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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sexo, signos, orixás e deusas

As representações gráficas tanto de Virgem quanto de Escorpião lembram uma letra M, caprichosamente desenhada. Contudo, a perna final do M está levantada em Escorpião, como um animal que levantasse a cauda e expusesse seus órgãos genitais para o ato da procriação. Em Virgem, entretanto, esta "cauda" está retraída, como se protegesse e escondesse o sexo.
O mito da caixa de Pandora encontra ressonância nos mitos iorubanos da África Ocidental, vários dos quais têm como ponto de partida a entrega por Olodumaré (o deus maior) a um dos orixás de uma cabaça ou saco cujo conteúdo é desconhecido. O orixá que recebe o presente varia de região para região, podendo ser Obatalá, Odudua ou Oranian. Numa das lendas, Obatalá, depois de ser levado por Exu a embebedar-se com vinho de palma, perde a cabaça para seu irmão Odudua, o qual, ao abri-la, encontra uma substância negra a partir da qual surgem a terra firme e tudo que nela existe. Outra lenda fala de uma cabaça de onde escapa a escuridão. A humanidade, que vivia num dia perpétuo, é obrigada, a partir de então, a conviver com a alternância entre o dia e a noite, estado de dualidade que guarda correspondência com a dicotomia entre o bem e o mal. O papel instigador de Hermes, no mito grego, pertence, entre os iorubanos, a Exu. Tanto Hermes quanto Exu remetem à função de Mercúrio: a diferenciação mediante o uso dos recursos da linguagem e da lógica.
Na mitologia grega, Prometeu, o Previdente, era filho de um dos titãs e irmão de Epimeteu, Aquele que Pensa Depois. Sobre o mito de Pandora, vale transcrever o seguinte verbete, que sumariza a lenda: Não é difícil encontrar nesta narrativa similitudes com dois mitos registrados no Velho Testamento: o da criação do primeiro homem, Adão, a partir do barro e a perda da condição edênica por intermédio da figura feminina (paralelismo entre Eva e Pandora); e a narrativa do dilúvio e da sobrevivência de apenas um casal destinado a repovoar o planeta, seja na versão grega, seja na judaica.

Carlinhos Lima

Numerologia Judaica e o poder cabalístico

Para ter acesso a tanta sabedoria, é preciso explorar as mais variadas combinações entre as 304 803 letras impressas na Torá. Não é à toa que, hoje em dia, muitos estudiosos recorrem a programas de computador para fazer isso. Os cálculos trazem resultados surpreendentes: segundo alguns cabalistas, é possível encontrar referências a fatos históricos como o Holocausto e o assassinato do presidente de Israel, Yitzhak Rabin, em 1995. Outros usam a numerologia para reinterpretar antigas histórias das escrituras, como aquela em que Deus teria ordenado a morte dos habitantes da nação inimiga Amalek. Segundo a cabala, a palavra Amalek teria o mesmo valor numérico que a palavra "incerteza", em hebraico. Daí que a ordem de Deus não seria para matar os inimigos, mas sim as incertezas.
Para efetuar os cálculos, a numerologia judaica atribui um valor numérico a cada uma das 22 letras do alfabeto hebraico: as primeiras 9 valem de 1 a 9; as 9 seguintes, de 10 a 90; e as restantes, 100, 200, 300 e 400 (veja tabela na página ao lado). Por meio de diversos tipos de operações matemáticas (como somatórias, divisões e elevações ao quadrado, entre outras), obtêm-se surpreendentes revelações sobre o significado de nomes, palavras e versículos inscritos na bíblia judaica. Mas, em termos práticos, para que serviria esse conhecimento? "A Torá encerra uma sabedoria infinita e enciclopédica que se aplica a todas as áreas da existência. É um guia para viver com amor, paz e harmonia", afirma Zumerkorn. "Da mesma forma que precisamos de um telescópio para observar as estrelas ou um microscópio para enxergar uma bactéria, a guematria permite acessar esse conhecimento que não está visível a olho nu."
Para penetrar nos mistérios da cabala, é necessário um bocado de tempo, estudo e... bons conhecimentos de matemática. Explica-se: uma das principais fontes de ensinamentos da cabala é a Torá, a bíblia judaica. Acontece que não basta estudar o texto com atenção, buscando todas as camadas de significado contidas ali. É preciso ir além, fazendo uso da guematria, ou numerologia judaica. Segundo os cabalistas, a principal chave para desvendar os mistérios divinos estaria na combinação das letras do alfabeto hebraico com determinados números. "Do ponto de vista da religião judaica, tudo o que existe, existiu ou vai existir está na Torá. A guematria é uma ferramenta que possibilita decifrar esse conhecimento infinito contido nos textos", explica David Zumerkorn, professor do Centro de Cultura Judaica e autor de um dos poucos livros disponíveis sobre guematria em português, Numerologia Judaica e Seus Mistérios (Editora Maayanot).
Não é de espantar que as letras hebraicas estejam na base da guematria. Afinal, na visão dos cabalistas, Deus criou o mundo usando as 22 letras do alfabeto hebraico - é o que diz o Sefer Yitizirah, ou Livro da Criação, uma das obras fundamentais dessa corrente mística. Vistas dessa maneira, as letras são muito mais do que simples rabiscos no papel: são representações gráficas das 22 energias primárias que, combinadas, originaram o mundo. "O Gênese já dizia que o verbo divino foi o instrumento da Criação: Deus disse ‘Haja luz’, e houve luz. A novidade do Sefer Yitizirah é especular em detalhes como Deus combinou essas letras", diz o pesquisador Daniel C. Matt no livro O Essencial da Cabala.

Quem pretende estudar a fundo a cabala corre o risco de tropeçar em uma série de tabelas e códigos aparentemente indecifráveis. São sequências intermináveis de números e letras hebraicas, equações complexas, diagramas e gráficos de todos os tipos. Bom, diria você, se Deus queria revelar seus mistérios aos homens, não poderia ter facilitado um pouco as coisas? Aparentemente, não. Na verdade, o que acontece é o inverso disso. Para penetrar nos mistérios da cabala, é necessário um bocado de tempo, estudo e... bons conhecimentos de matemática.

Numerologia Judáica

Uma das técnicas usadas pela numerologia judaica é a Sequência Alfabética Equidistante (SAE). Por esse método, o leitor deve "saltar" letras a distâncias previamente determinadas, formando assim novas palavras. O mais incrível é que costuma dar certo. Em seus estudos, Zumerkorn descobriu que, se você saltar de 50 em 50 letras, dentro do texto bíblico, vai encontrar a palavra Torá 32 vezes. O número 32 é um dos mais importantes dentro da tradição do judaísmo, já que é o resultado da soma das 22 letras hebraicas com as dez sefirot ("esferas") da Árvore da Vida. Para os estudiosos, nada está ali por acaso: cada letra tem uma posição única e especial. "Se eventualmente uma letra se apagasse ou se fundisse com outra, todo o texto perderia sua santidade e seus mistérios ocultos", diz o estudioso.

A interpretação da Torá segundo a guematria

A interpretação da Torá segundo a guematria foi difundida pela primeira vez por mestres citados na Mishná (uma das obras fundamentais do judaísmo rabínico), que viveram entre os anos 100 e 200. Mais tarde, a técnica seria muito usada na Idade Média, quando alcançaria círculos fora do judaísmo. Com a crescente popularização da cabala, nos séculos 16 e 17, cada vez mais estudiosos se dedicaram a decifrar os códigos numéricos. Por fim, nas últimas décadas, a numerologia judaica foi apropriada pela chamada cabala pop, ganhando um forte caráter de autoajuda.

A guematria e os 72 nomes de Deus

Exemplos de aplicações práticas da guematria não faltam. Segundo os defensores da cabala pop, a energia irradiada pelas 22 forças universais da Criação poderia ser usada para resolver problemas cotidianos: para isso, bastaria passar as mãos sobre as letras hebraicas. Yehuda Berg, um dos nomes mais conhecidos da cabala moderna, fez sucesso com um livro que prometia curar doenças usando os 72 nomes de Deus. Também há quem aproxime a numerologia judaica da ocidental, usando seus cálculos para determinar as características de uma pessoa por meio da análise do nome. Uma diferença crucial entre os dois métodos é que a guematria leva em conta não apenas o número do nome do indivíduo mas também o de sua mãe. Mas não esqueça: antes de fazer a soma, é preciso fazer a transliteração dos nomes para o hebraico.
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