A
queda de Roma acabou levando a uma diminuição do conhecimento
astrológico na região durante os primeiros séculos da Idade Média. A
prática da arte exigia um grau de educação formal e sofisticação
tecnológica que sumiu junto com o domínio romano. Mas o surgimento do
islã como nova potência mundial ajudou a preencher esse vácuo.
Com a conquista das regiões de influência persa e grega, a partir do século 7, os seguidores de Maomé traduziram para o árabe todas as principais obras ligadas à astrologia e às demais ciências da época. E, em muitos casos, ainda ampliaram esse conhecimento. Os árabes usaram a astrologia como base para avanços na matemática e na ótica, por exemplo. Quando as cruzadas colocaram em contato os mundos islâmico e cristão, as obras em árabe, traduzidas, impulsionaram avanços das ciências e das artes. A alquimia, "mãe" da química moderna, também tomou impulso com o conhecimento astrológico, porque considerava-se que os materiais alquímicos eram influenciados por princípios dos astros - acreditava-se que metais eram ligados a planetas, por exemplo.
O ápice desse processo de desenvolvimento do conhecimento e das artes passaria a ser conhecido como Renascimento, e algumas das principais figuras da ciência renascentista eram praticantes da astrologia. É o caso do italiano Girolamo Cardano, nascido em 1501. Seu trabalho matemático ajudou a fundar a álgebra moderna, e Cardano também estava à frente de seu tempo como médico, ao insistir que a higiene no quarto e na alimentação do doente eram essenciais para a cura - coisa óbvia agora, mas que nenhum médico medieval costumava levar em conta. Tabelas e mapas planetários produzidos por astrólogos-matemáticos guiaram a viagem de Colombo para a América em 1492, e o astrólogo Rui Faleiro ajudou Fernão de Magalhães a planejar a primeira expedição marítima a dar a volta ao mundo, que partiu em 1519 da Espanha.
Esses avanços vinham justamente quando o sistema cósmico elaborado por Ptolomeu - Terra no centro, planetas em volta - começava a desmoronar. O religioso polonês Nicolau Copérnico deflagrou a mudança ao propor que, na verdade, o centro do Universo era o Sol. Por ser contrária ao que a Bíblia parecia afirmar, a tese foi condenada pela Igreja.
Com a conquista das regiões de influência persa e grega, a partir do século 7, os seguidores de Maomé traduziram para o árabe todas as principais obras ligadas à astrologia e às demais ciências da época. E, em muitos casos, ainda ampliaram esse conhecimento. Os árabes usaram a astrologia como base para avanços na matemática e na ótica, por exemplo. Quando as cruzadas colocaram em contato os mundos islâmico e cristão, as obras em árabe, traduzidas, impulsionaram avanços das ciências e das artes. A alquimia, "mãe" da química moderna, também tomou impulso com o conhecimento astrológico, porque considerava-se que os materiais alquímicos eram influenciados por princípios dos astros - acreditava-se que metais eram ligados a planetas, por exemplo.
O ápice desse processo de desenvolvimento do conhecimento e das artes passaria a ser conhecido como Renascimento, e algumas das principais figuras da ciência renascentista eram praticantes da astrologia. É o caso do italiano Girolamo Cardano, nascido em 1501. Seu trabalho matemático ajudou a fundar a álgebra moderna, e Cardano também estava à frente de seu tempo como médico, ao insistir que a higiene no quarto e na alimentação do doente eram essenciais para a cura - coisa óbvia agora, mas que nenhum médico medieval costumava levar em conta. Tabelas e mapas planetários produzidos por astrólogos-matemáticos guiaram a viagem de Colombo para a América em 1492, e o astrólogo Rui Faleiro ajudou Fernão de Magalhães a planejar a primeira expedição marítima a dar a volta ao mundo, que partiu em 1519 da Espanha.
Esses avanços vinham justamente quando o sistema cósmico elaborado por Ptolomeu - Terra no centro, planetas em volta - começava a desmoronar. O religioso polonês Nicolau Copérnico deflagrou a mudança ao propor que, na verdade, o centro do Universo era o Sol. Por ser contrária ao que a Bíblia parecia afirmar, a tese foi condenada pela Igreja.
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