Total de visualizações de página

Planetas e Orixás regentes de 2023

domingo, 14 de dezembro de 2014

A Umbanda precisa despertar, se impor e se reajustar nessa era tão sombria

A Umbanda precisa despertar, se impor e se reajustar nessa era tão sombria
A Umbanda precisa despertar, se impor e se reajustar nessa era tão sombria

Ou a Umbanda desperta ou acabará no esquecimento e incompreensão



A mediunidade é algo incompreendido, sempre foi e sempre será, mesmo com todas as pregações, estudos e definições. Em primeiro lugar, pelas limitações humanas em perceber as coisas. Segundo, pelas incontáveis teorias, crenças que se chocam e confusões. Por fim, a relutância do próprio indivíduo em aceitar o que sente, em acreditar em algo que não consegue enxergar ou compreender.


Cada crença tem uma forma de avaliar fenômenos e se tratando de mediunidade não é diferente. A Umbanda hoje em dia quer de toda forma se agarrar nos ensinamentos de Kardec, há até cursos em templos e terreiros utilizando-se de textos do kardecismo, mas, mesmo sabendo que a mediunidade humana é igual, a forma de senti-la é diferente, dependendo do inconsciente a que a pessoa está conectada. Assim a mediunidade "mauricinha", estilo europeu e "alfabetizada" do kardecismo, com sua alta dose de cristianismo, pode até servir de respostas pra muitos, em especial que se identificar com o estilo e estudo de Alan Kardec, mas, a verdade, é que a concepção espiritual da Umbanda não só é diferente, quanto mais enigmático.

E quando eu uso esses temos aqui, não estou utilizando de uma linguagem pejorativa, ofensiva ou vulgar, estou apenas tentando deixar mais claro o que as penso sobre o tema, mas, volto a afirmar que tenho profundo respeito a doutrina espírita e acho ela de grande valia pra quem se identifica com ela. Assim como o protestantismo, o catolicismo e qualquer outro seguimento, terá sempre seus adeptos que se encaixam bem a suas pregações. Apenas o que afirmo, nesse tom, talvez simplista ou limitado, é que os moldes kardecistas jamais vão servir pra Umbanda, da mesma forma que os moldes da Umbanda nunca irão servir para quem se identifica com o Espiritismo. Por muitos motivos, mas, em especial por dois que destaco aqui: primeiro que a Umbanda é mais plural, mais livre, mais solta e menos limitada; segundo que a Umbanda tá muito mais ligada a natureza, magia e sentidos que tocam a alma das pessoas que o kardecismo.

Quando falo em liberdade, me refiro as limitações bíblicas que o Espiritismo está embasado e a Umbanda não. Apesar de ter alguns movimentos, que querem "se limpar" do africanismo, como que renegando ritos, liturgia e princípios ancestrais, passassem a ser vistos com mais respeito e aceitação. Assim inventou-se as tais "mesas brancas", Umbanda "Branca" e muitos outros sincretismos, misturas que tentam se sentir melhor, como que se encaixasse mais com o cristianismo. Mas, a Umbanda Original, é mais livre, não precisa propriamente das pregações bíblicas pra pregar amor, união e verdade. Tem ela própria em conhecimentos ancestrais o foco no amor a natureza, respeito aos irmãos, honra aos ancestrais e um brilho próprio que é o de buscar desenvolvimento espiritual, cumprindo sua missão na Terra.

Porém com a sobreposição de crenças europeias dominadoras, patriarcais, a Umbanda perdeu boa parte de sua essência. Hoje é um movimento reformado, muito mais deformada do que reajustada. Perdeu sua essência, seu prisma, seu brilho e seus conhecimentos sagrados. A Umbanda não precisa dos santos católicos pra existir, apesar de respeitá-los, poder cultuar em conjunto, conviver no amor as criaturas e a criação, mas, não se sufocar com pregações, preconceitos e distorções. A Umbanda não precisa de pirotecnias ou de coisas que gerem pavor. A Umbanda não pode continuar pra sempre como um "balaio de gatos" onde todo tipo de crendice seja visto como "diversidade necessária", na verdade ela tem que ser decodificada. Não é possível, além de ser ridículo, que um sacerdote esteja num templo com um seguimento hoje e amanhã esteja pregando em outro, alegando que cada linha tá separada! Isso é falácia, demagogia e bagunça. O que cada mestre tem que fazer é buscar sintetizar, filtrar e criar sua doutrina unificada, uma proto-síntese, sem patacoada. Não se iludam com esse papo de agradar a todo mundo, pois na verdade, o que se busca é poder, não perder clientes e visando o lucro, pra vender cursos variados, produtos e livros.

O Ifá é o livro sagrado da Umbanda, jamais será a Bíblia. A ancestralidade bíblica, se funde ao Ifá, ao Alcorão, no que se refere a evangelização do homem e a revelação sagrada dos desejos do Criador, mas, jamais deve se sobrepor, se impor e dominar. A África tem sua ancestralidade, assim como o Brasil, as Américas, a Europa e a Ásia. Nenhum povo pode sufocar outro, se dizendo mais culto, mais soberano ou melhor.

A Umbanda é mais forte do que se propaga por ai. Hoje foi sufocada por falsos líderes, como também por líderes covardes ou egoístas que apenas viram seu lado. Mas, a Umbanda tem um pé em todos os continentes, absorve desde a ancestralidade africana, indígena, europeia, asiática e árabe, a conhecimentos que vão além da primitividade iorubá ou nagô. A Umbanda, assim como o Candomblé (seu irmão gêmeo), o Palo, o Vodú, a Santeria e todos os seguimentos afros, tem mais poder, mais conhecimento e mais a ensinar do que muitos enxergaram até hoje.

Carlinhos Lima
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Marcadores

magia (342) astrologia (296) signos (202) espiritualidade (194) amor (167) Umbanda (155) umbanda astrológica (145) orixá (139) UMBANDA ASTROLOGICA (127) CONCEITOS (120) mulher (120) religião (94) signo (93) anjos (72) comportamento (66) candomblé (62) mediunidade (50) 2016 (49) espaço (42) horóscopo (42) anjo (35) arcanos (35) esoterismo (35) magia sexual (35) oxum (33) Ogum (31) ancestrais (30) sexualidade (29) 2017 (28) estudos (27) fé religião (27) oxumaré (27) iemanjá (25) Yorimá (12)