Os Aparaká são Egun mais jovens: não têm Abalá nem Bantê e nem uma forma definida; e são ainda mudos e sem identidade revelada |
A poderosa e "perigosa" força ancestral
Égùn Os mortos da família devem ser honrados. Entre os yoruba, os mortos manifestam-se a seus descendentes por intermédio de uma entidade chamada Egun. É o espírito dos mortos que retorna à terra debaixo de belos panos decorados com aplicações de tecido recortado, bordados e ornamentados com búzios, espelhos e miçangas. Sociedades estritamente reservadas aos homens constituíram-se em torno dos Egun.
São esses homens que invocam os mortos, os chamam e cuidam deles na terra. O Egun serve de intermediário aos espíritos do além. Ele aparece a certas famílias alguns dias após a morte de um de seus membros ou durante as cerimônias realizadas para honrar a memória desses mortos. Vêm também trazer a bênção dos ancestrais aos casamentos de seus descendentes.
Por ocasião de suas aparições fazem-lhe oferendas de comida e de dinheiro. O Egun fala com voz rouca e profunda. Dança de bom grado ao som dos tambores bata, de preferência ou, na sua falta, ao som dos tambores obgon. O contato de sua roupa pode ser fatal aos vivos. Assim sendo, os mariwo, membros da sociedade Egun, os acompanham sempre munidos de compridas varas (isan), para afastar os imprudentes.
O vento provocado por suas roupas, quando ele dança, girando é, ao contrário, benéfico. Egun não significa, de modo algum, esqueleto, como afirmam certos autores. A pronúncia desse termo (Egun) é diferente. Os Egun manifestam-se no Brasil apenas entre os descendentes dos Yoruba, que permaneceram muito fiéis às tradições africanas e que ainda sabem tratá-lo e invocá-lo de acordo com as formas apropriadas.
O Egun é invocado, chamado, batendo-se no chão três vezes com uma vara (izan). Para os espíritos dos antigos, é necessário estabelecer a distinção entre a alma e a cabeça. A alma(emi, okan) é representada pela sombra (ojiji) das pessoas. Diz-se que existem três espécies de sombra: de manhãzinha, as pessoas têm duas sombras, uma à esquerda\ e uma à direita; ao meio dia, ela se torna uma só; após as seis horas da tarde, elas são em numero de três.
Essa sombra é enterrada com o morto e, ao cabo de três dias, torna-se areia no fundo do túmulo. No nono dia, a alma (emi) deixa o túmulo com essa areia para tornar-se a sombra de um recém nascido. A cada dia acorrem, em princípio, duzentos enterros e duzentos nascimentos. A alma pode ir para qualquer família.
Quando, debaixo de sua roupa, ele vem visitar seus filhos, dirigem-lhe a oriki (louvações) da família ou então ele mesmo os recita a seus descendentes. Grandes festas são organizadas para comemorar sua vinda e freqüentemente, durante essas reuniões, o Egun realiza "milagres".
Dissimula-se ao centro de uma praça, sob um grande pano, e sai dele tendo assumido diversas formas, para grande alegria das pessoas reunidas. Assim, transforma-se sucessivamente em camaleão (agemo), crocodilo (oni), píton (ere), velho (sambala), mulher jovem (awele), etc. Entre os Yoruba existe outra entidade, Oro, que tem o poder de comunicar-se com os mortos. Oro manifesta-se por meio de queixas estridentes, urros e gritos inarticulados. Quando se faz ouvir, de dia ou de noite, as mulheres e os não iniciados devem trancar-se nas casas, fechando todas as portas e janelas. Unicamente os membros da sociedade Oro podem sair e ir sauda-lo.
Esses relatos aqui publicados são sobre os Eguns que trabalhados pela ritualistica dos sacerdotes capazes no terreiro, vão trabalhar na sua missão em caminho da evolução. Mas, temos tambem os eguns que desordenadamente, nada têm haver com sacerdotes falecidos, mas, que sem luz e sem rumo perturbam a vida das pessoas. Em ocasião oportuna, falaremos mais sobre o asunto!
Axé a todos!
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
São esses homens que invocam os mortos, os chamam e cuidam deles na terra. O Egun serve de intermediário aos espíritos do além. Ele aparece a certas famílias alguns dias após a morte de um de seus membros ou durante as cerimônias realizadas para honrar a memória desses mortos. Vêm também trazer a bênção dos ancestrais aos casamentos de seus descendentes.
Por ocasião de suas aparições fazem-lhe oferendas de comida e de dinheiro. O Egun fala com voz rouca e profunda. Dança de bom grado ao som dos tambores bata, de preferência ou, na sua falta, ao som dos tambores obgon. O contato de sua roupa pode ser fatal aos vivos. Assim sendo, os mariwo, membros da sociedade Egun, os acompanham sempre munidos de compridas varas (isan), para afastar os imprudentes.
O vento provocado por suas roupas, quando ele dança, girando é, ao contrário, benéfico. Egun não significa, de modo algum, esqueleto, como afirmam certos autores. A pronúncia desse termo (Egun) é diferente. Os Egun manifestam-se no Brasil apenas entre os descendentes dos Yoruba, que permaneceram muito fiéis às tradições africanas e que ainda sabem tratá-lo e invocá-lo de acordo com as formas apropriadas.
O Egun é invocado, chamado, batendo-se no chão três vezes com uma vara (izan). Para os espíritos dos antigos, é necessário estabelecer a distinção entre a alma e a cabeça. A alma(emi, okan) é representada pela sombra (ojiji) das pessoas. Diz-se que existem três espécies de sombra: de manhãzinha, as pessoas têm duas sombras, uma à esquerda\ e uma à direita; ao meio dia, ela se torna uma só; após as seis horas da tarde, elas são em numero de três.
Essa sombra é enterrada com o morto e, ao cabo de três dias, torna-se areia no fundo do túmulo. No nono dia, a alma (emi) deixa o túmulo com essa areia para tornar-se a sombra de um recém nascido. A cada dia acorrem, em princípio, duzentos enterros e duzentos nascimentos. A alma pode ir para qualquer família.
Quando, debaixo de sua roupa, ele vem visitar seus filhos, dirigem-lhe a oriki (louvações) da família ou então ele mesmo os recita a seus descendentes. Grandes festas são organizadas para comemorar sua vinda e freqüentemente, durante essas reuniões, o Egun realiza "milagres".
Dissimula-se ao centro de uma praça, sob um grande pano, e sai dele tendo assumido diversas formas, para grande alegria das pessoas reunidas. Assim, transforma-se sucessivamente em camaleão (agemo), crocodilo (oni), píton (ere), velho (sambala), mulher jovem (awele), etc. Entre os Yoruba existe outra entidade, Oro, que tem o poder de comunicar-se com os mortos. Oro manifesta-se por meio de queixas estridentes, urros e gritos inarticulados. Quando se faz ouvir, de dia ou de noite, as mulheres e os não iniciados devem trancar-se nas casas, fechando todas as portas e janelas. Unicamente os membros da sociedade Oro podem sair e ir sauda-lo.
Esses relatos aqui publicados são sobre os Eguns que trabalhados pela ritualistica dos sacerdotes capazes no terreiro, vão trabalhar na sua missão em caminho da evolução. Mas, temos tambem os eguns que desordenadamente, nada têm haver com sacerdotes falecidos, mas, que sem luz e sem rumo perturbam a vida das pessoas. Em ocasião oportuna, falaremos mais sobre o asunto!
Axé a todos!
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
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