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Planetas e Orixás regentes de 2023

domingo, 18 de setembro de 2011

Orumilá Ifá e os orixás de Esquerda - Exu e Pombagira


Os Orixás são arquétipos, são manifestações dos atributos de Deus, sendo representados simbolicamente por figuras humanas. Nesse sentido, são personificações destes mesmos atributos e qualidades divinas. Cada um dos Orixás representa as principais qualidades do divino, expressos de diversas formas.

Tudo aquilo que é transcendente e profundo, não consegue se encaixar em definições rígidas e inflexíveis. O próprio termo “definição” significa, entre outras coisas, “dar fim”. É difícil imaginar que algo muito elevado possa facilmente encerrar-se dentro de limites próprios do nosso entendimento humano. Os espíritos podem evoluir através de cada um desses raios, dessas vibrações primordiais. Ou seja, cada um de nós pode evoluir através de um Orixá e se tornar a manifestação desse Orixá no plano objetivo. Por isso, podemos dizer que os Orixás também são espíritos muito evoluídos, pois cada espírito cresce e se desenvolve a partir dos atributos divinos contidos em cada Orixá, que é uma emanação direta de Deus.

Orixá é uma energia básica e fundamental do Universo e os espíritos podem evoluir a partir dessa energia, pois ela é uma emanação direta de Deus. Assim, existem varios caminhos básicos para se atingir Deus, representados pelos Orixás. Quando um espírito evolui, ele pode crescer a partir da Vibração de um dos Orixás. O que ocorre, é que existem espíritos que evoluem através de um desses “raios”. Cada um dos Orixás representa um raio que está ligado a um centro primordial de vibração, ligado a Deus.

Na verdade, Deus é um só, mas são múltiplas as suas formas de manifestação. É como se Deus fosse a luz branca e os Orixás fossem as cores, que se irradiaram a partir do branco. Cada Orixá está ligado a um “tipo primordial”, que também corresponde a um nível de consciência. Ou seja, Orixás são as vibrações primordiais do Cósmico que nascem quando Deus se manifesta no Plano Objetivo e Manifesto. Os cultos de Tradição Africana não são muito afeitos a definições, teorias ou sistemáticas. São práticas muito vivenciais, que dispensam o intelecto e o retiram de seu lugar criterioso e interventivo para que o interior da alma possa desabrochar em sua forma original e natural.

De qualquer forma, a idéia de “força” já se afasta da concepção de Orixá como sendo uma personalidade, um indivíduo, um ser, algo que nos recorda o pensamento animista que tomou conta das religiões antigas. Então, a melhor noção para a “força natural”, que controla os processos da manifestação da vida em todos os níveis seria uma conjunção entre um reservatório de energia onde situa-se uma forma de consciência em seu centro, com capacidade de regular as atividades naturais e permitir o equilíbrio do funcionamento da natureza.

E assim existem orixás intermediários entre os homens e o panteão africano que não são considerados deuses, são considerados “ancestrais divinizados após à morte”. Assim sendo, quando dizemos que adoramos Deuses, nós referimo-nos a adorar as forças da natureza, forças essas pertencentes á criação do grande Pai chamado Olorum “Senhor do Céu” (Deus Supremo).

Estão divididos em orixás da classe dos Irun Imole, e dos Ebora da classe dos Igbá Imole, e destes surgem os orixás Funfun (brancos, que vestem branco, como Oxalá e Orunmilá), e os orixás Dudu (pretos, que vestem outras cores. Os orixás são guardiões dos elementos da natureza e representam todos os seus domínios no aye (a realidade física em que os humanos estão inseridos segundo a tradição iorubá).

O panteão dos Orixás não é mais do que a junção das energias de todo os elementos da natureza, e cada elemento da natureza é representado por um Orixá. Aprendemos a sentir e a manipular essas energias individualmente através de cada Orixá. A grande maioria das nações africanas, anteriores à era cristã, conheciam a existência de Olorum como o grande criador, o Ser Fundamental. Olorum “é o Todo”. E o todo, é a natureza e os seus integrantes, (animais, vegetais, minerais, planetas, etc.).

Aprendemos a sentir e a manipular essas energias individualmente através de cada Orixá. Os filhos nascidos sobre a influência do Orixá detêm mais energia do seu Orixá influente que os filhos de outros Orixás. Exemplo: os filhos de Obaluaye possuem mais energia voltada para as curas de doenças do que os filhos de Oxum que possuem por sua vez mais energia voltada aos sentimentos ligados ao amor. Quanto maior for o nosso contacto com a natureza, maior será o desenvolvimento, a energia, o ashé e, portanto, maior será o elo de ligação com os Orixás, aproximando-nos mais de Olorum (deus criador/construtor de todo o universo).

Durante a sua estadia na Terra, os Orixás tiveram muitas aventuras fantásticas, devido à sua força sobre os elementos da natureza. Muitas das suas façanhas e ensinamentos são citadas em lendas. Após a sua passagem pela Terra, os Orixás de predominância recolheram-se no Orum, de onde têm como função auxiliar os seus semelhantes na Terra – a humanidade – em busca da evolução e da comunhão universal. Muitas das suas façanhas e ensinamentos são citadas em lendas. Após a sua passagem pela Terra, os Orixás de predominância recolheram-se no Orum, de onde têm como função auxiliar os seus semelhantes na Terra – a humanidade – em busca da evolução e da comunhão universal.

Orixás Funfuns Os Orixás Funfuns são os seres que criaram o nosso universo e, por consequência, o nosso amado planeta Terra. Orixás de Predominância São aqueles que descenderam dos Orixás Funfuns (Branco), e a sua função era povoar o planeta, espalhando semelhantes por todo o mundo. Durante a sua estadia na Terra, os Orixás tiveram muitas aventuras fantásticas, devido à sua força sobre os elementos da natureza. Os Orixás foram os primeiros seres que habitaram a Terra, e dividem-se em duas qualidades: os Orixás Funfuns e os Orixás de Predominância. Em total existem 400 Orixás.

E os nossos Odu / Fundamentos da Tradicão afirmam que a Existência transcorre em dois grandes planos : 1 – Aiye / Mundo Natural ou Terra-da-Vida; 2 – Orun / Mundo Sobrenatural ou Além. Mas esses dois grandes planos de Existência não são assim tão distintos, pois os Versos dos Contos de Ifá contam que as Entidades Sobrenaturais já “viveram” sobre a Terra no Ode Aiye / Local Terreno das Divindades, quando elas aqui vieram reger a Criação do Mundo Natural. Além disso, esta tradição religiosa afirma que tudo o que existiu, existe ou existirá no Mundo Natural foi plasmado no Mundo Sobrenatural e lá tem o seu exato Duplo.

Os Onile / Senhores da Terra ou, ainda melhor, os Ancestrais, aqueles entes falecidos que por suas ações passadas foram semi-divinizados por seus descendentes, sendo que, embora estejam no Além não são Divindades e estão ligados à estrutura da Sociedade. Os Versos dos Contos de Ifá falam com freqüência em 600 (seiscentos) Imole. E classificando-os em 400 (quatrocentos) Irun Imole ou Irunmole e em 200 (duzentas) Igba Imole ou Igbamole : “Awon Irinwo Irunmole oju kotun, ati awon Igbamole oju kosi.” “Muitos Irinwo Irunmole do Lado Direito e muitas Igbamole do Lado Esquerdo.”

Mas, isto significa muito mais que os Imole podem ser e são considerados como divididos em Divindades Geradores (Irinwo) e Divindades Gestantes (Igba) e todos os pesquisadores eruditos e os religiosos africanos também estão de acordo em considerar lógica a tradição de que estes 600 Imole são um número místico com a função de emprestar grandeza ao conceito de Divindade, o que importa em dizer-se que eles, os Imole, são uma grande quantidade desconhecida.

E todos os Seres existentes são denominados por um só termo : 3 – Ara / Corpo ou Ser. Estes Seres podem ser, conforme as suas qualidades : 3.1 – Ara Orun ou Seres do Além : 3.2 – Ara Aiye ou Seres da Terra. Os Seres do Além (3.1) dividem-se em duas categorias principais : 3.1.1 – Os Imole / Seres Sobrenaturais Divinos, em suas diversas qualificações, os quais estão associados à estrutura do Cosmo e da Natureza Terrestre.

Ki Ile Jeeri / que a Terra testemunhe é a mais ritual das fórmulas empregadas em juramentos solenes e daí que todo o Assentamento de um ôrixá deva ser baseado na Ota / Pedra que lhe seja própria, “assentada”, consagrada e “alimentada” por seus fiéis e estes dizerem : -”A força dos Orixás está na pedra “- O que eqüivale a dizer-se : na Terra ! Portanto, como disse anteriormente, Terra e Além estão indissoluvelmente interligados em minha mente e daí também saber que todos os Além podem se intercambiar nesta Terra-da-Vida e que todos os seres que nela existem, mesmo os inanimados, possuem uma centelha (ase) da Vontade Divina (aba) que os criou e os faz existir (iwa). Daí muitos desavisados tratarem os fiéis aos Orixás por “animistas”, misturando o conceito de “centelha divina” com o conceito de “alma” de suas próprias filosofias religiosas.

Ile / Terra, como eixo central e comum de suas esferas de ação e, portanto, como ponto de passagem e de retorno para que todos os Seres por ela, a Terra, intercambiem os seus planos de existências diferenciadas. Para isso, necessitam de um meio, quer ele seja os seus sacerdotes ou os seus Filhos-de-Santo ou, preferencialmente, seus lugares sagrados e devocionais, tal como era o caso dos Origi / Montículo Sagrado do Orisa Orunmila na Cidade Santa de Ilê Ifé em áfrica ou como é o caso atual dos “Assentamentos”.

Ajal’orun / Teto do Além, portanto, no ápice do poder espiritual, está OLORUN / DEUS, justamente Aquele (O) + que tem (LI) + o Além (ORUN). Ele é o Ala Iwa Aba L’Ase / Supremo Criador dos Princípios e Poderes que tornam possíveis e regulam toda a Existência em todos os seus Nove Planos : – o Iwa ou Poder da Existência; – o Ase ou Poder da Realização que dinamiza a Existência; – o Aba ou Poder da Essência que dá propósito ao Poder de Realização. Daí o distanciamento que todos os outros Seres têm que Dele manter, pois nada na Criação é capaz de suportar-Lhe o magnífico esplendor ! Daí, também, que nenhuma Oferenda Lhe pode ser entregue diretamente e Ele somente a receberá através de Seu Mensageiro Divino : o lmole Esu Osije.

O Incriado e Criador, OLORUN não tem culto específico e nem sacerdócio particularizado. Mas, apesar disso, Ele não é tão remoto ou indiferente aos assuntos humanos. Pelo contrário, Ele está sempre muito próximo de nós : as preces e os apelos sinceros do coração humano O alcançam e Ele os responde através do ôrixá ôrunmilá e sua Divinação Sagrada de Ifá.

A seguir, no segundo lugar na Hierarquia da Tradição, criado por OLORUN com seu próprio Hálito Divino, vem Imole Orisanla, de Orisa (ôrixá) + Nla (Grande), o Grande ôrixá. Ao mesmo tempo, OLORUN criou Igbamole Iyangba, de Iya (Mãe) + Ni Gba (que recebe), aos quais delegou os poderes para a geração e gestação de todas as condições para que os Seres existissem no Além e na Terra. Em terceiro lugar, também foi criado diretamente por OLORUN, com a Eerupe / Lama, mistura de água e Terra, mas também vivificada por Seu Hálito Divino, o Imole Esu Agba, o Terceira Cabaça, ou ainda, o êxú Ancestral, o Imole da Dinamização, da Transformação e da Restituição, quer no Além ou quer na Terra-da-Vida.

Imole / Ser Sobrenatural de Origem Divina, altamente especial e único por ser o primeiro Ara Orun / Corpo do Além, ou seja, a Primeira Individualidade Espiritual a ser criada diretamente da Matéria Combinada : Fogo (espírito), Ar (hálito divino), água e Terra (lama).

Em seguida, houve a Criação de todos os Awon Imole, os muitos Seres Sobrenaturais Divinos, porque ainda criados diretamente por OLORUN, ou seja os Muitos Irunmole (Orixás) da qualidade do Branco (funfun) e as muitas Igbamole (Iyami) da qualidade do Preto (dudu), as quais viriam gerar muitos outros Imole considerados como Omode Okunrin / Descendente Masculino e Omode Obirin / Descendente Feminino desses relacionamentos, todos estes últimos relacionados com a qualidade do Vermelho (pupo), e, ainda, com as composições do Vermelho, Branco e Preto.

Orisa / ôrixás pertencem ao Lado Direito, ao Poder Gerador Masculino, à Primeira Classe de Poder (o Poder da Existência), expressado materialmente pela cor Funfun / Branca. os Seres Sobrenaturais de Origem Divina. Conheceram-se 50 (cinqüenta) deles que são considerados não gerados mas geradores, sendo que estes são os que realmente merecem o nominativo de ôrixá / Divindade da Brancura. Entre eles podemos citar : Orinsala e Orunmila-Ifa.

Iyami pertencem ao Lado Esquerdo, ao Poder Gestante Feminino, à Terceira Classe de Poder (o Poder da Essência), expressado materialmente pela cor Dudu / Preta. Conheceram-se muitas delas que são consideradas não geradas mas gestantes, sendo conhecidas também pelo nominativo Ebora.

Oduduwa e Yemideregbe ( Aquela que vem da Lagoa; no Brasil, Iemanjá = A Mãe dos Filhos-Peixes ) – Omode Okurin e Obirin, “Filhos” e “Filhas” gerados pelos Orisa e Iyami pertencem à Segunda Classe de Poder (o Poder da Realização) expressado materialmente pela cor Pupo / Vermelha, ou então, por múltiplas combinações das três cores-símbolos : Branco, Preto e Vermelho. Classificam-se à Direita ou à Esquerda, conforme os seus designativos: Os “Filhos”, classificam-se à Direita, e, apesar de não pertencerem exclusivamente ao Funfun / Brancura, são também denominados por Orisa Omode Okunrin / Orixá Descendente Masculino; As “Filhas”, classificam-se à Esquerda, e, apesar de não pertencerem exclusivamente ao Dudu / Preto, são tratadas por Iyami, porque este termo também pode traduzir-se por Senhora (iya) Minha (mi), o que gerou muitas confusões posteriores entre Mães Gestantes e Filhas Geradas, quando da transposição, durante o cativeiro no Brasil, da Teologia em língua Iorubá para as Lendas contadas em língua portuguesa estropiada.

Imole Esu, que pertence à uma categoria única e exclusiva, nem gerado e nem gerante, na sua posição de Terceiro Criado por OLORUN e pertence à Direita e à Esquerda, pois como Mensageiro Divino anda por todos os Nove Além, e, por ser o Grande Dispensador do Axé das três Classes de Poder ( Iwa, Aba e Ase ) carrega em seu Ado Iran / Cabaça Mágica as múltiplas combinações das três cores-símbolos, por delegação unânime de todos os Orisa, as Iyami e os Omode Okunrin e as Omode Obirin.

Alguns, até chamam êxú por “ôrixá” porque pressentem sua importância, mas desconhecem sua verdadeira essência! O principal Imole Orisa Funfun é a Grande Divindade da Brancura, o Orisa Nla / Grande ôrixá, também conhecido por outro de seus títulos : Obatala – de Oba (Senhor) + Ti (Tem) + Ala (Veste Branca), o Senhor que tem a Veste Branca e que é o Parceiro Gerador do Casal Divino que, por beneplácito e ordem de OLORUN, gerou e regeu toda a Criação.

No Brasil, este ôrixá ficou mais conhecido pela contração do termo Orisa Nla em ôrixânlá, depois em ôrixalá e posteriormente criando-se a nova fonética “Oxalá”, sob a qual é muitas vezes confundido com OLORUN. A principal Igbamole Ebora Dudu é a grande Divindade do Preto, a Igbamole Iyangba Oduduwa que é a Parceira Gestante do Casal Divino, mas que está praticamente esquecida no Brasil. Como esquecidos estão Oranfe, Agbona, Erikiran, Erinle, Oluwa, Oke, Agbala, Ikire, Hoho, Ija, Olufon, Eteko, Oluorogbo, Oluwonfin, Oxaogiyan e, assim, mais tardiamente, a própria a Umbanda Esotérica fixou seus parâmetros sobre as características esotéricas de apenas seis Irunmole e uma Iyami, mas também chamando a todos por ôrixá : Oxalá, Ogum, Oxosse, Xangô, Yemanjá, Yori (Ibeje), Yorimá (Obaluaiye).

Na Criação, como conseqüência da existência de vida na Terra, apareceu a outra classe de criaturas Ara Orun da Religião dos Orixás : os Onile, de Oni (Senhor) + Ile (Terra), ou seja, os Senhores da Terra. Estes Seres do Além que tiveram as suas Ori Orun / Cabeça-no-Além também criadas por OLORUN, puderam tornar-se em Seres da Vida e sobre a Terra-da-Vida existir para consumar o seu Iwa / Destino com a própria Ori Inu / Cabeça-Interna ou Individualidade Terrestre, para no seu Ol’ojo / Dia Marcado retornar ao Além para acrescentar a seu Duplo no Além ou “matriz espiritual primordial”, todos os méritos ou deméritos de suas ações praticadas na Terra-da-Vida, adquirindo, após a primeira desencarnação, a qualidade de Onile / Ancestral.

E esta foi a parte da Teologia Iorubá mais absorvida pela Umbanda do Brasil e apenas citaremos qual o relacionamento dos Onile para com Orixás e Eboras. Assim sendo, ainda que seja perante OLORUN que cada Ara Orun e/ou Onile deva “ajoelhar-se” para pedir o seu novo Destino antes de encarnar-se, sendo Ele o seu verdadeiro Eleda / Criador, ao renascer na Terra-da-Vida para cumprir esse destino adrede solicitado, o novo Ser Vivente está ligado a algum Irunmole ou Igbamole, que lhe “emprestará” algumas qualidades de sua matéria primordial ( Axé do Branco, do Preto ou do Vermelho ).

Orixá e/ou Ebora ou por ele/ela ser “possuído” no transe mediúnico. Este Orixá ou Ebora, depois de detectado e confirmada a sua influência sobre o novo Ser Vivente pelos processos da Divinação Sagrada de Ifá, é considerado como o “possuidor” da Ori Inu / Cabeça Interna, ou seja, da nova Personalidade Individual Terrestre daquele Ser e/ou Ancestral novamente encarnado, ou seja, o seu Oluware, portanto, e no máximo, o seu Oba Mi / Meu Senhor ou Iya Mi / Minha Senhora, pois que o seu verdadeiro Criador sempre foi, é e será Deus.

E o Senhor da Casa da Vida : o ôrixá Orunmilá-lfá. Ara Orun / Ser Sobrenatural ; Imole / Ser Sobrenatural de Origem Divina ; Irunmole Oju Kotun / Ser Sobrenatural Divino Masculino do Lado Direito ; Orisa Funfun / ôrixá Não Gerado mas Gerador do Poder da Brancura. Sua qualificação completa seria, pois : Ara Orun Imole Irunmole Oju Kotun Orisa Funfun Orunmila Ifa Ele é o Arauto dos Desígnios Absolutos de Deus sobre o Destino de todos os Seres Terrestres, destino este que pode ser confirmado ou corrigido pela Divinação Sagrada de Ifá, para que cada Ser aqui nascido procure cumprir muito bem aquilo que ele próprio solicitou a OLORUN antes de encarnar-se ou nascer.

Exu, orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos. Ogum, orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia, Deus da sobrevivência. Oxóssi, orixá da caça e da fartura, e do sofrimento. Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca. Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça. Ayrà, usa branco, tem profundas ligações com Oxalá e com Xangô. Obaluaiyê, orixá das doenças epidérmicas e pragas, orixá da cura. Oxumaré, orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras, Deus da transformação. Ossaim, orixá das Folhas sagradas, conhece o segredo de todas elas. Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades, e do amor. Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro, deusa das riquizas materias e espirituiais, e da fertilidade. Iemanjá, orixá feminino dos mares e limpeza, mãe de muitos orixás. Nanã, orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê. Mais velha orixá do panteão africano. Yewá, orixá feminino do Rio Yewa, considerada a deusa da beleza, da adivinhação e da fertilidade.

Obá, orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô, é a deusa do amor. Axabó, orixá feminino da família de Xangô. Ibeji, divindade protetor dos gêmeos. Irôco, orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil). Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás. Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna, a grande mãe feiticeira. Omulu, Orixá da morte. Onilé, orixá do culto de Egungun. Onilê, orixá que carrega um saco nas costas e se apóia num cajado. Oxalá, orixá do Branco, da Paz, da Fé. OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e dos corpos humanos.

Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, orixá da adivinhação e do destino, ligado ao Merindilogun. Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba. Oranian, orixá filho mais novo de Odudua. Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká. Olokun, orixá divindade do mar. Olossá, orixá dos lagos e lagoas. Oxalufan, qualidade de Oxalá velho e sábio. Oxaguian, qualidade de Oxalá jovem e guerreiro. Orixá Oko, orixá da agricultura.


E o que seriam as Guardiãs Pombas Gira: Se os Guardiões Exus são marginalizados, mais ainda são as senhoras Guardiãs Pombas Gira. Há muitas pessoas que as associam com prostitutas, ou simplesmente, mulheres que gostam de se expor aos homens e sedentas por sexo. As distorções e preconceitos são características dos seres humanos quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os. Essas nossas irmãs em Deus nada mais são que espíritos desencarnados, que como os Exus, viveram na Terra e hoje, por afinidade fluídica, militam como mais uma corrente de trabalho portentosa dentro da Umbanda.

Dentro da hierarquia das Guardiãs Pombas Gira, estão divididas em níveis diversas outras Pombas Gira, da mesma forma que as demais legiões. É claro que em alguns casos podem ocorrer que uma delas em alguma encarnação tivesse passado pela experiência dolorosa de ser uma prostituta, mas, isso não significa que as Guardiãs Pombas Gira tenham sido todas prostitutas e que assim agem. As que foram, hoje estão integradas na Umbanda, a fim de realizarem a grande reforma íntima através da caridade e do mediunismo redentor. É mais uma corrente de trabalho espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa vibratória que mais se afinizam.

As Guardiãs Pombas Gira não são a representação da sexualidade e nem da sensualidade, mas sim frenam os desvios sexuais dos seres humanos e direcionam essas energias para a construção da espiritualização, evitando a destruição espiritual e material de cada ser. A sensualidade desenfreada destrói o homem: a volúpia. Este vício moral é alimentado pelos encarnados e desencarnados pela invigilância das Leis de Deus, criando um ciclo ininterrupto, caso as Pombas Gira não atuem neste campo emocional, frenando-o e redirecionando-o.

As Guardiãs Pombas Gira são grandes magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São executoras da Lei. Cabem as Guardiãs Pombas Gira esgotar os vícios ligados ao sexo, equilibrando o ser humano. Elas são elementos mágicos ativados através de oferendas e elementos religiosos quando ativados num Templo. Também são agentes da Lei de Deus que podem ser ativadas pela Lei Maior. Os Guardiões Exus vitalizam/desvitalizam, as Guardiãs Pombas Gira esgotam o emocional ou despertam o desejo. Elas realizam curas até mesmo de enfermidades dadas como incuráveis, desmancham trabalhos de magia negra, resolvem problemas, nos dão conselhos preciosos de como bem dirigir nossas vidas, enfim, fazem tudo pelas pessoas bem intencionadas que as procuram para a prática da caridade. È uma pena que ainda existam pessoas que as procuram somente para desmanchar relacionamentos amorosos ou conquistar alguém.

Nas descargas para neutralizar correntes de elementares/elementais vampirizantes, bem conhecidos como súcubus e íncubos, que atuam negativamente, por meio do sexo, fazendo de suas vitimas verdadeiros escravos das distorções sensuais. • Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribunais do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis. • Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio. • Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos. • Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir injustamente quem não merece. • Trabalham no combate das viciações que escravizam os médiuns, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores. • Fazem à proteção dos Templos onde habita a Espiritualidade Maior.


O facínio e desafio dos oráculos!


Analisando a complexidade dos oráculos, o buscador terá dois caminhos, ou esquenta a cabeça e desiste desanimado, ou se apaixona, fica encantado e se aprfofunda cada vez mais. Isso acontece e aconteceu comigo, ao adentrar o fantástico mundo do Tarô, da Astrologia, dos orixás, do Ifá. Cada código, cada possibilidade, cada configuração é uma coisa radiante o que acontece em nossa mente. À cada decifração de enigmas é um extase muito grande para o buscador! O jogo de Ifá que algumas pesquisas até apontam para a origem pela geomância, é um sistema binário fantástico que nos dá milhares de possibilidades, talvez um número importante seja de 4096 combinações. Mas, o aplicável e aconselhavel até para nós que não somos sacerdotes de alto grau, é usar apenas as 256 combinações dos chamados Odús Filhos!

No Culto dos Orixás, possui um sistema complexo de Hierarquia, mas, se buscarmos nos aprofundar pra compreendermos veremos que é magico, belo e perfeito, e  que tem modalidades tais como: Cultos de: Orunmila Ifá. Ilé (Casa, templo) de Orunmila Ifá. Ilé Ase Orixás. Candomblés de, Jeje, Ketu, Nago, Angola dentre outras. Ilé Egun. Casa dos ancestrais. As práticas xamanicas tem com o base a utilização das forças da natureza. O culto de Orunmila-Ifá e dos Orixás também tem o objetivo de cultuar e utilizar estas forças; Fogo, Terra, Ar, e Água. Para isto o Ologun ( o mago), na primeira iniciação do Culto de Ifá, passa pôr um longo tempo de treinamento e estudos para poder aprender a jogar o jogo oracular muito conhecido no Brasil como jogo de Búzios ou Erindinlogun.

Todas as práticas Xamânicas, são necessárias diversas iniciações, aonde o aspirante passa pôr um rito de morte e renascimento, morre para renascer renovado, tem uma experiência de renascimento de transformação de seu interior do seu EU, reedescobrindo a si mesmo,
através do estado de êxtase ou estado alterado de consciência, que os ritos podem proporcionar.

“ÂIYÉ ATÍ IKÚ ÔKAN NÁA NI.”


Na Índia temos a Deusa Dravica, Kalí. Da Venezuela a Deusa Puana, a serpente que criou Kuma a primeira Mulher, de quem nasceu todas as coisas vivas. O povo Fon do Daomé reverencia Nana Buruku a Grande Mãe que Criou o Mundo. Mas voltando ao Orixás e ao Xamanismo. Em nosso pais hoje em dia as pessoas não podem nem ouvir falar do Culto dos Orixás, em virtude do Culto Ter virado um comércio, e muitos Zeladores de Orixás principalmente dos Candomblés, não generalizando, utilizarem seus conhecimentos de forma errônea, para prejudicar e auto se promover, operando muitas vezes desastres na vida das pessoas. Na maioria das vezes estes maus sacerdotes, não conhecem a fundo a ética, moral e a Filosofia e Religião, Yoruba. as vezes aprendem errado, com seus zeladores, não sabem verificar qual o Odù (destino Pessoal), Orixá e prescrevem ebós (trabalhos mágicos), errados, desequilibrando, psiquicamente, espiritualmente, atrapalhando ainda mais a prosperidade, das pessoas que este sacerdotes atendem.

Acima de todas as forças está Deus, Olódùmarè, a Suprema força criadora que dá a existência, a substâncias e ao crescimento às demais forças; os Orixás, e abaixo destes o Homem. Sabemos que a sede de nossa existência esta centralizada na cabeça (Orí). Segundo os povo Yoruba o Orí a Cabeça esta dividia da seguinte forma: Orí Òde – Cabeça física. Orí Inu – Cabeça Interior. E o Ìpònri – Força Ancestral.

A tarefa de ser um Omo Awo, filho do Segrego, era uma tarefa muito difícil e patrulhada por severas regras de conduta que deveriam servir de base técnica e moral para sua ação. O Àwoni não poda procurar a mulher de outro, muito menos a sua ajudante Ritual. O Awo não podia praticar Âjé, feitiço contra outro Awo ou contra inocentes. Não poderia conspirar contra seus Irmãos. Não podia abandonar outro Awo que estivesse em dificuldades, sem tomar providências para que tudo ficasse em ordem com o necessitado. Não podia falar mal de outro, fora do âmbito de sua confraria, mesmo o outro sendo culpado. O Awo não podia divulgar o teor das discussões travadas em seus encontros formais na confraria, Sociedade Secreta, mesmo que se tratasse de punição contra culpados ou desagravo de inocentes. Praticavam a lei da natureza, do respeito, moral e da caridade.

O Ìpònri e uma força de energia vital, esta força esta ligada ao primeiros pais do homem, ligando o Homem a Deus. Esta ancestralidade, matéria massa de origem, os Orixás e os Odùs, possui uma força extraordinária como fundadora do gênero humano familiar, propagada da divina herança vital, emanada de Deus. O primeiro antepassado, esta força vital é sempre evocada e cultuada nos ritos de iniciação de nos rituais de Bori (rito de adoração ao Orixá Ori, Cabeça). Esta força ancestral que nos trás equilíbrio, Harmonia, prosperidade e Saúde. O Buri e um ritual de renascimento e morte. Orí Inú é a assência da personalidade do psiquismo, da personalidade da alma (espirito encarnado), que deriva diretamente de Olódùmarè, Deus Supremo. O Ori Inú e nossa essência, aonde Deus Criador soprou o seu hálito, e nos criou. O Orí Inú é o ser interior e espiritual do homem e é imortal. A cerimonia de Buri tem como objetivo de atingir os três Orís, existem vários tipos de cerimonias de Buri tais como: Buri de Prosperidade. Buri Branco Buri Eje. Buri de Iniciação. Buri de apaziquação.

O que faz as pessoas terem o préconceito, é a má divulgação pelos proprios praticantes, muitas vezes que se dizem "mestres", a maldade por rivalidade de inimigos de tal seguimento e a flexibilidade da Tradição Oral. Por ser uma herança da oralidade, ela está sujeita a deturpações, adaptações, enganos e até mentiras podem ser inseridas. Por isso, eu sempre achei que codificar é necessário, ao menos, um código moral, conhecimento das leis da Umbanda as regras ritualisticas que deveriam ser imutáveis.

Todas as iniciações, obrigações ate as oferendas ou trabalhos mágicos, visam atingir o Enikéji, o nome dado ao nosso Duplo que vive no Òrun (além). Enikéji do Yoruba, Eni – pessoa, Kéji – Segunda. O Culto, Ifá-Orunmila e um sistema, religioso, científico e filosófico, que veio da Mãe África, bastante diferente do sistema afro-brasileira, Candomblés, que sofreram muitas modificações, alterações e vários sincretismos, excluindo é claro as casas de Ilé Ase Orixás que mantém as Tradições primitivas vivas, estas casas são chamadas no meio como Casas de Tradição de Orixás. Mas o sistema Africano de Ifá tem uma diferença grande na forma de iniciação, não a raspagem de Santo, e nem existe o transe de possessão.

Conforme os milênios foram se passando, com a invasão Islâmica, e Jesuíta em África, hoje em dia o território Africano as religiões predominantes são o Islamismo e o Cristianismo. Após a chamada diaspora, o trafico negreiro, o Culto dos Orixás sofreram muitas modificações também em solo Brasileiro, ervas, rituais, a substituição do vinho de palma pela cachaça, tiveram que sobrer alterações para a nova realidade no novo Mundo. O culto dos Orixás evoluiu muito através dos milênios, assim como outras religiões de nosso globo. Em épocas memoráveis o culto dos Orixás foi a pratica de religião única em todo o solo Africano.

As literatura Itans de Ifá é a mais importante fonte de informações dos valores éticos e do sistema de crença Yorubá. Òrúnmìlà estava presente quando tudo foi criado, e procurado para resolver os problemas e dar conselhos. Ifá fala em provérbios: Ìwà nikàn l’ ó sòro o “Caráter é tudo o que é necessário.” Eni l’ orí rere tí kò n’ iwà, ìwà l’ o máa b’ orí rè jé. “Uma pessoa de bom orí, que não tenha caráter, irá arruinar o seu destino.”

A palavra iwà vem do verbo wà – Existir, Ser. Odùnrin náa ní ìwà, Aquele homem tem um bom caráter. O indivíduo qué ìwà pèlé não entra em choque com nenhuma força humana e supernatural, vive em plena harmonia com todas as forças do universo. E este fato tem um forte peso no julgamento divino e define o bem estar na terra e o nosso lugar futuro após a nossa morte ou renascimento. Olódùmaré o Deus supremo e conhecido como Olúmònokàn, “aquele que conhece todos os corações”, que tudo sabe e tudo vê, e o seu julgamento é correto e absoluto. O mais importante valor do povo Yoruba é o caráter, que é o maior atributo do homem.

Raiva, Depressão, Medos, Mágoas etc. Em virtude disto temos que procurar viver de bem com a vida, olhar as coisas boas e belas que Deus nos deu, Cultuar a natureza e aprender a contemplá-la, ou cultua-la. Como extensão da Grande Obra que é Deus.O certo é que não há concientemente ou racionalmente um caminho indicado para que o homem siga em busca de sua essência, de sua espiritualidade e de sua ancestralidade. Na verdade tudo existe na e da objetividade. O orixá atua primeiramente, assim como os anjos e as demais divindades, no lado inconciente da existência, depois, vai passando aos poucos para o subconciente, até deixar aquele que alcança um alto grau de elevação, evolução e reajuste de conduta moral e espiritual, conciente de sua missão, seus dons e desafios.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
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