Atualmente, a Cabala atingiu um nível de popularidade suficiente a ponto de serem oferecidos cursos de interpretação cabalística com ênfase em aspectos práticos da vida cotidiana. Personalidades como Madonna e Mick Jagger aderiram ao estudo da Cabala. Ainda, há um Centro de Estudos da Cabala em São Paulo e Rio de Janeiro. E há a democratização de uma tradição milenar e poderosa, que coloca-se ao alcance de qualquer cidadão que deseje evoluir nos planos espirituais e materiais da própria existência.
Alguns pontos comuns
entre o Zohar e a tradição da Cabala são encontrados quando referem-se aos
elementos que compõem a alma. Segundo esta análise, a alma humana é composta de
três partes distintas que são plenamente despertas apenas em indivíduos
evoluídos espiritualmente. Há também elementos que se manifestam eventualmente na alma humana. O Ruach HaKodesh permite a capacidade profética. O Neshamah Yeseira permite uma maior profundidade espiritual ao judeu durante o Shabbat (descanso semanal que, segundo o judaísmo, foi ordenado por Deus). Esta habilidade adquirida pela alma pode se desenvolver ou retroceder totalmente, de acordo com a fé do judeu.
O nefesh é comum
a todos os seres humanos e passa a integrar o indivíduo no momento de seu
nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica. É considerado a parte
inferior (irracional) da alma que está associado aos instintos e desejos
físicos. O ruach é a parte mediana responsável por virtudes morais e
capacidade de distinção entre o bem e o mal. O ruach é desenvolvido ao longo da
vida e depende da nobreza de valores de cada indivíduo, como suas crenças e
ações. O neshamah é a alma superior. É o elemento determinante que
distingue o ser humano de outras formas de vida e está relacionada diretamente
ao intelecto. Também é desenvolvido no decorrer da vida.
Ainda, no Raaya Meheimna
(manuscrito posteriormente incorporado ao Zohar) há alusões a outros dois
elementos: o chayyah (permite ao homem a percepção do poder divino) e o yehidah
(nível mais elevado que permite total integração com Deus).
O Neshoma Kedosha que se manifesta nos judeus ao atingirem a
maioridade e está relacionado ao estudo dos mandamentos da Torah. Assim como o Neshamah
Yeseira, o Neshoma Kedosha também está passível de desenvolvimento ou
regressão, dependendo do empenho de cada indivíduo. Entretanto, segundo
estudiosos (como o Rabino Joseph Saltoun), a Cabala também aplica-se em
diversas áreas dos conhecimentos e necessidades humanas, tantos espirituais
como físicas. É possível, por exemplo, compreender a origem da alma,
relacionamentos afetivos, destino e livre arbítrio, por exemplo.
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O estudo cabalístico não
se limita ao universo judaico. A partir do século XVIII houve um processo de
popularização da Cabala entre diversas tradições ocultistas; favorecendo sua
infiltração e conexão com outras faces do esoterismo, até mesmo no ocidente.
Desse modo, variações cristãs da Cabala passaram a ser estudadas. A Cabala
também passou a integrar e combinar-se em correntes neopagãs. O ocultista francês Eliphas Levi foi um dos estudiosos cabalísticos. A Cabala Hermética (como é conhecida no Ocidente) foi abordada pelo ocultista inglês Aleister Crownley; assim como o Amanhecer Dourado de George Cecil Jones. Em 1922, foi fundado pelo Rabino Berg, na cidade de Jerusalém, o Centro de Estudos da Cabala, que favoreceu sua disseminação além dos limites do judaísmo. Jesus Cristo poderia ter
sido um conhecedor dos mistérios cabalísticos. O Heptameron (tratado medieval de magia) utiliza-se de
símbolos cabalísticos. Na idade Média, devido à intolerância religiosa, o
estudo da Cabala era secreto. Vários sistemas de Magia utilizam a cabala como
referência.
A Árvore da Vida
é um recurso simbológico que representa alguns conceitos cabalísticos. É
formada por dez Sephira que emanam de Ain Soph, que é a representação
da própria natureza divina da qual deriva cada sephira. Cada uma das dez
sephira representa uma dimensão para a realidade. Assim, cada uma funciona como
um canal que conduz a "Luz do Mundo Infinito" até o homem.
Graficamente, as sephira
estão alinhadas em três colunas que estão interligadas por meio de vinte e duas
conexões. Estão dispostas em camadas triangulares sendo que cada uma está
relacionada a um plano: Emanações (Atziluth), Criações (Beriah),
Formações (Yetzirah) e Ações (Asiyah). As dez sephiras que
compõem a Cabala são Keter, Chochma, Biná, Chesed,
Gevurah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod
e Malchut.
Fonte: http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/personagens/eliphas.htm
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