A essência da magia, das bruxas e dos sacerdotes |
A magia astral e ancestral dos escolhidos
Magia em inglês é magic. Magic (mágica, magia), do latim magicus, pertinente a feitiçaria (magia; grego, mageia, a teologia dos magianos, mágica). A arte de produzir efeitos pelo aparente controle sobre-humano sobre os poderes ou forças da natureza; feitiçaria, encantamento; qualquer poder ou influência que se prova irresistível ou extraordinário; o uso do legerdemain para criar ilusões ou fazer truques. Daí se entende aquele provérbio no tantra hindu sobre um bom critério para julgar se um mestre (em sânscrito, guruh) é válido ou não no caminho mágico religioso. "Mestre é aquele que performa fenômenos físicos."
A palavra feiticeiro em inglês, que é um idioma que tem raízes no gaélico e nórdico clássico, é witch. Witch, bruxo(a), no plural witches; wicca (masculino), wicce (feminino). Significa uma mulher que professa ou supõe que pratique magia; uma feiticeira; uma mulher velha feia e/ou maligna; uma megera; uma enfeitiçante ou fascinante mulher ou garota. Afetar ou ser afetado por witchcraft (bruxaria ou arte de bruxa); fascinar; encantar.
Witch-craft (literalmente, arte de bruxo, ou seja, a arte do bruxo, traduzido usualmente como bruxaria). As práticas dos(as) bruxos(as), feitiçaria, black magic (magia negra); encantamento, fascinação.
O dicionário, contudo, diz apenas o que é conhecimento acadêmico de domínio comum. O que ele não cita é que o termo latino magicus e o grego mageia são oriundos de uma raiz ainda mais antiga. A origem semântica de ambas as palavras vem do persa magi, que quer dizer, literalmente, sabedoria ou conhecimento. Portanto, o mago ou magista é aquele que sabe! Nos termos wizard, wicca, wicce e witan, vemos que nada mais é que conhecimento.
Sábio é o provérbio que afirma: "Conhecimento é poder!" Portanto, a palavra magia pode até ser aplicada à matemática, física, química e à tecnologia de forma geral. Até para a palavra logia é intrinsecamente interligada. Mas, a magia ou fenomenologia e ritualística, precisa de iniciação e de força extra sensorial perception, que em português quer dizer percepção extra-sensorial. A visão? Psicometria, telemetria. Os fireballs (bolas de fogo)? Pirogenia associada a telecinesia.
ESP é um termo específico da parapsicologia.
E existe também a magia sincrônica, que consiste basicamente de dois elementos: vontade e concentração, nos quais, seguindo certos princípios naturais e leis, se sincroniza ou coaduna a vontade do Universo à sua e vice-versa. Esses fenômenos nem precisam de treinamento especial para se manifestarem em algumas pessoas. Daí que a parapsicologia explica muitos (não todos, seguindo este princípio em si) dos fenômenos poltergeists.
O rótulo de bruxo não deveria ser aplicado aos que historicamente foram. E, aliás, o critério histórico da Igreja para classificar alguém de bruxo era: - Proferir preces e/ou ritos em idioma desconhecido (especialmente línguas mortas). Desconhecido é, claro, para o padre paranóico que colocavam para monitorar uma comunidade. - Exercer a medicina sem a autorização da Igreja, também era pecado e crime grave. Na Era das Trevas, era obrigação do médico exigir que o doente, antes de se tratar, se confessasse com um padre e estivesse pronto para eventuais penitências, ou devo dizer punições? Que, aliás, eram extremamente mais graves do que os meros doze Pai-nossos e 21 Ave-marias de hoje. Exercer a medicina seguindo metodologias proibidas pela Igreja.
A paranoia cristã era extremamente ativa quanto a mulheres sábias e curandeiros que exerciam a medicina seguindo métodos que hoje poderiam ser considerados como ancestrais da atual homeopatia. Eles entendiam como influência demoníaca o fato de que estes tinham mais sucesso na arte da cura do que os médicos, assim chamados, normais, usando como metodologia a cura, por exemplo, da afecção de um veneno com outro veneno.
E é preciso esclarecer que os conhecimentos gerais de métodos de diagnóstico e terapia dos médicos medievais nas regiões da Europa nórdica e central, incluindo as Ilhas Britânicas, eram de classificar a causa das doenças por certos tipos de humores (tipo de energia que influenciaria no estado de saúde do paciente, e que só existia na imaginação dos médicos contemporâneos desta época) e como método de terapia, emplastros, amputações e sanguessugas. Nossa medicina alopática é uma evolução dessa medicina.
Os reis e príncipes, que não eram idiotas, importavam a peso de ouro médicos judeus e árabes, que sabiam muito mais da arte da cura do que os médicos ditos normais daquela época. - Pessoas que não cultuassem o verdadeiro e único Deus. - Pessoas que demonstrassem uma influência fora do normal sobre outras pessoas. Traduzindo, pessoas que fossem especialmente belas, sedutoras, inteligentes e/ou queridas demais para a conveniência política da Igreja pela população local por um motivo ou outro... - Pessoas que demonstrassem conduta incompreensível ou ilógica para as pessoas comuns e principalmente os padres. Mas, não ser enganem e nem pensem que isso acabou! Apesar de maior liberdade hoje e de estarmos na era da internet, a intolerancia ainda é muito grande, especialmente dos "cristãos da moda".
Eventuais pobres coitados que sofrem de algum tipo de loucura ou esquizofrenia e que certamente pareceriam endemoniados aos olhos dos paranoicos padres ignorantes locais que, portanto, seriam punidos com a fogueira por este crime. Como podem ver, qualquer tipo de pessoa, independentemente do sexo, etnia ou até mesmo de credo religioso (especialmente os não cristãos) poderia ser acusado de fazer bruxaria e ser rotulado negativamente (óbvio ululante!) como bruxos e bruxas, e é claro, desmentindo certas pseudo-bruxas de tradições familiares de mais de dois mil anos (cuja credibilidade estaria extremamente fragilizada sob quaisquer análises históricas a nível acadêmico), escritoras de livros de simpatias que jamais poderiam, à luz dos fatos aqui expostos, serem classificados como magia, que alegam só existirem e terem existido bruxas, ou seja, mulheres que performam a assim chamada bruxaria.
Tais rótulos de bruxos e bruxas não ocorreram, após tais fatos, apenas nas comunidades nórdicas, mas com nossos também desafortunados primos celtas, cujas mulheres sábias, bandhia-draoi (druidesas) e draoi (druidas), religião e cultura foram vítimas das ações destrutivas do cristianismo. Para quem não sabe, draoi em gaélico quer dizer apenas professor ou sábios dos carvalhos. E não somente era uma denominação sacerdotal, mas acadêmica e docente. Todas usadas simultaneamente para se referir aos draois ou druidas. E, terrivelmente, mais tarde, no Novo Mundo, nas Américas, onde é de domínio comum as atrocidades cometidas pelos conquistadores na América Central e dos portugueses e jesuítas contra a legítima civilização que povoava estas terras tupiniquins.
A população original de índios no Brasil na época da ocupação militarística, denominada de descobrimento por nossos historiadores tendencionistas era de cerca de 9 milhões. Hoje não passa de poucos milhares. E suas respectivas culturas, linguagens e religião foram mais destruídos ainda por missionários kristãos tão desejosos de compartilhar o amor cristão que a história tão bem conhece. Mas felizmente a humanidade pôde evoluir e o kristianismo decair. Saímos da Idade das Trevas para a Renascença, e desta para a Idade Moderna, e, por conseguinte, a Idade Contemporânea em que estamos.
Não podíamos, é claro, deixar de citar uma religião moderna chamada wicca, que é um termo masculino do inglês arcaico significando, literalmente, bruxo. Diferente da crença popular no meio neo-pagão, o que os fatos históricos apontam é que a wicca original não é Antiga Religião. Esta foi criada por volta de 1940 de nossa Era Comum por dois monstros (no bom sentido) do mundo ocultista. Um é Alesteir Crowley (indiretamente) e o outro Gerald Brousseau Gardner (diretamente). A uma solicitação de Gardner, Crowley havia escrito a primeira versão do Book of Shadows (O Livro das Sombras), e, portanto, com isto, concedendo uma base fundamentada na Thelema, na Alta Magia Cerimonial e no raciocínio segundo a obra 777 do mesmo Crowley.
Concedendo à wicca, então, em fase de criação, um caráter esotérico e panteísta (do grego pan = tudo, todo; theos = Deus; ismos = idéia, escola, ideologia, ou seja, a crença de que todos os deuses, e em algumas vertentes, tudo da existência, não passe de meros aspectos de uma divindade ou Deus cuja natureza seria absoluta). O nome da divindade celta é Cernunnos; e os chifres, por exemplo, dentre outros atributos do Cernunnos wiccan, não representam a presença do mal, como representaria na visão deturpada do cristianismo, e sim a presença divina como é vista em várias religiões, inclusive no judaísmo, e além disto, esses chifres representam o poder viril masculino, a Semente Absoluta da Criação, Essência Absoluta de Todas as Coisas. Portanto, neste contexto, e considerando os elementos à disposição de Gardner, ele não podia ter representado melhor o Deus Uno ou Absoluto de forma melhor. E justamente neste contexto, Cernunnos seria o Deus primordial de toda criação e dos deuses. Aí, então, entra em cena Doris Valiente. Ela, juntamente com Gardner, reescreve o Book of Shadows para uma forma mais paganizada ainda, pois a aparência evocatória ainda era muito abraãmica, devido as bases serem da Alta Magia Cerimonial, e, seguindo o raciocínio da tabela de equivalência de deuses, eles deram ao segundo Book of Shadows uma cara mais céltica, colocando mitos e lendas populares, mas mantendo as mesmas estruturas ritualísticas, teológicas, dogmáticas e cosmogônicas. Após isto, Valiente age novamente, introduzindo o conceito da Deusa Mãe, criando algo de novo na wicca então emergente em passos tímidos.
Com isto, surge o primeiro panteísmo dualista no qual Cernunnos, não mais o Deus Absoluto, nem semente primordial, mas parceiro de igual importância da Deusa, que também foi tomado o nome de outra deidade céltica. Com isto, o Absoluto é representado através de duas metades, masculina e feminina. A wicca não é Antiga Religião celta, como muitos até aqui já poderiam prever. A religião celta, assim como a nórdica, tem origem histórica indo-européia, ou seja, gozamos das mesmas origens que o hinduísmo e o budismo. São, assim como politeístas e animistas. E da mesma forma a Umbanda, tem um pé ou parte de suas raizes também nas tradições indo-europeias, que certos reformadores, muito influenciados pelo Espiritismo e cristianismo, tentou ignorar e sufocar. Ou seja, tem vários deuses e deusas, e nenhum deles é aspecto de ninguém, mas sim possuem seu próprio anima, sua própria individualidade assim como eu e você, leitor. Mas, que sincretismos, reformas sensacionalistas e sufocantes, tentaram matar a verdadeira raiz ancestral da Umbanda Original.
A wicca não é, portanto, céltica, nem legítima representante da cultura e povo celta, incluindo aqui até mesmo a wicca dita céltica. Apesar de ela conter alguns elementos celtas, tem sua origem na Thelema, seus ritos são fundamentados na Alta Magia Cerimonial, portanto, com elementos da cabala, o panteísmo de origem greco-gnóstica e o pentagrama (a estrela de cinco pontas com um círculo em torno desta) da escola grega pitagórica, que era usado pela escola de Pitágoras para identificar os iniciados, que a tinham tatuada na palma de suas mãos.
Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo, Mago de Umbanda Astrológica, Pesquisador de religiões e Magia.
E existe também a magia sincrônica, que consiste basicamente de dois elementos: vontade e concentração, nos quais, seguindo certos princípios naturais e leis, se sincroniza ou coaduna a vontade do Universo à sua e vice-versa. Esses fenômenos nem precisam de treinamento especial para se manifestarem em algumas pessoas. Daí que a parapsicologia explica muitos (não todos, seguindo este princípio em si) dos fenômenos poltergeists.
O rótulo de bruxo não deveria ser aplicado aos que historicamente foram. E, aliás, o critério histórico da Igreja para classificar alguém de bruxo era: - Proferir preces e/ou ritos em idioma desconhecido (especialmente línguas mortas). Desconhecido é, claro, para o padre paranóico que colocavam para monitorar uma comunidade. - Exercer a medicina sem a autorização da Igreja, também era pecado e crime grave. Na Era das Trevas, era obrigação do médico exigir que o doente, antes de se tratar, se confessasse com um padre e estivesse pronto para eventuais penitências, ou devo dizer punições? Que, aliás, eram extremamente mais graves do que os meros doze Pai-nossos e 21 Ave-marias de hoje. Exercer a medicina seguindo metodologias proibidas pela Igreja.
A paranoia cristã era extremamente ativa quanto a mulheres sábias e curandeiros que exerciam a medicina seguindo métodos que hoje poderiam ser considerados como ancestrais da atual homeopatia. Eles entendiam como influência demoníaca o fato de que estes tinham mais sucesso na arte da cura do que os médicos, assim chamados, normais, usando como metodologia a cura, por exemplo, da afecção de um veneno com outro veneno.
E é preciso esclarecer que os conhecimentos gerais de métodos de diagnóstico e terapia dos médicos medievais nas regiões da Europa nórdica e central, incluindo as Ilhas Britânicas, eram de classificar a causa das doenças por certos tipos de humores (tipo de energia que influenciaria no estado de saúde do paciente, e que só existia na imaginação dos médicos contemporâneos desta época) e como método de terapia, emplastros, amputações e sanguessugas. Nossa medicina alopática é uma evolução dessa medicina.
Os reis e príncipes, que não eram idiotas, importavam a peso de ouro médicos judeus e árabes, que sabiam muito mais da arte da cura do que os médicos ditos normais daquela época. - Pessoas que não cultuassem o verdadeiro e único Deus. - Pessoas que demonstrassem uma influência fora do normal sobre outras pessoas. Traduzindo, pessoas que fossem especialmente belas, sedutoras, inteligentes e/ou queridas demais para a conveniência política da Igreja pela população local por um motivo ou outro... - Pessoas que demonstrassem conduta incompreensível ou ilógica para as pessoas comuns e principalmente os padres. Mas, não ser enganem e nem pensem que isso acabou! Apesar de maior liberdade hoje e de estarmos na era da internet, a intolerancia ainda é muito grande, especialmente dos "cristãos da moda".
Eventuais pobres coitados que sofrem de algum tipo de loucura ou esquizofrenia e que certamente pareceriam endemoniados aos olhos dos paranoicos padres ignorantes locais que, portanto, seriam punidos com a fogueira por este crime. Como podem ver, qualquer tipo de pessoa, independentemente do sexo, etnia ou até mesmo de credo religioso (especialmente os não cristãos) poderia ser acusado de fazer bruxaria e ser rotulado negativamente (óbvio ululante!) como bruxos e bruxas, e é claro, desmentindo certas pseudo-bruxas de tradições familiares de mais de dois mil anos (cuja credibilidade estaria extremamente fragilizada sob quaisquer análises históricas a nível acadêmico), escritoras de livros de simpatias que jamais poderiam, à luz dos fatos aqui expostos, serem classificados como magia, que alegam só existirem e terem existido bruxas, ou seja, mulheres que performam a assim chamada bruxaria.
Tais rótulos de bruxos e bruxas não ocorreram, após tais fatos, apenas nas comunidades nórdicas, mas com nossos também desafortunados primos celtas, cujas mulheres sábias, bandhia-draoi (druidesas) e draoi (druidas), religião e cultura foram vítimas das ações destrutivas do cristianismo. Para quem não sabe, draoi em gaélico quer dizer apenas professor ou sábios dos carvalhos. E não somente era uma denominação sacerdotal, mas acadêmica e docente. Todas usadas simultaneamente para se referir aos draois ou druidas. E, terrivelmente, mais tarde, no Novo Mundo, nas Américas, onde é de domínio comum as atrocidades cometidas pelos conquistadores na América Central e dos portugueses e jesuítas contra a legítima civilização que povoava estas terras tupiniquins.
A população original de índios no Brasil na época da ocupação militarística, denominada de descobrimento por nossos historiadores tendencionistas era de cerca de 9 milhões. Hoje não passa de poucos milhares. E suas respectivas culturas, linguagens e religião foram mais destruídos ainda por missionários kristãos tão desejosos de compartilhar o amor cristão que a história tão bem conhece. Mas felizmente a humanidade pôde evoluir e o kristianismo decair. Saímos da Idade das Trevas para a Renascença, e desta para a Idade Moderna, e, por conseguinte, a Idade Contemporânea em que estamos.
Não podíamos, é claro, deixar de citar uma religião moderna chamada wicca, que é um termo masculino do inglês arcaico significando, literalmente, bruxo. Diferente da crença popular no meio neo-pagão, o que os fatos históricos apontam é que a wicca original não é Antiga Religião. Esta foi criada por volta de 1940 de nossa Era Comum por dois monstros (no bom sentido) do mundo ocultista. Um é Alesteir Crowley (indiretamente) e o outro Gerald Brousseau Gardner (diretamente). A uma solicitação de Gardner, Crowley havia escrito a primeira versão do Book of Shadows (O Livro das Sombras), e, portanto, com isto, concedendo uma base fundamentada na Thelema, na Alta Magia Cerimonial e no raciocínio segundo a obra 777 do mesmo Crowley.
Concedendo à wicca, então, em fase de criação, um caráter esotérico e panteísta (do grego pan = tudo, todo; theos = Deus; ismos = idéia, escola, ideologia, ou seja, a crença de que todos os deuses, e em algumas vertentes, tudo da existência, não passe de meros aspectos de uma divindade ou Deus cuja natureza seria absoluta). O nome da divindade celta é Cernunnos; e os chifres, por exemplo, dentre outros atributos do Cernunnos wiccan, não representam a presença do mal, como representaria na visão deturpada do cristianismo, e sim a presença divina como é vista em várias religiões, inclusive no judaísmo, e além disto, esses chifres representam o poder viril masculino, a Semente Absoluta da Criação, Essência Absoluta de Todas as Coisas. Portanto, neste contexto, e considerando os elementos à disposição de Gardner, ele não podia ter representado melhor o Deus Uno ou Absoluto de forma melhor. E justamente neste contexto, Cernunnos seria o Deus primordial de toda criação e dos deuses. Aí, então, entra em cena Doris Valiente. Ela, juntamente com Gardner, reescreve o Book of Shadows para uma forma mais paganizada ainda, pois a aparência evocatória ainda era muito abraãmica, devido as bases serem da Alta Magia Cerimonial, e, seguindo o raciocínio da tabela de equivalência de deuses, eles deram ao segundo Book of Shadows uma cara mais céltica, colocando mitos e lendas populares, mas mantendo as mesmas estruturas ritualísticas, teológicas, dogmáticas e cosmogônicas. Após isto, Valiente age novamente, introduzindo o conceito da Deusa Mãe, criando algo de novo na wicca então emergente em passos tímidos.
Com isto, surge o primeiro panteísmo dualista no qual Cernunnos, não mais o Deus Absoluto, nem semente primordial, mas parceiro de igual importância da Deusa, que também foi tomado o nome de outra deidade céltica. Com isto, o Absoluto é representado através de duas metades, masculina e feminina. A wicca não é Antiga Religião celta, como muitos até aqui já poderiam prever. A religião celta, assim como a nórdica, tem origem histórica indo-européia, ou seja, gozamos das mesmas origens que o hinduísmo e o budismo. São, assim como politeístas e animistas. E da mesma forma a Umbanda, tem um pé ou parte de suas raizes também nas tradições indo-europeias, que certos reformadores, muito influenciados pelo Espiritismo e cristianismo, tentou ignorar e sufocar. Ou seja, tem vários deuses e deusas, e nenhum deles é aspecto de ninguém, mas sim possuem seu próprio anima, sua própria individualidade assim como eu e você, leitor. Mas, que sincretismos, reformas sensacionalistas e sufocantes, tentaram matar a verdadeira raiz ancestral da Umbanda Original.
A wicca não é, portanto, céltica, nem legítima representante da cultura e povo celta, incluindo aqui até mesmo a wicca dita céltica. Apesar de ela conter alguns elementos celtas, tem sua origem na Thelema, seus ritos são fundamentados na Alta Magia Cerimonial, portanto, com elementos da cabala, o panteísmo de origem greco-gnóstica e o pentagrama (a estrela de cinco pontas com um círculo em torno desta) da escola grega pitagórica, que era usado pela escola de Pitágoras para identificar os iniciados, que a tinham tatuada na palma de suas mãos.
Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo, Mago de Umbanda Astrológica, Pesquisador de religiões e Magia.
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