Em 2018 uma grande quantidade de sinais sísmicos foi detectada por agências de monitoramento em todo o mundo entre maio e junho. Eles criaram um peculiar zumbido e alguns dos sinais detectados em novembro desse mesmo ano tiveram uma duração de até vinte minutos.
Os sinais despertaram a curiosidade da comunidade científica, de acordo com uma nova pesquisa que explica o que ocorreu: a formação de um novo vulcão submarino.
A quantidade incomum de terremotos tem origem na ilha de Mayotte, no oceano Índico, uma das várias no arquipélago de Comores, localizado entre o continente africano e Madagascar, relata o jornal Washington Post.
Cientistas detectaram sete mil terremotos tectônicos no escopo da pesquisa. Este tipo de terremoto ocorre quando as placas tectônicas se movem uma ao longo da outra. A pressão criada por essas movimentações faz com que ocorram os terremotos.
Em um estudo publicado nesta semana na revista Nature Geoscience, pesquisadores desvendaram as atividades sísmicas que levaram ao surgimento do vulcão na ilha Mayotte, seguindo a drenagem do "excepcionalmente profundo" reservatório de magma até ao fundo oceânico, além de descobrir a causa do misterioso zumbido.
Os terremotos e leituras vinham de aproximadamente 35 quilômetros de distância da costa leste da ilha. Pesquisadores não conseguiram observar nenhuma atividade vulcânica na área, mas suspeitam que os processos magmáticos estejam formando um vulcão.
Simone Cesca, sismólogo no GFZ – Centro de Pesquisa Alemão para Geociências, suspeita que o vulcão já interrompeu sua fase de crescimento, uma vez que a maior parte do magma que formou o vulcão provavelmente já foi drenado para a superfície. Porém, a cavidade é tão profunda dentro do interior da Terra, que ele comenta que "nunca sabemos".
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