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Os Orixás regentes de 2025

domingo, 2 de outubro de 2011

Poderosos orixás masculinos: Oxalá, Xangô, Oxossi, Ossaim, Ogum, Obaluaê e Oxumaré


Obaluaiê: É conhecido também por Omulu ou Xapanã. Está sempre coberto dos pés à cabeça para esconder sua figura esquálida e ferida. Com essa aparência Obaluaiê inspira medo. Muito fechado e serio, ele vive curvado por dores e tremores de febre. Alguns consideram-no O Homem (Omo) Rei da Vida (Ilu). Usa como arma o xaxará, um cetro adornado em contas e búzios que serve como captador de energias negativas para limpar almas e ambientes. Os raros filhos de Obaluaiê são tensos, sábios e tristes. Costumam ser consultados para decisões importantes e muitos vivem solitários. Ocupam importantes cargos públicos e burocráticos, mas sentem que o bom humor não é seu forte. Obaluaiê gosta de pipoca, feijão preto, milho e farofa com dendê, servido em folhas de mamona ou bananeira. Suas cores são preto, branco e vermelho. Apesar de intimamente ligado à morte, ele cura doenças, pois anda sempre com cabaças medicinais. Saúda-se Obaluaiê com: Atotô! “Silêncio! Escutai. Hora de devoção e reverência!”. Suas ervas são: bala (taioba), turin (folha-de-neve), jakomijé (jarrinha), afoxian (erva-de-passarinho) Elemento: terra Símbolo: xaxará (feixe de palha e búzios) Dia da semana: segunda-feira Roupa: vermelha e preta, coberta de palha Sacrifício: galo, pato, bode e porco Oferendas: pipoca, feijão preto, farofa e milho, com muito dendê.

Ogum: É um guerreiro de personalidade instável, filho de Yemanjá com Oxalá. Nas questões amorosas é sensual e aconchegante, mas na guerra é furioso e vingativo. Não dispensa uma boa peleja. Usa todo seu conhecimento para defender os filhos. Protege a todos os que usam o ferro para trabalhar (metalúrgico, cirurgião, açougueiro, agricultor). Seus filhos adoram estar com os amigos transformando a rotina do dia-a-dia. Parecem tão suaves, mas se houver conflito explodem numa fúria devastadora. Sua franqueza é desconcertante e a curiosidade, idem. Abominam a derrota e o perdão, preferindo um grito de guerra vitorioso. Ogum porta armas brancas de todos os tipos, principalmente espadas de fio cortante. Seu colar pode ser de cor verde ou azul escuro. Sua saudação é: Ogunyê! Algumas ervas de Ogum: ano-peipa (cipó-chumbo), omun (bredo), eregê (erva-tostão), pepe (bem-me-quer-bravo)... Elemento: ferro Símbolo: espada Dia da semana: terça-feira.

Ossaim: É filho de Oxalá e Yemanjá, mas às vezes é considerado como sem pai e sem mãe, pois brotou da terra assim como as plantas que conhece tão bem. Tal como Oxossi, ele está associado à floresta e à vegetação, por isso é considerado deus das folhas e ervas medicinais. Conhece seus usos e as palavras mágicas (ofós) que despertam seus poderes. Ossaim não cuida da alimentação, e sim da saúde e do que estiver associado ao uso das plantas, pois as folhas são portadoras do axé (poder do principio vital). Essa força é tão importante para humanos quanto para os Orixás (que se alimentam delas). O poder das folhas e plantas funciona nos dois sentidos: podem curar ou matar; podem acalmar ou alucinar. No Candomblé, Ossaim é uma figura importante na realização das cerimônias. Além de conhecer as potencialidades de cada folha e planta, existe um ritual para sua aplicação que envolve uma série de palavras mágicas que devem ser ditas de modo adequado para que o axé de cada planta seja libertado. Esse conhecimento é exclusivo de Ossaim e é considerado pelos estudiosos como um dos maiores segredos do Candomblé, revelado apenas aos iniciados. Ossaim é instável e emotivo. Seu colar é branco rajado de verde. Seus filhos são introvertidos, misteriosos e discretos. Elemento: matas Símbolo: lança com pássaros na forma de leque e feixe de folhas Dia da semana: segunda-feira (outras fontes dizem quinta-feira) Roupa: branco e verde-claro Oferendas: feijão, arroz, milho vermelho e farofa de dendê.

Oxalá: É tido como o criador da humanidade, mas esse cargo cabe exclusivamente a Olorum. O certo é que ele é o mais antigo Orixá, pois foi o primeiro criado por Olorum. Dependendo da região, pode ser chamado de Lembá, Obatalá, Orunmilá, Olodumaré, Olufon. Na verdade, esses nomes são títulos. Obatalá significa: “O Rei Branco é lento nas decisões” (pois pondera com meticulosidade). Oxalá é imponente, silencioso e frio, mas capaz de decisões enérgicas. É equlibrado e tolerante. Conhecido também como Oxalufan na fase serena, ou Oxaguian na fase tempestiva, ou Orinxanlá em quaisquer circunstâncias. Na fase serena, seus filhos mostram responsabilidade, equilíbrio e respeito. São amáveis, espiritualistas e capazes de resolver grandes problemas com sabedoria. Mas em fase tempestiva tornam-se calados, temperamentais e tem uma agilidade incrível. São altivos, aglutinadores e centralizadores. Seu cajado de prata ou alvo metal chama-se opaxorô e, na guerra, brada uma espada e uma luva metálica. Seu colar pode variar entre os tons de branco fosco ao branco salpicado de azul. Gosta muito de arroz, canjica, mel, coco verde, inhame e todos os tipos de frutas. Sua saudação é: Epa baba! As ervas de Oxalá são: efim (malva branca), omin (beldroega), afere (mutamba), obô (rama de leite). Elemento: ar Símbolo: opaxoró (cajado de alumínio com adornos) Dia da semana: sexta-feira Roupa: branca Oferendas: milho branco, arroz e massa de inhame Obs: Na Umbanda, Oxalá não incorpora.

Oxossi: É intuitivo e emotivo. É o grande patrono do Candomblé brasileiro. Oxossi é um caçador nato, irmão mais novo de Ogum e protetor dos caçadores e policiais. Por isso é chamado de Deus da Caça! Seus filhos são lutadores, obstinados e não desistem de seus objetivos por nada neste mundo. Possuem fortes ligações místicas e são capazes até de adquirir poderes sobrenaturais. Acima de tudo, possuem uma alegria contagiante e uma agitação inevitável. Empunha um arco e flecha de ferro e sua cor é o azul esverdeado. Come peixe de escamas, arroz, feijão, milho, essencialmente. Foi rei do Keto, portanto deve ser saudado com a seguinte reverência: Okê Oxossi! No sincretismo está associado a São Sebastião da Igreja Católica. Ervas de Oxossi: orin-rin (alfavaquinha), piperégun (nativo), mariwô (folha de dendezeiro), irum perlêmin (capim-cabeludo)... Elemento: florestas Símbolo: rabo de cavalo e chifre de boi Dia da semana: quinta-feira Roupa: azul ou verde-claro Oferendas: milho branco e amarelo, peixe de escamas, arroz, feijão e abóbora.

Oxumaré: Filho de Oxalá e Nana, ele tem a força que governa o movimento. É o Deus da chuva e do arco-íris (dã aido huedo – energia que gira em volta do planeta e movimenta os corpos celestes) e que transposta a água entre o céu e a terra. Os filhos de Oxumaré possuem clarividência e a capacidade de renovação e mudança constante. São pessoas que rompem com seu estilo de vida (emprego e amizades) para começar uma nova etapa. Têm tendência à bissexualidade, mas nem todos aceitam bem isso. Outras qualidades são a inteligência, a curiosidade e a ironia. Gostam de vestir e ostentar boas roupas. São agitados e precisam de movimentação. Oxumaré contém em si o poder do bem e do mal. Conta a lenda que ele é macho por seis meses, e fêmea pelos outros seis. A forma masculina é o arco-íris, cuja função é levar a água ao castelo de Xangô no céu (poder de controlar as chuvas e as secas). A forma feminina é a da cobra, que se movimenta agilmente sobre a terra e sobre as águas. A capacidade de Oxumaré assumir a forma dos dois sexos é que ele é o Orixá da transformação - coerente com a dualidade das coisas: bem e mal, dia e noite, masculino e feminino. Oxumaré é sensível e tranqüilo. Seu colar é amarelo e verde. Elemento: água Símbolo: cobra de metal Dia da semana: quinta-feira Roupa: azul-claro e verde-claro Oferendas: milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos.

Xangô: Apesar de atrevido e prepotente, ele é o símbolo máximo da justiça. É uma espécie de faz-tudo. Persegue e pune os malfeitores com rigor. Tem fixação pelo poder absoluto. É o Orixá que tem mais histórias interessantes, sempre cheias de batalhas vigorosas e vitórias. Possui três esposas: Iansã, Oba e Oxum. Essa entidade lembra em muito Zeus (deus grego) em seus momentos de fúria, pois chega até a cuspir fogo, literalmente. O filho de Xangô geralmente é dado a paixões desenfreadas, sem muito compromisso com a fidelidade. O amor é aquele que existe no momento! O passado não existe! Domina a oratória e até é um bom ouvinte desde que ele dê a sentença final. Xangô é dotado de espírito aventureiro, é indócil e libertino. Trata-se de um dos Orixás mais imponentes e majestosos. Usa um colar branco e vermelho. Sua arma é um machado de dois gumes feito de madeira de lei. Suas cores preferidas são o vermelho e o branco. Adora beber cerveja preta, vinho doce e licor. Elemento: fogo Símbolo: machado duplo (oxé) Dia da semana: quarta feira Roupa: branca e vermelha, com coroa de latão Oferendas: amalá (quiabo com camarão seco e dendê)

Um comentário:

Fanzine Episódio Cultural disse...

A ACADEMIA MACHADENSE DE LETRAS (Machado-MG) comunica que estão
abertas as inscrições para o VIII Concurso Plínio Motta de Poesias, do
ano 2011. As inscrições vão até o dia 21 de outubro de 2011.
Entrem em contato para adquirir o Regulamento:
a/c Carlos Roberto machadocultural@gmail.com
ESTE CONCURSO ESTÁ ABERTO PARA TODOS!

OBS: O VALOR DA INSCRIÇÃO ( 2 REAIS) PODE SER COLOCADO DENTRO DO ENVELOPE COM AS 6 CÓPIAS DA SUA POESIA.

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