Um novo estudo sugere que fluxos ultrarrápidos estariam saindo de buracos negros, fazendo com que galáxias sejam remodeladas ao longo do percurso.
Um gás quente ionizado, conhecido como fluxo ultrarrápido (UFO, na sigla em inglês), estaria saindo de buracos negros supermassivos, o que poderia ajudar a explicar a escuridão quase vazia no centro de diversas galáxias, segundo pesquisa publicada pela revista Astronomy and Astrophysics.
"Esses ventos podem explicar algumas correlações surpreendentes que os cientistas conhecem há anos, mas não podem explicar", afirmou o autor principal do estudo Roberto Serafinelli, do Instituto Nacional de Astrofísica de Milão, Itália.
Entre essas correlações está o mistério de como as estrelas na parte interna da galáxia giram mais rapidamente quanto maior for o buraco negro supermassivo em seu centro.
CC BY 4.0 / ESA/HUBBLE, M. KORNMESSER / BURACO NEGRO SUPERMASSIVO NO CORAÇÃO DA UMA GALÁXIA ESPIRAL NGC 3147
Buraco negro supermassivo no coração da uma galáxia espiral NGC 3147.
Conforme dados dos pesquisadores, a energia do UFO está sendo transferida para outros ventos (como os "absorvedores de calor") próximos ao buraco negro, fazendo com que esses ventos se movimentem a velocidades incríveis.
Com isso, ocorre o que os pesquisadores chamam de "fluxo ultrarrápido arrastado", já que o UFO entra na matéria interestelar, fazendo com que a matéria seja empurrada para fora, e limpando, assim, as partes centrais da galáxia a partir do gás.
Vale destacar que galáxias estão produzindo menos estrelas do que antes, o que pode ser resultado dos fluxos de saída e redistribuição dos gases.
"Os UFO são capazes de remover o gás das regiões de formação de estrelas na protuberância, o que pode retardar ou fechar a formação das estrelas", aponta o estudo.
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