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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Òmòlú e Òbáluàiyé - Salve os senhores da terra e da ancestralidade


Omolú seria rei dos Tapas, originário da região de Empé. Em território Mahi, no antigo Daomé, Omolú construiu um palácio em território Mahi, onde passou a residir e a reinar como soberano, porém não deixou de ser saudado como Rei de Nupê em pais Empê (Kábíyèsí Olútápà Lempé).As pipocas, ou melhor, deburu, são as oferendas predilectas do orixá Omolú; um deus poderoso, guerreiro, caçador, destruidor e implacável, mas que se torna tranquilo quando recebe sua oferenda preferida.

A figura de Omolu- Obaluaiyê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Na África são muitos os nomes de Omolú, que variam conforme a região. Entre os Tapas era conhecido Xapanã (Sànpònná); entre os Fon era chamado de Sapata-Ainon,que significa ‘Dono da Terra’,O aze(roupa e palha) guarda mistérios terríveis para simples mortais, revela a existência de algo que deve ficar em segredo, revela a existência de interditos que inspiram cuidado medo, algo que só os iniciados no mistério podem saber.

Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orisá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. Desvendar o aze, a temível máscara de Omolú, seria o mesmo que desvendar os mistérios da morte, pois Omolú venceu a morte. Já Obaluaiyê debaixo da palha-da-costa guarda os segredos da morte e do renascimento, que só podem ser compartilhados entre o iniciados.Obaluaiyê andou por todos os cantos de África, muito antes, inclusive, de surgirem algumas civilizações.

Em termos mais estritos, Òmólu é a forma jovem do Orixá Sapanã, enquanto Òbáluàiyé é sua forma velha. Porém, Sapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Omolu é a que mais se popularizou e acabou sendo confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência genérica em si. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Osalá: Osalá (o Crucificado), Osoguiã a forma jovem e Osalufã a forma mais velha. A figura de Omolu- Obaluaiyê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis.

Òmolú é a Terra! Essa afirmação resume perfeitamente o perfil deste orixá. É preciso esclarecer, no entanto que Omolú está ligado ao interior da terra (ninù ilé) e isso denota uma íntima relação com o fogo, já que esse elemento, como comprovam os vulcões em erupção, domina as camadas mais profundas do planeta.

Do ponto de vista histórico, anterior à Idade dos Metais, peregrinou por todos os lugares do mundo, conheceu todas as dores do mundo, superou todas. Por isso Omolú se tornou médico, o médico dos pobres, pois, muito antes da ciência, salvava a vida dos necessitados; durante a escravidão, só não pôde superar a crueldade dos senhores, mas de doenças livrou muitos negros e até hoje muitos pobres só podem recorrer a Omolú que nunca lhes falta.

Orixá cercado de mistérios, Omolú é um deus de origem incerta, pois em muitas regiões da África eram cultuados deuses com características e domínios muito próximos aos seus. Omolú seria rei dos Tapas, originário da região de Empé. Em território Mahi, no antigo Daomé, Omolú construiu um palácio em território Mahi, onde passou a residir e a reinar como soberano, porém não deixou de ser saudado como Rei de Nupê em pais Empê (Kábíyèsí Olútápà Lempé).

Toda a reflexão em torno de Omolú ocorreu colocando-o como um orixá ligado à terra, o que é correcto, mas não deixa de ser um erro desconsiderar a sua relação com o fogo do interior da terra, com as lavas vulcânicas, como os gases etc. Na verdade a principal simbologia é bem definida com a denominação dada esotericamente como Senhor Yorimá, por que ele representa mais profundamente, os ancestrais, civilizações antigas, o poder do barro, da forma interior, da busca da alma e da individualidade do homem. Omulú no seu lado negativo é muito pezado de se harmonizar, pode gerar muitas dores, inclusive fisicas, como dores intensas nas costas, na coluna nos ossos e numa forma mais intensa até osteoporose. Como também solidão, reclusão, falta de amor e muito rancor. Mas, em seu lado positivo, pode ser a total harmonia do corpo, robustês, imunidade contra doenças externas como vírus, bactérias e até magias negras. Pode ser o revelador daquele que vence no mundo dos negocios, revela as riquezas do interior da terra, da agricultura e revela ainda os bons pais, avós e protetores das famílias, dos clãs ou até de uma nação.
13/11/2011
 

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