A tradição anterior de analisar estrelas segundo pares planetários
foi incorporada pela astrologia persa, árabe e mais tarde medieval. A
grande maioria de astrólogos da Idade
Média, impulsionada pelos árabes, elencava, em seus tratados e
compêndios, centenas de estrelas de constelações, atribuindo a elas
maior ou menor força, qualidades benéficas ou maléficas, incorporadas ao
original simbolismo planetário anexado na era alexandrina.
Foi durante o período alexandrino que surgiu a grande divisão entre as
estrelas zodiacais e as extra-zodiacais. Na Sphaera Barbarica estavam as
estrelas fixas cuja declinação ultrapassava os 16º que ocupa o Zodíaco
na eclíptica; e na Sphaera Graeca ficavam as estrelas fixas de pequena
latitude, próximas da faixa zodiacal. As estrelas da Sphaera Graeca eram
analisadas como planetas. Esta é a origem das listagens conhecidas até
hoje, que atribuem a certas estrelas as qualidades de um planeta ou par
deles. Já as estrelas da Sphaera Barbarica eram classificadas de acordo
com o grau da eclíptica no qual ascendiam, se punham, culminavam ou
anti-culminavam (isto é, os graus da eclíptica que cruzavam o grande
círculo quando a estrela estava fisicamente neste mesmo grande círculo)
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