Odú é um presságio de um momento do passado ou do presente que poderá alterar ou não um futuro ora, inexistente. O Odú traz em seu conteúdo uma gama de informações sobre uma pessoa, local, situações diversas ou política. Odus são 401 titulares e mais 1200 “omó-odú (sub-Odús).
E somente os babalawos fazem a leitura dos jogos. Oduduwa tendo o conhecimento do jogo de "perguntas e respostas" (Urim e Purim) dos hebreus, adaptou-o ao sistema africano e codificou-o para entregar o segredo a Setilú, tanto no sistema de "Opélé Ifá", como Ení Ifá e Fu-Fú. Estebeleceu-se imediatamente os dois tipos de leituras que seriam passados às gerações furutas com o nome de Ifá Igbá Ilá e Ifá Obé Keruáti.
O Jogo-de-Búzios e os Odus correspondentes a eles foi instituido por Oduduwá, que investiu um sacerdote chamado SETILU, o qual entronizou a divindade Orúnmilá ou Baba Elérin Ipin que significa "O Céu me fala" ou a Fala do Céu. Setilu então, estebeleceu as regras da leitura desse jogo que passou a se chamar IFÁ, na realidade o verdadeiro nome de Setilú. Setilu criou sacerdotes, especialistas na leitura desses jogos, a quem chamamos de Babalawô, ou seja "pai, senhor dos mistérios e segredos".
Lida com Odú somente sacerdotes (Babáolorisás e Yialorisás), Ologbôs, YialéMolés, Oluwôs, Baabalawôs, Ojés, Alagbás e Alapinis. – Todos devem ter esses “graus” comprovados.
O Odú responde através do Jogo-de-Búzios (16 búzios) mediante suas “caídas” na peneira ou toalha de jogo. O Odú tanto usa os búzios como as castanhas de Ifá (8 metades) conhecida por Opelé Ifá. O Odú se divide em duas partes: Pupa (vermelho) e Funfun (branco) – Ou ainda em positivo ou negativo. Ambos, Pupa e Funfun se alternam no posicionamento, invertendo suas posições. Isto significa que o Odú que hoje está Pupa, amanhã ou na semana que vem poderá estar Funfun.
Sendo o Odú uma espécie de inteligência natural (terrena e extra-terrastre), e as vezes artificial, porém inteligência, possui uma gama de informações e poderes muitas vezes capazes de provocar fenômenos que alteram relevos locais e conseqüentemente a vida de cada habitante deste mesmo local. Em conseqüência os Odus pessoais são alterados e têm que ser tratados ou propiciados. Desta forma passamos a descrever os meandros e os chamados “Segredos dos Odus”. Propicia-se um Odú fazendo-lhe oferendas diversas que variam do conhecimento de cada sacerdote ou especialista. Nunca se despacha um Odú – mesmo ele sendo negativo.
O Odú portanto, é formado por substâncias químicas como água, carbonatos, nitratos, sulfatos, compostos de carbono e amido. Aliás o amido é uma substância química constantemente usado nas oferendas (ebós), aos Odus nos candomblés brasileiros nas formas do milho branco (acaçá), e milho vermelho (axóxó), a água está presente em quase todas as oferendas aos Odus, o potássio, na banana (Obé-jokô), o carbonato que é o cálcio no leite (mungunzá) e outros.
Esta técnica do conhecimento do jogo de Odús propicia o conhecimento e nos prova que existe a interligação entre os Odús (caminhos de Odú) os quais promovem uma mutação gerando outros elementos, “sub-odús” e mesmo Odús. Assim como no decaimento radioativo, o urânio decai para tório e com o decaimento do césio libera-se prótons, nêutrons ou seja ENERGIA pura concentrada, o “caminho de Odú” transita da mesma forma liberando Energia pura concentrada.
Assim, os elementos químicos geradores de substâncias como nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, carbono, sódio, cálcio, ferro e zinco, estão presentes na ritualística dos Odus e no dia-a-dia da prática das casas de orixás. Portanto, longe de serem fantasias criadas por seus praticantes, o ritual dos Odus é um conhecimento técnico de química e física quântica que precede em muito a existência de Isaac Newton. Portanto, válido!
E por assim ser, concentrada, as oferendas de Odús são pequenas sem qualquer suntuosidade ou luxo, porém densas de energia, pois a densidade é igual à massa sobre o volume, ou seja, a densidade é inversamente proporcional ao volume. Quanto maior o volume, menor será a densidade e vice-versa. Quanto a isto ouvimos de uma sacerdotisa Ijexá (na Nigéria) a seguinte explicação: Odú jé Oluabi tabi Oluikú! – (Odú é O Senhor da Vida ou O Senhor da Morte).
Fonte de Pesquisa: Yorubanas