Astrônomos encontraram uma característica presente no nosso Sistema Solar em outro sistema localizado a 320 anos-luz, no cinturão de Kuiper.
Trata-se da primeira detecção polarimétrica do anel interno que circula a estrela, conhecida como HD 141569A, que estaria revelando detalhes de um importante período no desenvolvimento planetário.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que os astrônomos analisam a estrela, que frequentemente é observada devido às suas duas anãs vermelhas que orbitam ao seu redor. Além disso, a HD 141569A tem apenas cinco milhões de anos e uma massa três vezes maior que a do Sol, apresentando um espectro azul e brilhante.
Entre os dois anéis da estrela, há um espaço onde todos os materiais orbitam gravitacionalmente, assim como ocorre em nosso Sistema Solar, que possui restos de materiais desde sua formação, ou seja, o cinturão de Kuiper, que é formado por detritos gélidos além da órbita de Netuno.
CC BY 2.0 / HUBBLE ESA / ARTIST’S IMPRESSION OF A KUIPER BELT OBJECT
Cinturão de Kuiper (ilustração artística)
No final do processo resta o disco de detritos, que pode se estender por diversas unidades astronômicas. O disco em torno da HD 141569A é híbrido, que pode revelar detalhes da formação dos gigantes gasosos, bem como o crescimento da interação dos planetesimal com o gás e a poeira no disco.
Agora, os especialistas estão estudando a radiação eletromagnética da região em torno da estrela. Juan Sebastian Bruzzone, que lidera a equipe de pesquisa da Universidade de Ontário, teria observado um anel semelhante em torno da HD 141569A, que deverá se encontrar a aproximadamente 44 unidades astronômicas da estrela.
"Considerando os dados das imagens de alto contraste, o disco de detritos HD 1415169Aé formado por pelo menos quatro anéis encaixados, com estruturas em espiral", relata a equipe em estudo publicado pela The Astronomical Journal.
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