Pesquisadores
indianos detectaram uma supernova extremamente brilhante, deficiente em
hidrogênio e de rápida evolução, que brilha com a energia retirada de um
peculiar tipo de estrela de nêutrons com um campo magnético ultraforte.
Este
tipo de supernova, denominada supernova superluminosa (SLSNe), é
considerado raro no mundo da ciência e geralmente é originado a partir
de estrelas massivas, com uma massa de mais de 25 vezes a do Sol, segundo o portal Hindustan Times.
Conforme o estudo, estes objetos estão entre os menos compreendidos,
pois suas fontes primárias não estão claras e seu brilho extremamente
alto é inexplicável.
O novo tipo é a chamada "supernova de captura de elétrons", um corpo celeste que teria como progenitoras as estrelas maciças de ramos gigantes superassintóticos
A equipe observou que a aparência da supernova era semelhante a
outros objetos no campo, contudo, a estimativa do brilho fez com que
parecesse um objeto de intensa cor azul, refletindo seu caráter muito brilhante.
De acordo com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Índia, um
estudo aprofundado destes objetos espaciais poderia ajudar a compreender
os mistérios do Universo primitivo.
IC 443 é um
remanescente de supernova (SNR, na sigla em inglês). O novo estudo sobre
o IC 443 fornece dados importantes sobre a emissão de raios X de SNR.
Astrônomos italianos desenvolveram modelo 3D para o remanescente galáctico de supernova
IC 443, a fim de investigar a morfologia desta fonte. O modelo não
apenas forneceu informações sobre a morfologia complexa do IC 443, como
também proporcionou dados cruciais sobre a emissão de raios X desse
objeto. O estudo foi detalhado em um artigo publicado no repositório arXiv.org.
"O meio ambiente não homogêneo
observado é o principal responsável pela estrutura complexa e morfologia
de raios X do IC 443, resultando em uma distribuição muito assimétrica
do material ejetado devido à localização descentralizada da explosão
dentro da cavidade formada pelas nuvens. Argumenta-se que a morfologia
do pico central é uma consequência natural da interação com o ambiente
complexo", escrevem os autores, citados pelo portal Phys.org.
Evolução das galáxias
SNRs são estruturas difusas em expansão resultantes de uma explosão
de supernova. Eles contêm material ejetado em expansão pela explosão e
outro material interestelar que foi varrido pela passagem da onda de
choque da estrela que explodiu. Estudos sobre SNRs são importantes
porque essas estruturas desempenham um papel fundamental na evolução das galáxias. SNRs também são considerados responsáveis pela aceleração dos raios cósmicos galácticos.
IC 443 está uma distância de aproximadamente 4.900 anos-luz. A partir
da banda de rádio, o SNR exibe uma morfologia semelhante a uma concha e
emite raios X térmicos em seu centro.
As observações mostram que IC 443 parece consistir em duas subcamadas
quase esféricas interconectadas de raios e centróides diferentes. Ele
também tem um ambiente bastante complexo, pois interage com uma nuvem
molecular nas áreas noroeste e sudeste e com uma nuvem atômica no
nordeste. O modelo 3D permitiu aos cientistas investigar a origem da
morfologia complexa e da emissão de raios-X multitérmica observada neste
SNR.
"Modelamos a expansão do SNR e sua
interação com o ambiente circundante, parametrizados de acordo com os
resultados da análise de dados de multicomprimentos de onda. A partir
das simulações, sintetizamos a emissão térmica de raios-X e comparamos
com as observações", explicaram os astrônomos.
Com base nos resultados, os cientistas presumem que a supernova original foi caracterizada por uma baixa energia de explosão e que a idade do IC 443 é de cerca de oito mil anos.
Pronunciada
como "assassin" (ou assassino, em inglês), a supernova chegou, em seu
pico, a uma luminosidade de 570 bilhões de vezes a do Sol
Batizada de ASASSN-15lh, a supernova
Batizada de ASASSN-15lh, a supernova é tão potente que sua luminosidade supera em 20 vezes a da Via Láctea(Divulgação/MPIA/NASA/Calar Alto Observatory/VEJA)
Astrônomos descobriram o que pode ser a supernova mais poderosa já encontrada. Publicado na última edição da revista Science,
o estudo revelou que, em seu auge, a potência reportada pela grande
explosão de estrelas foi 200 vezes maior que a de uma supernova comum e
com luminosidade de 570 bilhões de vezes a do Sol.
Rara - Batizada de ASASSN-15lh, a supernova é
especialmente rara uma vez que é duas vezes mais luminosa que qualquer
outra explosão já vista. Os autores acreditam que esta é uma supernova
tão poderosa que sua luminosidade supera em 20 vezes a de toda nossa Via
Láctea.
Os pesquisadores estimam que a estrela que originou a ASSASN-15lh
deve ter sido "colossal", com cerca de 50 a 100 vezes da massa do nosso
Sol. Mesmo assim, é comum que ao longo do seu tempo de vida, as estrelas
percam parte de sua massa. Por isso, acredita-se que, ao explodir, esta
estrela deveria estar bem menor do que quando surgiu. "A estrela
deveria ter um tamanho não muito maior do que o da Terra", informou à
rede britânica BBC o professor Christopher Kochanek, da Ohio State University, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo.
Mistérios - O projeto polonês All Sky Automated
Survey for SuperNovae (ASA-SN, na sigla em inglês) identificou que a
supernova "superiluminada" está localizada em uma galáxia a,
aproximadamente, 3.8 bilhões de anos-luz (cada ano-luz equivale a 9,46
trilhões de quilômetros) do nosso planeta. No entanto, a real posição da
ASASSN-15lh (que se pronuncia "assassin", ou "assassino", em inglês)
ainda é desconhecida, assim como seu mecanismo explosivo e a fonte de
potência de sua iluminação. Estas informações continuam um mistério,
conforme explicou Subo Dong, professor de astronomia da Universidade de
Pequim, parque da equipe de pesquisadores.
Nas próximas semanas, os cientistas tentarão entender os mecanismos
relacionados à supernova por meio do telescópio espacial Hubble e
esperam que o fenômeno revele novas informações sobre supernovas
"superluminosas".
Explosão estelar - Supernova é o nome dado à
explosão de estrelas com dez vezes (ou mais) a massa do Sol. É um evento
raro, previsto para ocorrer a cada 50 anos na Via Láctea. Uma supernova
pode ser tão brilhante quanto uma galáxia mas, com o passar do tempo, a
luminosidade diminui até ela se tornar invisível. O processo todo
geralmente ocorre em semanas ou meses. Durante a explosão, cerca de 90%
da massa estelar é expulsa. Por causa do brilho intenso, são comumente
usadas como pontos de referência no universo para cálculo de distância
entre os corpos.
Mesmo com curto "período de vida", o estudo destas supernovas são
importantes para trazer mais informações sobre o Universo em qeu vivemos