Pesquisadores descobriram o motivo da alta conservação de um dos maiores pergaminhos e o mais fino de todos achados, o Pergaminho do Templo.
Os Manuscritos do Mar Morto são uma coletânea de textos e fragmentos de texto que foram escritos por volta de 2.000 anos atrás. A relíquia foi achada entre as décadas de 40 e 50 perto do mar Morto, em Qumran, Israel.
Acredita-se que os manuscritos foram feitos por uma antiga seita hebraica chamada Essênios. Os antigos textos registram regras rígidas de cumprimento da Lei Mosaica assim como contêm diversos livros da Bíblia judaica.
Além do valor histórico, os Manuscritos do Mar Morto têm surpreendido arqueólogos devido ao seu alto grau de conservação. Em um estudo publicado na Science Advances, pesquisadores revelaram o motivo da alta conservação do Pergaminho do Templo, que é um dos maiores pergaminhos.
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O Pergaminho do Templo: reconstruindo uma antiga técnica de escrita
Técnica de conservação
O pergaminho de oito metros é consideravelmente fino e de coloração marrom clara. O material foi feito com capas de colágeno e outra capa inorgânica atípica de sulfatos, contendo também sais minerais, segundo revelou uma análise química.
A capa inorgânica foi usada como superfície para a escritura, sendo assim uma técnica de fabricação de pergaminho sem igual. A mistura dos sulfatos, sais e colágeno é justamente a razão da alta conservação do material. Ela atenuaria a ação de corrosão de microrganismos e outros fatores que colaboram com a desintegração de pergaminhos.
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