Muitos autores umbandistas atribuíram-lhe o grau de Exu feminino em razão da falta de informações sobre essa entidade e do fato de manifestar-se nas linhas da esquerda, ocupadas por Exu e por Exu Mirim. Inclusive, alguns a descreveram como esposa de Exu e mãe de Exu Mirim. Há outras informações que nos revelam que Pombogira ou Pombagira ou Bombogira é derivada das “yamins” cultuadas na sociedade matriarcal secreta conhecida como “gelede”.
Portanto, Pambu Njila para o guardião Bantu semelhante ao Exu Nagô e Pombagira para a guardiã umbandista, Rainha das Encruzilhadas da Vida e Senhora dos Caminhos à esquerda dos Orixás. O Mistério Pombagira abriu-se por inteiro na Umbanda e tanto pode ser esse quanto outro nome para identificá-lo porque, enquanto Orixá, seu verdadeiro nome nunca foi revelado na Teogonia Nagô; ele se encontra oculto entre os 200 Orixás desconhecidos, porque a Pombagira não foi humanizada no tempo como foram Exu, Oxalá, Iemanjá e todos os outros Orixás do panteão yorubano, muitos deles desconhecidos pelos umbandistas e por boa parte dos seguidores de outros cultos afros.
Pombagira significa mensageira dos caminhos à esquerda, trilhados por todos os que se desviaram dos seus originais caminhos evolutivos e que se perderam nos desvios e desvãos da vida. o entanto, é notório a miscigenação nos candomblés em geral, onde entidades da Umbanda, conhecidas em tempos remotos por ‘povo da rua’ se intitularam erroneamente na atualidade como deidade africana, rei e rainha do candomblé, Pombagira, Legba e entidades exercendo funções masculinas de guardião. Nos Candomblés de Angola e Kongo, também são denominados Njila/Nzila ou Pambú Njila, o ‘Senhor Guardião do Caminho’, proveniente do idioma kimbundu; pambu (fronteira, encruzilhada, njila (rua, caminho...), ‘o que caminha nas ruas, estradas, fronteiras, encruzilhadas.
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