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domingo, 19 de dezembro de 2021

A Beleza da Cartomancia

 
A origem da cartomancia é incerta. Só há um consenso entre os estudiosos do assunto: as civilizações mais antigas da humanidade já usavam as cartas e seus equivalentes da época tanto como diversão lúdica quanto para vislumbrar o passado, o presente e o futuro dos consulentes. Indícios de cartas são encontrados no Egito, no Extremo Oriente e na Índia, mas a maioria dos pesquisadores considera mais plausível que as cartas que conhecemos tenham se originado no Egito. As mais antigas pistas da existência de baralhos de cartas na Europa remontam ao século XI, mas só 200 anos depois elas começaram a ser citadas de maneira mais consistente. A princípio elas se disseminaram entre a nobreza e o clero, para só posteriormente atingir as classes mais baixas. Naquela época a maioria dos relatos que se referiam às cartas era para proibir seu uso.

As Relações das Cartas Um baralho comum é composto de 52 cartas -- 40 referentes a números de um (ás) até dez e 12 referentes a figuras (rei, dama e valete). Elas estão divididas em quatro naipes -- ouros, paus, copas e espadas, cada um com 13 cartas. Tais números permitem associações simbólicas dos mais variados tipos. Dias, semanas, estações e anos - As 52 cartas são relacionadas às 52 semanas do ano, e os quatro naipes, às quatro estações: Ouros: Primavera Paus: Verão Copas: Outono Espadas: Inverno Alguns estudiosos do tema consideram que os quatro naipes também podem ser associados aos períodos de um dia ou de uma vida, sendo atribuída a cada um deles a regência de ¼ dessas extensões do tempo. O ás de cada naipe rege a primeira semana da estação do ano a ela relacionada. O rei tem a segunda semana sob sua influência, seguida pela dama, que rege a terceira. As regências se sucedem na ordem decrescente, até o dois, que domina a última semana da estação.  
 
Elementos - Os naipes representam os quatro elementos da natureza e os signos zodiacais a eles relacionados. Ouros, por exemplo, estão ligados ao ar (signos de Gêmeos, Libra e Aquário); Paus, ao fogo (Áries, Leão e Sagitário); Copas, à água (Câncer, Escorpião e Peixes); Espadas, à terra (Touro, Virgem e Capricórnio). Também estão associados à classificação estabelecida por filósofos a Antiguidade quanto à natureza humana: colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico (hoje em dia, respectivamente, inteligência, intuição, compaixão e depressão).  
 
Dualidade - cartas vermelhas e pretas - As cartas vermelhas são geralmente associadas às características femininas, passivas, yin; as pretas relacionam-se, em geral, às características, masculinas, ativas, yang. O número 12 - As 12 cartas contendo figuras são ligadas aos 12 seguidores encontrados em religiões e mitologias ao redor do mundo (os 12 apóstolos, os 12 deuses do Olimpo). O número 13 - As 13 cartas de cada naipe representam os 13 meses lunares do ano, as 13 semanas de cada estação e os 12 meses anuais adicionados à unidade do ano. A tríade - As três figuras -- rei, dama e valete -- são associadas simbolicamente às trindades existentes em várias religiões, como a egípcia (Osíris, Isis e Hórus) e a céltica (Belinis, Taranis e Hesus). Quarenta - As 40 cartas numeradas do baralho remetem-nos a numerosas passagens da Bíblia. Moisés liderou seu povo numa viagem de 40 anos até a Terra Prometida e passou 40 dias no monte Sinai; Elias isolou-se por 40 dias, mesmo período que Jesus usou perambulando pelo deserto. Cristo pregou ao longo de 40 meses e também permaneceu 40 horas na tumba, antes de ressuscitar. Além disso, 40 semanas são, normalmente, o período de gestação da mulher até dar à luz ao bebê. A princípio, pode parecer que as cartas do baralho comum são apenas uma versão mais pobre do tarô, de onde seriam eliminados todos os arcanos maiores e os cavaleiros. O estudos atuais, porém, levam a uma conclusão diferente: trata-se de dois produtos com identidades próprias. Não é necessário, por exemplo, jogar o tarô com os arcanos menores - o simbolismo dos arcanos maiores já fornece respostas suficientemente completas, e nesse caso as demais cartas servem apenas para enfatizar certos significas. 
 
O baralho comum, por sua vez, é fundamentalmente lúdico ao trabalhar com sequências de números e séries de naipes. Além disso, há várias características simbólicas ligadas às quantidades numéricas expressas pelo baralho comum - 52 cartas divididas em quatro naipes, com 13 cartas cada uma, etc. Por tais razões, imagina-se que os arcanos maiores teriam sido acoplados às cartas do baralho comum (às quais se adicionaram mais quatro lâminas), por volta dos séculos XIV e XV, como forma de disfarçar seu flagrante conteúdo simbólico e divinatório das garras da Inquisição.  
 
A preparação para a leitura A consulta a qualquer oráculo requer alguns cuidados especiais. Toda leitura deve se realizar em ambiente tranqüilo, reconfortante e que transmita ao consulente a mais absoluta confiança. É aconselhado o uso de incenso para "limpar" o ambiente. Quando se faz uso de um oráculo, o que buscamos são meios de estabelecer contato com nossa porção inconsciente, que na verdade possui as respostas a todas as nossas dúvidas. 
 
 A escolha do baralho Todos os estudiosos são unânimes em afirmar que o baralho utilizado na cartomancia deve ser empregado exclusivamente com essa finalidade. Convém que seja um jogo novo e que também seja manuseado apenas pelo cartomante e por seus consulentes; não deve ser emprestado, pois, assim como deixamos nas cartas nossas impressões digitais, também as deixamos marcadas com nossas "impressões psíquicas". 
 
O baralho usado com fins divinatórios deve ser guardado num lugar fixo, preferencialmente uma gaveta ou prateleira escura, envolvido num pano ritual (que serve de toalha para as leituras) ou numa bolsa de pano cosida à mão. Esses "campos magnéticos" mantêm a sabedoria das cartas revelada a cada leitura. Alguns estudiosos recomendam a confecção de uma caixa de madeira com a finalidade exclusiva de servir de estojo ao baralho divinatório. Antes de usar um baralho pela primeira vez, convém que o consultor embaralhe-o e corte-o por diversas vezes para "despertá-lo". Quanto mais intimidade houver entre o cartomante e as cartas, melhor estas responderão a suas perguntas. Todas as vezes que empreender uma leitura, o consultor deverá embaralhar as cartas para dissipar qualquer influência energética da leitura anterior. 
 
O Simbolismo das Cartas Cada uma das 52 cartas que compõem o baralho comum possui um significado peculiar, embora familiarizado com as demais cartas do naipe em que se insere. Essas características individuais fornecem ao cartomante, ou consultor, ferramentas aptas a atendê-lo em qualquer circunstância, desde perguntas que envolvam um panorama geral da situação vivida pelo consulente até questões bastante específicas. As figuras são, no total, 12 - rei, dama e valete, que se repetem nos quatro naipes - e representam pessoas e certas qualidades; As 40 cartas numeradas - ás a 10, nos quatro naipes - ligam-se a situações ou estados particulares. Todas essas cartas, encabeçadas pelos naipes - ouros (primavera), paus (verão), copas (outono) e paus (inverno) são explicadas segundo três subdivisões: o simbolismo numérico (ou da figura), o prático e o psicológico. A disposição das lâminas nesta apresentação se inicia pelo ás (aqui considerado a última carta, embora também possa ser visto como a primeira), passa pelas figuras (rei, dama e valete) e segue decrescendo de 10 a 2. Toda a semana a Planeta na Web apresentará um método de tiragem e interpretação de jogos e o simbolismo de um grupo de lâminas.  
 
Escolha das Cartas 
 O baralho é sempre oferecido para o consulente, que embaralha as cartas novamente, coloca-as no centro da mesa e corta-as três vezes, preferencialmente com a mão esquerda (alguns estudiosos fazem essa recomendação porque a mão esquerda estaria ligada ao hemisfério direito do cérebro, mais intuitivo, além de ser o lado esquerdo considerado o lado "do coração"). O consultor recolhe-as num único maço e as dispõe em leque, com as figuras voltadas para baixo. O consulente vai retirando as cartas que escolhe e colocando-as uma sobre a outra, com os desenhos voltados para baixo, em número suficiente para responder às suas questões. Em seguida, entrega ao cartomante as restantes, que são postas de lado e, por fim, o maço com as cartas escolhidas (pode-se também usar o baralho todo). 
 
O cartomante procede então à leitura, puxando as cartas estritamente pela ordem que foram escolhidas pelo consulente, ou seja, a última carta do maço (com a face voltada para baixo) e suas subsequentes responderão à primeira pergunta, depois à segunda e assim por diante (para cada questão será usado um determinado número de cartas, de acordo com o método de leitura escolhido pelo cartomante). Para eleger a carta que representará o consulente, podemos nos valer das seguintes características: o rei simboliza o homem maduro; a dama, a mulher de qualquer idade; o valete o homem jovem. Para leituras gerais, baseando-se apenas no aspecto físico do consulente, as cartas de ouros representam pessoas bem claras, com cabelos loiro-claros, olhos azuis ou verdes, tipos nórdicos; o naipe de copas revela pessoas claras, mas cabelos castanho-claros ou avermelhados, olhos azuis, cinza ou castanho-claros; também as pessoas roliças ou muito apegadas à família são típicas desse naipe. 
 
As cartas de paus representam pessoas de cabelos castanho-escuros, olhos castanhos e pele bronzeada; as de espadas representam as pessoas de pele bem escura, com cabelos e olhos negros. Em se tratando de assuntos específicos, o simbolismo dos naipes pode mudar um pouco. O naipe de ouros se relaciona ao trabalho, à carreira, às promoções, às ambições, propriedades e atividades artísticas como a representação, a escrita e a pintura. São exemplos desse naipe as pessoas práticas, os executivos, todos os que exercem atividade intelectual, os atores, escritores e pintores. O naipe de copas se refere a problemas emocionais, assuntos amorosos e relativos ao casamento; pessoas preocupadas com a família e os que "pensam" com o coração são típicos de copas. 
 
As figuras de paus se referem a questões financeiras, dívidas, falências, problemas com os negócios; simbolizam os banqueiros/bancários, todos aqueles que lidam com dinheiro ou que estejam em dificuldades financeiras. O naipe de espadas representa os desesperançados, com problemas que julgam insolúveis, seja uma doença, uma questão judicial, uma desilusão amorosa; os juízes, advogados e pessoas que exercem autoridade também são representados por esse naipe. Na análise do caráter de uma pessoa, o naipe de ouros representa as pessoas positivas, inteligentes, extrovertidas e de boas ideias; o de copas, os emotivos, sensíveis, introvertidos e compassivos; o de paus, os determinados, ambiciosos, que gostam de ser reconhecidos; os de espadas, os pessimistas e deprimidos. 
 
Vejamos na prática como isso funciona: se o consulente o procura para uma leitura geral, o primeiro aspecto a ser observado pelo consultor é o físico, já que ele não dispõe de outras informações adicionais. Se o consulente tem cabelos e olhos castanhos, tipo robusto e idade madura, pode ser identificado com o rei de copas. Mas se a mesma pessoa identifica de pronto ao cartomante que vem buscar na leitura o alívio para uma questão de falência que o está preocupando, a carta a ser sacada por este deve ser o rei de paus, e não o de copas. 
 
Da mesma maneira, uma mulher loiríssima e de olhos azuis, pele clara, pode ser representada pela dama de copas se apresenta um problema amoroso, e não pela dama de ouros. A carta que representa o consulente pode ser depositada sobre a mesa apenas para "integrá-lo" ao restante do baralho ou, depois de eleita, ser colocada pelo próprio consulente num lugar aleatório do maço que ele mesmo formou, escolhendo uma a uma as cartas, conforme descrito anteriormente. Neste último caso, ele vai aparecer em resposta a uma das questões que serão formuladas ao consultor, o que deve ser observado com muita atenção por ambos para posterior reflexão.  
 
Métodos de Consulta Na cartomancia, assim como em outras artes divinatórias, há vários métodos de tiragem das cartas. Apresentaremos aqui métodos a partir do sistema inglês que utiliza as 52 cartas do baralho. Há também o sistema denominado continental, que usa apenas 32.  
 
A Cruz Mística [Photo] O cartomante elege a carta da figura pessoal, conforme explicado na preparação. Em seguida, procede-se ao embaralhamento e corte; o consultor recolhe as cartas e as dispõem em leque, com as figuras voltadas para baixo. O consulente passa a escolher 12 cartas, que vão sendo postas com a face desenhada para baixo, de modo que a primeira escolhida é a última do maço que se forma. Aleatoriamente ou por livre escolha, em qualquer posição que queira, o consulente encaixa no maço a carta da figura pessoal. 
 
O consultor toma as 13 cartas escolhidas e as dispõe em forma de cruz, conforme a figura 1 , a partir da primeira escolhida. A linha vertical representa a situação atual; a horizontal, os fatos que influenciarão essa situação, o futuro. Se a carta da figura pessoal estiver na vertical, os fatos têm mais poder sobre a situação do que a vontade do consulente; se estiver na horizontal, este é capaz de dominar a situação, independente do que venha a ocorrer. Se estiver no centro da cruz, é certeza da melhor solução, segundo o desejo do consulente. Em seguida, se interpreta a carta do centro (se essa não for a da figura pessoal), que representa o que há de mais importante em relação ao problema proposto. Depois, a cartas da linha vertical são interpretadas individualmente, da primeira à sétima, e seus significados relacionados de modo a esboçar um panorama geral da situação presente. Por fim, interpretam-se as cartas da linha horizontal, analisando-as como as influências que poderão, no futuro, alterar a situação presente.  
 
As Chaves Ocultas O CURINGA Embora seja usualmente considerado uma carta "extra", sem valor pré-definido, o curinga tem um simbolismo divinatório todo próprio. Por isso, se ele está presente no baralho utilizado para a leitura e for selecionado, deve também ser interpretado. Veja suas características: Simbolismo da figura - Tradicionalmente é associado ao zero, signo que abrange os extremos - o tudo e o nada, a alegria e a dor, a sabedoria e a loucura. Com frequência é representado como um bobo da corte, encarregado de divertir o rei. Um bobo da corte não é obrigatoriamente um tolo ou louco, o que associa inevitavelmente essa imagem ao disfarce, ao inesperado, às intenções veladas e por isso mesmo surpreendentes. Simbolismo prático - Significa um potencial latente que cada um de nós possui, e que pode ou não se manifestar ao longo de nossas vidas. Pode parecer a princípio um sinal de ingenuidade, candura ou até mesmo pura palhaçada, mas as surpresas são uma qualidade inerente a esta carta. 
 
É uma espécie de "toque de varinha de condão": do dia para a noite, dinamiza enormemente as áreas por onde passa, proporcionando novas perspectivas sobre elas e revigorando os setores que se encontram em baixa; tudo isso possibilita ao indivíduo pensar e agir com muito mais liberdade e descontração. As questões práticas e financeiras são favorecidas por uma ilimitada reserva de energia, que as impulsiona no rumo mais propício. O lado intelectual e acadêmico é brindado com um sortimento extra de brilho e originalidade. Um fato inesperado traz novas luzes às relações no terreno emocional; amizades provavelmente surgirão de repente. 
 
Os problemas de saúde podem ter recuperação bem mais rápida do que a esperada. Acontecimentos inesperados e ilógicos, eventualmente cômicos, não devem ser descartados nesse período. Existe a possibilidade, também, de que em certas circunstâncias esta carta simbolize um desperdício da inesgotável energia a ela relacionada. Simbolismo psicológico - Trata-se de um outsider, uma pessoa com rasgos de genialidade que se defronta com um paradoxo: Não gosta da sociedade e deseja transformá-la, mas nada pode fazer sem antes fazer parte dela. A surpresa, porém, é a sua tônica, e dele tudo pode se esperar - inclusive algo inesperado para si próprio... Quero alertar no entanto que é de suma importância que o cartomante escolha o método com o qual ele mais se adapta e compreenda. Além do mais muitas das cartas são vistas com outras características e descrições simbólicas quando vistas na visão de uma outra filosofia. Seja qual for o método escolhido, o importante é estudar, pesquisar e meditar profundamente. 
 
Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador
 
 

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