Portanto,
quem quiser conhecer a psique humana infelizmente pouco receberá da
psicologia experimental. O melhor a fazer seria [pendurar no cabide as
ciências exatas, despir-se da beca professoral, despedir-se do gabinete
de estudos e caminhar pelo mundo com um coração de homem: no horror das
prisões, nos asilos de alienados e hospitais, nas tabernas dos
subúrbios, nos bordéis e casas de jogo, nos
salões elegantes, na Bolsa de Valores, nos "meetings" socialistas, nas
igrejas, nas seitas predicantes e extáticas, no amor e no ódio, em todas
as formas de paixão vividas no próprio corpo, enfim, em todas essas
experiências, ele encontraria uma carga mais rica de saber do que nos
grossos compêndios.
Então, como verdadeiro conhecedor da alma humana, tomar-se-ia um médico apto para ajudar seus doentes. Poder-se-ia perdoar-lhe o pouco respeito pelas assim chamadas "pedras angulares" da psicologia experimental. Pois entre o que a ciência chama de "psicologia" e o que a práxis da vida diária espera da "psicologia" "há um abismo profundo".*
(Jung, Psicologia do Inconsciente, p. 112-3)
* Texto de 1912
Então, como verdadeiro conhecedor da alma humana, tomar-se-ia um médico apto para ajudar seus doentes. Poder-se-ia perdoar-lhe o pouco respeito pelas assim chamadas "pedras angulares" da psicologia experimental. Pois entre o que a ciência chama de "psicologia" e o que a práxis da vida diária espera da "psicologia" "há um abismo profundo".*
(Jung, Psicologia do Inconsciente, p. 112-3)
* Texto de 1912
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