Uma equipe de cientistas do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, EUA, desenvolveu um novo modelo geoquímico de Encélado, uma lua de Saturno, que esconde um oceano por baixo da sua grossa superfície de gelo.
A análise revelou que o dióxido de carbono (CO2) no interior do oceano pode ser controlado pelas reações químicas no fundo marinho.
Além disso, a coluna de gases, que possibilita ter uma ideia de como é o oceano escondido e se ele poderia ser habitável, assim como a umidade marinha liberada pelas fissuras na sua superfície, sugere que os processos no interior de Encélado são mais complexos do que se acreditava antes.
De acordo com o autor principal do novo estudo, Christopher Glein, agora "Encélado parece demonstrar um experimento massivo de captura de carbono de carbono", processo que é estudado na Terra a fim de descobrir se algo semelhante pode ser aplicado para mitigar as emissões industriais de CO2.
© NASA . JPL-CALTECH/SSI
Lua Encélado
A abundância de CO2, explicada pelas reações geoquímicas entre o núcleo rochoso do satélite e a água líquida no seu oceano subterrâneo, juntamente com os descobrimentos anteriores de sílica e hidrogênio, indicam que o núcleo de Encélado tem uma diversidade geoquímica maior, acrescentando a isto a possível presença de fontes hidrotermais no interior da lua.
"A conexão dinâmica de um núcleo complexo com a água marinha poderia potencialmente criar fontes de energia que pudessem sustentar vida", disse Hunter Waite, pesquisador principal da equipe científica.
Em 2017, a NASA encontrou hidrogênio na atmosfera de Encélado, quando uma cientista do projeto Cassini, Linda Spilker, afirmou que o local teria uma "eventual fonte de energia a partir de qualquer micróbio".
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