Quando fazemos uma oferenda, geralmente elevamos a nossa faixa vibracional e nos harmonizamos com a entidade. Isso faz com que comece a haver uma espécie de “vício” ou “ciclo vicioso”, onde entidade e pessoa começam a precisar da oferenda para se comunicarem.
E disso surgem pedidos cada vez mais freqüentes impedindo a evolução da pessoa e da entidade que começa a ver na oferenda a única forma de contato com a pessoa ofertante. Não sou contra as oferendas, assim como não sou contra a tudo que seja feito com prudência e harmonia, o que critico aqui é a incoerência e os excessos.
O nosso objetivo é orientar que a oferenda deva vir apenas como uma representação material de agradecimento e não de comunicação com as entidades, que basicamente e de maneira geral não precisam de oferenda. Quanto menos evoluída a entidade e mais apegado a matéria for o médium, mais ambos “precisarão” de oferendas.
Geralmente fzer isso por ocasião do dia do Orixá ou entidade em forma de homenagem é o mais indicado, ou no caso de alguma iniciação, tratamento ou pedido expresso dos Guias, pois o amor, fé, estudo doutrinário e o desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, ofertadas com resignação e humildade é o conceito certo a ser seguido, assim nos dispomos a ser médiuns. E se dispor a ser médium não significa apenas entrar para a corrente de um terreiro e dar incorporação. Mas se colocar a disposição, a serviço da caridade. E sabemos muito bem que não há necessidade da incorporação para que isso ocorra, assim como sabemos também que arriar oferenda não é “cuidar do santo”. Na verdade as obrigações são muitas e para cada individuo tem uma receita diferente.
O uso da oferenda como elemento de atração, religação ou ponto de fixação dependerá da orientação de cada dirigente umbandista. Havendo a real necessidade, a oferenda deve ser feita em locais determinados, normalmente junto à natureza ou reinos apropriados. Lembrando sempre de deixar o local limpo como foi encontrado.
Nós umbandistas amamos a natureza e as suas energias, como podemos sujar os locais sagrados para nós? É no mínimo incoerente. E uma coisa que o umbandista não pode ser é incoerente. A situação ideal é que todas as oferendas sejam feitas dentro do próprio terreiro em alguma parte destinada para esse fim. Ou no caso de uma necessidade, a qual o contato com o Meio Ambiente é preciso, ter cuidado, ética e higiene são fundamentais.
Eu sou um amante de roupas brancas, adoro vestir o branco, mas, dizer sempre que a vestimenta básica do trabalhador de Umbanda é toda branca e que todo mundo deve seguir essa regra na minha opinião não é tão relevante assim. Na verdade essa é uma influencia dos paises mulçumanos que cultuam Alá, aqui nominado como Oxalá. Mas, os adeptos teimam em negar que há essa influencia mulçumana no Candomblé. Pra tirar a dúvida é só fazer uma visitinha em vários paises do Continente Africano.
Na verdade cada medium vibra numa cor, mesma o Branco sendo neutro, sabemos bem que cada pessoa vibra numa tonalidade. Um filho de um orixá como Ogum por exemplo se dá muito bem com o azul e o vermelho, e num sentido bem esoterico ou astrologico com o laranja. Cada chefe de Raio de uma Vibração tem uma cor, então por que o medium só tem que andar de branco como uma galça? Papo furado!
Outra coisa imbecíl propagada por pessoas mal informadas é que "não se pode cobrar consultas ou por trabalhos magisticos"! Claro que pode! Pode e deve! As igrejas naõ cobram dizimos? Ninguem vive do nada! Todos precisam ter renda pra estudar e se manter. E ninguem vá nesse papo professado por espertalhões o tempo todo dizendo-se sempre adepto da "caridade", um terreiro precisa sim se manter, um consultor, tarologo, astrologo, numerologo ou seja lá que oráculo ele use, precisa de rendas! E por que alguem em sã consciencia iria perder tempo e trabalhar duro pra ficar o tempo todo, dando consultoria de graça pra pessoas desorientadas que só procuram consultas quando estão ferradas? Por acaso os Apostolos depois da morte de Cristo não colheu doações e muitas riquezas? As igrejas ao longo dos tempos, não juntaram patrimonios gigantescos? Sai pra lá espertinho!
Assim como o pisicologo, o médico e outros profissionais cobram por seus serviços o consultor de oraculos também pode sim cobrar! Se as divindades chegam a cobrar até com certa frequência oferendas e na Biblia vimos muitos pedidos de oferendas e dizimos, por que o medium não pode cobrar pelo tempo que ele perdeu alí ensinando algo? Claro que pode sim! E deve fazer isso sim! Ninguem é trouxa, na verdade todos se aplicam, a grande maioria hoje estuda muito, compra livros caros e perde muito tempo se aplicando, não a um ramo de vida, mas, usando seu poder pisiquico e espiritual para levar mensagens importantes, e precisa ser gratificado por isso sim!
Por que que alguem iria colocar-se a disposição de uma sociedade totalmente confusa, teimosa e egoista, o tempo todo, pra ser consultado e buscado a seu bel prazer por simples caridade? Claro que não deve ser assim, fazendo papel de idiota! A Biblia também nos deixa claro que o sacerdocio é importante. Se pra ser um sacerdote tem que ter dons espirituais, esses mesmos dons geram riquezas não só no plano espiritual mas, também materiais.
Agora é bom saber diferenciar entre profeta e sacerdote, entre mago e santo! Ou seja, as profecias enviadas pelas divindades, certamente não podem gerar cobranças, pois, vem de cima pra baixo e elas são enviadas de graça. Mas, um sacerdote que estuda as formas oraculares, ele é uma ferramente de comunicação com o sagrado. Assim se uma pessoa tem o dom da musica passa a viver da musica, se tem o dom da cura passa a viver de curar as pessoas e se tem dom de consultar o oraculos, certamente tem que ter renda nisso, ou vai ter que se aplicar a outra coisa, pois, ninguem vive sem renda! Deixem de ser hipocritas e metidos espertalhões!
Carlinhos Lima
Um comentário:
subscrevo tudo o que disse, gostei muito da maneira descomplicada como foi explicado. obg pela partilha
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