecida, aonde encontram-se todos os parâmetros fixos e variáveis utilizadas em sua prática, uma vez formulada uma pergunta por alguém que conheça, compreenda e aceite sua estrutura e ditames, a mesma torna-se uma interrogação a Inteligências não-humanas, ligadas a energias Planetárias e Elementais, que enviam a resposta ao subconsciente do Geomancista, que só então obterá a resposta decifrada por um método mântico submetido à “lei das sincronicidades” (ver obras de Carl Gustav Jung), mas verificável racional e sequencialmente. Além disso, podemos dizer que a Geomancia é a Arte Divinatória que consiste em formar as assim chamadas Figuras Geomânticas e de as situar nas 12 Casas Geomânticas, semelhantes às 12 Casas Astrológicas. Como há 15 Figuras para 12 Casas, as 3 Figuras restantes formam o chamado Tribunal Geomântico, composto de 2 Testemunhas e de 1 juiz.

Peças Geomânticas

Figura Nome em Latim Nome em Português Significado
Popullus.gif Popullus O Povo Banalidade, pessoas, fofoca, influência de pessoas externas, ...
Via.gif Via O Caminho Destino, indecisão, situação sem escolhas, ...
CaputDraconis.gif Caput Draconis A Cabeça do Dragão A Boa Orientação, bom conselho, bons contatos, boa dica, ...
CaudaDraconis.gif Cauda Draconis A Cauda do Dragão A Má Orientação, mau conselho, más companhias, engano, ...
Laetitia.gif Laetitia A Alegria A Satisfação, coisas boas, alegria, ...
Tristitia.gif Tristitia A Tristeza A Insatisfação, coisas ruins, tristeza, ...
Puella.gif Puella A Menina Coisas fáceis, menina, situação de simples resolução, ...
Puer.gif Puer O Menino A Dificuldade, menino, situação complicada, ...
Albus.gif Albus O Branco A Aceitação, paz, tranquilidade, ...
Rubeus.gif Rubeus O Vermelho A Revolta, briga, guerra, stress, confusão ...
FortunaMajor.gif Fortuna Major Fortuna Maior Muita Sorte, crescimento espiritual, ...
FortunaMinor.gif Fortuna Minor Fortuna Menor Pouca Sorte, crescimento material, ...
Acquisitio.gif Acquisitio O Ganho O Lucro, ganho, vantagem, ...
Amissio.gif Amissio A Perda O Prejuizo, perda, queda, ...
Conjuncio.gif Conjuncio A Reunião Caminhos Abertos, receber ajuda de pessoas, liberdade, boas possibilidades, ...
Carcer.gif Carcer A Prisão Caminhos Fechados, perda da liberdade, etar presso a um situação ou a pessoas, situação pouco favorável, ...
Geomancia Moderna, J. R. R. Abraão

A palavra geomancia é formada por dois radicais de origem grega: Geo-terra, mantike ou mantia, divinação (arte de revelar as coisas da terra). A origem da geomancia até hoje, ainda é bem controvertida: alguns estudiosos a consideram originária da Pérsia, outros da Arábia, Tunísia, China e também Pré-Atlante. Existem, aproximadamente, 65.536 combinações possíveis para a montagem de um tema geomântico. Como nos diz Alain Le Kern: “… não devemos nos esquecer que tudo que é divinatório transcende ao tempo. Na verdade deveríamos afirmar que manipula o tempo. Tornar-se, predizer e ver, na divinação é abster-se do tempo, é adentrar no tempo, é sair do cotidiano passado, presente e futuro”.

Documentos referentes à geomancia, datados de aproximadamente 1.550 a.C., podem ser encontrados na Biblioteca do Cairo e em vários textos fenícios. Diversas informações também se encontram nas Bibliotecas da Turquia, onde alguns textos fazem referência ao profeta Daniel, que teria introduzido esta arte entre os semitas e alguns essênios. Outras referências são encontradas em livros atribuídos aos Hermes, a Hermes Trimegistus e a Arquimedes. O certo é que, em todas as épocas e na quase totalidade dos lugares do planeta e em inúmeras raças, existem referências à geomancia. Conforme o local de sua implantação, adquire vários nomes: Ifá, Sikidy, Ilmal-Raml, Al-Khatt Bi-Raml, Feng-Shui, Robolion, Voodoo, Vastuvidya, Fá, Tm Tum El Hindi, etc… A Geomancia é um meio para melhor compreensão do nosso universo pessoal. Segundo C.G.Jung, “a geomancia é a arte ideal das correspondências”. Através do jogo geomântico, as dificuldades presentes poderão ser trabalhadas e conscientizadas, desequilíbrios, pontos fracos, poderão ser analisados e corrigidos, sua natureza mais íntima será entendida para que possa compreender o presente e contribuir conscientemente para moldar o futuro.

Geomancia é uma ciência, pois seu conteúdo é altamente matemático, lógico, físico, cosmológico e psíquico. É uma arte, fornecendo uma visão do presente, passado e futuro. É uma técnica natural/intuitiva, sendo seus métodos perceptivos, mediúnicos, oraculares, telepáticos, oníricos, etc., e artificial /indutiva, pois tem como base a astrologia, a hermenêutica, sendo augural, consultiva, etc. A geomancia possui um senso divinatório, metafísico e matemático, que permite elaborar, interpretar e indicar as corretas informações para a orientação do dia a dia, quer no plano físico, emocional, mental, espiritual ou astral. Como resultado do conhecimento obtido, conscientizamos o antes desconhecido e permanecemos em alerta para o não mais misterioso porvir. É ciência e arte divinatória, sendo assim um importante método auxiliar na ampliação de nossa consciência, fornecendo informações importantes que irão favorecer o presente e o futuro.

Sem orgulho ou deslumbramento, com segurança e amor, o geomancista procura mostrar como se deve viver no tempo e espaço presentes. Orienta as pessoas, para que elas consigam superar todas as dificuldades, e vislumbrar todas as “saídas” apresentadas no decorrer do jogo geomântico. Conhecedor de suas habilidades, temperamentos, intenções, capacidades, projetos, um novo ser poderá surgir após o jogo. Ressurgido das cinzas de um passado, consciente não mais do agora, mas do “JÁ”, totalmente reequilibrado e seguro, consciente das transformações que terá que realizar dentro de si, pois possui as ferramentas necessárias para as modificações que quiser, finda está a missão do Geomancista - A compreensão de si mesmo.

Análises deste tipo, são hoje em dia também empregadas por empresas, na admissão de funcionários para determinados cargos, para os quais se torna necessário conhecer mais profundamente certos aspectos dos candidatos, antes de aceitá-lo, ou reconduzi-los a outras funções. Ao serem lançados os dados zodiacais, que fazem parte do jogo, denominados por alguns de ideogramas ou arquétipos geomânticos, o consulente neles projeta seus questionamentos que necessitam ser desvendados. Interpretando as informações decorrentes das figuras geomânticas que forem se formando, respostas ricas em detalhes, pessoas, lugares, passado, presente e futuro entre milhares de outros aspectos que envolvem a vida do consulente, serão respondidas sem quaisquer restrições. Em momento algum o consulente verbaliza qualquer tipo de pergunta. Só o geomancista é que está autorizado a se expressar durante o jogo, que pode durar até cinco horas, dependendo da quantidade dos questionamentos do consulente. Todo um clima de misticismo conduz o jogo geomântico.

Compreender nossas atitudes, como lidar com os momentos ascendentes e descendentes de nossa vida, é o que nos informa também, a geomancia. Não devemos esquecer que o Universo e a transformação do mercúrio hermético nos fornecem luzeiros, mas, só o homem pode escolher a lanterna que irá iluminar seu caminho em busca da realização, este caminho, ele terá que percorrer só. Só homem é arquiteto do próprio destino..., os seres humanos, mediante as mudanças das atitudes interiores da mente, podem mudar os aspectos exteriores da própria vida.

Até o ano de 622, no mundo Árabe, imperava o fetichismo, o politeísmo. Em Ka’ba eram adorados mais de 360 ídolos. A superstição e crenças nos sinais da natureza eram exacerbadas, movimentos da areia soprada pelo vento, os desníveis da terra, folhas caídas ao chão, eram tidos como sinais dos Deuses. Após 622 ocorreu, uma das maiores transformações de nossa história envolvendo grande parte do mundo civilizado. Esta revolução provocou uma unidade política e religiosa, unificando paises, povos e culturas, com suas mais diversas crenças, em torno de um homem, Maomé. Este apóstolo de Alah,inspirado pelo eleito de Deus,o anjo Gabriel, transmitiu a expressão maior dos ensinamentos de Alah,o Qur’na, O Corão, código moral, sociais, éticos, religiosos, verdadeiramente adaptados por Mahome, ao gênero de vida dos bravos “Cavalheiros do Deserto”.

Forneceu Maomé através do Corão, fé em uma vida futura, piedade, humildade, alegria em dar, resignação, crença na decisão divina, ressurreição dos mortos e acima de tudo fé em um Deus misericordioso, Alah. Antes de 622, diversos rituais esotéricos e exotéricos, eram utilizados para a montagem dos oráculos.Crenças em anjos, demônios, djinns, guardiões e gênios se faziam presentes. As várias formas empregadas ao se lançarem pedras,areias e sementes ao solo,conduziram-nos ao mundo encantado das artes divinatórias-árabes,que espalhadas pelo mundo,adotaram diversoso nomes e formas,conforme o local de sua difusão:Tum Tum;Fá;Ifá;Robolion;Sikidy; Alufá;Feng-Chui;Vodoo;Munadjdjimun;Muqaddimah;I Kha Hal Raml;Al Raml e Iml El Raml,todas derivadas da geomância primitiva.No ocidente denominou-se Geomância, nome derivado do grego, significando: Geo-terra, Mancia-divinação.

A geomância é uma constatação, de como o homem pode transcender o futuro através de uma análise e interpretação dos planos por ele e para ele traçados, obtidos através das figuras geomânticas. O universo árabe da geomância nos conduz a um passado ainda mais longínquo, no qual eram efetuadas preparações espirituais, para que o oráculo pudesse ser realizado.Encantamentos, abjurações e rituais, os mais diversos, faziam parte da magia do oráculo geomântico.Eram invocadas a presença de djinns, anjos, gênios, para auxiliarem na transmissão dos fundamentos, através de encantamentos e abjurações. Os djinns, segundo Robert Albelain, são os auxiliares da transmissão oculta do sacramento, os seus artesãos. Para DomNeroman, os djinns são muito espertos e são de uma essência superior, intermediário entre os homens e os anjos, para outros são os espíritos do deserto.

Encontramos na dança árabe das espadas, os bravos cavaleiros do deserto, lutando com suas espadas contra djinns imaginários. Os Geomancistas árabes, após Mahome, tinham sempre o cuidado de jamais associarem, anjos, djinns, gênios, etc.a Alah, nem invocarem nenhuma dessas entidades, sem que Alah o permitisse.Pois, o Profeta na Sura V, ayat (versículo) 92 nos diz que: “OH! Vós os que creis! O vinho, e jogo de azar, as Ansab e as flechas da sorte são uma abominação da obra de Satan”.

Os geomancistas que invocavam os djinns, anjos e gênios antes de iniciarem o jogo geomântico, se baseavam nos Suras do Corão que a eles fazem referências:

Sura XXXIII- 156- “É Ele quem exerce a benevolência para com vocês e os mesmo seus anjos, com o objetivo de fazê-los sair das trevas para a luz”; LI 56 -“Eu não criei gênios e homens senão para que me adorem"; XIII 25- “Não há um ser humano, dentro do qual não haja um djinn”; XV 8 - “Eu não envio de cima os anjos, senão para mostrar a verdade e não para satisfazer a curiosidade dos descrentes”; LV 33- “Oh assembléia de homens e gênios. Se fordes capazes de passar os limites dos céus e da terra. Passa-os. Mas não podeis passá-lo, a menos que Eu autorize a fazê-lo”. Etc... Foram as mais antigas tradições originárias da Turquia, Egito, Tunísia, Síria, Argélia, Pérsia, China, etc. que influenciaram os mais diferentes métodos geomântico. Nas diversas interpretações e rituais esotéricos e exotéricos, encontramos influências de todos estes países. Para a montagem de um oráculo, nos forneceram louvações, que servem de preparação espiritual, antes de ser iniciado o estudo de um tema geomântico.

“Ao nome de Deus, clemente e misericordioso. Nele estão as chaves do abstrato, do passado, do presente, do futuro e ninguém conhece tão bem quanto Ele. Ele sabe tudo o que está na terra, no ar e de cada folha que cai das árvores Ele conhece o destino. Assim eu proclamo que não há senão um Deus, e um só, e que Mohamed é o Profeta”.

Assim, para eles o consulente é um instrumento nas mãos dos mestres e forças planetárias, se não o for, não será o céu que responderá às questões, não será um oráculo. "Alah dará sempre provas de suas resplandecências, pois não somos, mais do que brinquedos nos momentos de tirar os pontos. Ninguém forma jogo algum, Alah é quem escolhe a forma de se comunicar. Só Ele é quem imporá a natureza da questão e o ritmo a que deve ser submetido o oráculo”.

A análise das figuras geomânticas contidas no oráculo, tinham que estar plenamente de acordo com os preceitos morais, éticos e religiosos da época, exemplos:

Laetitia; El dakila e Hurr-Respectivamente em Latim, Árabe e Kordofan - representa o homem que cria e adquire riquezas e a mulher terá que aprovar a bondade do homem, aceitando somente o que ele lhe oferece; Caput Draconis; El ataba; El dakila; Raiya - representa o homem que escolheu se privar dos bens do mundo, a fim de viver para Alah.A mulher deve aceitar com resignação sua condição perante a escolha feita por seu marido e auxiliá-lo em sua missão; Rubeus; Humra; Hunra - representa a mulher só tem um homem e o homem é um ser livre para casar mais de uma vez; Albus; El bayad; Beyyad - representa o marido preso à hereditariedade, à sua ascendência, é o símbolo do noivado realizado por parentes sem aquiescência dos noivos, o casamento por conveniência; Puer; Kausaj; Jodala - representa a luta por um grande ideal é o homem infiel e a mulher resignada; Puella; Naqiy el kadd; Mahzum - representa o conformismo, limita a ambição da mulher exclusivamente à família; Aquisitio; Qabd el dakil; Qabid - representa a procura do divino que em tudo se encontra; Caput; El ataba el kharga; Raiya - representa a supremacia do homem sobre a natureza; Via; Tariq; Tariq - representa as moscas das caravanas, pessoas instáveis e ociosas; Conjonction; Ijtima; Damir - representa os ministros de cultos que asseguram a ligação entra Alah e o ser crente, que abrem os braços e fecham as sepulturas; Fortuna Maior; El nusra el dakila; Rasn - representa os fornecedores de armas, etc

Os objetos utilizados no ritual geomântico eram, segundo Robert Ambelain:

· Um tabuleiro de madeira virgem;

· Uma toalha de cor verde que representa a presença de Hermes Trimegisto;

· Um prato de cobre- al madel - destinado a receber a areia para a divinação;

· Um prato de madeira duro e denso, de madeira virgem sobre o qual se depositavam as folhas de papel para jogar os pontos;

· Um canoum, pequeno prato de terra cozido utilizado para a defumação;

· Brasas para os incensórios e um cofre para perfumes;

· Castiçais de cobre com velas verdes ou vermelhas;

· Um roupão vencilho usado pelo geomâncista;

Todos os objetos eram sacramentados após orações e umedecidos com saliva, que é o sacramento do verbo.

Até os nossos dias, nenhum iniciado nesta ciência não começa nenhum jogo geomântico, sem antes elevar seus pensamentos a Deus em forma de orações. Pedem permissão aos reis, aos climas, aos pontos cardeais, aos guardiões do jogo, aos anjos, arcanjos, djinns, às figuras geomânticas, etc., todos com seus respectivos nomes sagrados, para que intercedam em nome do amor Divino, que o auxiliará a desvendar o oráculo. A religação do consulente ao Uno e a interação em seu futuro próximo, provocam alterações em seus atuais parâmetros de vida, determinando as formas com as quais ele poderá superar obstáculos de sua vida, esta é a grande finalidade do jogo geomântico, a Geomância árabe.

Fonte: Diversos sites da internet
 
 
 
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