Novos dados da velocidade radial permitiram aos astrônomos identificar e prever com precisão a posição esperada do Beta Pectoris c para que o instrumento Gravity pudesse encontrá-lo.
Uma equipe de astrônomos capturou a imagem de um exoplaneta que antes só tinha sido detectado indiretamente através de um espectro de sua estrela-mãe. Os resultados foram publicados nesta sexta-feira (2) na revista Astronomy & Astrophysics.
Dado que o exoplaneta Beta Pictoris c se encontra tão próximo de sua estrela-mãe, seu fraco brilho era difícil de perceber até este momento. Contudo, graças ao instrumento Gravity, que opera junto com o telescópio de longo alcance denominado Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), os especialistas conseguiram observar seu raio de luz.
Originalmente, o corpo celeste foi detectado em 2019 pelo método de velocidade radial, que mede o arrastamento e tração da estrela-mãe devido à órbita do planeta.
"Estamos apenas começando a explorar novos mundos surpreendentes, desde o buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia até planetas fora do Sistema Solar", salientou o coautor do estudo Frank Eisenhauer, após destacar o grande "nível de detalhe e sensibilidade" de Gravity.
Segunda descoberta
O achado só foi possível devido aos novos dados de velocidade radial que permitiram à equipe identificar e prever com precisão a posição esperada do exoplaneta para que Gravity pudesse encontrá-lo. Estes dados foram publicados em um segundo artigo.
Assim, Beta Pictoris c é o primeiro planeta que foi detectado e confirmado com ambos os métodos, medidas de velocidade radial e imagens diretas, permitindo aos cientistas combinar as duas técnicas, que previamente estavam separadas.
"Agora, podemos obter tanto o brilho como a massa deste exoplaneta", explicou o autor principal do artigo, Mathias Nowak, agregando que "como regra geral, quanto mais massivo é o planeta, mais luminoso ele é".
Um dado inesperado
Contudo, as imagens diretas revelaram uma surpresa: Beta Pictoris c é seis vezes menos brilhante que seu irmão maior, Beta Pictoris b, mas se presumia que a massa de ambos fosse similar, aproximadamente oito vezes superior à do planeta Júpiter para c e entre seis e 15 vezes para b.
Por agora, os especialistas consideram que somente a estimativa de massa de Beta Pictoris c é confiável, enquanto se espera que os dados de velocidade radial no futuro possam determinar com mais precisão a massa de Beta Pictoris b. Uma das hipóteses aponta que um dos exoplanetas é muito mais frio que o outro.
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