As tradições expressas nos livros sagrados de várias outras raças como o Papiro dos Mortos, os Vedas, a Epopéia de Gilgamesh, a Torah, os Eddas nos contam que a duras penas a Humanidade conseguiu sobreviver em vários desses novos continentes.
Também as lendas de nossos povos indígenas, os quais seriam modernamente conhecidos como Tupi-Guarani e que com mais certeza sobreviveram aos gigantescos cataclismos por terem ficado na parte mais antiga e estável do planeta, nos relatam sua luta pela sobrevivência em meio a tais cataclismos.
À época de sua "descoberta" pelos europeus, embora já distantes da primitiva pureza de suas tradições, os Tupi-Guarani ainda sabiam-se de uma origem tão antiga que denominavam a sua mítica terra de origem ancestral pelo nome de Pindorama, porque este nome referenciava-se à uma lenda tão antiga que envolvia a idéia de um dilúvio universal que havia alcançado a "Terra das Palmeiras", que é o que significa Pindorama.
Assim sendo, permanecendo na mítica Terra das Palmeiras de seus ancestrais e daí irradiando-se e vivendo por milênios em integração harmônica com a natureza, foram os povos Tupi-Guarani os que melhor retiveram a "centelha espiritual" da primeira raça humana.
Viajantes e estudiosos da época do descobrimento e colonização inicial do Brasil, como De Bry, Hans Staden e Padre Simão de Vasconcellos espantaram-se com a constatação da religiosidade dos antigos Tupis.
Suas observações e estudos demonstram que a concepção religiosa, mística e teogônica destes povos era de uma grande elevação e estrutura moral que somente poderiam ser alcançadas por uma raça de antiquíssima maturação espiritual. Estes conhecimentos eram transmitidos pela tradição oral de seus Payés e chamava-se Tuyabaé-Cuaá, a "Sabedoria dos Doze Velhos Payés" a qual demonstra a sua ancestralidade com a saga do índio Tamandaré salvando-se, com sua família, de um Dilúvio no topo de uma gigantesca palmeira - a Pindó -, que flutuou sobre as águas que encobriam a "Terra das Palmeiras".
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